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domingo, 8 de outubro de 2023

ARTE QUASE BRUTA

 

Registado em 14 Novembro 2019 na Revista Académica Online com o número: 10.36238/23595787.artcient.14112019


MANIFESTO DA ARTE QUASE BRUTA


1

Em 1848, inspirados na pintura de Jonh Constable, os pintores da Escola de Barbizon elegeram a Natureza pintando-a diretamente no campo.(1) A Natureza, sobre a Natureza Humana, fixou-se, a partir daí, na Arte. Esse domínio expressou-se na arte fundamental: por Pablo Picasso Guernica traduziu o animal sobre o homem no humano; o grito, de O Grito, de Edvard Munch, foi o grito da Natureza sobre a Natureza Humana; e O Urinol, de Marcel Duchamp, representou o Homem Poluidor da Natureza (ou poluidor ambiental) sobre todas as variantes que lhe associaram. O Ambiente, motivo primeiro da preocupação global de hoje, não é de hoje na Arte: é dos princípios da Arte Moderna nascida da consciência do domínio da Natureza sobre o Homem. William Morris, na década de 1880, na Inglaterra, fundou o movimento Arts & Crafts preocupado com a poluição industrial crescente.(2) A Arte Quase Bruta impõe-se como corrente artística consciente do Problema Ambiental e sintoniza a preocupação global do século XXII com a evolução da Arte e da Estética.

A evolução da Arte Moderna, das correntes mais plásticas e geométricas, como o Fauvismo e o De Stijl, às mais interventivas, como o Accionismo Vienense e o Fluxus, às exclusivamenre reivindicativas, como as secessões de Berlim e de Viena, opôs-se à arte imposta por pares, ou grupos, académicos, mercantis e institucionais. Contudo, a Arte Contemporânea, iniciada na década de 1950 para o domínio artístico de hoje, é dos pares: em tudo idênticos aos antigos, aos que a Arte Moderna, de sua origem, se opôs. A Arte Quase Bruta opõe-se às corporações elitistas a favor da verdade da Arte e da Estética e elege a Obra de Arte na origem.

A evolução da Arte Moderna, sobretudo pela Pintura (disciplina dominante na quase totalidade dos movimentos artísticos modernos), convergiu no extremo oposto do realismo, no Conceptual: na ideia. A Arte é, consequentemente, ideia. E se a Arte é ideia um novo movimento artístico tem de nascer da ideia e não de um bando eleito, artístico, académico, ou de cabaré. E a Arte Quase Bruta, deste manifesto, nasceu da ideia; da minha ideia sobre a pintura de Eusébio Almeida em consonância com as exigências da Arte e da Estética: original, conceptual no significante, não-neutra. A Arte Quase Bruta é da ideia: da Estética, da Arte e da maximização cognitiva que o Homem atingiu na atualidade.

Arte Quase Bruta para uma corrente artística nasceu dessa mesma inscrição no quadro O Mendigo Revoltado de 2017 (e recorrente noutras obras) do Pintor Eusébio Almeida. Arte Quase Bruta e outras inscrições, como Ninguém é Obrigado a Ser Feliz, O Naufrágio da Europa, Poesia Ortopédica e Masturbação Mental, são signos linguísticos e contraditórios da Obra de Arte e do estado atual. Hoje, século XXII, quando a Arte evoluiu para o conceptual, a arte de vanguarda é do Conceptual: não do conceptual direto, o que se concebe no fazer comum, mas do conceptual que transcende os significados

e o comum, do significante, ou contraditório. O Conceptual é da crítica significante na era do Estado Crítico onde o Homem, pelo aquecimento global, nega o poder regenerador da Terra. A Arte Quase Bruta é do Antropoceno contra o Antropoceno.

O Mendigo Revoltado refere-se ao homem preso no mundo livre (?) em que nasceu. O Mendigo Revoltado remete para a alienação social que inclui a artística, dos cartéis, ou corporações, onde entra no lugar da originalidade o não-original, no lugar da Arte a não-Arte e no lugar da força a apatia, dos pares. O Mendigo Revoltado é do tempo do ver sobre o olhar quando domina o olhar sobre o ver. O Mendigo Revoltado impõe a razão estética na análise da Obra de Arte. É essa razão, dada por aquilo para que a Estética evoluiu, que eleva o ver duchampiano sobre o olhar retiniano. O Mendigo Revoltado é do homem conceptualizado pelo Estado Crítico nascido do projetado, do programado e do calculado. O Mendigo Revoltado é da era da esperança individual máxima e da esperança coletiva mínima. A Arte não morreu e, contrariamente, dá voz ao Mendigo Revoltado e à Arte Quase Bruta.


2

A Arte Quase Bruta parte, basicamente, da agressividade, ou não-passividade, das composições como signos que podem ser ou não enriquecidos pela grafia contraditória. O signo artístico é o sinal dinâmico e crítico sobre o sinal estático: do significante sobre o significado e do contraditório sobre o direto. O significado, que implica o insignificante e o direto, são do sinal estático, decorativo e acrítico; e o significante com o contraditório são da Estética, da Arte e do signo crítico. São o significante sobre o significado e o contraditório sobre o direto que abrem a Obra de Arte às ideias, ao Conceptual, partindo da crítica artística. A composição estática, como símbolo, ou sinal, sem signo, não é Obra de Arte: não é Arte. É a presença consciente do signo na Arte Quase Bruta que a faz da vanguarda artística

Uma lata brilhante, limpa e intacta, pode ser exposta como arte; uma lata inutilizada, pisada, suja e enferrujada, com encaixe expositivo, pode ser exposta como Obra de Arte: a Obra de Arte tem a referência à Natureza na queda, significante, do fabricado na Terra, que a arte, do direto, não tem. A lata brilhante é um sinal passivo, direto e estático, do fabricado. A lata enferrujada está entre o fabricado e a Terra: é não-passiva, dinâmica e analiticamente agressiva, um signo. Um sinal, ou um símbolo, representa um estado e um signo representa uma variação de estados limitados pela insegurança, o desequilíbrio, a incerteza e o medo: não do autor mas do que o rodeia no enfoque global. É o alargamento crítico do signo que o faz dinâmico contra a localização estática do sinal. Se a lata intacta é um representante direto do fabricado uma pedra, um ramo de árvore, ou um arbusto caído são representantes diretos da Terra: também insignificantes. A lata brilhante, limpa e intacta, e a pedra, o ramo ou o arbusto expostos no espaço mais conceituado, não ultrapassam a condição de não-Arte, ou arte. A lata pisada e enferrujada, transposta do inútil, ou decadente, para o útil, é uma Obra de Arte na origem anterior ao crítico, ao curador e ao expositor.

A arte pode ser do objeto pronto (Ready Made) e a Arte é do objeto caindo na Terra, o objeto Na Queda (In The Fall). A lata brilhante, limpa e intacta, o objeto pronto, pode ser exposta como arte e a lata inutilizada, pisada, suja e enferrujada, o objeto Na Queda, pode ser exposta como Arte. O Urinol, de Marcel Duchamp, elevou-se de arte a Arte pelo poluídor sobre o decorativo que não é: ascendeu artisticamente na ascenção de objeto pronto a objeto caindo; quando o mijadouro, o símbolo poluídor, sintetiza a queda dos objetos na Terra. Os outros objetos prontos de Marcel Duchamp têm um valor muito menor que o O Urinol: porque o Urinol expõe-se para o ver, ou olhar duchampiano, e os outros expõem-se para o olhar comum: e esse critério, especificamente analítico, domina sobre todos os outros na classificação da Obra de Arte.

A evolução da Arte Moderna foi a dispersão do Eu e a fuga ao realismo, ao académico e à técnica. A Obra de Arte não é a que traduz um objeto, uma paisagem, uma narrativa, ou a abstração aderente ao artista ou aos outros sem ir mais além. A Obra de Arte não vem da aprendizagem técnica ou académicae sim do que as transcende criticamente. A Obra de Arte é contrária ao decorativo porque a evolução da Arte e da Estética, por mais de 150 movimentos artísticos modernos, assim o determinou. E o Artista não é o que o patrono identificou e sim o que encontrou a sua identidade no progresso estético e artístico. Uma identidade transversal à originalidade, à crítica ambiental e ao expositivo. Pela dispersão do Eu a Arte, indo a Entidade, vai do local ao geral e do indivíduo à espécie.

A evolução particular partindo da precisão matemática e laboratorial conduziu à imprecisão geral. O domínio científico, feito de acréscimos locais, trouxe ao conflito geral: do Homem contra o Homem e do Homem contra a Natureza. A mesma Natureza que os pintores de Barbizon colocaram (conscientemente na abordagem plástica e inconscientemente na transformação estética) na representação artística: quando antes, e desde sempre, era secundária e menor. A evolução da técnica para a não-técnica e da abstração plástica para a abstração critica impõe a Natureza como do significante, na Arte. O aquecimento do efeito estufa e a saturação ambiental estão no limite da evolução académica a que a Arte, da era moderna, se opôs e opõe, com o intenso, o abrasivo e o simplório, do não-neutro, traduzindo o que domina e é dominado e decai progressivamente. A evolução e a involução nas coisas gerais e o contraditório e o significante na Arte e na Arte Quase Bruta no tempo do homem duplo: sábio e bruto.

