Algoritmo numérico

Algoritmo numérico
Algoritmo numérico

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A APRENDIZAGEM E OS TEMPOS ANCESTRAIS

OS TEMPOS ANCESTRAIS NA ORDEM  INVERSA  DAS DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM.

A Linguagem Articulada surgiu há 25,01 milhões de anos. Uma distância extraordinária para o nascimento da linguagem, mas no seguimento às outras distâncias extraordinárias. Foi ela, associada à influência hereditária, um comprimento também extraordinário que originou, que levou a que todos os indivíduos (excepto os que têm carências cognitivas profundas) aprendam a linguagem oral plena ou minimamente.

A Linguagem Articulada surgiu há 25,01 milhões de anos, o Pensamento Numérico há 1,1231 milhões de anos e a Escrita há 8000 anos. E é nessa mesma ordem que o indivíduo cresce: primeiro aprende a linguagem oral, depois a aritmética e por último a escrita. No muito grande universo dos que aprendem a linguagem oral há um subuniverso, os que têm carências cognitivas e aprendem o mínimo, que não ultrapassam a aritmética elementar, como contar e somar moedas, e neste ninguém aprende a escrita. O grau de dificuldade dos fenómenos cognitivos fundamentais obedece à distância evolutiva paralela: a oralidade é fácil, o pensamento numérico elementar é menos fácil e a escrita é mais difícil.


E se as dificuldades coletivas da apreensão dos três fenómenos fundamentais obedecem à mesma ordem individual de os dominar isso diz-nos, inequivocamente, que a evolução individual é paralela à evolução genérica e que as aptidões particulares para os seus domínios respeitam a capacidades cerebrais inatas, intuitivas e hereditárias, desenvolvidas pelos tempos ancestrais da evolução da Espécie. 

domingo, 21 de agosto de 2016

A ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA E O CONTROLO DOS ESFÍNCTERES.

A ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA E O CONTROLO DOS ESFÍNCTERES.

A Linguagem Moderna surgiu há 1,95 milhões de anos com a conversão do Tropo na Palavra pela introdução da métrica nos sinais. Mas a métrica foi um fenómeno cognitivo muito desenvolvido. Qual era o estado de evolução do hominídeo dessa época primitiva?
A Linguagem Articulada teve de acontecer numa comunidade pequena. Isso porque o Tropo teve de nascer, implantar-se e divergir, de um ponto, que não podendo ser um indivíduo foi um pequeno grupo. Na linguagem moderna uma ideia nasce de um indivíduo e diverge dele; mas o Tropo original não foi uma ideia, não foi um sinal “criado”, foi um fenómeno antropológico, de convenção de um hábito comum, que divergiu de uma comunidade e não de um indivíduo: e os indivíduos intervenientes tinham de viver agrupados. Essa comunidade foi a primeira sociedade antropológica e esteve distante das tribos primitivas quanto o esteve a Linguagem Articulada. E por essa distância dos níveis afetivo e familiar esse grupo só se agregou por razões físicas, laterais à vivência florestal e impostas pelos rigores do tempo, na necessidade de abrigo; e a isso, associado ao carácter fechado do agrupamento, só responde um abrigo natural, sólido e duradouro: uma gruta.
Também que uma gruta como abrigo do grupo fundador da Linguagem Articulada concorda com um pormenor paralelo da evolução individual: o Controlo dos Esfíncteres. Pelo controlo dos esfíncteres antes dos 2,5 anos de idade1 a criança transpõe o estado incontinente que tinha desde o nascimento da mesma forma que, remotamente, ao saturar-se o ar fechado e húmido da gruta com defecações acumuladas o primata sentiu-se obrigado a suster as necessidades correndo para o exterior, num esforço impulsivo e depois voluntário contra os esfíncteres, oposto ao seu estado anterior de animalidade. O controlo antropológico dos esfíncteres assim como a origem da Linguagem Articulada exigiram uma comunidade remota: a mesma, muito provavelmente. Talvez que o primata, carente de frutos e bagas por ter optado pela segurança e o abrigo da gruta distante da floresta, incluiu carne, ou carne necrófaga, na alimentação, expelindo fezes não neutras como as do passado e saturando ao insuportável o recinto, ao mesmo tempo que o modo de vida reservado e coeso lhe impulsionou a comunicação. Como o primeiro tropo surgiu da convenção de um hábito é admissível admiti-lo na imposição de uns aos outros do controlo urinário e fecal. Com efeito, a criança sustém os esfíncteres para dar prazer à mãe como o primata os susteve por exigência comunitária, dando prazer ao grupo: e obviamente que o esforço repetido transitou de involuntário para voluntário no andamento ancestral.  
Não havendo razões para que a Linguagem Articulada, um fenómeno comunicativo díspar, na totalidade, da comunicação animal, acelerasse a evolução, esta seguiu contornando o mesmo coeficiente, 1,22 x 106, das transformações anteriores (KIE = KJE > 1,22 x 106:  da Ideia e do Encadeamento Ideológico). Contudo, há dois pormenores que levam a uma pequena alteração: 1) Sendo já o terceiro coeficiente na mesma grandeza, e da esquerda para a direita dar-se o decréscimo sucessivo, admite-se a troca do sinal de maior pelo de menor; 2) O facto de o controlo dos esfíncteres ser anterior aos 2,5 anos do crescimento da criança sugere um recuo de L1 em A1E1, que nega a alteração admitida do sinal de maior para menor: donde concluir-se como muito razoável optar pelo sinal de igual. Assim que KLE = 1,22 x 106.
L2E2 = 23 – 2,5 = 20,5 anos.

