Algoritmo numérico

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quinta-feira, 28 de abril de 2016

VALOR ABSURDO

VALOR ABSURDO PARA A ORIGEM DA LINGUAGEM MODERNA.

Para a origem das línguas não há uma datação concisa, havendo opiniões que variam entre há 2 milhões e 70 mil anos.1

Conhecem-se as variações volumétricas do cérebro desde há 4 milhões de anos. Como a grande alteração linguística, a origem da Linguagem Moderna, provocou necessariamente uma grande alteração no volume do cérebro, vamos fazer um estudo dessas variações.

O volume do cérebro do homem atual varia ente 1200 e 1500 ml. A média desses valores será: (1200 + 1500) / 2 = 2700 / 2 = 1350 ml. Há 4 milhões de anos: 450 ml. Há 2,1 milhões de anos: 700 ml. Há 1,9 milhões de anos: 775 ml. E há 1,6 milhões de anos: 900 ml.

O crescimento é sistemático na aproximação ao presente. Comparando os valores salta imediatamente ao olhar que nos 1,9 (4 – 2,1 = 1,9) milhões de anos mais distantes a variação foi muito menor que nos 1,9 milhões de anos recentes, com 700 - 450 = 250 ml contra 1350 - 775 = 575 ml; e isso diz-nos, nitidamente, que houve uma grande transformação linguística e ideológica há menos, talvez, de 2 milhões de anos: porque só esse fenómeno pôde ativar extraordinariamente a atividade cognitiva do cérebro, levando ao grande crescimento volumétrico. Interpolando matematicamente vamos obter o volume para a distância mínima referenciada pelos antropólogos, 70000 anos, e ver se é verosímil.

(X – 1350) / (7 x 104 – 0) = (900 – X) / (1,6 x 106 – 7 x 104)  (X - 1350) x (1,6 x 106 – 7 x 104) = 7 x 104 x (900 – X)  (X – 1350) x 1,53 x 106 = 7 x 104 x (900 – X)  1,53 x 10x X –  1,53 x 10x 1350 = 900 x 7 x 10– 7 x 10x X 1,53 x 10x X + 7 x 10x X = 2,0655 x 109 + 6,3 x 107  X x (1,53 x 106 + 7 x 104) = 2,1285 x109  1,6 x106 x X = 2,1285 x 109  X = 2,1285 x 109 / 1,6 x 106  X = 2,1285 x 103 / 1,6  X = 1330,3125 ml.

Há 70000 anos o volume do cérebro era muito próximo do valor atual (1350 – 1330,3125 = 19,6875 ml); isso concorda com uma linguagem muito desenvolvida e muitíssimo distante da praticada há 2 milhões de anos atrás. A distância 70000 anos, referenciada para a origem da Linguagem Moderna, é um valor absurdo.


1 “O cenário biológico, em contrapartida, reconhece a linguagem humana como resultado de um longuíssimo período de desenvolvimento evolutivo, remontando provavelmente aos nossos antepassados hominídeos de há centenas de milhares, ou talvez milhões, de anos. De acordo com este cenário, as línguas faladas há 100000 anos já teriam evoluído para um estado avançado, qualitativamente semelhante ao revelado pelas línguas modernas…” (Ruhlen, 1998, p. 12). “Os cérebros assimétricos do Homo habilis (2 milhões de anos) indicam a insipiência do uso da linguagem… O equilíbrio do cérebro no cimo da espinal medula, visível desde o Australophitecus (anterior imediato do Homo habilis), teria dado início às mudanças necessárias à flexão da parte inferior do crânio e à posição dos maxilares, que posteriormente se traduziram na capacidade de vocalização… É provável que os primórdios da linguagem tenham surgido em grupos de Habilis…” “… Estes bifaces de pedra lascada… (nalguns casos) revelam grande destreza manual. Os artefatos bifaciais propriamente ditos começam a surgir nos registos arqueológicos africanos há cerca de 1,5 milhões de anos… É provável que o fabrico mais padronizado de machados de mão, que envolve mais faces e uma melhor previsão do produto acabado, se tenham refletido num uso da linguagem mais estruturado e estandardizado.” “…Com a criação do Homo ergaster / erectus, o registo fóssil ganha consistência e deparamos com uma forma humana muito mais parecida connosco do que as anteriores.” “Os achados mais antigos do ergaster em África remontam a 1,75 milhões de anos… Curiosamente, a laringe dos fósseis do ergaster/erectus, quando a têm,parece situar-se num ponto intermédio entre a posição verificada nos australopitecos e nos seres humanos modernos, reforçando a suposição de que o uso da linguagem estava a desenvolver-se, embora lentamente, a par da evolução física…” (Jordan, 2001, p. 26, 28, 30 e 31). “…Contudo, existem, pelo menos, dois antropólogos (Charles F. Hockett e Robert Asher) que crêem que o australopiteco já possuía a linguagem há cerca de 2 milhões de anos; outro (Franck B. Livinstone) pensa que a linguagem e a proibição do incesto não aparecem até à época do Homo sapiens, há uns 70000 ou 150000 anos. Por meu lado inclino-me a crer que a vida familiar que se desenvolve a partir do uso de utensílios, a utilização da linguagem, a cozinha e a divisão do trabalho, devem ter-se estabelecido há entre 500000 e 200000 anos.” (Gough, 1977, p. 62).

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