Algoritmo numérico

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

IDEIA EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.

IDEIA EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.

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Ao Reflexo Indutivo seguiu-se a Indução Ideológica (já tratados em duas mensagens do blog) e a Ideia Embrionária na evolução. Como à origem da ideia estiveram associados os signos ideológicos estes assumiram parte do título da mensagem.

Para seguir com mais facilidade o tema deve, caro leitor, servir-se do mapa publicado no princípio do blog. Aconselho-o a copiar o mapa para um comprimento no papel de 3 X A4. Com ele compreenderá mais facilmente as relações e as designações. No caso temos três designações associadas I1E1, I2E e KIE: I1E1 refere-se à distância entre a Ideia Embrionária e o presente na evolução; e I2E2 refere-se à distância entre o Eu e a idade de 23 anos no indivíduo; e KIE é o coeficiente de relação dos dois segmentos.

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Depois da Indução Ideológica seguiu-se a Ideia em I1. Paralelamente a I1 temos I2. I2 corresponde ao Eu da evolução individual. O Eu surge no crescimento infantil pelo reconhecimento do não-Eu; logo, por essa distinção, subjetiva porque entre dois objetos, o não-Eu, ou o outro, e o Eu, a presença do reflexo cognitivo, ideológico e original, paralelo à ideia embrionária de I1. De G2 para I2 decorrem aproximadamente dois meses: um tempo curto que indicia a brevidade da distância entre G1 e I1. “O oitavo mês é o momento do segundo organizador… A criança identifica, então, o rosto materno; surge o Eu. …Mas, ao reconhecer a mãe, dá provas da possibilidade de julgamento…” (Pepin, 1979, p. 25 e 26).

Mas a distância G1I1 terá de ser curta relativamente à grandeza dos segmentos precedentes, porque I1C1 contém o tempo de transformação da Linguagem Articulada na Linguagem Moderna, um tempo dado necessariamente por um múltiplo (grande) de 1,95 x 106 anos, uma distância muito longa e absorvente do comprimento I1E1. Se entre B’1 e I1, entre o sinal embrionário dos Reflexos Indutivos e a Ideia, a evolução obedecia linearmente à lei natural, porque teria a Indução Ideológica a capacidade da demarcação de I1 próximo da sua própria origem? Não tinha essa capacidade: foi obra externa, do conflito G1I1.

Sem o conflito a velocidade da evolução seguiria em G1 conforme de B’1 para G1. Quando B’’1G1 durou 37,8012 milhões de anos, mais do que a distância que separa o presente de G1, sem o conflito, admite-se, o homem estaria muito próximo do estado reflexivo de I1, isto é, não existiria. Foi, sem dúvida, um conflito em G1I1, que revolucionou a evolução.

Se o conflito opôs os primatas aos outros antropóides contornando o habitat que evoluiu para o habitat humano, não florestal, houve uma expulsão da floresta para a periferia: e, consequentemente, foi nesse novo habitat que se adquiriu uma autonomia distinta da do passado, anterior a G1, esta sensitiva e aquela territorial. A autonomia ideológica, um fenómeno sensitivo nascido da evolução reflexiva e da carência de autonomia territorial, foi produto de um fenómeno físico. 

A autonomia ideológica de I1 residia, por exemplo, num grito de alerta distinto do que o precedeu: antes de I1 esse grito era impulsionado instintivamente pelo vigilante, mas como uma manifestação do coletivo através dele, e não dele; depois de I1 o grito passou a ser emitido como que voluntariamente, dele sentindo-se vigilante do grupo mas dele distinto, como um Eu perante um não-Eu a quem sempre devera a autonomia recém-adquirida. Nessa distinção do Eu e do não-Eu alicerçou-se o fenómeno embrionário da cognição (à imagem do que acontece na criança) enquanto se instituiu algo novo: uma tarefa, a vigilância.

Quando o Eu, no primata, agiu por si, passou a admitir a existência do outro, o grupo ou não-Eu, inversamente ao que acontece na criança, que se admite a si, o Eu, ao reconhecer o não-Eu no rosto materno. A autonomia ideológica do eu, vivificada pela responsabilidade inerente a tarefa e vigilância, agia em prol do não-Eu. A tarefa como um atributo individual e a vigilância como um atributo do grupo, das regras sociais, a edificar seguidamente, com a responsabilidade embrionária fazendo a ponte entre o Eu e o não-Eu. A Ideia de I1 partiu para a reestruturação social do grupo. Essa reestruturação ocupou o tempo extraordinário I1E1 para logo no oitavo mês, tão próximo do nascimento, instigar o indivíduo à socialização e à cognição. A Ideia, de I1, instituiu-se partindo do indivíduo e da necessidade social enquanto a cognição, de I2, se institui partindo da sociedade e da necessidade individual.

