Algoritmo numérico

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domingo, 7 de fevereiro de 2016

ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA

ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA

A linguagem de L1 teve de acontecer numa comunidade pequena. Isso porque o Tropo teve de nascer, implantar-se e divergir, de um ponto, que não podendo ser um indivíduo foi um pequeno grupo. Na linguagem moderna uma ideia nasce de um indivíduo e diverge dele; mas o Tropo original não foi uma ideia, não foi um sinal “criado”, foi um fenómeno antropológico, de convenção de um hábito comum, que divergiu de uma comunidade e não de um indivíduo: e os indivíduos intervenientes tinham de viver agrupados. Essa comunidade foi a primeira sociedade antropológica e esteve distante das tribos primitivas quanto o esteve a Linguagem Articulada. E por essa distância dos níveis afetivo e familiar esse grupo só se agregou por razões físicas, laterais à vivência florestal e impostas pelos rigores do tempo, na necessidade de abrigo; e a isso, associado ao carácter contracto do agrupamento, só responde um abrigo natural, sólido e duradouro: uma gruta.
Também que uma gruta como abrigo do grupo fundador da Linguagem Articulada concorda com um pormenor paralelo da evolução individual seguinte a J2: o controlo dos esfíncteres. Pelo controlo dos esfíncteres antes dos 2,5 anos de idade61 a criança transpõe o estado incontinente que tinha desde o nascimento da mesma forma que, remotamente, ao saturar-se o ar fechado e húmido da gruta, com defecações acumuladas, o primata comunitário sentiu-se obrigado a suster as necessidades correndo para o exterior, num esforço impulsivo e depois voluntário contra os esfíncteres, oposto ao seu estado anterior de animalidade. O controlo antropológico dos esfíncteres assim como a origem da Linguagem Articulada exigiram uma comunidade remota: a mesma, muito provavelmente. Talvez que o primata, carente de frutos e bagas por ter optado pela segurança e o abrigo da gruta distante da floresta, incluiu carne na alimentação (como necrófago), expelindo fezes não neutras como as do passado, saturando ao insuportável o recinto, ao mesmo tempo que o modo de vida reservado e coeso lhe imprimiu outro impulso à comunicação. Como o primeiro tropo surgiu da convenção de um hábito é admissível admiti-lo na imposição de uns aos outros do controlo fecal. Com efeito, a criança sustém os esfíncteres para dar prazer à mãe como o primata os susteve por exigência comunitária, dando prazer ao grupo a que pertencia: e obviamente que o esforço repetido transitou de involuntário para voluntário no crescimento ancestral.  
Com a negação, iniciada aos 1,25 anos, a criança substitui a ação pelo Verbo que só se afirma, efetivamente, na crise comportamental da oposição seguinte aos 3 anos, depois do controlo dos esfíncteres. Depois de controlar os esfíncteres e da iniciação da linguagem o primata converteu-se em Primata e evoluiu para o Verbo. A transversal L1L2 liga os pontos do controlo dos esfíncteres e da transição da animalidade física na higiene comunitária do indivíduo e do homem, como demarca neste a abertura para o Verbo e naquele a sua aproximação.
Não havendo razões para que a Linguagem Articulada, um fenómeno embrionário, acelerasse a evolução, esta seguiu contornando o mesmo coeficiente, 1,2200 x 106, das transformações anteriores. Contudo, há dois pormenores que levam a uma pequena alteração: 1) Sendo já o terceiro coeficiente na mesma grandeza, e da esquerda para a direita dar-se o decréscimo sucessivo, admite-se a troca do sinal de maior pelo de menor; 2) O facto de o controlo dos esfíncteres ser anterior aos 2,5 anos do crescimento da criança sugere um recuo de L1 em A1E1, que nega a alteração admitida do sinal de maior para menor: donde concluir-se como muito razoável optar pelo sinal de igual. Assim que KLE = 1,2200 x 106.

L2E2 = 23 – 2,5 = 20,5 anos.

KLE = L1E1/L2E2

1,2200 x 106  =  L1E1/20,5
L1E1 = 1,2200 X 106 X 20,5
L1E1 = 25,010 X 106 anos.

25,01 milhões de anos.Uma distância extraordinária para o nascimento da linguagem, mas no seguimento às outras distâncias extraordinárias. Foi ela, associada à influência hereditária, um comprimento também extraordinário que originou, que levou a que todos os indivíduos (exceto os que têm carências cognitivas profundas) aprendam a linguagem oral, mesmo que minimamente. A Linguagem Articulada surgiu há 25,0100 milhões de anos, o Pensamento Numérico há 1,1231 milhões de anos e a Escrita há 8000 anos. E é nessa mesma ordem que o indivíduo cresce: primeiro aprende a linguagem oral, depois a aritmética e por último a escrita. No muito grande universo dos que aprendem a linguagem oral há um subuniverso, os que têm carências cognitivas e aprendem o mínimo, que não ultrapassam a aritmética elementar, como contar e somar moedas, e neste ninguém aprende a escrita. O grau de dificuldade dos fenómenos cognitivos fundamentais obedece à distância evolutiva paralela: a oralidade é fácil, o pensamento numérico elementar é menos fácil e a escrita é mais difícil. E se as dificuldades coletivas da apreensão dos três fenómenos fundamentais obedecem à mesma ordem individual de os dominar isso diz-nos, inequivocamente, que a evolução individual é paralela à evolução genérica e que as aptidões particulares para os seus domínios respeitam a capacidades cerebrais inatas, intuitivas e hereditárias, desenvolvidas pelos tempos ancestrais da evolução. 


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