Algoritmo numérico

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domingo, 14 de fevereiro de 2016

EVOLUÇÃO LINGUÍSTICA ORIGINAL

O EMOTIVO, A PAIXÃO E A MÉTRICA, NA EVOLUÇÃO LINGUÍSTICA ORIGINAL.

Entre o Encadeamento Ideológico de J1 e a Linguagem Moderna de C1 nasceu a Linguagem Articulada, em L1. Na Linguagem Articulada não existia o sinal para o Verbo e os Tropos precediam as Palavras. Na ausência do Verbo a comunicação era interrompida pelo gesto, substituindo-o, «articulando-se». Se em C1 a língua possuía as caraterísticas essenciais das línguas atuais, designando-se moderna, a criação do Verbo deu-se entre L1 e C1; em J1, (26,5350 – 25,0100) X 106 = 1,5250 milhões de anos antes da Linguagem Articulada, efetivamente, com o tempo ampliando-se além do instante na noção temporal de «ir», e com o «fazer», subjacentes à vigilância e derrube, abreviava-se o Verbo expresso na ação experimentada pelo sujeito. Essa precedência ancestral ao Verbo, na sua abreviação, impôs o gesto na comunicação sonora: o fenómeno físico, e sensitivo, precedeu a abstração semântica do Verbo, num grande passo da evolução sobre a perceção dos outros animais.
Como o Verbo nasceu entre L1 e C1, em V1, o segmento inicial L1C1 dividiu-se em dois intervalos, L1V1 e V1C1, bem diferenciados pela desarticulação discursiva do segundo relativamente ao primeiro. Em L1V1 evoluiu-se na Linguagem Articulada com o gesto substituindo o Verbo, convergindo nele em V1; e em V1C1 a Linguagem Articulada evoluiu da descontinuidade para a continuidade verbal pela presença crescente, e divergência territorial, do Verbo. Se em V1 o discurso articulado foi quebrado embrionariamente ele só se tornou contínuo próximo de C1; isso porque só a fluidez comunicativa pôde ampliar cognitivamente o pensamento levando-o do Tropo à Palavra e da Linguagem Articulada à Linguagem Moderna.
O Tropo era um som associado ao fenómeno, e ao objeto, pela paixão, e restrito, por a paixão centrar-se no indivíduo, à comunicação, e compreensão, localizadas. Sendo um fenómeno pontual e o elemento fundamental do fenómeno coletivo da linguagem, ele tinha, na sua estrutura, um vetor naturalmente expansivo. Esse vetor foi favorecido depois de V1 pela fluidez imprimida pelo Verbo. De V1 para C1 a fluidez linguística, como a língua, ampliaram-se geograficamente, ao mesmo tempo que se racionalizou a paixão associada. A paixão inicial, da abstração do Tropo e do indivíduo, ampliou-se para a do Verbo e da rede, e racionalizou-se, seguidamente, a favor da prole. Primeiro foi a emoção (do grito e do silêncio do alerta e da vigilância), depois a paixão e por último a racionalização. Com a racionalização o desenho do sinal de instintivo passou a métrico originando a Palavra, feita da soma de comprimentos, das letras e das sílabas. E a paixão libertou-se para as ligações afetivas que levaram à Família Embrionária.
Ao racionalizar-se o som associado ao objeto «árvore» deu-se a sua estabilização na palavra árvore, compreendida por todos os indivíduos que falam a língua portuguesa. Um exemplo numa língua contemporânea, numa imagem de qualquer língua moderna. Ao pronunciar-se a palavra árvore associa-se-lhe o objeto árvore: assim que a palavra árvore é um sinal de natureza física a que a ideia associa o objeto árvore como imagem. E igualmente o sinal original, ou Tropo, muito distinto do som da palavra árvore, associava o objeto árvore a quem o compreendia: assim que o Tropo era já um sinal substituindo o objeto árvore, uma abstração do mesmo teor da contida na Palavra.
E essa associação da abstração ao sinal sonoro já acontecia em I1, na origem embrionária da ideia.. Apenas que em I1 a comunicação resumia-se ao grito emotivo do alerta, desagregado, simbolicamente, dos objetos que o Tropo de L1 identificou e substituiu; e foi essa emoção, impulsionada ideologicamente e longamente experimentada, (27,2466 – 25,0100) X 106 = 2,2366 milhões de anos, entre I1 e L1, que impregnou de paixão o sinal seguinte: a emoção, antes expansiva, sintetizou-se na paixão, na transferência do grito animal para a abstração da língua, na associação dos sons aos objetos. Mas a abstração não é um fenómeno animal e transcende a ideia primária. A abstração anterior a L1, de I1, era da ideia impulsionada pela Indução Ideológica e o Reflexo Indutivo contrários à lei natural. Foi essa oposição à lei natural que conduziu a ideia animal à emoção, à paixão, ao métrico e ao afetivo.
Se o Tropo de L1 determinou a abstração linguística, a Palavra de C1 convencionou-a negando a sua propagação arbitrária e abrindo caminho ao método e consistência das línguas emergentes. Mas a convenção dos sinais sonoros não era rígida, obviamente, mesmo com a Palavra de C1: por isso a Escrita de D1 desenhou a palavra cristalizando-a, como à abstração contida, no último grau da convenção. Em D1, como hoje, ao ler-se a palavra árvore, associava-se-lhe, como se lhe associa, o objeto árvore, a imagem de quem a imprimiu.

