Algoritmo numérico

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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

INTRODUÇÃO DO ANEXO HISTÓRICO

ANEXO HISTÓRICO

1 Introdução.

O Anexo Histórico faz o estudo do paralelismo da evolução ideológica e linguística entre
o homem, ou homem genérico, ou Espécie, e o indivíduo. Parte do princípio lógico que associa a cada momento da evolução individual um momento da evolução da Espécie; ou, por outras palavras, que as fases do crescimento individual, muito bem definidas metricamente pela Psicologia do Desenvolvimento, são imagens de fases ancestrais da evolução antropológica: dos comprimentos do presente as inequações matemáticas, impulsionadas por coeficientes comparativos das velocidades paralelas da evolução, traçam extremos de intervalos e o preenchimento da reta A1F1 do mapa.

O homem genérico evoluiu na linguagem sonora para atingir a Escrita e evoluir nela para o conhecimento atual; igualmente o indivíduo evolui na linguagem verbal para entrar na escrita e evoluir para a maximização linguística, embora teórica, ao completar um curso universitário na Língua. É esse o paralelismo lógico e de entrada deste trabalho. Da mesma forma que a criança evolui para a abstração saltando de organizador para organizador a infância humana evoluiu por organizadores equivalentes: ao 1.º Sorriso infantil, que admite uma futura atividade cognitiva, correspondeu o Reflexo Indutivo, que dotou um antropóide distante dum reflexo díspar da natureza original e tendente para uma segunda natureza, a natureza humana; ao limite do 1.º Sorriso correspondeu a Indução Ideológica, um reflexo de grupo e não individual como o Reflexo Indutivo de que partiu, que foi a primeira ampliação antropológica do particular para o coletivo; ao Eu, no reconhecimento do rosto materno que impõe ideologicamente à criança um outro, sugerindo-lhe a socialização, correspondeu a Ideia Embrionária, um fenómeno extraordinário, que abriu um segundo tempo antropológico elevando a genealogia da origem para a luz: e igualmente para todos os outros tempos da evolução individual houve uma correspondência ancestral.

As distâncias imensuráveis dos organizadores humanos, como das outras fases, demarcaram, métrica e sequencialmente, os organizadores do crescimento e as outras fases do desenvolvimento individual. Foram os tempos ancestrais da evolução da Espécie que codificaram o ADN para a determinação dos tempos correspondentes atuais. A vida particular é uma imagem, ou um paralelo, da vida da Espécie. O Anexo Histórico estuda matematicamente esse paralelismo partindo da evolução linguística que há 1,95 milhões de anos convergiu na Linguagem Moderna e há 5000 anos na Escrita, na Suméria.

Esse paralelismo é desde sempre aceite pelo pensamento académico. Defenderam-no, entre outros: Charles Darwin, Jean-Baptiste Lamarck, Ernst Haeckel, Fritz Muller, D. Pissarev, Mikhail Nesturkh, Desmond Morris e J. A. Mauduit..

O homem entrou na Escrita há 5000 anos e o indivíduo entra na escrita aos 8 anos de idade. Como o indivíduo atinge a maximização linguística ao concluir um curso universitário na Língua aos 23 anos (idade coincidente com o limite do crescimento do cérebro), ele é 5000 /( 23 - 8) = 5000 / 15 = 333,3333 vezes mais rápido do que foi a Espécie para ir da escrita original ao limite linguístico. O homem entrou na Linguagem Moderna há 1,95 milhões de anos e a criança emite a sua primeira palavra aos 1,0417 anos de idade: 1,95 x 106 / (23 - 1,0417) = 1,95 x 106 / 21,9588 = 88804,6889. O homem foi 88804,6889 vezes mais lento que o indivíduo a evoluir do zero da língua para o seu limite.

Naturalmente que o coeficiente KCE = 88804,6889 maior que KCE = 333,3333 assume o primeiro crescimento progressivo, de coeficiente para coeficiente, conforme o recuo no tempo ou afastamento do presente, traduzindo uma cada vez maior lentidão evolutiva. Esse crescimento maximiza-se no último coeficiente, KAE = 23,6588 x 106, que transcende extraordinariamente o fenómeno antropológico conduzindo à distância 3,1755 biliões de anos, “coincidente” com o valor apontado pela História para a origem da vida na Terra.