KLE = L1E1 / L2E2  
1,22 x 106 = L1E1 / 20,5  
L1E1 = 1,22 x 106 x 20,5  
L1E1 = 25,01 x 106 anos.2

A Linguagem Articulada surgiu Há 25,01 milhões de anos com o primeiro tropo. Há 1,95 milhões de anos o Hominídeo vivia uma experiência longa de (25,01 – 1,95) x 106 = 23,06 milhões de anos de comunicação avançada relativamente ao mundo animal. Foi essa longa experiência que permitiu a construção de sinais métricos.

1
“Desenvolver certos controlos, saber esperar, saber adiar a satisfação de um desejo e até mesmo tomar a iniciativa de uma suspensão do ato são necessários à criança que se desenvolve. Neste quadro situa-se também a educação dos esfíncteres que representa um ato voluntário, o qual vem substituir uma atividade reflexa. Também neste caso é um clima afetivo tranquilizador que favorece um bom condicionamento, pois a criança torna-se asseada para dar prazer à mãe…” “Paralelamente, efetua-se a educação da higiene que deve adquirir-se antes dos dois anos e meio. A criança é capaz de controlar voluntariamente os esfíncteres a pedido da mãe…” (Pepin, 1979, p. 36 e 37).

2
“… No período compreendido entre há 35 e 25 milhões de anos. Foi o período em que … os primeiros Primatas, a ordem dos mamíferos a que pertencemos, evoluíram e começaram a diversificar-se.” (Jordan, 2001, p. 9). Nesse espaço de tempo aconteceram a Indução ideológica, a Ideia, o Encadeamento Ideológico e a Linguagem Articulada. E aconteceu a separação do macaco Rhesus da linhagem humana: “Work on the genome of the rhesus macaque was completed in 2007, making the species the second nonhuman primate to have its genome sequenced.[37] Humans and macaques apparently share about 93% of their DNA sequence and shared a common ancestor roughly 25 million years ago.[38] The rhesus macaque has 21 pairs of chromosomes.[39]“Comparison of rhesus macaques, chimpanzees and humans revealed the structure of ancestral primate genomes, positive selection pressure and lineage-specific expansions and contractions of gene families.”"The goal is to reconstruct the history of every gene in the human genome," said Evan Eichler, University of Washington, Seattle. DNA from different branches of the primate tree will allow us "to trace back the evolutionary changes that occurred at various time points, leading from the common ancestors of the primate clade to Homo sapiens," said Bruce Lahn, University of Chicago.[40](texto digital; Google –RhesusMacaque; Fichler E., Lahn, B.;Wikipedia).



