Algoritmo numérico

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

INFLUÊNCIA HEREDITÁRIA PARA A APRENDIZAGEM DAS LÍNGUAS NO INDIVÍDUO

A evolução foi contínua, como é óbvio: iniciou-se no princípio da vida e veio até ao presente. Para chegar a essa distância, da Origem da Vida na terra, tinha duas opções: 1) seguir, simplesmente, o ponto de referência apontado pelos livros de história, 3 mil milhões de anos;1 2) obtê-la partindo dos coeficientes que já conhecia KDE e KLE, das origens da Escrita e da Linguagem Moderna. Por razões específicas ao desenvolvimento do meu trabalho, que explicarei na mensagem seguinte, optei pela segunda opção. Por ela, ou fosse pela outra, exigia-se o estudo da influência hereditária no indivíduo para a aprendizagem das línguas. Essa distância, a obter nesta mensagem, é imprescindível à mensagem seguinte sobre a Origem da Vida na Terra.
A criança emite a sua primeira palavra aos 1,0417 anos de idade. A partir daí desenvolve rapidamente a linguagem, tal que, por volta dos 2 anos, pode pronunciar cerca de 300 palavras: essa facilidade não foi aprendida e foi herdada; é uma capacidade genética, ou hereditária. Se é hereditária, na regra matemática, que exige comprimentos, ela ultrapassa o nascimento, ou a conceção, indo ao tempo dos pais, ou dos avós. Esse prolongamento do tempo do indivíduo para o seu passado tem paralelo em A1F1, quando o Reflexo Indutivo, de B1, teve de ter influência do que o precedeu na linha genealógica, não só ao nível reflexivo mas também orgânico, uma vez que o que o originou foi uma transformação, ou adaptação, cerebral.2 E, sendo uma particularidade genética, ela ultrapassa a conceção, M2, para a sua esquerda, indo ao tempo dos pais e dos avós. Admita-se que a influência vem no mínimo dos pais e no máximo dos avós.
No mínimo dos pais, como primeiro extremo, A´´2, é óbvio, porque se a influência hereditária é genética ela vem, certamente, dos pais, 2. E o segundo extremo será no máximo dos avós: porque, ao irmos trabalhar com um comprimento, ele será multiplicados por 6, de 4 avós, 2 maternos e 2 paternos, e 2 pais, resultando numa grande distância para o extremo mais afastado, A’2.
Se a influência hereditária dos pais termina no momento da conceção, ou ligação genética, o seu comprimento será obtido, individualmente, pela subtração do tempo da gestação, 9 meses (9 / 12 = 0,75 anos), à idade média dos pais no parto. Isso vale também para os avós porque a influência genética sobre os netos, através dos filhos, delineou-se na conceção destes.
Sabendo-se que a idade média da mãe no parto a nível mundial é 27 anos; e admitindo para o pai uma idade maior dada pelo desvio do caso português temos 27 + 2,7352 = 29,7352 anos: e a idade média desses dois valores será: (27 + 29,7352) / 2 = 56,7352 / 2 = 28,3676 anos. O comprimento da influência hereditária de cada interveniente é: 28,3676 – 0,75 = 27,6176 anos. Assim que:
27,6176 x 6 + 0,75 + 23 > A2E2 > 27,6176 x 2 + 0,75 + 23  165,7056 +0,75 + 23 > A2E2 > 55,2352 + 0,75 + 23  189,4556 anos > A2E2 > 78,9852 anos.
E o ponto médio desse intervalo será: (189,4556 + 78,9852) / 2 = 268,4408 / 2 = 134,2204 anos.