Também que o decrescimento sistemático dos coeficientes na aproximação ao presente conduz-nos a um KEF futuro menor que 1,2511 e a um tempo próximo de conversão desta era na seguinte, não como um fim e sim como um limite, um Estado Crítico. O Anexo Histórico transcende na origem a antropogénese e no fim o presente.

Considere-se a palavra ANEXO. Ela é um sinal que traduz a ideia de ligado, ou acessório; e
é uma abstração porque traduz o fenómeno não sendo o fenómeno, no caso do Anexo Histórico, este ensaio, o que acresce ao conhecimento antropológico acumulado até ao presente. Metricamente ela é composta por 5 letras, A, N, E, X e O, que se unem em 3 sílabas, A, NE e XO, sem que qualquer dessas letras ou sílabas (utilizadas numa infinidade de outras palavras) seja significante além da sua finalidade métrica, sendo, assim, abstrações físicas e laterais à abstração final, ideológica, da palavra anexo: logo que a palavra anexo, como qualquer outra palavra, é constituída por três abstrações, uma ideológica, ou semântica, e duas físicas, ou métricas, uma das letras e outra das sílabas. E em C1, há 1,95 milhões de anos, a Linguagem Moderna formou-se por palavras primárias, mas combinações sonoras, ou vocais, embrionariamente equivalentes na sua construção, uma vez que o que a distinguiu da Linguagem Articulada, abrindo caminho para a Escrita e as línguas modernas, foi a substituição do Tropo pela Palavra, ou da paixão pelo racionalismo da métrica, associados aos sinais.

Talvez que o hominídeo, aí, experimentado na vocalização dos sons numa musicalidade primitiva e útil velha quanto a Linguagem Articulada, notasse uma outra utilidade na associação dos sons unitários aos tropos, ou entre si, na ligação significante aos objetos, racionalizando os sinais e convertendo a linguagem grotesca na língua. O Tropo era já um sinal na vez do objeto, substituindo-o ideologicamente, e já uma abstração; mas uma abstração direta, ou imprimida pelos sentidos e emotiva, entre a ideia e a sua representação, e muito distante da abstração da Palavra, prolongada pelas duas abstrações métricas. Daí a Palavra ser um sinal três vezes mais complexo que a abstração do Tropo: e obviamente que o Tropo, com a Linguagem Articulada, precederam a Palavra e a Linguagem Moderna no percurso da evolução. E se o Tropo já era um sinal ideológico, a Ideia, como fenómeno evolutivo, precedeu a Linguagem Articulada.

O Verbo é um sinal não para um objeto e sim para uma ação, um fenómeno não objetivo, subjetivo ou abstrato. Logo que a invenção do Verbo foi a invenção de um sinal para uma abstração, uma abstração de abstração, ou dupla abstração. Temos o Tropo com uma abstração, o Verbo como uma dupla abstração e a Palavra com uma tripla abstração; e obviamente que a sequência na evolução foi: Tropo, Verbo e Palavra, com o Verbo anterior à Linguagem Moderna. E foi o impulso ideológico imposto pela dupla abstração do Verbo na comunicação que levou à conversão da linguagem primitiva na Linguagem Moderna.

Poderia pensar-se que a dupla abstração do Verbo, pela tensão dada por um sinal original dotado de dupla abstração ideológica, fosse mais difícil de obter que a tripla abstração da Palavra de uma só abstração ideológica e duas abstrações métricas, pondo-se a origem do Verbo depois da Palavra; mas não! Foi efetivamente o contrário. E foi o contrário, primeiro o Verbo e depois a Palavra, porque a métrica, como na abreviação de um desenho, muito bem definido, para o sinal linguístico, foi um fenómeno artístico, tendente à Arte e à proximidade da Escrita e da Civilização.




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