sexta-feira, 8 de julho de 2016

NO PRINCÍPIO NÃO FOI O VERBO

NO PRINCÍPIO NÃO FOI O VERBO

A Linguagem Moderna nasceu há 1,95 milhões de anos com a Palavra. A palavra, logo aí, foi um sinal sonoro composto como o de hoje, mas do mais simples, de apenas duas unidades, como pó. Se pó, de p + ó, foi uma Palavra pó, só, era um sinal compacto, ou Tropo. Antes da Linguagem Moderna com a Palavra foi a Linguagem Articulada com o Tropo. Os tropos, embora compactos e destituídos de construção métrica, eram sinais mais evoluídos, ou menos grotescos, que os sinais da comunicação animal de que partiram.
Os tropos já eram sinais na vez dos objetos, das suas relações e dos fenómenos: porque só isso admite uma comunicação intermédia à animal e humana. Houve tropos, por exemplo, para amora, para alto e para olhar: o primeiro para um objeto, o segundo para um adjetivo e o terceiro para uma ação, ou verbo. E é óbvio que primeiro surgiram os tropos objetivos, depois os subjetivos e por último, iniciando o terceiro segmento da linguagem primitiva, os verbais: porque é essa a ordem do menos para o mais abstrato com a carga abstrata associada à dificuldade da sua criação e ao tempo. E o terceiro segmento evoluiu do primeiro sinal verbal para a cobertura de todas as ações sociais por tropos.
O Momento Bípede foi há 6,4462 milhões de anos e o acontecimento sensitivo que lhe foi simultâneo foi o Verbo. Assim que o último segmento da Linguagem Articulada, da evolução dos tropos verbais e da convergência na Linguagem Moderna, demorou aproximadamente 4,4962 milhões de anos.
A Linguagem Moderna não é articulada porque é contínua, isto é, é completa, com tudo que existe na natureza real ou imaginada traduzido por sinais. E a linguagem primitiva era articulada porque não era contínua, ou seja, na ausência de sinais a sequência sonora era interrompida, ou articulada, por gestos.
As palavras e os tropos são e foram criações ideológicas. As abstrações são criadas contra os objetos que só se transformam. E só a ideia cria. Logo que a ideia foi anterior à linguagem que criou o Verbo. Foi a Ideia, a Linguagem Articulada, o Verbo e a Linguagem Moderna. No princípio não foi o Verbo.

8 Julho 2016

Arsénio Rosa 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

A FABRICAÇÃO NA TRANSIÇÃO DA IDEIA PARA O ENCADEAMENTO IDEOLÓGICO. O SIGNO IDEOLÓGICO ANIMAL.

A FABRICAÇÃO NA TRANSIÇÃO DA IDEIA PARA O ENCADEAMENTO IDEOLÓGICO.  O SIGNO IDEOLÓGICO ANIMAL.

Nota preliminar:
A mensagem anterior recebeu 8 visualizações: 5 dos Estados Unidos da América, 2 de França e 1 de Portugal. Os visitantes dos EUA seguem o meu blog desde o início da sua publicação: um abraço para eles. Os visitantes de França seguem-no desde há algumas mensagens atrás de forma assídua e agradável para mim: dedico-lhes esta nova mensagem. E obrigado a todos.