Na não-técnica a Pintura evoluiu para a exploração plástica, da experimentação dos materiais (Antoni Tàpies) contra a certeza, ou precisão, da técnica. A Forma da Estética tornou-se significante contra os significados das formas das técnicas e das estéticas. Transpondo a beleza objetiva da técnica e das estéticas a Arte atingiu o Belo da abstração subjetiva e da Estética. O Gosto, do presente sobre o do passado, é do Belo do significante e do contraditório, do Conceptual, ou Forma. A Arte evoluiu da imitação alegórica de Sócrates, da técnica, para a não-imitação, da não-técnica. A Estética evoluiu do belo metafísico (contrário à Natureza) de Platão para o belo racional de Aristóteles, para o belo artístico de Baumgarten e o Belo Conceptual (favorável à Natureza) da Arte Quase Bruta. É o impulso ambiental que eleva a forma, o gosto e o belo a Forma, a Gosto e a Belo. A Arte Quase Bruta fixa o Conceptual, dotado da defesa do ambiente, na Forma, no Gosto e no Belo da Estética e da Arte.

No princípio o homem utilizava os objetos da Natureza, ou a Forma Bruta. Com a evolução primitiva da habilidade manual surgiu a Forma Hábil. Depois as exigências ornamentais levaram à Forma Grácil. Seguiu-se a Forma Estética (Platão), a Forma Artística (Alexander Baumgarten) e a Forma Conceptual (Arte Quase Bruta). A Forma da Estética veio da evolução das formas bruta, hábil, grácil, estética e artística, do primário grotesco (não-ideológico) para o final ideológico: o que agrega, indiscutivelmente, o Conceptual à ideia. Pela Forma Conceptual, do contraditório, do significante e do crítico a Arte Quase Bruta dilui-se no que a precedeu no respeito pelo domínio do que nos envolve, da Natureza sobre a Natureza Humana. A Natureza do bosque de Fontainebleau plastificou-se

no Impressionismo, expressou-se no Grito de Munch e cristalizou-se no Conceptual da Arte Quase Bruta fechando o ciclo, ou círculo, do fim ligando-se ao princípio, pela Arte. O Hábil e o Grácil, associados à forma, ao belo e ao gosto, foram transpostos: e a presença do Hábil e do Grácil nos 2400 anos de Arte seguintes a Apeles foram da evolução da técnica na não-técnica. A Estética e a Arte, pelo Conceptual (que inclui a Forma Bruta: não pelo uso dos materiais e imagens naturais e sim do seu contrário, o sintético: do bruto), deram um passo além da arte e da estética utilitárias e ornamentais.


3

Pelo desenho, a fotografia, o vídeo, as artes, ou a técnica, pode-se mostrar o submarino nuclear naufragado em 1989 no mar de Barents:(3) mas não se pode mostrar a radioatividade que irradia e irradiará sempre no ambiente marítimo e global.(4) E pode-se mostrar a central nuclear de Almaraz: mas não se podem mostrar as cinzas radioativas que blindou nem a radiação que lançou e lança no Tejo contra as suas fauna e flora. Mas uma marinha alterada, corrosiva e deformada pode sugerir e representar a contaminação radioativa do K-278; mas a chuva de Máscaras Bizarras, do expressionismo de Susana Rosa, pode sugerir e representar as águas radioativas que as torres de arrefecimento de Almaraz lançaram e lançam no Tejo: tudo depende do olhar, que vai de acrítico a crítico, de quem observa. A Arte tende a representar, no não metafísico, não espiritual e não metafórico, o que as artes não atingem. O Mural, a primeira abstração pollockiana, foi executado em 1943 e as bombas atómicas little boy (urânio-235) e fat man (plutónio-239) que arrasaram a cinzas as cidades de Yroshima e Nagasaki foram em 1945:(7) (8) mas o salpicado de O Mural pode sugerir e representar os destroços atómicos das duas cidades distantes de si dois anos. E a abstração pollockiana vai mais longe: ela, o jardim cáustico, sugere, ou representa, o caos: o ponto distante (?) para que tende o Estado Crítico. O olhar do observador sobrepõe-se ao olhar do criador e o seu presente sobrepôe-se ao momento da criação: numa transcendência dupla: analítica e temporal. É essa duplicidade, da abertura presente na Obra de Arte, que eleva a abstração conceptual ao Coceptual Abstrato. O Mural foi feito num ato rebelde de Jackson Pollock face às exigências de Peggy Guggenheim: não teve, na sua origem, nenhuma finalidade crítica e nenhum impulso expressionista: foi o andamento do tempo e da Estética, na conversão do gosto em Gosto, pela Razão, que sobrepôs o olhar crítico ao acrítico da abstração inicial dinamizando-a artisticamente.

O homem evoluiu para a tecnologia e a cognição contraditórias no tempo do aqueciento glogbal e de mais calor artificial.(9) Na tecnologia, enquanto a crise ambiental, o homem entrou no Estado Crítico: da queda para o caos. Na cognição contraditória o homem entende o Estado Crítico e não o nega oportunamente. Na era científica, da cognição e da tecnologia, os rebentamentos do dia a dia, dos testes nucleares e da guerra libertam, na forma de calor, a energia inerte da matéria: calor que não se perde e se acumula na estufa do aquecimento global. A Arte no Estado Crítico tem de expressar-se contra o Estado Crítico: não pode ser a arte que o precedeu. A Razão, da Estética e da Arte Quase Bruta, é da negação do Estado Crítico e não do que o originou.

A Arte Bruta (1945) é a arte criada por artistas portadores de carências mentais, ou por outros (como Jean Dubuffet, seu fundador), imitando-os.(12) Contrariamente a Arte Quase Bruta é a arte feita por artistas conscientes, ou não alienados, sobre a alienação humana, o estado moderno e da aproximação ao Caos. O mesmo consciente que impõe o contraditório e o significante na Arte e vê o Urinol, de Marcel Duchamp, não como um objeto metafórico e mediatizado e sim como o símbolo poluidor, entre a micção humana e a Terra. Na Arte Quase Bruta o domínio do consciente sobre o neutro traduz a ideia sobre a não-ideia, o absurdo e a anarquia artística e estética. O grito da Natureza, de O Grito, de Edvard Munch, o sofrimento de todas as mulheres, de Mulher a Chorar, de Pablo Picasso, e o grotesco invertido, do Belo contra o belo, de Mais Loiras, de Georg Baselitz, são consciências expressionistas tendentes ao significante artístico da Arte Quase Bruta de mim mesmo, de Eusébio Almeida e de Susana Rosa (pintores associados deste manifesto): e dos que seguirem a sua corrente.


1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Barbizon

2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Arts_%26_Crafts

3 https://pt.wikipedia.org/wiki/K-278_Komsomolets

4 A meia-vida do plutónio 239 é 24000 anos e a meia vida do urânio 235 é 703800000.(5) (6) A meia-vida obedece a uma progressão geométrica de razão 1/2. 100 quilos de resíduos nucleares de plutónio-239 reduzem-se a 50 quilos decorridos 24000 anos., a 25 quilos decorridos 48000 anos, a 12,5 quilos decorridos 72000 anos e assim sucessivamente, nunca atingindo o zero e mantendo-se sempre a radioatividade e a libertação de calor. 100 quilos de resíduos de urânio-235 reduzem-se a 50 quilos decorridos 703800000 anos, a 25 quilos decorridos 1407600000 anos, a 12,5 quilos decorridos 2815200000 anos e assim sucessivamente, nunca atingindo o zero e mantendo-se sempre a radioatividade e a libertação de calor.

5 https://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%B4nio-239

6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio-235

7 https://en.wikipedia.org/wiki/Mural_(1943)

8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeamentos_at%C3%B4micos_de_Hiroshima_e_Nagasaki

9 As bombas little boy e fat man detonaram o equivalente a 15+21=26 quilotoneladas (10^3) de TNT. Uma tonelada de TNT liberta 4,184X10^9 Joules de energia e um joule de energia equivale a 0,00053 graus centígrados de calor.(10) (11) Uma tonelada de TNT liberta (4,184X10^9)X0,00053=2,21752X10^6 graus centígrados de calor. As duas bombas atómicas libertaram para a atmosfera do aquecimento global cerca de 26X10^3X2,21752X10^6=7,983072X10^10 graus centígrados de calor. As detonações de TNT na segunda guerra mundial libertaram cerca de 2,264040X10^13 graus centígrados de calor. A tsar bomb detonou o equivalente a 57 megatoneladas (10^6) de TNT.(11) O calor que libertou foi 57X10^6X2,21752X10^6=1,2639864X10^14 graus centigrados de calor. A tsar bomb, um teste atómico num só segundo, lançou mais de 5 vezes mais calor para a atmosfera do aquecimento global que uma infinidade de detonações (por terra, mar e ar) de TNT nos 6 anos da segunda guerra mundial.


10 https://pt.wikipedia.org/wiki/Equivalente_em_TNT

11 https://citizenmaths.com/pt/energy-work-heat/joules-to-celsius-heat-units

12 https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_bruta

    6

5 Novembro 2019

Arsénio Rosa









sábado, 8 de julho de 2023

MANIFESTO ANTIGUERRA

 

MANIFESTO ANTIGUERRA

ou

MANIFESTO ANTINUCEAR

ou

MANIFESTO ANTI-HOMEM




PRELIMINAR


O Manifesto Antiguerra é contra a guerra mas, mais propriamente, é contra o calor libertado por ela e o nuclear no contexto do Estado Crítico, ou crise ambiental, ditados pelo aquecimento global e o buraco na camada de ozono. A libertação artificial de calor tem três momentos históricos: o do uso do TNT na primeira grande guerra, em 1914; o da primeira explosão atómica, o teste trinity de preparação das duas bombas atómicas do fim da segunda guerra mundial em 1945; e o tratado de interdição dos testes atómicos livres em 1963. Daí o Manifesto Antiguerra, ou Manifesto Antinuclear, ou Manifesto Anti-homem, dividir-se em três partes. Primeira parte: do início da primeira guerra mundial até ao fim da segunda guerra mundial, entre 1914 e 1945, que contém 1938, o ano do primeiro registo crítico do aquecimento global. Segunda parte: de 1914 até 1963, desde a primeira explosão bélica do TNT até à interdição de testes nucleares à superfície, no mar e no ar. Terceira parte: de 1914 até ao presente.