Poderá dizer-se que a palavra árvore se associa apaixonadamente ao objeto árvore, que ao proferi-la, num recinto fechado, abafado e nu, somos sugestionados ao verde e frescura do arvoredo; só que esse fenómeno acontece com a mesma intensidade com a palavra tree, extremamente distinta no comprimento e no efeito fonético, nos utilizadores da língua inglesa para o mesmo objeto: donde depreender-se que a paixão associada às línguas é uma paixão racionalizada pelo método e díspar da paixão inicial, já dirigida pela vontade na associação do sinal ao objeto, depois do grito animal, e emotivo, do alerta. E consequentemente que a abstração comunicativa evoluiu do emotivo para a paixão e o racional, ou métrico,do alerta animal, da Linguagem Articulada e da Linguagem Moderna.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA

ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA

A linguagem de L1 teve de acontecer numa comunidade pequena. Isso porque o Tropo teve de nascer, implantar-se e divergir, de um ponto, que não podendo ser um indivíduo foi um pequeno grupo. Na linguagem moderna uma ideia nasce de um indivíduo e diverge dele; mas o Tropo original não foi uma ideia, não foi um sinal “criado”, foi um fenómeno antropológico, de convenção de um hábito comum, que divergiu de uma comunidade e não de um indivíduo: e os indivíduos intervenientes tinham de viver agrupados. Essa comunidade foi a primeira sociedade antropológica e esteve distante das tribos primitivas quanto o esteve a Linguagem Articulada. E por essa distância dos níveis afetivo e familiar esse grupo só se agregou por razões físicas, laterais à vivência florestal e impostas pelos rigores do tempo, na necessidade de abrigo; e a isso, associado ao carácter contracto do agrupamento, só responde um abrigo natural, sólido e duradouro: uma gruta.
Também que uma gruta como abrigo do grupo fundador da Linguagem Articulada concorda com um pormenor paralelo da evolução individual seguinte a J2: o controlo dos esfíncteres. Pelo controlo dos esfíncteres antes dos 2,5 anos de idade61 a criança transpõe o estado incontinente que tinha desde o nascimento da mesma forma que, remotamente, ao saturar-se o ar fechado e húmido da gruta, com defecações acumuladas, o primata comunitário sentiu-se obrigado a suster as necessidades correndo para o exterior, num esforço impulsivo e depois voluntário contra os esfíncteres, oposto ao seu estado anterior de animalidade. O controlo antropológico dos esfíncteres assim como a origem da Linguagem Articulada exigiram uma comunidade remota: a mesma, muito provavelmente. Talvez que o primata, carente de frutos e bagas por ter optado pela segurança e o abrigo da gruta distante da floresta, incluiu carne na alimentação (como necrófago), expelindo fezes não neutras como as do passado, saturando ao insuportável o recinto, ao mesmo tempo que o modo de vida reservado e coeso lhe imprimiu outro impulso à comunicação. Como o primeiro tropo surgiu da convenção de um hábito é admissível admiti-lo na imposição de uns aos outros do controlo fecal. Com efeito, a criança sustém os esfíncteres para dar prazer à mãe como o primata os susteve por exigência comunitária, dando prazer ao grupo a que pertencia: e obviamente que o esforço repetido transitou de involuntário para voluntário no crescimento ancestral.  