Quando o primata de J1 ingeriu a baga derrubada pelo pau concluiu um encadeamento ideológico; mas um encadeamento ideológico espontâneo, e elementar, congénere aos fenómenos primários dos outros animais que se animam pela fome e as outras exigências orgânicas, sem nenhum efeito ideológico significante. O chimpanzé sempre usou o pau para retirar térmitas do ninho como para enlaçar camas; sempre desenvolveu encadeamentos ideológicos próximos dos do seu ascendente de J1, e continua sendo o primata que sempre foi: não evoluiu por isso. Não foi, consequentemente, o uso do pau nem o encadeamento ideológico elementar quem impulsionou a Ideia de I1 à linguagem de L1 e à abstração dos seus sinais. Também que o Encadeamento Ideológico é comum a muitos animais.
Um gato, próximo do meio-dia, sobe a um telhado térreo porque “sabe” que duma janela, mais ou menos a essa hora, uma mulher atira-lhe alimento. O seu instinto, nesse ato, completa um signo ideológico: a necessidade de comer, instigada pela refeição dos outros dias lançada daquela janela, é a ideia-de-signo; o meio-dia, momento central da queda do alimento e do posicionamento de espera, é o objeto-de-signo; e a admissão do alimento caído, a ingerir, é a imagem-de-signo. Mas o alimento não cai quando se senta: por isso ele olha, de vez em quando, só para aquela janela, memorizada, do segundo andar no meio de muitas janelas, realizando outro signo: o desejo de comer, despertado pela espera e pelo lugar, é a ideia-de-signo; aquela janela é o objeto-de-signo; e o sentido do alimento caindo da janela, para ser ingerido, é a imagem-de-signo. O primeiro signo foi impulsionado pela fome e o segundo pelo efeito de espera (dois fenómenos primários, embora o segundo mais desenvolvido que o primeiro): e entre a chegada e o momento em que come decorrem dois signos relacionados um com o outro, mostrando que a ação animal, e espontânea, conclui o encadeamento ideológico seguinte à ideia: mas um encadeamento estático, instintivo e não significante, movido pela fome.
A ideia animal existe presa ao instinto, é não-significante, quando a ideia humana é não instintiva, e significante. E a ideia de I1 transcendeu a ideia animal porque foi a Indução Ideológica, de natureza não instintiva, que a originou. A Ideia de I1 transcendeu todas as ações primárias, ligadas à fome, à sede, à reprodução, à demarcação de território (que esteve na base do conflito de G1I1) e à caça estratégica, orientadas por ideias e encadeamentos elementares, ou animais, atuais e anteriores, desde sempre, a I1. A ideia de I1 foi significante contra a anterior a I1, não-significante.
Um cão roía um osso no meio da rua. Mas sentiu a aproximação de um automóvel: olhou, levantou-se e fugiu, levando o osso. Naturalmente que ele podia ter fugido e deixado o osso: mas não foi isso que fez. À fuga o seu instinto associou a vontade de roer o osso, uma vontade movida pelo prazer de comer e não ideológica: no mesmo ato desenvolveu um encadeamento ideológico constituído por dois signos. A ideia-de-signo, do primeiro signo, foi fugir; o objeto-de-signo foi o perigo na aproximação do carro; e a imagem-de-signo foi a fuga, levando o osso. Ao levar o osso iniciou o segundo signo com a ideia-de-signo; o osso, levado, foi o objeto-de-signo; e a admissão de o roer depois foi a imagem-de-signo. No encadeamento ideológico a ligação dos signos deu-se da imagem do primeiro para a ideia do segundo, com o osso indo de acessório da fuga para diretor da admissão. No caso do gato a ligação deu-se pela espera do objeto do primeiro signo para a ideia do segundo: onde o tempo interferiu indiretamente.
Tanto na ação do gato como do cão existiu a vigilância, este atento ao trânsito e aquele à movimentação da janela; como existiu a admissão, no gato, da janela abrir-se para o lançamento do alimento, e no cão no sucesso da fuga com o osso; e em ambos a vontade de comer depois: e logo o tempo. Nos dois casos a vigilância foi de si para si, distinta da vigilância primata (como de muitos outros animais), esta ligada ao grito de alerta e aquela à necessidade individual. Nem num caso nem no outro foi associado um elemento estranho, como o pau, nas ações: pelo que a admissão, associada ao fator tempo, moveu-se pela fome e foi espontânea; como foi espontânea, e não artificial, a previsão do gato ver a janela abrir-se. E o tempo foi autónomo, implícito como em todas as ações; não foi conceptual nem métrico, como o admitido pelo primata de J1 ao guardar o pau. Mas o cão também guarda o osso no buraco aberto com as patas e tapado com o focinho: pelo que o tempo conceptual e métrico também não é exclusivo da nossa linhagem.