Com a entrada no nuclear o percurso humano, na análise da libertação artificial de calor, transitou das gramas, como da carga de pólvora dum cartucho de carabina, e dos quilos, como de um morteiro de obus, para o quiloton (10^3=1000 toneladas) de TNT e o Megaton (10^6=1000000 toneladas) de TNT das bombas atómicas e transitou do aquecimento global explícito para o Estado Crítico, ou Emergência Crítica, da queda no caos, que este manifesto pretende negar.


O homem evoluiu por três estádios: a Selvajaria, a Barbárie e a Civilização. A Selvajaria vem dos tempos ancestrais na aproximação ao moderno: de há cerca de 1,95 milhões de anos da conversão do Tropo na Palavra, ou transformação da Linguagem Articulada na Linguagem Moderna depois da descoberta do Verbo. A Selvajaria foi um período extaordinariamente longo dado a Barbárie, o estádio seguinte, ter nascido há cerca de 100000 anos com a emigração do Homem Moderno do continente africano para o europeu.(1) Na Selvajaria o homem primitivo enfrentava os outros homens e os animais utilizando técnicas rudimentares, como o pau e a pedra, que na Barbárie evoluiram para o seu lançamento: da frontalidade do corpo a corpo para a distância do arremesso. Depois, na Civilização, nascida há cerca de 8000 anos com a Escrita Embrionária e a Verticalidade Antropológica, os confrontos evoluiram do natural para o artificial do armamento metálico e, com a descoberta da pólvora no século IX, (2) para o armamento explosivo e a muito maior distância do arremesso transpondo a do arco e flecha. E com a evolução da química a Civilização evoluiu da pólvora para o TNT nos finais do século XIX, e a bomba nuclear, no século XX.(3) (4) Se nas invasões napoleónicas, de 1803 a 1815, os canhões usaram a pólvora na primeira guerra mundial, de 1914 a 1918, os carros de combate usaram o TNT e na segunda guerra mundial, de 1939 a 1945, detonaram duas bombas atómicas. Da agressão a frio a guerra evoluiu para a agressão explosiva, com libertação de energia, ou calor: da carabina e canhão rudimentares a guerra evoluiu para a metralhadora e o carro de combate sofisticados e o nuclear científico. No científico identificou-se o aquecimento global e nasceu o Estado Crítico. A evolução da Civilização foi a evolução da guerra na regressão a um outro estado de Barbárie e Selvajaria: onde é eminente a queda no caos.


As armas pelo TNT libertaram muito mais energia e calor que as armas pela pólvora. Depois a explosão nuclear libertou exponencialmente muito mais energia e calor que a explosão do TNT. Depois a explosão de hidrogénio libertou exponencialmente muito mais energia e calor que a explosão nuclear. Nas transições do TNT para o nuclear e para a bomba de hidrgénio a libertação de calor para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono subiu dantescamente, de exponencial para exponencial: do quilo para a tonelada, a quilotonelada e a megatonelada de TNT.(5) Como na natureza nada se cria e tudo se transforma também nada se perde: o que significa que a energia libertada na guerra e no atómico não se anulou e não se anula, antes se dissipou e dissipa, sob a forma de calor na atmosfera global.


As explosões de TNT libertam calor e gases, como o dióxido de carbono da responsabilidade do buraco na camada de ozono. Os cogumelos atómicos intensos de calor, de gases e de poeiras radioativas subiram à estratosfera e à coroa de ozono, do buraco na camada de ozono, e dispersaram-se por elas caindo no habitat de todos os seres vivos, com o homem. Este manifesto nega o nuclear e a guerra a favor da causa ambiental, da Terra e do homem.




PRIMEIRA PARTE

DE 1914 ATÉ 1945


A Alemanha nazi produziu TNT para utilizar na segunda guerra mundial. Em 1939 uma média de 5590 toneladas mensais: 12X5590=67080 toneladas. Em 1940 uma média de 7250 toneladas mensais: 12X7250=87000 toneladas. Em 1941 uma média de 10560 toneladas mensais: 12X10560=126720 toneladas. Em 1942 uma média de11000 toneladas mensais: 12X11000=132000 toneladas. Em 1943 uma média de16180 toneladas mensais: 12X16180=194160 toneladas. Em 1944 uma média de 17280 toneladas mensais: 12X17280=207360 toneladas. Nos seis anos os alemães produziram e explodiram na guerra 814320 toneladas de TNT (6). 1 tonelada de TNT produz 4,184X10^9 joules de energia (7). 1 joule equivale a 0,00053 graus centígrados de calor (8). 1 tonelada de TNT liberta aproximadamente:


(A)

4,184X10^9 joulesX0,00053 graus centígrados de calor=

=4,184X10^9X5,3X10^4=

=221752X10^5=

=2,21752X10^6=

=2217520 graus centígrados de calor


(B)

814320 toneladas TNTX2,21752X10^6 graus=

=8,1432X10^5X2,21752X10^6=

=18,057709X10^11=

1,805771X10^12=

=1805771000000 graus centígrados de calor


O calor libertado para a atmosfera do aquecimento global pelo exército nazi foi 1,805771X10^12 graus centígrados de calor. Na segunda guerra mundial entraram outros exércitos de outras nações. Os principais exércitos aliados foram da França, da Inglaterra, dos EUA, da Rússia e da Cnina. Os principais exércitos do eixo foram da Alemanha, da Itália e do Japão (9) (10). Na totalidadee, admitindo que cada exército detonou uma quantidade de TNT igual ao detonado pelo exército nazi, a segunda guerra mundial libertou para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono:


(C)

7X1,805771X10^12=

=12,640397X10^12=

=1,264040X10^13=

=12640400000000 graus centígrados de calor.


A segunda guerra mundial lançou para a atmosfera 1,264040X10^13 graus centígrados de calor pela explosão do TNT: um valor menor que o real uma vez que intervieram cerca de 72 países. Mas esse calor foi o libertado pela explosão direta do TNT que provocou incêndios libertando calor indireto. Admitindo que o calor indireto foi o dobro do calor direto na segunda guerra mundial o calor direto e indireto libertado por explosões convencionais foi:


(D)

3X1,264040X10^13=

=3,79212X10^13=

=3,79212X10^13=

=37921200000000 graus centígrados de calor


Em 1938 Guy Callendar demonstrou que nos 50 anos anteriores a temperatura global aumentara 0,3 graus centígrados:(11) o primeiro sinal do aquecimento global. O TNT foi descoberto em 1863, adotado pelo exército alemão em 1902 e pelo inglês em 1907.(12) E foi utilizado em larga escala na primeira guerra mundial. É de admitir que a detonação do TNT entre 1914 e 1918 libertou para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono uma quantidade de calor igual à que a segunda guerra mundial libertou. Certamente que o calor libertado pelo TNT contribuiu para a alteração do aquecimento global que Guy Callendar identificou. Curiosamente os 50 anos anteriores a 1938 recuam para a medição inicial da temperatura global em1888 quando o poder explosivo do TNT (usado como corante desde 1863) foi descoberto em 1891, 11 anos antes de ser usado como explosivo de guerra e 23 anos antes de 1914. Na totalidade as duas grandes guerras libertaram:


(E)

2X3,79212X10^13=

=7,58424X10^13

=75842400000000 graus centígrados de calor


As duas grandes guerras mundiais libertaram para a atmosfera do aquecimento global 7,58424X10^13 graus centígrados de calor direto e indireto por explosões convencionais. Ao mesmo tempo, por explosões diretas e pelos incêndios adimensionais, como de depósitos de combustíveis e de explosivos, de fábricas e armazéns de produtos químicos, de veículos militares, de florestas, de animais e de cidades múltiplas de materiais como tintas, madeiras, combustíveis, tecidos e tudo o resto que arde, produziram e lançaram para a atmosfera quantidades extraordinárias de dióxido de carbono e outros gases contrários ao efeito estufa da proteção da Terra. O calor e os gases libertados favoreceram simultaneamente o aquecimento global e a rutura na camada de ozono ainda não identificada em 1945.


A libertação de calor e gases para a atmosfera em clima de guerra deveu-se à evolução química e industrial do armamento contornando o explosivo pólvora antes do explosivo TNT da primeira guerra mundial e do século XX. A explosão de um quilograma de pólvora liberta uma quantidade de energia equivalente a 2 ou 3 quilogramas de TNT:(13) foi a versatilidade do uso do TNT sobre a o uso da pólvora que dominou sobre ela na guerra. Durante séculos a pólvora, detonada na guerra com uma libertação de calor muito maior que a do TNT, contribuiu para o aquecimento global medido em 1888: um valor já artificialmente alterado. E o uso da pólvora no tempo do TNT persistiu no armamento ligeiro utilizado em muito grande escala na guerra: continuou a influenciar negativamente o aquecimento global. Se o aquecimento registado em 1938, no tempo bélico do TNT depois da pólvora, foi um alerta do aquecimento global o nuclear, 7 anos depois, iniciou o Estado Crítico. Os usos da pólvora, do TNT e do nuclear (?) em contexto não militar, ou pacífico, não cabem na crítica ao Estado Crítico do Manifesto Antiguerra.


