Algoritmo numérico

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domingo, 20 de novembro de 2016

ORIGEM DA VERTICALIZAÇÃO

ORIGEM DA VERTICALIZAÇÂO

Se o habitat original era o cimo das árvores o conflito G1I1 pressionou os primatas à descida sistemática no tempo. Se o seu habitat era o coração florestal tiveram de divergir do centro para a periferia. De G1 para I1, entre há 32,6138 e 27,2466 milhões de anos, foram ocupando progressivamente planos mais baixos ao mesmo tempo que divergiram do centro para o exterior. 5,3672 milhões de anos decorridos, em I1, ocupavam as orlas florestais e viviam sobretudo no chão. Na emigração forçada do cimo para o chão foram-se privando da luz; na emigração do centro para as periferias retornaram à atração por ela: e a atração pela luminosidade dos exteriores, na aproximação às orlas florestais, acelerou voluntariamente a dispersão. A ausência prolongada de luz conduziu à decadência da pelagem.
Pela exposição da superfície corporal e sujeitos abertamente aos climas rigorosos os primatas posteriores a I1 procuraram abrigos. Ao se protegerem, pela primeira vez, do sol, da chuva, ou da neve intensos, com uma casca de árvore ou uma folha grande, experimentaram a noção de agasalho. Essa noção permaneceu no seu estado embrionário durante grande parte do tempo I1E1 (entre I1 e o presente), porque entre os grupos expostos diretamente ao céu e os que se abrigaram, em retiros naturais, só os segundos, espontaneamente protegidos, sobreviveram. A carência de abrigos naturais diz-nos que foi um universo mínimo que sobreviveu.
Ao descerem do arvoredo e divergirem do centro florestal os primatas de G1 sentiram a escassez de bagas e frutos enquanto ampliaram o paladar socorrendo-se de tubérculos e raízes. Ao ocuparem planos mais baixos adquiriram a tendência, sobretudo defensiva, de olharem para cima, acompanhada, automaticamente, pelo impulso de elevação do rosto e da cabeça e, por sequência física, da parte superior do corpo, o tronco: e essa elevação evoluiu da tendência para a permanência conforme transitou da defesa espontânea para o estado de alerta. Pelo estado de alerta os primatas exercitaram os sentidos acelerando a conversão da Indução Ideológica em Ideia. E o estado de alerta foi um fenómeno interventivo intermediário às transformações físicas e psicológicas: ele reuniu à aferição dos sentidos a necessidade da elevação corporal seguindo as janelas da visão e audição. A elevação corporal genética iniciou-se muito próximo de G1; porque só isso justifica que logo após I1, decorrido G1I1 e anulado o esforço corporal do estado de alerta, prosseguisse a verticalização automática do esqueleto. A verticalização nasceu de 5,3672 milhões de anos de elevação física intensa: com essa intensidade decrescendo na aproximação a I1 e às savanas na redução do conflito e da conversão da metamorfose esquelética de forçada, ou física, para genética.
A elevação para o estado bípede, que se concluiu quando o centro de gravidade do tronco, em elevação e rotação, caiu dentro da base de sustentação do corpo no Momento Bípede, há 6,4462 milhões de anos, durou aproximadamente (32,6138 – 6,4462) x 106 = 26,1676 milhões de anos. E dividiu-se em dois tempos: 1) Entre G1 e I1, durante 5,3672 milhões de anos, por esforço físico; 2) De I1 para MB, durante (27,2466 – 6,4462) x 106 = 20,8004 milhões de anos, por impulsão genética. Com o bipedismo, no Momento Bípede, o Primata converteu-se no Hominídeo; foi uma alteração física que originou essa transformação quando, há 1,95milhões de anos, com a conversão da Linguagem Articulada na Linguagem Moderna, foi a alteração ideológica que levou do Hominídeo ao Homem Primitivo. Prosseguindo a elevação atingiu-se a verticalidade há 8000 anos, com a Escrita Embrionária. No paralelismo entre a evolução ideológica e a verticalização esta deu-se entre G1 e EE com o impulso físico original, de G1I1, transcendendo a ideia e originando-a.
Conforme a diáspora evoluiu do centro para o exterior os planos inferiores foram sendo mais povoados e insuficientes do alimento já naturalmente escasso. À tendência da elevação imprimida pelo estado de alerta associou-se a necessidade permanente de olhar o alto na procura de alimento, localizado, obviamente, nos pontos mais elevados do arvoredo. À tendência da elevação psicológica do estado de alerta associou-se uma física. Mas a ambas associou-se ainda outra, também psicológica: ao serem empurrados para o chão iam sofrendo o afastamento do alto tendendo a elevar-se pela nostalgia da origem. Essas três causas tornam provável que em I1, muito mais terrestres que arborícolas (A soma dos períodos quaternário e terciário, os mais recentes, é aproximadamente 60,02 milhões de anos: “…o período terciário durou, no total, uns 59 milhões de anos. Durante esse período imenso, os Prossímios evoluíram em Macacos que por sua vez continuaram o seu desenvolvimento. A evolução dos Primatas produziu Macacos antropomorfos arborícolas e, mais tarde, terrestres, entre os quais se desenvolviam também os antepassados diretos do Homem…” (Nesturkh, 1972a, p. 76)), tivessem uma elevação aproximada aos 45 graus, uma vez que só essa amplitude favorece o olhar frontal indispensável à linguagem futura. E o ver, evoluindo de mecanismo da vigia para a comunicação, assumia-se como segundo sentido depois do ouvir. E é de admitir que forçassem o esqueleto a elevar-se para o olhar convergir com o som: e este vetor, extremamente sensitivo, associou-se aos outros logo ascendendo sobre eles. O peso dos fatores sensoriais sobre os físicos no esforço da elevação no tempo longo G1I1, impôs-se tão fortemente que se fixou como código genético da verticalização, dirigindo-a durante 27,2466 x 106 – 8000 = 27,2386 milhões de anos; 20,7924 milhões agindo só, até MB; e depois de MB associado à sexualidade seletiva, bípede com bípede, uma novidade do Hominídeo sobre o Primata.
Esforçados na necessidade de elevação os membros da frente foram-se libertando do solo; essa libertação disponibilizou-os para outras aptidões (partindo das primárias de que tinham partido, como o catar e a apanha de bagas e frutos) reflexivas dirigidas às suas extremidades: as mãos. Em I1, praticamente subjugados à vida no solo, a elevação era essencial, contínua e esforçada.

Depois de I1 os primatas ocupavam as orlas florestais e as periferias. Os que ocupavam as periferias abrigaram-se; e saíam dos abrigos buscando alimento na floresta: nos encontros entre grupos geraram-se confrontos que de esporádicos foram a permanentes criando conflitos depois do grande conflito. Para maior sucesso na apanha de frutos os primatas periféricos sentiram a necessidade do prolongamento do braço para ir mais alto; uma exigência que os incitou de uma incursão para outra conduzindo-os ao seu alongamento artificial, no uso, embrionário, do pau.

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