1
“… Isto é válido para todos os organismos de todas as épocas, mesmo desde o início da vida (transição abiótica-biótica), há 3 biliões de anos. De qualquer forma, as células, que são sistemas orgânicos já altamente complexos, existiam há 2 biliões de anos… Não há motivos para supor que no passado o mecanismo que presidiu à evolução dos organismos tenha obedecido a leis diversas das que atuam no presente.” (Heberer, Kurth & Schwidetzky, 1979, p.355). “As camadas de sedimentos acumulados ao longo dos tempos geológicos, constituindo verdadeiros registos do passado da Terra, permitem datar os restos fossilizados dos primeiros seres vivos. Os mais antigos fósseis conhecidos dizem respeito a algas e bactérias encontradas (por E. S. Berghoorn em rochas sedimentares do Canadá) em camadas com mais de 2 mil milhões de anos. Certos cálculos teriam mesmo permitido atribuir às bactérias encontradas em rochas da África do Sul, cerca de 3 mil milhões de anos.” “Graças aos recentes trabalhos de A. Katchalsky, L. E. Orgel, C. Ponnamperuma, J. Rabinowitz e G. Steinman, pode hoje considerar-se que a grande maioria dos tipos de moléculas essenciais aos organismos biológicos, poderia ter sido sintetizada por vias puramente abióticas.” (Rosnay, 1977, p.102 e 136).