Entre 1914 e 1939 ocorreram, incluindo a primeira guerra mundial, 5 guerras.(14) Aos 7,58424X10^13 graus centígrados de calor direto e indireto libertado para a atmosfera até 1945, que não inclui o calor libertado pelas outras 4 guerras, somaram--se os calores gerados pelas duas explosões atómicas que finalizaram a segunda guerra mundial. A bomba atómica little boy, de urânio 235, com potência 15 quilotons de TNT, detonou sobre Hirochima em 6 agosto de 1945.(15) A bomba atómica flat man, de plutónio 239, com a potência 21 quilotons de TNT, detonou em Nagasaki em 9 de agosto de 1945.(16) No total as duas bombas nucleares detonaram o equivalente a 15+21=36 quilotons de TNT. 1 quiloton, ou quilotonelada, de TNT, equivale a mil toneladas (10^3 toneladas) de TNT. O calor atómico libertado foi:


(F)

36X10^3X2,21752X10^6=

=79,83072X10^9=

7,983072X10^10=

79830720000 graus centígrados de calor


O total de calor libertado pelo nuclear e convencional direto e indireto na segunda guerra mundial foi:


(G)

(D)+(F)

=(3,79212X10^13)+(7,983072X10^10)=

=3792,12+7,983072)X10^10=

=3800,103072X10^10=

=3,800103X10^13=

38001030000000 graus centígrados de calor


O total de calor libertado pelo nuclear e direto e indireto convencionais nas duas grandes guerras mundiais do século XX foi:


(H)

(E)+(G)

7,58424X10^13)+(3,800103X10^13)=

=11,384343X10^13=

=1,138434X10^14=

= 113843400000000 graus centígrados de calor



Antes do lançamento das duas bombas atómicas sobre o Japão os EUA tinham feito, em 16 de julho de 1945, no deserto do Novo México, o teste nuclear trinity, com a potência de 21 quilotons de TNT.(4) O calor que libertou para a atmosfera do aquecimento global foi:


(I)

21X10^3X2,21752X10^6=

=46,56792X10^9=

4,656792X10^10=

=46567920000 graus centígrados de calor


O calor total libertado por explosões convencionais e atómicas desde a primeira guerra mundial, 1914, até ao fim da segunda guerra mundial, 1945, foi:


(J)

(H)+(I)

=(1,138434X10^14)+(4,656792X10^10)=

=11384,34X10^10+4,656792X10^10=

=11388,99679X10^10=

=1,1389X10^14=

=113890000000000 graus centígrados de calor




SEGUNDA PARTE

DE 1945 ATÉ 1963


Em 1945, com o teste trinity, dos EUA, iniciou-se a era das explosões atómicas. Antes da era atómica o uso do TNT (e da pólvora) divergia entre uma carga mínima, como a de um cartucho de carabina, e uma carga máxima, como a de um morteiro de obus. Na era atómica a libertação de calor exponencializou-se relativamente à libertação de calor convencional: uma vez que cada detonação (atómica) passou a equivaler primeiro a quilotoneladas de TNT e depois a megatoneladas (10^6=1000000 de toneladas) de TNT.


Logo depois, em 1949, a URSS testou o seu primeiro engenho nuclear. E anos depois outras nações. Em 1963 foi assinado o tratado de interdição de testes nucleares livres: até 1963 os testes nucleares foram feitos em terra, no ar (em torres, suspensas de balões, largadas de aviões e lançadas de foguetões) e no mar; depois de 1963 os testes só seriam feitos em profundidade, no subsolo.(17)


O primeiro teste da URSS foi o RDS-1, com uma potência de 22 quilotons de TNT , em 29 Agosto de 1949, no Casaquistão.(18) Depois muitos outros testes. O RDS-2, em 24 de setembro de 1951, com a potência de 38,3 quilotons de TNT.(19) O RDS-3, em 18 outubro 1951, com a potência de 41,2 quilotons de TNT.(20) O RDS-6, em 12 agosto de 1953, com a potência de 400 quilotons de TNT.(21) O RDS-37, a primeira bomba de hidrogénio da URSS, em 22 novembro 1955 com a potência de 1,6 megatons de TNT.(22) O RDS-220, ou tsar bomb, em 30 outubro de 1961, com a potência de 58 megatons de TNT.(23) O RDS-5, com 3 bombas em setembro de 1953, com as potências de 9,2, 5,8 e 1,6 quilotons de TNT.(24) O RDS-219, com duas bombas, em setembro de 1962, com as potências de 24,4 e 10 megatons TNT.(25) Na totalidade somaram o equivalente a:


22X10^3+38,3X10^3+41,2X10^3+400X10^3+1,6X10^6+58X10^6+9,2X10^3+5,8X10^3+1,6X103+24,4X10^6+10X10^6=(22+38,3+41,2+400+9,2+5,8+1,6)X10^3+(1,6+58+24,4+10)X10^6=518,1X10^3+94X10^6=518,1X10^3+94X10^3X10^3=10^3X(518,1+94000)=94518,1X10^3=9,4518X10^4X10^3=9,4518X10^7 toneladas de TNT.


(K)

9,4518X10^7X2,21752X10^6=

20,959555X10^13=

2,095955X10^14=

209595500000000 graus centígrados de calor


Foram 11 explosões atómicas em ensaios numerados entre o RDS-1 e o RDS-220 (os que a internet refere). Os testes atómicos RDS da URSS libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono 2,095955X10^14 graus centígrados de calor e uma quantidade adimensional, absurda, de gases radioativos, incluindo o dióxido de carbono do efeito estufa.


A quantidade de calor atómico que libertaram foi quase o triplo do calor direto e indireto libertado por duas infinidades de explosões convencionais nas duas grandes guerras mundiais do século XX. A star bomb detonou o equivalente a 58 megatons de TNT e o calor que libertou foi:


(L)

58X10^6X2,21752X10^6=

=128,61616X10^12=

=1,286162X10^14=

128616200000000 graus centígrados de calor.


(M)

(L)/(E)

(1,286162X10^14)/(7,58424X10^13)=

0,1695835X10=

=1,7


A tsar bomb, o engenho atómico mais potente da história, da URSS, libertou quase o dobro do calor convencional total libertado nas duas grandes guerras mundiais do século XX. Um segundo atómico

colocou na atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono quase o dobro do calor convencional colocado por duas infinidades de explosões convencionais nos 10X365X24X60X60= 315360000 segundos das duas grandes guerras.


Antes da tsar bomb da URSS os EUA detonaram duas bombas de hidrogénio. A ivy mike em 1 de novembo de 1952, no Atol de Enewetak, nas Ilhas Marshal, com a potência de 11,2 megatons de TNT.(26) A castle bravo em 1 de Maio de 1954, no Atol de Bikini, nas Ilhas Marshal. A previsão eram 6 megatons de TNT mas detonou com a potência de 15 megatons de TNT. A nuvem cogumeto atingiu uma altura de 34 quilómetros.(27) No total foram 26,2 megatons de TNT que libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono volumes adimensionais de gases radioativos e a quantidade de calor:


(N)

26,2X10^6X2,21752X10^6=

=58,1X10^12=

5,81X10^13=

=58100000000000 graus centígrados de calor



Outros testes em megatons de TNT. O teste #219 da URSS, em 24 de dezembro de 1962 em Novaya Zemlya, com a potência de 24,2 megatons de TNT. Os testes da URSS #173, #174 e #147, entre 5 de agosto e 27 de setembro de 1962, em Novaya Zemlya, com potências de 20 megatons de TNT. O teste castle yankee dos EUA, em 4 de maio de 1954 no Atoll de Bikini nas Ilhas Marshal com a potência de 13,5 megatons de TNT. O teste #123 da URSS, em 23 de outubro de 1961 em Novaya Zemlya, com a potência de 12,65 megatons de TNT. O teste castle romeo dos EUA, em 27 de março de 1954 no Atoll de Bikini nas Ilhas Marshal, com a potência de 11 megatons de TNT. Os testes #158 e #168 da URSS, em 25 de agosto e 19 de setembro de 1962 na Novaya Zemlya, com as potêcias de 10 megatons de TNT.(28) Totalizaram a potência de 1,41X10^6 toneladas de TNT e libertaram 3,126703X10^14 graus centigrados de calor.


24,2X10^6+3X20X10^6+13,5X10^6+12,65X10^6+11X10^6+2X10X10^6=

=24,2X10^6+60X10^6+15X10^6+13,5X10^6+12,65X10^6+11X10^6+20X10^6=

=(24,2+60+15+13,5+12,65+11+20)X10^6=

=141X10^6=

=1,41X10^8=

=141000000 toneladas de TNT



(O)

1,41X10^8X2,21752X10^6=

=3,126703X10^14=

=312670300000000 graus centígrados de calor


Entre 1951 e 1957 os EUA detonaram em Yucca Flat, na operação plumbbob, no deserto do Nevada, mais de 45 engenhos nucleares.(29) O teste a que os repórteres de O Cruzeiro assistiram detonou sobre uma torre de 500 pés (152,4 metros) de altura e a potência da explosão foi equivalente a 10 quilotons de TNT.(30) Admitindo esse o valor médio das 45 explosões a potência total da operação plumbbob foi 45X10000=450000=4,5X10^5 toneladas de TNT. Em 1 novembro de 1952 os EUA fizeram o teste ivy king com a potência de 540 quilotons de TNT.(31) Ivy king foi um de uma série de testes. Totalizaram o equivalente a 990000 toneladas de TNT. O calor que libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:


4,5X10^5+540X10^3=

=4,5X10^5+5,4X10^5=

=9,9X10^5=

990000 toneladas de TNT


(P)