Com a negação, iniciada aos 1,25 anos, a criança substitui a ação pelo Verbo que só se afirma, efetivamente, na crise comportamental da oposição seguinte aos 3 anos, depois do controlo dos esfíncteres. Depois de controlar os esfíncteres e da iniciação da linguagem o primata converteu-se em Primata e evoluiu para o Verbo. A transversal L1L2 liga os pontos do controlo dos esfíncteres e da transição da animalidade física na higiene comunitária do indivíduo e do homem, como demarca neste a abertura para o Verbo e naquele a sua aproximação.
Não havendo razões para que a Linguagem Articulada, um fenómeno embrionário, acelerasse a evolução, esta seguiu contornando o mesmo coeficiente, 1,2200 x 106, das transformações anteriores. Contudo, há dois pormenores que levam a uma pequena alteração: 1) Sendo já o terceiro coeficiente na mesma grandeza, e da esquerda para a direita dar-se o decréscimo sucessivo, admite-se a troca do sinal de maior pelo de menor; 2) O facto de o controlo dos esfíncteres ser anterior aos 2,5 anos do crescimento da criança sugere um recuo de L1 em A1E1, que nega a alteração admitida do sinal de maior para menor: donde concluir-se como muito razoável optar pelo sinal de igual. Assim que KLE = 1,2200 x 106.

L2E2 = 23 – 2,5 = 20,5 anos.

KLE = L1E1/L2E2

1,2200 x 106  =  L1E1/20,5
L1E1 = 1,2200 X 106 X 20,5
L1E1 = 25,010 X 106 anos.

25,01 milhões de anos.Uma distância extraordinária para o nascimento da linguagem, mas no seguimento às outras distâncias extraordinárias. Foi ela, associada à influência hereditária, um comprimento também extraordinário que originou, que levou a que todos os indivíduos (exceto os que têm carências cognitivas profundas) aprendam a linguagem oral, mesmo que minimamente. A Linguagem Articulada surgiu há 25,0100 milhões de anos, o Pensamento Numérico há 1,1231 milhões de anos e a Escrita há 8000 anos. E é nessa mesma ordem que o indivíduo cresce: primeiro aprende a linguagem oral, depois a aritmética e por último a escrita. No muito grande universo dos que aprendem a linguagem oral há um subuniverso, os que têm carências cognitivas e aprendem o mínimo, que não ultrapassam a aritmética elementar, como contar e somar moedas, e neste ninguém aprende a escrita. O grau de dificuldade dos fenómenos cognitivos fundamentais obedece à distância evolutiva paralela: a oralidade é fácil, o pensamento numérico elementar é menos fácil e a escrita é mais difícil. E se as dificuldades coletivas da apreensão dos três fenómenos fundamentais obedecem à mesma ordem individual de os dominar isso diz-nos, inequivocamente, que a evolução individual é paralela à evolução genérica e que as aptidões particulares para os seus domínios respeitam a capacidades cerebrais inatas, intuitivas e hereditárias, desenvolvidas pelos tempos ancestrais da evolução.