Algoritmo numérico

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domingo, 24 de abril de 2016

O DOMÍNIO DA NATUREZA

O DOMÍNIO DA NATUREZA

O ponto B2, o 26º dia de idade da criança, é o limite inferior do Primeiro Organizador que se pode manifestar-se só aos 6 meses. Dando o Primeiro Organizador o sinal duma futura “atividade cognitiva” e tendo ele um paralelo na evolução, o ponto B1 representa a conversão de um animal comum num animal particular, que, depois, adquiriu reflexos distintivos, ou “ideológicos”. Antes de B1 o antropóide confundia-se nas ações reflexivas de todos os animais; o que não deixa de ter paralelo no comportamento infantil, quando, no oitavo dia, a criança passa a responder a sinais indiferenciados: 

“O recém-nascido possui já o reflexo pupilar de contração perante a luz…” “A partir do oitavo dia, a criança responde a sinais. Se estiver em posição de mamar, volta-se para quem a tem ao colo – homem ou mulher...” “…Com dez dias o olhar é capaz de se fixar num objecto luminoso e surge a coordenação das pálpebras. A partir das três semanas, o bebé segue um objeto luminoso, distinguindo-o, portanto, do fundo em que se move. A cabeça consegue voltar-se vivamente como resposta a um ruído…” “…Se pusermos um dedo na palma da mão do lactente, esta tende a fechar-se…” (Pepin, 1979, p.17 e 18).

Ao espaço amplo, entre o 26º dia e os 6 meses, só pode corresponder, paralelamente, um tempo ancestralmente amplo, para o desenvolvimento do Primeiro Organizador genérico, de ponto médio B1.

Se o Primeiro Organizador Infantil, o sorriso, é uma manifestação física muito próxima da primeira-palavra (1,0417 – 0,5 = 0,5417 anos) o seu equivalente no homem foi, no afastamento extraordinário à origem da linguagem, uma alteração física distintiva, daí em diante, dos comportamentos desse animal dos dos outros animais. E essa alteração só pôde ser cerebral. Mas a física do sorriso transporta toda a evolução sensorial nascida com o Primeiro Organizador humano: pelo que a alteração ancestral também foi sensorial. Física e sensorial: uma alteração resultante certamente de uma anterior e longa transformação filética que demarcou, aí, esse animal dos outros animais. Depois dela o antepassado humano evoluiu para a harmonização crescente de todos os sentidos concentrando-se no dos sons: este como o diretor sensorial tendente à linguagem. Os segundo e terceiro organizadores infantis são só sensitivos, o Eu e o Não, o Reconhecimento da Mãe e a Negação; e os segundo e terceiro organizadores genéricos foram só sensitivos, a Indução Ideológica e a Ideia: neles o cérebro evoluiu sobrepondo os reflexos ao instinto, desenvolvendo todos os sentidos, da visão… e dos sons no condicionamento à comunicação futura. Assim que a distância B1C1 foi de uma grandeza extraordinária contendo um comprimento muito longo de evolução instintiva, ou espontânea, e outro de evolução não instintiva, este já dirigido ideologicamente.


Depois de B1, embora o antropóide evoluísse instintivamente, o seu apuramento das sensações distinguia-se dos comportamentos instintivos dos outros animais, opondo-se, por isso, à evolução espontânea: os reflexos instintivos comuns, que obedeciam à lei natural, converteram-se nele em Reflexos Indutivos, por se oporem a ela. Por em B1 nascer um fenómeno contrário à lei natural nasceu aí uma outra natureza: nesta Segunda Natureza evoluiu um animal distinto que convergiu no Primata, no Hominídeo e no Homem, depois de muitos milhões de anos de evolução; lateralmente a esta nova natureza todos os outros animais persistiram na natureza ascendente, a Natureza, ou Primeira Natureza, transcendente a B1 e a F1. A reta original A1F1 é da Primeira Natureza e o segmento B1F1, contido nela, é da Segunda Natureza: e é óbvio que a Segunda Natureza, em que evoluímos, ou a que pertencemos, não é autónoma, sendo dependente da Primeira Natureza.

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