9,9X10^5X2,21752X10^6=

=21,953448X10^11=

2,195345X10^12=

=2195345 graus centígrados de calor


Em 1962, entre 25 de abril com o teste abode de potência 190 quilotons de TNT, e 30 de outubro com o teste housatonic de potência 9,96 megatons de TNT, os EUA fizeram 31 testes atómicos na operação dominic que somou o equivalente a 3,71996X10^7 toneladas de TNT.(32) Também em 1962 os EUA fizeram o teste atómico sedan de potência 104 quilotons de TNT.(33) O equivalente em TNT que totalizaram foi 3,73036X10^7 toneladas. O calor que lançaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:


(Q)

3,55996X10^7X2,21752X10^6=

=7,894282X10^13=

=78942820000000 graus centígrados de calor


Entre 1949 e 1989 a URSS fez 456 testes nucleares (340 em túneis e 116 atmosféricos) e os EUA fizeram cerca de 340 testes nucleares.(34) Dos testes da URSS 116, admito, por serem atmosféricos, foram antes de 1963, do Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares.(35) A totalidade de explosões atómicas até 1963 foi 116+340=456. O valor médio da potência dos 57 testes já referidos foi 5,26334X10^6 toneladas de TNT por teste. O calor total que libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:


(R)

(5,26334X10^6)X(2,21752X10^6X(456)=

=5322,232143X10^12=

=5,322232X10^15=

=5322232000000000 graus centígrados de calor


Desde 1945, do teste trinity, até 1963, da proibição dos testes nucleares livres, as detonações atómicas lançaram para a atmosfera do aquecimento global 5322232000000000 graus centígrados de calor. O calor total, por detonações atómicas e detonações de TNT na primeira e segunda guerras mundiais, desde 1914 até 1963 foi:


(S)

(E)+(R)

7,58424X10^13)+(5,322232X10^15)=

=(7,58424+532,2232)X10^13=

=539,80744X10^13=

=5,398074X10^15=

=5398074000000000 graus centígrados de calor


O calor total libertado, por explosões convencionais e atómicas, para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono desde 1914 até 1963, foi 5398074000000000 graus centígrados de calor. Mas essa é uma quantidade muitíssimo menor que a quantidade real: uma vez que entre 1914 e 1939 e entre 1945 e 1963 a Terra teve sempre guerras e houve testes atómicos não listados na internet e testes não declarados e, no convencional, foi desprezado o calor libertado pela pólvora.


(T)

(R)/(E)

(5,322232X10^15)/(7,58424X10^13=

=0,701749X10^2=

=70,2


O calor libertado por cerca de 456 explosões atómicas superou 70,2 vezes o calor libertado por duas infinidades de explosões de TNT nas duas grandes guerras do século XX. No aquecimento global o calor atómico interderiu 70,2 vezes mais que o calor libertado por duas infinidades de explosões convencionais. No buraco na camada de ozono os gases libertados por 456 explosões atómicas interferiram 70,2 vezes mais que os gases libertados por duas infinidades de explosões convencionais. Se as explosões convencionais libertaram gases convencionais as explosões atómicas libertaram gases radioativos. Se as explosões convencionias libertaram gases diretos das combustões as explosões atómicas libertaram gases por incineração total: o teste sedan, dos EUA, em 1962, fez uma cratera com 390 metros de diâmetro e 100 metros de profundidade pulverizando, em poeira radioativa, 12 milhões de metros cúbicos de terra.(33) As explosões convencionias, de gases comuns, limitaram-se à troposfera e as explosões atómicas, de gases radioativos, atingiram a estratosfera da camada de ozono e da proteção da Terra. “As detonações nucleares produzem grandes quantidades de óxidos de nitrogénio ao decompor o ar ao seu redor. Estes são então levantados para cima por convecção térmica. À medida que atingem a estratosfera esses óxidos de nitrogénio quebram cataliticamente o ozono presente nessa parte da atmosfera… Um estudo de 2008 de Michael J. Mills…publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, demonstrou que uma troca de ataques nucleares entre o Paquistão e a Índia usando os seus arsenais atuais poderia criar um buraco de ozono quase global...” (36)


A estratosfera, camada da atmosfera seguinte à troposfera, varia de 7 e 17 quilómetros até 50 quilómetros de altitude. O seu espaço inferior é caraterizado por fortes correntes de ar horizontais. Na estratosfera a ozonosfera, coroa da camada de ozono, fica acima dos 30 quilómetros.(37) A nuvem atómica do teste ivy mike, dos EUA, atingiu 20 quilómetros de altura e 5 quilómetros de largura: entrou 13 quilómetros na estratosfera.(26) A nuvem atómica do teste castle bravo, dos EUA, atingiu a altura de 34 quilómetros km: entrou 27 quilómetros na estratosfera; e penetrou a ozonosfera numa altura de 4 quilómetros.(27) A nuvem atómica do teste tsar bomb, da URSS, atingiu a altura de 60 quilómetros e a largura de 35 quilómetros: perfurou a estratosfera, perfurou a ozonosfera e subiu 10 quilómetros na mesosfera.(23) As poeiras e os gases das três superbombas foram dispersados dos seus espaços de perfuração para a estratosfera exterior, da Terra, pelos fortes ventos horizontais. Essa dispersão dos gases radioativos na estratosfera e a subsequente queda, por gravidade, na troposfrera do habitat humano e de todos os seres vivos, sujeitou, e sujeita, à radioatividade, todo o globo e todos os animais.


O estrôncio-90 é quimicamente semelhante ao cálcio e como ele absorvido especialmente pelos ossos humanos e de todos os animais, Também é absorvido pelas plantas. A ingestão de um alimento contaminado com estrôncio contamina com estrôncio. “Mas o que não se disse é que todas as medidas já foram tomadas no sentido de diminuir a presença de estrôncio no mundo.”(38) Îngenuidade jornalística? “70 a 80 % do estrôncio absorvido é eliminado do corpo, cerca de 20 a 30 % acumula-se nos ossos e cerca de 1% fixa-se noutros tecidos e sangue. O estrôncio-90 é produzido pelas detonações atómicas e a exposição a esse elemento radioativo produz cancro nos ossos, cancro nos outros tecidos e leucemia. As detonações nucleares atmosféricas dispersaram grandes quantidades de estrôncio por todo o mundo. Os seus níveis decaíram para valores baixos no presente. O acidente nuclear de Chernobil introduziu uma grande quantidade de estrôncio no meio ambiente. O estrôncio contamina o ar e os alimentos. Todas as pessoas, especialmente através do que ingerem mas também pelo ar que respiram, estão expostas ao estrôncio.”(39) O repórter de 1957 disse que o estrôncio-90, emitido pelas explosões atómicas transmite-se aos humanos e aos outros animais através dos alimentos contaminados com estrôncio, mas que todas as medidas já tinham sido tomadas para reduzir a sua presença no mundo. Contudo a informação de 2021, com mais de 2055 testes nucleares feitos depois de 1945, diz-nos que o estrôncio decaiu para valores baixos na atualidade mas que todas as pessoas estão expostas a ele.(40) (41) E diz-nos que Chernobil, o acidente numa central nuclear, contaminou o meio ambiente (global) com estrôncio e todos os outros isótopos radioativos do desastre atómico.(42) O jornalista de O Cruzeiro, 12 anos depois da origem do Estado Crítico, foi efetivamente ingénuo.


Nos ensaios aéreos com potências superiores a 10 quilotons as partículas radioativas das detonações atmosféricas elevam-se rapidamente à estratosfera e dispersam-se pelos seus ventos horizontais. E caem gradualmente, durante semanas, meses e anos, sobre a superfície da Terra como cinzas nucleares mundiais.”(43) Além dos testes aéreos foram feitos testes em alta altitude: as bombas foram transportadas em foguetões e detonaram acima da estratosfera. O teste mais alto dos EUA foi em 6 de setembro de 1958 na operação argus. Detonou numa altitude aproximada de 550 quilómetros.(44) Em 9 de julho de 1962 o teste starfish prime detonou na altitude de 400 quilómetros.(45) “Esta teoria propôs que um cinturão de radiação é criado nas regiões superiores da atmosfera da Terra por detonações de alta altitude… Criaram-se cinturões artificiais de elétrons que cercaram o planeta por semanas(46) Criaram-se cinturões radioativos cercando o planeta? Qual a sua finalidade? Testar uma teoria radioativa à escala global? Três perguntas que se intersetam na incerteza do terrível, do diabólico e do devastador.


