Algoritmo numérico

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domingo, 18 de outubro de 2015

OS TRÊS ORGANIZADORES GENÉRICOS

        OS TRÊS ORGANIZADORES GENÉRICOS

Entre o vigésimo sexto dia e o sexto mês a criança emite o Primeiro Sorriso, o indício duma futura atividade cognitiva. Ao Primeiro Sorriso chama-se o Primeiro Organizador do crescimento. Depois, no oitavo mês, a criança reconhece o rosto materno, ou o outro, fixando o sinal cognitivo emergente do primeiro sorriso. A esse acontecimento chama-se o Eu, o Segundo Organizador do crescimento. Depois, no décimo quinto mês, a criança inicia a fase da oposição, o Não, ou Terceiro Organizador do crescimento. Pela negação, partindo da imagem da mãe, a criança constrói a sua identidade, distinguindo-se dos que a rodeiam.

O Primeiro Sorriso, o Eu e o Não são os organizadores do crescimento individual. Da mesma forma que no indivíduo a Espécie evoluiu por organizadores. Se o vigésimo sexto dia demarca o limite inferior do primeiro sorriso esse momento corresponde à afirmação do Reflexo Indutivo na Espécie, o ponto mais distante da oposição à lei natural. Se o sexto mês é o limite máximo para a ocorrência do Primeiro Sorriso ele, esse momento, corresponde, na Espécie, à conversão do Reflexo Indutivo, um reflexo particular e espontâneo, na Indução Ideológica, um reflexo de grupo e organizado. E é assim porque a conclusão do Primeiro Sorriso certifica um futuro diferenciado da mesma forma que a Indução Ideológica demarcou a conversão do animal inferior no antropóide, ou a segunda natureza contra a primeira. Depois, ao Eu, o primeiro sinal ideológico infantil por reconhecer o outro e determinar o arco entre o eu e o não-eu, correspondeu o Terceiro Organizador da Espécie, a Ideia.

À soma dos tempos ancestrais do Reflexo Indutivo e da Indução Ideológica na evolução da Espécie corresponde o tempo que vai da origem do Primeiro Sorriso, o vigésimo sexto dia, ao oitavo mês, da ocorrência do Eu, um tempo longo no crescimento individual. E se o Não detém a complexidade da oposição comportamental ele transcende, na Espécie, os seus organizadores que, obviamente, se completaram com a Ideia elementar.


“O oitavo mês é o momento do segundo organizador… A criança identifica, então, o rosto materno; surge o Eu. …Mas, ao reconhecer a mãe, dá provas da possibilidade de julgamento…” (Pepin, 1979, p. 25 e 26).

“É precisamente no 15.º mês, com a aprendizagem do «Não», que se anuncia «o terceiro organizador»… É, portanto, aos 15 meses que o gesto motor se coloca ao serviço de uma ideia abstrata de negação. E este progresso é considerável, pois supõe que a criança adquiriu a faculdade de julgar e de se opor…” (Pepin, 1979, p.34).






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