Pelo que não foi a Ideia, nem o Encadeamento Ideológico, nem a vigilância, a previsão e a admissão, do primata de J1L1, que conduziram à abstração linguística. Foi sim a ampliação do encadeamento ideológico para 2, 3, 4 e mais signos com a incorporação nas ações da métrica e da fabricação53 que conduziram à complexidade da comunicação e à necessidade da sua codificação linguística. É certo que o chimpanzé também limpa o pau para poder introduzi-lo no formigueiro, fazendo um duplo encadeamento e uma fabricação, podendo até guardá-lo admitindo o tempo: mas limita-se a essa habilidade, não a amplia nem a transmite ideologicamente aos outros; utiliza-a sem nenhuma finalidade coletiva, sem ser coletivamente instigado para o seu uso e sem ser enriquecida pela simultaneidade de todas as outras componentes. E o chimpanzé do presente é um antepassado distante.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

BIPEDISMO EMBRIONÁRIO

BIPEDISMO EMBRIONÁRIO


Olhando a figura de A. Calderón (mensagem: A Amplitude no Momento Bípede), a projeção do centro de gravidade do tronco varreu o segmento PD, a parte móvel do pé, numa locomoBQção distinta das precedentes a P e a D, entre o desequilíbrio bípede em P e o equilíbrio bípede em D.
                                                
O centro de gravidade projetou-se em P na posição Q e o ângulo que formou, na rotação desde a horizontalidade, foi GBR, ou TBQ. Temos que:

BQ = 2 X BT  = 0,75
BT / BQ = 0,375
E arccos 0,375 = 68 graus.

O Bipedismo Embrionário ocorreu na amplitude 68 graus. Recuando dos 75,5225 para os 68 graus, do Momento Bípede para o Bipedismo Embrionário, a ordem foi:
75,5225/74,5225 1; 74,5225/73,5225 2; 73,5225/72,5225 3; 72,5225/71,5225 4; 71,5225/70,5225 5; 70,5225/69,5225 6/ 69,5225/68,5225 7; 68,5225/68 8.
n = 7/8.
BEE1= K x  + 0,5225 x r8 + 14,4775) + 8000.
 = 7,557425220.
0,5225 x r8 = 0,5225 x 1,0191562728 = 0,5225 x 1,163928365 = 0,608152570.
BEE1 = 444703,8508 x (7,557425220 + 0,60815257 + 14,4775) + 8000 = 444703,8508 x 22,64307779 + 8000 = 10,069463890 + 8000 = 10,0775 milhões de anos.

Há 10,0775 milhões de anos o primeiro indivíduo experimentou o equilíbrio bípede elementar. Há 6,4462 milhões de anos o coletivo atingiu o equilíbrio bípede efetivo. O BE coincide com a separação genética do Gorila e o MB coincide com a separação genética do Chimpanzé.1 