O ensaio atómico além do aquecimento que gera produz cinzas radioativas de impacto permanente nos habitats globais: nos ensaios atómicos como nos desastres em centrais nucleares. “A 26 de abril de 1986, várias explosões e um grande incêndio afetaram o reator número 4 da Central Nuclear de Chernobyl. Assim começou uma tragédia de dimensões gigantescas em que milhões de partículas radioativas foram lançadas na atmosfera, numa quantidade 500 vezes maior que a libertada pela bomba atómica de Hiroshima. Com isso, a vida de milhares de pessoas e o ambiente foram dolorosamente afetados: uma enorme nuvem radioativa viajou milhares de quilômetros ameaçando a saúde e a segurança em vários países europeus. No primeiro momento, 31 pessoas morreram e 116000 foram evacuadas com urgência. Até hoje, cerca de seis milhões de pessoas tiveram a sua saúde afetada pela radiação e os 30 quilômetros de isolamento em redor da Central Nuclear ainda estão em vigor.”(47) Nos testes atómicos, como nos desastres em centrais nucleares e no dia-a-dia das centrais nucleares onde as cinzas radioativas são depositadas em contentores blindados no subsolo e no mar. “Um tipo especial de argila encontrada abaixo do solo suíço poderá desenvolver o dilema do depósito seguro de milhares de metros cúbicos de lixo nuclear que irão sobrar após o desligamento das cinco centrais nucleares da Suíça.”(48) A meia vida do estrôncio-90, obtido da fissão nuclear em explosões atómicas e em reatores nucleares, é 29,1 anos.(49) A meia-vida do plutónio-238 são 88 anos.(50) E as cinzas radioativas decaem segundo a meia vida do seu elemento. Significa isso que 1000 quilos de cinzas de plutónio depositados hoje por uma central nuclear decairão para metade (500 quilos), daqui a 88 anos, para um quarto (250 quilos) daqui a 176 anos para um oitavo (125 quilos), daqui a 266 anos, e assim sempre, indefinidamente, nunca se anulando na totalidade e sempre radioativas e libertando calor no seu contentor estanque. No decaimento progressivo, numa progressão geométrica de razão 1/2, o peso das cinzas radioativas armazenadas por qualquer central nuclear aproximam-se do zero, como que se anulando num longo prazo: mas no seu decaimento sobe, pela corrosão radioativa e acumulação contínua de calor, a força explosiva do seu depósito. A queima em centrais nucleares de hoje, pela reciclagem, termina em menos cinzas que no passado: mas continuam a ser cinzas radioativas irredutíveis e a somar-se às cinzas armazenadas.


As cinzas das queimas convencionais caem na terra e transformam-se organicamante: geram vida. As cinzas duma central nuclear são blindadas em contentores armazenados no subsolo: são afastadas da vida e não se transformam organicamente: continuam, indefinidamente, a cer cinzas radioativas geradoras de morte. As cinzas duma bomba atómica, que também é o ensaio nuclear, detonada à superfície, no mar ou no ar, caem na terra e não se transformam, continuam a ser cinzas radioativas e tornam radioativas as coisas que tocam, sejam orgânicas ou inertes: geram morte. As cinzas das queimas convencionais caem na terra e geram vida: alimentam a fotossíntese e a biodiversidade. As cinzas das queimas atómicas caem na terra e geram morte: negam a fotossíntese, a biodiversidade e a vida: são nefastas para a Terra e para todos os seres vivos que nela habitam.


A radioatividade quente, degenerativa, doentia e cancerígena, seja resultado dum ensaio nuclear, duma central nuclear, de qualquer acidente envolvendo material radioativo ou de lixo nuclear torna radioativo tudo que toca. Os seres vivos são intolerantes à radioatividade. E é óbvio que os seres mais frágeis à radioatividade sucubem a ela. Muito provalvelmente a extinção de muitas espécies, terrestres e marítimas, desde 1945, aconteceu e acontece devido aos níveis elevados de radioatividade que sofreram e sofrem. Muito provavelmente muitas doenças, muitos cancros, no homem desde 1945, aconteceram pela absorção de radioatividade. Contudo os fanáticos, geralmente académicos com espetro mediático, persistem na segurança do nuclear depois de centenas de acidentes e incidentes nucleares na era atómica curta (2023-1945=78 anos) e da opinião generalizada sobre o perigo do nuclear: “... O perigo se encontra nos resíduos de alta radioatividade e na possibilidade de acidente nas usinas, que podem ser devastadores...”(51)


Os fanáticos do nuclear negarão (?) as bombas e os testes atómicos afirmando as centrais nucleares: minimizam o perigo das centrais nucleares relativamente ao perigo dos rebentamentos atómicos. Mas o desastre duma central nuclear pode ser muito mais devastador que a explosão duma bomba atómica. “...Como foi possível que Hiroshima e Nagasaki, que sofreram explosões nucleares tão devastadoras e com tantas vítimas fatais, se tornassem cidades prósperas e habitáveis, enquanto Chernobyl virou um lugar completamente inabitado e assim seguirá por muitos anos… Quando o reator explodiu calcula-se que foram libertadas sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.”(52)


Aconteceram acidentes científicos, ou de cálculo. A previsão da potência do teste castle yankee, dos EUA, era entre 6 e 10 megatons de TNT mas detonou com 13,5 megatons.(28) O teste castle bravo, dos EUA, era para detonar com a potência de 6 megatons de TNT mas detonou com 15 megatons.(27) Aconteceram mais de 100 acidentes em centrais nucleares, como o de Chernobil, na Ucrânia, em 1986, por erros técnicos e o de Fukushima, no Japão em 2011, por erros estruturais, na rutura por um abalo sísmico.(53) Também aconteceram diversos acidentes nucleares militares, no mar e no ar: com navios,

submarinos e aeronaves. O Boeing B-52, bombardeiro dos EUA que transportava duas bombas atómicas com 3,8 megatons de potência e explodiu, em 1964, em pleno voo sobre a cidade de Goldsboro.(54) O submarino K-141 Kursk da Rússia, equipado com 2 reatores nucleares: uma explosão de um torpedo no lançamento afundou-o na Mar de Barents em 2000.(55) O submarino nuclear SSN-22, dos EUA, em 2021, no mar da China, colidiu com um objeto não detetado na rota de navegação.(56) O submarino nuclear soviético K-8 afundou em 1970 no Golfo da Biscaia com os seus reatores e os torpedos nucleares que transportava.(57) O submarino nuclear K-278 Komsomolets da URSS afundou com duas ogivas nucleares em 1984 no Mar de Barents.(58) Em 1994 verificaram vazamento de plutónio num dos torpedos. Uma expedição selou as fraturas do casco e admitiu um risco irrelevante de contaminação das águas até 2025. Em 2019 uma expedição conjunta norueguesa e russa detetou níveis elevados de contaminação radioativa junto dos destroços indicando vazamento do reator ou dos torpedos: e declarou uma ameaça insignificante ao meio ambiente marínho devido à profundidade das águas. E depois de 2025? A vida marinha local, dispersa entre microorganismos e a grande diversidade animal, que níveis de radioatividade suportam? Ou não suportam radioatividade? A grande profundidade das águas sugere a diluição da radiação na aproximação da superficie e do ar: qual foi a ameaça que mediram? Para o homem desprezando a vida marinha? E aconteceram dezenas de incidentes com materiais radioativos. O de Goiânia, Brasil, em 1987.(59) Césio-137 foi retirado, por sucateiros, de um aparelho de radiologia numa clínica abandonada e causou uma catástrofe local. O de 2009 no Equador, de 2005 no Chile, de 2003 no Irão e na Bolívia e de 1999 no Perú, com Irídio-192. O de 1996 na Costa Rica, de 2001 na Polónia, de 1998 na Turquia e de 2001 no Panamá com cobalto-60. O de 2002 na Geórgia com estrôncio-90. E muitos outros.


Aconteceram erros nucleares para todos os desgostos: atingindo a vida humana, a vida animal e o ambiente na sua generalidade, incluindo o subsolo, com testes atómicos em profundidade e armazenamento de toneladas de cinzas e resíduos radioativos. E além dos acidentes e dos incidentes houve os grandes erros estratégicos (próximos da catástrofe global). Em 5 de outubro de 1960 o comando militar americano, devido a um erro de radar, entrou em alerta máximo indicando um ataque nuclear soviético. O ataque à URSS não ocorreu porque a presença de Khrushchev em Nova Iorque injustificou os dados do radar que, efetivamente, eram falsos. Em 24 de novembro de 1961 um erro de comunicações alertou para um ataque da URSS aos EUA. Mísseis foram apontados à URSS e colocados em alerta final. Um dos decisores dos diparos não ativou o sistema e evitou uma catástrofe global. Em novembro de 1979 os radares dos EUA indicaram um ataque em grande escala da URSS: primeiro de cerca de 250 mísseis e logo depois de cerca de 2200. A reação, que no máximo, para ser eficaz, podia demorar 7 minutos, foi preparada: e só não foi disparada porque entretanto verificou-se que as indicações do radar eram falsas. Em 29 de setembro de 1983 o tenente-coronel Petrov, da defesa estratégica da URSS, deu um alerta de ataque nuclear dos EUA. O radar indicar só 5 mísseis disparados contra a URSS sugeriu que a informação era falsa. Não ativou a ordem de resposta e o aviso era falso. Em 24 de novembro de 1961 uma interferência, por avaria no sistema de comunicações militares dos EUA, alertou para um ataque nuclear soviético. Mísseis nucleares intercontinentais foram apontados à Rússia e colocados em alerta máximo: um dos responsáveis dos disparos não os ativou. “...Mas o incidente mais grave foi outro: o mundo observava, aterrorizado, a crise dos mísseis. Em reação à instalação de armas americanas de longo alcance na Turquia a União Soviética resolveu enviar o seu arsenal nuclear para Cuba. A esquadra soviética que transportava o arsenal foi bloqueada no Oceano Atlântico por navios americanos.” “Enquanto o presidente americano John Kennedy e o líder soviético Nikita Khrushchev negociavam, um dos submarinos russos B-59 estacionados no Atlântico mergulhou

para dificultar um possível ataque americano. Quando o destróier USS Beale disparou cargas de profundidade na direção do B-59, para forçá-lo a subir à superfície, o comandante russo Valentin Savitsky resolveu disparar um torpedo nuclear de 10 kilotons. Mas os três comandantes da embarcação soviética precisavam concordar com o disparo. Um deles, Vasili Arkhipov, convenceu Savitsky a subir à superfície sem disparar. Assim, salvou o mundo” “Neste momento faltam dois minutos para a meia-noite. Em 2012 faltavam cinco minutos. Em 1991 17; em 1947 sete. É assim, usando a metáfora de um relógio, que o Boletim dos Cientistas Atómicos, lançado em 1945 por pesquisadores da Universidade de Chicago, avalia qual é o risco de o planeta mergulhar no inverno nuclear, expressão utilizada para fazer referência a um cenário em que o mundo esteja coberto por poeira radioativa levantada por uma série de explosões nucleares espalhadas pelo globo.” “Em sete décadas de contagem do Relógio do Fim do Mundo, o ponto mais grave, 23h58, foi registrado apenas três vezes, em 1953, 2018 e 2019. Nos últimos dois anos, a organização acrescentou o aquecimento global como um fator decisivo para aproximar nossa espécie da extinção. Mas insiste nos riscos provocados pela falta de controlo sobre o arsenal nuclear planetário.”(60)