No grito de alerta o primata anterior a I1 impunha a sua noção da realidade, o perigo, ao grupo “e a ele”, sendo isso uma ideia-de-signo; a noção de perigo, vivida e levada aos outros, como um objeto, era um objeto-de-signo; na receção pelo grupo (como na tensão de si mesmo subjacente ao grito) do alerta, alertando-se, o signo-ideológico completava-se com a imagem-de-signo. Depois de I1 o grito de alerta passou a transmitir a eminência do perigo aos outros e não a ele; porque ele, mais sensível do que antes, assimilara totalmente a noção de perigo sem a emoção do seu grito: a ideia-de-signo, agora, era mais direcionada, com o racionalismo substituindo a emoção. O perigo, como objeto-de-signo, continuou no grito mas não foi vivido por ele que o levou aos outros, porque viveu a emoção da sua proximidade antes de gritar. A imagem-de-signo deixou de ter a tensão de si mesmo e apenas a contida na receção pelos outros, o grupo.

O signo ideológico como sinal ideológico elementar existia no grito de alerta anterior e posterior a I1. Em ambos ele continha a sensibilidade emissora do aviso aos outros. Foi a transferência dessa sensibilidade do grito emotivo para o racional e cognitivo que fundou a Ideia de I1 acima do reflexo coletivo e animal.

A vigilância adquiriu como que um estatuto, simbolizando, a este olhar, como que um desempenho embrionário, de natureza racional e não emocional, paralelo aos compromissos múltiplos do homem moderno, para quem evoluiu. O vigilante individualizou-se cada vez mais, contraiu-se como indivíduo comunitário, primeiro livre e solto e depois firme e preocupado. Na ascensão do racional sobre o emocional, as coisas, como os sentidos,
foram-se distinguindo umas das outras: a visão, como o gesto, ou o som, experimentaram-se, mediram-se e melhoraram-se, nas tarefas quotidianas. No alerta, o primata, de visão atenta, experimentou o gesto em vez do grito, aquele silencioso e este estridente: e “mediu” a vantagem do primeiro sobre o segundo. A dissimulação desenvolveu-se como estratégia e a astúcia transitou do espontâneo para a cognição, incitando-a e ampliando-a. Aos conceitos de vigilância e tarefa associaram-se os de medição, experiência, comunidade e dissimulação.
A sonoridade, antes esgotada no grito, reservou-se cada vez mais à intimidade seletiva, do foro cognitivo, fundamental à linguagem futura. As qualidades das coisas, do meio ou da comunidade, onde se incluíam os outros e ele, foram-se tornando distintas umas das outras ao olhar individual, fora do Eu, ao contrário do que acontece na evolução infantil, onde são atribuídas exclusivamente ao Eu.
A separação do primata do tronco filético há aproximadamente 32,6138 milhões de anos teve dois fenómenos na sua origem, um sensitivo, a Indução Ideológica, e outro físico, o conflito: um caso único e sem paralelo na evolução. O conflito, com os conceitos de expulsão, propriedade e fronteira, originou, com a evolução da Indução Ideológica, a Ideia de I1. Logo que a Ideia, o motor de toda a evolução seguinte, nasceu estigmatizada por milhões de anos de tensão física: só essa estigmatização, que subverteu a razão e anterior a ela, explica a eminência conflitual partindo do indivíduo, e dos distúrbios de rua, para as barbaridades de todas as invasões, do passado bárbaro e do presente “civilizado”. Na desigualdade KBE / KIE maior que KIE / KCE afastamos o valor de KIE de KBE, como de K’GE, e ampliamos o comprimento de G1I1; na desigualdade KBE / KIE menor que KIE / KCE aproximamos KIE de KBE, como de K’GE, e contraímos o comprimento de G1I1: temos de optar pela segunda.
KBE / KIE < KIE / KCE  
16,7612 x 106 / KIE < KIE / 88804,6889
16,7612 x 106 x 88804,6889 < KIE2  
KIE2 > 1,4885 x 1012

KIE > 1,48851/2 x 1012 x 1/2  

KIE > 1,2200 x 106.
KIE é maior que 1,2200 x 106 e K’GE é menor que 1,4495 x 106: as suas desigualdades contraem o segmento G1I1 sugerindo à brevidade da sua duração.
Como I1 corresponde a I2 = 0,6667 anos do desenvolvimento infantil podemos calcular o comprimento de I1E1 depois de obtermos I2E2.
I2E2 = 23 – 0,6667 = 22,3333 anos.
KIE = I1E1 / I2E2  
1,2200 x 106 = I1E1 / 22,3333 
 I1E1 = 1,2200 x 106 x 22,3333
I1E1 = 27,2466 x 106 anos.
Como KIE é maior que 1,2200 x 106 temos que I1E1 é maior que 27,2466 milhões de anos.

Em I1, há mais de 27,2466 milhões de anos, os primatas tinham sido expulsos do seu habitat natural, o meio florestal, e a Indução Ideológica tinha-se convertido em Ideia. Com a Ideia, o
3.º Organizador humano, nasceu a evolução artificial e a 2.ª Era Antropológica. O conflito G1I1 demorou menos de (32,6138 – 27,2466) x 106 = 5,3672 milhões de anos.

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