1
“Os antepassados do homem e do chimpanzé tiveram relações sexuais durante milhares de anos até à separação das duas espécies, situação que aconteceu há muito menos tempo do que se pensava, revela a revista cientifica “Nature”. Segundo o investigador americano David Reich, da Universidade de Harvard, as duas linhagens separaram-se há 6,3 milhões de anos…” (Correio da Manhã, 2006 19 Maio, p.17). “…Depois de enveredar por caminhos diferentes há cerca de 7 milhões de anos, o homem possui ainda cerca de 98% de material genético em comum com os macacos africanos de grande porte…” “…Estudos genéticos indicam que a separação entre os chimpanzés e a linha dos hominídeos se deu há seis ou sete milhões de anos…” “…Na medida em que favorecia os encontros frontais de toda a espécie, a bipedia deve ter aumentado a subtileza de todos os encontros sociais, criando uma maior agilidade mental para negociar os aspetos sociais e talvez aumentando assim o alcance dos sinais faciais subjacentes ao desenvolvimento da linguagem…” “Em todo o caso, a bipedia assinala o ponto em que os hominídeos e os pongídeos decisivamente se separaram.” (Jordan, 2001, p. 9, 14, 23). “O nosso ADN diverge 1,6% dos ADNs do Chimpanzé-pigmeu e do Chimpanzé-comum e divergirmos do nosso antepassado comum há cerca de sete milhões de anos.” (Dennet, 1995, p. 335).

“Os Gorilas diferem aproximadamente 2,7% do nosso ADN como do ADN de ambos os chimpanzés que divergiram de um antepassado comum há ± 10 milhões de anos.” (Dennett,D.; 1995; Evolução e Sentido da Vida; Círculo de Leitores; p. 335).





quarta-feira, 18 de maio de 2016

ABRAÇO BÍPEDE


 ABRAÇO BÍPEDE

E é óbvio que no princípio só houve um sinal para filhos, filho, não distinguindo a sexualidade. E é óbvio que ele foi emitido pela mãe, uma vez que o progenitor ausentava-se imediatamente após a cópula e ele surgiu do sinal emotivo maternal, ancestral e animal:“Anlage: meio de comunicação feito de atitudes, de gestos, de sons destinados a induzir uma resposta (meio habitual nos animais: uma gata a chamar o filho).” (Pepin, 1979, p.23).

O Momento Bípede aconteceu na amplitude de 75,5225 graus com o centro de gravidade do tronco caindo dentro da base de sustentação. Mas, nesse equilíbrio precário, a mãe bípede não se equilibrava de pé com a cria nos braços: porque o peso e o volume do bebé no colo deslocavam o centro de gravidade do conjunto para a frente, projetando-o fora da base de sustentação. Pelo que o equilíbrio do abraço bípede deu-se muito para a direita de MB, em direção ao presente: e  talvez que aí, emocionada com o abraço bípede e sensibilizada pelo seu bipedismo à vista das mães não bípedes, emitiu com mais emoção o som ancestral para filho, levando os outros à codificação do sinal para mãe, libertando-o da mescla mãe/filho. E é credível associar à emergência do sinal maternal uma ocorrência física: o Abraço Bípede.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

VALOR ABSURDO

VALOR ABSURDO PARA A ORIGEM DA LINGUAGEM MODERNA.

Para a origem das línguas não há uma datação concisa, havendo opiniões que variam entre há 2 milhões e 70 mil anos.1

Conhecem-se as variações volumétricas do cérebro desde há 4 milhões de anos. Como a grande alteração linguística, a origem da Linguagem Moderna, provocou necessariamente uma grande alteração no volume do cérebro, vamos fazer um estudo dessas variações.

O volume do cérebro do homem atual varia ente 1200 e 1500 ml. A média desses valores será: (1200 + 1500) / 2 = 2700 / 2 = 1350 ml. Há 4 milhões de anos: 450 ml. Há 2,1 milhões de anos: 700 ml. Há 1,9 milhões de anos: 775 ml. E há 1,6 milhões de anos: 900 ml.

O crescimento é sistemático na aproximação ao presente. Comparando os valores salta imediatamente ao olhar que nos 1,9 (4 – 2,1 = 1,9) milhões de anos mais distantes a variação foi muito menor que nos 1,9 milhões de anos recentes, com 700 - 450 = 250 ml contra 1350 - 775 = 575 ml; e isso diz-nos, nitidamente, que houve uma grande transformação linguística e ideológica há menos, talvez, de 2 milhões de anos: porque só esse fenómeno pôde ativar extraordinariamente a atividade cognitiva do cérebro, levando ao grande crescimento volumétrico. Interpolando matematicamente vamos obter o volume para a distância mínima referenciada pelos antropólogos, 70000 anos, e ver se é verosímil.