Quando o mundo quase acabou, inverno nuclear, relógio do fim do mundo, e Aquecimento Global sucedem-se no artigo da nota 60. Os três primeiros, exclusivamente nucleares, nasceram em 1945, na origem do nuclear, pelo boletim científico associado. Quando o mundo quase acabou, título do artigo, está implícito nos outros dois. Os criadores da era atómica criaram o relógio do fim-do-mundo, deram-lhe corda e iniciaram o Estado Crítico: da contagem decrescente que evoluiu para o descontrolo do arsenal atómico mundial. Depois associaram-lhe, no andamento do tempo de aproximação ao apocalipse, o aquecimento global: dantescamente, mais que diabólico; diabolicamente, mais que dantesco: porque depois de centenas de acidentes nucleares e do nuclear lançar para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono mais, mas muito mais, de 5,398074X10^15 graus centigrados de calor.


A estimativa feita pelos especialistas é que a perda acelerada de espécies que presenciamos hoje está entre 1.000 e 10.000 vezes acima da taxa de extinção natural.” “Esses especialistas calculam que entre 0,01 e 0,1% de todas as espécies são extintas por ano.” “Os cientistas sabem que, em toda a história do planeta, houve cinco grandes ondas de extinção, como a que exterminou os dinossauros, por exemplo. Acredita-se que, atualmente, vivemos a sexta crise de extinção.” “A diferença é que, ao contrário dos outros cinco episódios de extinção em massa da história geológica, desta vez parece que uma única espécie (a nossa) é quase inteiramente responsável por essa crise.”(61) Vivemos no extremo do Estado Crítico e no extremo do saber: o Manifesto Antiguerra defende o domínio do segundo sobre o primeiro: mas no respeito pela Natureza. Defende o saber favorecendo a causa ambiental: das energias renováveis contra as energias fósseis e contra o nuclear das usinas, dos testes e da guerra. E este manifesto não quer que o mundo acabe, não quer o frio nuclear depois do seu calor em megatoneladas de TNT, não quer o tic-tac do fim do mundo e não quer o aquecimento atómico no aquecimento global.


As guerras convencionais vêm e vão: depois de 8000 anos de Civilização: quando o civilizado é o que não faz guerra, as guerras seguem-se umas às outras, sem interrupções. E há guerras significantes e guerras insignificantes? As primeiras, como a do Iraque e da Ucrânia, são as que as televisões transmitem em diretos diários? As segundas são as que se noticiam de vez em quando? Umas e outras respondem à indústria do armamento e ao sentido selvagem do homem líder: não do outro que vive na circunscrição do afeto familiar. As guerras convencionais resumem-se a si mesmas e as guerras pré-nucleares são a guerra fria e a guerra quente. A guerra fria foi a dos mísseis americanos e soviéticos colocados na vizinhança do outro: e foi do medo global. A guerra quente é a da Ucrânia: do avanço do arsenal da Nato em direção à Rússia, da central nuclear de Zaporízia no calor das explosões cruzadas e da possibilidade do ataque atómico russo: e é do medo global. Aos medos de sempre o atómico associou o medo global. Se os medos contrariam as emoções individuais o medo global transcende em queda, de abismo, as emoções coletivas. O medo global, do medo do atómico, provocou na espécie a depressão coletiva, a que domina as multidões como as depressões individuais dominam os indivíduos. Por tudo isso o Manifesto Antiguerra também é o

MANIFESTO ANTINUCLEAR


TERCEIRA PARTE

DESDE 1963


Até ao presente aconteceram mais de 2279 explosões atómicas. A potência média das 57 explosões atómicas referidas, 39 dos EUA (excluí a operação plumbbob porque só sei a potência de um teste nos 45 realizados) e 18 da URSS) foi 5,23235X10^6 toneladas de TNT por teste. O calor atómico total libertado foi:


(U)

5,23235X10^6X2,21752X10^6X2279=

=26442,87412X10^12=

=2,644287X10^16=

=26442870000000000 graus centígrados de calor


Em (T) comparou-se o total de calor atómico e o total de calor convencional libertados pela primeira e segunda guerras mundiais do século XX. O calor atómico foi 70,2 vezes superior ao calor convencional. Vamos fazer a comparação entre o calor das 2279 detonações nucleares e o mesmo calor das duas grandes guerras.

(V)

(U)/(E)

2,644287X10^16)/(7,58424X10^13)=

=0,34866X10^3=

=348,7


A desproporção extrordinária de 70,2 vezes mais calor atómico libertado até 1963 que o calor convencional libertado pela primeira e a segunda guerras mundiais subiu para 348,7. Os gases atómicos libertados ampliaram-se na mesma desproporção.


As duas grandes guerras do século XX duraram 10 anos. Entre o início da primeira guerra mundial e o presente (2023) decorreram 109 anos e, excluindo as duas grandes guerras, cerca de 72 guerras com explosões de TNT por mecanismos bélicos de terra, de ar e de mar cada vez mais sofisticados no poder destruidor e na libertação de calor. Que quantidade de calor libertaram todas as outras guerras? Na totalidade as 72 guerras somaram 465 anos de guerras(14). Dividindo 465 por 10, da soma dos tempos das duas grandes guerras, temos 46,5. Como muitas das 72 guerras não tiveram a intensidade bélica das duas grandes guerras vamos admitir, pelo mínimo, que libertaram 20 vezes mais calor que elas: 10 das tetonações de TNT e 10 da infinidade de detonações de pólvora, muito mais energética que o TNT e usada desde sempre no armamento ligeiro, um múltiplo muito grande do pesado.(62)


(W)

20X(E)=

=20X7,58424X10^13=

=151,6848X10^13=

=1,516848X10^15=

=1516848000000000 graus centígrados de calor


Somando o calor convencional ao calor atómico temos o calor total lançado até ao presente pelos mecanismos da guerra e do nuclear para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono:


(X)

(U)+(W)

2,644287X10^16+1,516848X10^15=

=(26,44287+1,516848)X10^15=

=27,959718X10^15=

=2,795972X10^16=

=27959720000000000 graus centígrados de calor.


O calor convencional total, de todas as guerras entre 1914 e 2023, somado ao calor libertado por 2279 explosões atómicas, atingiu o valor dantesco: 2,795972X10^16 graus centígrados de calor.


Até 1963, do tratado de interdição de testes nucleares livres, ocorreram cerca de 456 testes. Libertaram 5,322232X10^15 graus centígrados de calor. De 1945 até ao presente ocorreram cerca de 2279 testes nucleares. Libertaram 2,644287X10^16 graus centígrados de calor. Subtraindo obtemos o calor atómico libertado depois de 1963.


(Y)

(U)-(R)

2,644287X10^16-5,322232X10^15=

=(26,44287-5,322232)X10^15=

=21,120638X10^15=

=2,112064X10^16=

=2112064000000000 graus centígrados de calor


2,112064X10^16 graus centígrados de calor foi a quantidade de calor atómico libertado depois do tratado de interdição de testes livres. Esse calor resultou na totalidade de explosões no subsolo? Não!(34) “...Um sucesso limitado foi alcançado aquando da assinatura do Tratado de Interdição Parcial de Testes em 1963, que bania os testes nucleares na atmosfera, debaixo de água e no espaço. Contudo, nem a França nem a China, ambos Estados com armas nucleares, assinaram o TIP. A França prosseguiu com testes nucleares atmosféricos até 1974 e a China realizou a sua última experiência atômica a céu aberto em 1980.(63) Depois de 1963 ocorreram testes atmosféricos embora a maioria detonasse no subsolo. Mas o calor duma explosão atómica no subsolo não fica estanque no seu espaço de origem: ele irradia e irradiará sempre para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono. “...Desde 1963, com o Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, tais testes não podem mais ser realizados na atmosfera ou sob a água, o que foi essencial para a mitigação de potenciais efeitos desses testes para a população civil… Mesmo assim, os riscos e consequências de um teste nuclear são os mais variados, podendo apresentar ameaças à saúde desde o processo de fabricação até anos após a explosão… Além disso, após os testes, os riscos mais nocivos estão também associados à exposição à chamada radiação ionizante (raios X, raios beta e raios gama), que tem a capacidade de ionizar átomos e moléculas das células humanas e podem alterar a estrutura do DNA, com efeito cancerígeno.”(64)


(Z)

(Y)/(E)

2,112064X10^16/7,584248X10^13=

=0,27848X10^3=

=2,7848X10^2=

=278


O calor atómico libertado depois do tratado de interdição de testes nucleares livres de 1963 é equivalente a mais de 278 vezes o calor libertado pelas duas grandes guerras do século XX. Resultou. sobretudo, de testes no subsolo. 2,112064X10^16 graus centígrados de calor atómico presos na profundidade: como mais de 278 duas grandes guerras silenciosas, mudas e distantes numa outra dimensão: a da Terra subterrânes e irradiante do calor adverso pelo seu manto. Calor que se vai libertando lentamente para a atmosfrera do aquecimento global e do habitat animal: quando decresce desproporcionalmente o número das espécies indispensáveis à biodiversidade e à sobrevivência.