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Admite-se como certo, com bastante segurança, que os antepassados imediatos dos Primatas foram pequenos Mamíferos insetívoros terrestres do fim do cretáceo da era mesozóica, que viveram há mais de 60 milhões de anos. Nos antepassados dos Primatas, o olfato era muito desenvolvido…” “No fundo das cavidades nasais e nas suas paredes laterais, encontram-se os três cornetos do nariz (superior, inferior e médio). O recém-nascido possui um quarto corneto, o de Santorini, que desaparece mais tarde, em 50 a 75 por cento dos casos.” “É muito raro haver no Homem um quinto corneto. Os casos de conservação do quarto ou do quinto cornetos comprovam que os antepassados do Homem tinham um olfato muito mais ativo…” “E se as modificações do analisador olfativo ocorreram devido às influências do meio exterior, o mesmo se tem de dizer do analisador tátil, porque o ato de trepar às arvores agarrando os ramos provocou a formação não só de pés prensíveis providos de unhas, mas de mãos também prensíveis e com unhas… É um ponto capital para os Macacos a circunstância de poderem manter o equilíbrio quando trepam às árvores ou saltam de um ramo para outro. Esse equilíbrio cumpre-se devido ao desenvolvimento de órgãos especiais – em primeiro lugar, o aparelho vestibular do ouvido interno e o cerebelo. Os movimentos dos pés e das mãos são coordenados por esses órgãos.” “A participação dos membros na locomoção estava estreitamente ligada ao analisador visual que, por sua vez, evoluiu muito… Por outras palavras, a visão binocular aparecia nos Primatas, desenvolvia-se e tornava possível a visão estereoscópica dos objetos…” “As modificações dos analisadores olfativo, tátil e visual dos Primatas dependeram de um conjunto de fatores complexos e de influências externas…” “Assim, é antes de tudo aos seus antepassados simiescos que o Homem deve a visão binocular. Deve-lhes ainda a faculdade de ver o mundo a cores. Com a sua visão tricromática, o Homem aproxima-se sobretudo dos Macacos do Velho Mundo…” “O analisador acústico, especializado na distinção dos ruídos da floresta e de significação vital, adquiriu, ele também, uma importância de primeira ordem…” “Os Macacos estão sempre à escuta dos sons emitidos pelos outros membros do bando. Alguns desses sons adquirem a importância de sinais…” (Nesturkh, 1972 b, p. 113, 115, 119. 120, 121, 123 e 126). “… Há cerca de 55 milhões de anos, os primeiros primatas, semelhantes a algo que hoje reconheceríamos como tárcios e lémures, floresciam na América do Norte… Estes seres foram os primeiros da linha dos primatas a exibir uma caraterística digna de nota nesta ordem: em relação ao tamanho do corpo, o cérebro era maior do que é vulgar no mundo animal. Cérebros grandes em relação ao corpo indicam inteligência numa determinada direção…” (Jordan, 2001, p. 10). “No tronco cerebral de todos os Primatas, incluindo o Homem, verifica-se um esboço de segmentação. Esta é muito mais nítida na medula espinal, onde surge na saída regular de pares de feixes espinais sensitivos e abdominais motores, enquanto que, no tronco cerebral, se manifesta na disposição simétrica dos doze pares de nervos cranianos. Uma segmentação dessas denota que o Homem tem quadrúpedes entre os seus antepassados bastante próximos e vertebrados inferiores entre os membros mais recuados da sua genealogia.” (Nesturkh, 1972b, p. 128 e 130). “A. Severstov (1886-1936) mostra que o desenvolvimento do feto de um vertebrado atual nos dá mais uma ideia das formas embrionárias que das formas adultas dos nossos antepassados, porque numerosas modificações substanciais e hereditárias se completam durante o desenvolvimento fetal e se repercutem na estrutura das formas adultas, nas gerações subsequentes.” “Todavia, está fora de dúvida que o estudo das formas embrionárias permite apreender determinadas particularidades de estrutura das formas ancestrais adultas, tanto mais que a reprodução e a transmissão dos caracteres são efetuados por adultos e não por embriões.” “Nos estádios precoces do desenvolvimento fetal, a divisão celular lembra a formação dos metazoários a partir dos protozoários, fenómeno que provavelmente se desenrolou durante a era proterozóica…” “…A estrutura segmentada da musculatura do feto humano atesta a existência, num passado muito longínquo, de um estádio cordiforme de que herdou a corda dorsal, o rim primordial e um rudimento de intestino caudal.” “Com a idade de algumas semanas, o feto humano e o de outros Mamíferos apresentam muitas semelhanças com os Peixes. Sulcos branquiais desenvolvem-se de ambos os lados do pescoço e da cabeça. O sistema circulatório apresenta analogias com o dos Peixes: coração com duas cavidades, artéria caudal e presença de vasos nas seis croças aórticas que levam aos arcos branquiais…” “Por aí se comprova que os Peixes estão entre os antepassados mais recuados do Homem e dos outros Vertebrados.” “Outrora, a hipófise e a epífise eram tidas por órgãos totalmente misteriosos… No entanto, nada apresentam de enigmático. Esses órgãos, extremamente remotos, modificaram-se imenso e constituem hoje as glândulas endócrinas. As particularidades do seu desenvolvimento no Homem comprovam o parentesco humano com os vertebrados mais primitivos…” “Que herança deixaram os batráquios no Homem? Segundo alguns investigadores, seriam as membranas natatórias, que unem os dedos do feto humano…” “Na zona olfativa, o Homem recebeu dos batráquios a parte chamada órgão de Jacobson. Desenvolve-se por volta do quinto mês da vida intra-uterina, sob a forma de um canal que leva da cavidade nasal à boca…” ”Os Répteis legaram ao Homem alguns caracteres, que se manifestam principalmente no período intra-uterino, por exemplo, no desenvolvimento do cérebro, na estrutura e no tipo de ligação dos membros do feto de vários meses.” ”Assim, no feto, a cartilagem de Meckel esboça-se no arco branquial anterior, que serve para formar o maxilar inferior. Como em todos os Mamíferos, constitui, mais tarde, dois ossinhos do ouvido, o martelo e a bigorna. Ora, nos nossos antepassados, depois de ossificada, essa cartilagem servia de elo intermediário numa articulação complexa da mandíbula com o crânio, que se observa ainda nos Répteis atuais. O terceiro ossinho, o estribo, formado a partir do arco hióidio, surge já, numa forma ou noutra, nos Batráquios e nos Répteis.” “A repartição dos pêlos no corpo do feto, por tufos de três ou cinco corresponde até certo ponto, ao tipo de repartição das escamas nos tegumentos de Répteis fósseis, antecessores dos Mamíferos.” “Por último uma particularidade fisiológica - a insuficiência da regulação térmica no corpo do recém-nascido e mesmo nas crianças até aos cincos anos - indica-nos também que os nossos antepassados se desenvolveram a partir de animais intermédios entre os Répteis e os Mamíferos, possuidores de um mecanismo neurovascular ainda imperfeito de regulação da calorificação e da distribuição do calor pelo organismo (A. Slonim, 1952).” (Nesturkh, 1972a, p. 38 - 40, 42 - 46).