(X – 1350) / (7 x 104 – 0) = (900 – X) / (1,6 x 106 – 7 x 104)  (X - 1350) x (1,6 x 106 – 7 x 104) = 7 x 104 x (900 – X)  (X – 1350) x 1,53 x 106 = 7 x 104 x (900 – X)  1,53 x 10x X –  1,53 x 10x 1350 = 900 x 7 x 10– 7 x 10x X 1,53 x 10x X + 7 x 10x X = 2,0655 x 109 + 6,3 x 107  X x (1,53 x 106 + 7 x 104) = 2,1285 x109  1,6 x106 x X = 2,1285 x 109  X = 2,1285 x 109 / 1,6 x 106  X = 2,1285 x 103 / 1,6  X = 1330,3125 ml.

Há 70000 anos o volume do cérebro era muito próximo do valor atual (1350 – 1330,3125 = 19,6875 ml); isso concorda com uma linguagem muito desenvolvida e muitíssimo distante da praticada há 2 milhões de anos atrás. A distância 70000 anos, referenciada para a origem da Linguagem Moderna, é um valor absurdo.


1 “O cenário biológico, em contrapartida, reconhece a linguagem humana como resultado de um longuíssimo período de desenvolvimento evolutivo, remontando provavelmente aos nossos antepassados hominídeos de há centenas de milhares, ou talvez milhões, de anos. De acordo com este cenário, as línguas faladas há 100000 anos já teriam evoluído para um estado avançado, qualitativamente semelhante ao revelado pelas línguas modernas…” (Ruhlen, 1998, p. 12). “Os cérebros assimétricos do Homo habilis (2 milhões de anos) indicam a insipiência do uso da linguagem… O equilíbrio do cérebro no cimo da espinal medula, visível desde o Australophitecus (anterior imediato do Homo habilis), teria dado início às mudanças necessárias à flexão da parte inferior do crânio e à posição dos maxilares, que posteriormente se traduziram na capacidade de vocalização… É provável que os primórdios da linguagem tenham surgido em grupos de Habilis…” “… Estes bifaces de pedra lascada… (nalguns casos) revelam grande destreza manual. Os artefatos bifaciais propriamente ditos começam a surgir nos registos arqueológicos africanos há cerca de 1,5 milhões de anos… É provável que o fabrico mais padronizado de machados de mão, que envolve mais faces e uma melhor previsão do produto acabado, se tenham refletido num uso da linguagem mais estruturado e estandardizado.” “…Com a criação do Homo ergaster / erectus, o registo fóssil ganha consistência e deparamos com uma forma humana muito mais parecida connosco do que as anteriores.” “Os achados mais antigos do ergaster em África remontam a 1,75 milhões de anos… Curiosamente, a laringe dos fósseis do ergaster/erectus, quando a têm,parece situar-se num ponto intermédio entre a posição verificada nos australopitecos e nos seres humanos modernos, reforçando a suposição de que o uso da linguagem estava a desenvolver-se, embora lentamente, a par da evolução física…” (Jordan, 2001, p. 26, 28, 30 e 31). “…Contudo, existem, pelo menos, dois antropólogos (Charles F. Hockett e Robert Asher) que crêem que o australopiteco já possuía a linguagem há cerca de 2 milhões de anos; outro (Franck B. Livinstone) pensa que a linguagem e a proibição do incesto não aparecem até à época do Homo sapiens, há uns 70000 ou 150000 anos. Por meu lado inclino-me a crer que a vida familiar que se desenvolve a partir do uso de utensílios, a utilização da linguagem, a cozinha e a divisão do trabalho, devem ter-se estabelecido há entre 500000 e 200000 anos.” (Gough, 1977, p. 62).