Depois de 8000 anos de Civilização o homem mata os outros animais e mata-se a si mesmo. Diversamente. E pelo atómico e a guerra. E se não se mata no real mata-se no virtual, de violência extrema e gartuita, dos videojogos. Na guerra, destrutiva, mata-se sem punição e no virtual, educativo, mata-se com premiação. No real e no virtual: como num estado de guerra generalizada. A guerra, 8000 anos depois da Barbárie e 100000 anos depois da Selvajaria, transcende o sábio indo ao bruto.


Ao civilizado e sábio associamos o pacífico e a negação da guerra. Mas como pode acabar a guerra? Como pode uma nação cruzar os braços se outra a ataca? Como pode uma nação desarmar se a outra não desarma? No impasse continuam as detonações atómicas em megatoneladas de TNT e as guerras sofisticadas com libertação de calor, radioatividade e gases do efeito estufa: na aceleração do Estado Crítico ou Estado de Emergência. O primeiro, o Estado de Emergência, ou o Estado Crítico, nasceu no zero do nuclear, no rebentamento equivalente a 21 quilotoneladas de TNT do teste trinity em 1945, da expansão do aquecimento global e da entrada da radioatividade artificial na atmosfera da Terra. O segundo virá (?) de um ponto sem retorno: da queda no caos. Entretanto seguem as guerras fria e quente, a política dos ódios ideológicos e das bombas sujas no tempo do homem besta:(65) mais bruto que sábio.


Foi o tratado de interdição parcial de testes nucleares e depois o tratado de interdição total de testes nucleares.(66) O segundo foi sobre o não armamento do outro sem obrigar ao desarmamento do que já estava armado. E mais de 50 anos decorridos persistem as potências atómicas e o medo do nuclear. Teoricamente nega-se o nuclear e na prática faz-se o seu desenvolvimento associado ao da guerra. A guerra dos mísseis milionários que passam sobre os miseráveis, que não são os infelizes, nem os desnutridos e os desabrigados, para irem matar longe.


Uma bomba é lançada para ir matar lonje. Só não pode cair ma casa palaciana do outro líder. O resto não conta e o que faz de herói no terreno é carne para canhão e nome para o memorial da guerra. Por si só a bomba nunca cai antes do alvo porque leva combustível a mais para a propulsão e o excedente explode com o explosivo favorecendo o estrago. Sejam A e B: A o que ataca e B o que defende. A bomba vai de A para B a uma velocidade estonteante guiada por GPS para cair no sítio certo. A evoluiu cientificamente para ter uma bomba assim mas B não esteve a dormir e construiu uma arma defensiva equivalente. Disparada a bomba de B o seu GPS leva-a ao encontro das coordenadas do GPS da bomba lançada por A. A velocidade estonteante de uma vezes a velocidade estonteante da outra dão uma velocidade duplamente estonteante: tudo no espaço humano, académico e diabólico. Chocam incrivelmente: e acabou-se. Isso é o que temos inversamente: de A para B e de B para A.


Mas o homem evolui e tudo indica que o futuro científico e militar vai produzir não um míssil mais sofisticado de defesa e sim uma onda: muito mais civilizada no voo que o missil. Sim: porque parece que o civilizado não é o que é contra a guerra e sim o que é mais tecnológico nela. Essa onda, lançada por B contra a bomba que A já lançou, vai inverter as suas coordenadas do GPS: troca as de B, para onde ia, pelas de A, de onde vinha: e a coisa volta para trás, já não vai estourar nem no ar nem em B e sim em A, o lugar de que partiu. Será o feitiço virando-se contra o feiticeiro na vida real.


Sabendo que B pode inverter as coordenada ofensivas nas defensivas A perde o controlo da guerra. Se antes queria atirar uma bomba mais potente que a anterior deixa de querer fazê-lo. E muito menos no nuclear. Sejamos pragmáticos. Imagine, caro leitor, que é você o atirabombas teleguiadas que a onda do outro inverte para ir cair onde foi lançada. Se for uma bomba de carnaval pode atirar à vontade desde que ponha na cabeça um vaso protetor. Se fôr um petardo, em vez duma bombinha uma bomba a sério, pode lançá-lo do fundo do quintal e abrigar-se no outro lado. E se for uma bomba atómica? Ah! Pois é! Aí você nem vai alugar um terreno para a lançar de lá. O que a fazer é pôr as bombas de lado e avançar no sistema defensivo de B. E vai-se cair no ponto em que nem A pode atacar B nem B pode atacar A porque os cruzamentos são exímios no recuo: quero dizer, no volta atrás, no cai em casa.


Aí, no futuro parábólico, dos computadores híper, das ondas, dos radares e da parábola, o homem vai frustrar-se por não poder fazer guerra abertamente e só ganhar destruindo o seu arsenal mesmo que o inimigo não destrua o dele. E cada um, tocado pelo medo da lei inversa, vai desarmar mais rápido que o outro. Será a corrida ao desarmamento global no estado limite do pensamento, da ciência, das guerras e das leis: sem tratados. Sendo o tratado uma lei sem tratado e sem lei deixará de haver guerras favorecendo o aquecimento global e o buraco na camada de ozono. Uma era pacífica e sem radioatividade artificial e adversa ao homem e aos outros animais. Por esse futuro metafórico e por todo o resto que é contrário à Terra e ao homem o Manifesto Antiguerra e Antinuclear também é o


MANIFESTO ANTI-HOMEM


1 https://evolucaoarseniorosa.blogspot.com/2016/11/selvajaria-barbarie-e-civilizacao.html

2 https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3lvora

3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Trinitrotolueno

4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_Trinity

5 https://pt.wikipedia.org/wiki/Equivalente_em_TNT

6 https://pt.frwiki.wiki/wiki/Trinitrotolu%C3%A8ne

7 https://www.convert-me.com/pt/convert/energy/joule/joule-to-tntton.html?u=tntton&v=1

8 https://citizenmaths.com/pt/energy-work-heat/8870-joules-to-celsius-heat-un

9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Aliados_da_Segunda_Guerra_Mundial

10 https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/axis-powers-in-world-war-ii

11 https://en.wikipedia.org/wiki/Guy_Stewart_Callendar

12 https://pt.wikipedia.org/wiki/Trinitrotolueno

13 https://pt.interestrip.com/one-calorie-is-equivalent-to-one-gram-of-tnt-in-terms-of-energy

14 https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_guerras

15 https://pt.wikipedia.org/wiki/Little_Boy

16 https://en.wikipedia.org/wiki/Fat_Man

17 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Interdi

18 https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-1

19 https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-2

20 https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-3

21 https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-6

22 https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-37

23 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tsar_Bomba

24 https://en.wikipedia.org/wiki/RDS-5

25 25 https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_219

26 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivy_Mike

27 https://pt.wikipedia.org/wiki/Castle_Bravo

28 https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-maiores-testes-nucleares-da-historia/

29 https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Plumbbob

30 Revista O Cruzeiro número 38 (de 6 de julho de 1957 Brasil).

31 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivy_King

32 https://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Dominic

33 https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Sedan

34 https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_arma_nuclear

35 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Interdi%C3%A7%C3%A3o_Parcial_de_Ensaios_Nucleares

36 https://pt.wikipedia.org/wiki/Inverno_nuclear

37 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ozonosfera

38 O Cruzeiro, 6 de julho de 1957 (no artigo sobre um teste nuclear plumbbob)

39 https://pt.wikipedia.org/wiki/Estr%C3%B4ncio-90

40 https://quercus.pt/2021/03/03/34-anos-apos-chernobyl-movimento-iberico-antinuclear-volta-a-alertar-para-os-perigos-da-energia-nuclear

41 https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-01/mais-de-2-mil-testes-nucleares-ja-foram-feitos-no-mundo-desde-1945

42 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil

43 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinza_nuclear

44 https://es.wikipedia.org/wiki/Operaci%C3%B3n_Argus

45 https://pt.wikipedia.org/wiki/Starfish_Prime

46 http://sphaericaest.blogspot.com/2018/09/operacao-fishbowl-dominic.html

47 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear#Acidentes_em_usinas_nucleares7

48 http://educacao.globo.com/artigo/maiores-acidentes-nucleares-da-historia.html

49 https://pt.wikipedia.org/wiki/Estr%C3%B4ncio-90

50 https://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%B4nio-238

51 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear

52 https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150808_hiroshima_nagasaki_chernobil_rm

53 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Fukushima

54 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_em_Goldsboro_em_1961

55 https://pt.wikipedia.org/wiki/Kursk_(K-141)

56 https://www.epochtimes.com.br/11-marinheiros-feridos-em-acidente-de-submarino-nuclear-dos-eua-em-aguas-do-indo-pacifico_164872.html

57 https://es.wikipedia.org/wiki/Submarino_sovi%C3%A9tico_K-8

58 https://pt.wikipedia.org/wiki/K-278_Komsomolets

59 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia

60 https://super.abril.com.br/especiais/quando-o-mundo-quase-acabou

61 https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/quantas_especies_estamos_perdendo/

62 https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-maiores-testes-nucleares-da-historia/

63 %C3%A7%C3%A3o_Completa_de_Ensaios_Nucleares

64 https://noticias.r7.com/internacional/veja-quais-sao-os-riscos-e-as-consequencias-de-um-teste-nuclear-17112022

65 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_sujahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_suja

66 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_N%C3%A3o_Prolifera%C3%A7%C3%A3o_de_Armas_Nucleares



Arsénio Rosa

6 de junho de 2023