Algoritmo numérico

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

NO PRINCÍPIO NÃO FOI O VERBO

NO PRINCÍPIO NÃO FOI O VERBO

A Linguagem Moderna nasceu há 1,95 milhões de anos com a Palavra. A palavra, logo aí, foi um sinal sonoro composto como o de hoje, mas do mais simples, de apenas duas unidades, como pó. Se pó, de p + ó, foi uma Palavra pó, só, era um sinal compacto, ou Tropo. Antes da Linguagem Moderna com a Palavra foi a Linguagem Articulada com o Tropo. Os tropos, embora compactos e destituídos de construção métrica, eram sinais mais evoluídos, ou menos grotescos, que os sinais da comunicação animal de que partiram.
Os tropos já eram sinais na vez dos objetos, das suas relações e dos fenómenos: porque só isso admite uma comunicação intermédia à animal e humana. Houve tropos, por exemplo, para amora, para alto e para olhar: o primeiro para um objeto, o segundo para um adjetivo e o terceiro para uma ação, ou verbo. E é óbvio que primeiro surgiram os tropos objetivos, depois os subjetivos e por último, iniciando o terceiro segmento da linguagem primitiva, os verbais: porque é essa a ordem do menos para o mais abstrato com a carga abstrata associada à dificuldade da sua criação e ao tempo. E o terceiro segmento evoluiu do primeiro sinal verbal para a cobertura de todas as ações sociais por tropos.
O Momento Bípede foi há 6,4462 milhões de anos e o acontecimento sensitivo que lhe foi simultâneo foi o Verbo. Assim que o último segmento da Linguagem Articulada, da evolução dos tropos verbais e da convergência na Linguagem Moderna, demorou aproximadamente 4,4962 milhões de anos.
A Linguagem Moderna não é articulada porque é contínua, isto é, é completa, com tudo que existe na natureza real ou imaginada traduzido por sinais. E a linguagem primitiva era articulada porque não era contínua, ou seja, na ausência de sinais a sequência sonora era interrompida, ou articulada, por gestos.
As palavras e os tropos são e foram criações ideológicas. As abstrações são criadas contra os objetos que só se transformam. E só a ideia cria. Logo que a ideia foi anterior à linguagem que criou o Verbo. Foi a Ideia, a Linguagem Articulada, o Verbo e a Linguagem Moderna. No princípio não foi o Verbo.

8 Julho 2016

Arsénio Rosa 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

A FABRICAÇÃO NA TRANSIÇÃO DA IDEIA PARA O ENCADEAMENTO IDEOLÓGICO. O SIGNO IDEOLÓGICO ANIMAL.

A FABRICAÇÃO NA TRANSIÇÃO DA IDEIA PARA O ENCADEAMENTO IDEOLÓGICO.  O SIGNO IDEOLÓGICO ANIMAL.

Nota preliminar:
A mensagem anterior recebeu 8 visualizações: 5 dos Estados Unidos da América, 2 de França e 1 de Portugal. Os visitantes dos EUA seguem o meu blog desde o início da sua publicação: um abraço para eles. Os visitantes de França seguem-no desde há algumas mensagens atrás de forma assídua e agradável para mim: dedico-lhes esta nova mensagem. E obrigado a todos.

Quando o primata de J1 ingeriu a baga derrubada pelo pau concluiu um encadeamento ideológico; mas um encadeamento ideológico espontâneo, e elementar, congénere aos fenómenos primários dos outros animais que se animam pela fome e as outras exigências orgânicas, sem nenhum efeito ideológico significante. O chimpanzé sempre usou o pau para retirar térmitas do ninho como para enlaçar camas; sempre desenvolveu encadeamentos ideológicos próximos dos do seu ascendente de J1, e continua sendo o primata que sempre foi: não evoluiu por isso. Não foi, consequentemente, o uso do pau nem o encadeamento ideológico elementar quem impulsionou a Ideia de I1 à linguagem de L1 e à abstração dos seus sinais. Também que o Encadeamento Ideológico é comum a muitos animais.
Um gato, próximo do meio-dia, sobe a um telhado térreo porque “sabe” que duma janela, mais ou menos a essa hora, uma mulher atira-lhe alimento. O seu instinto, nesse ato, completa um signo ideológico: a necessidade de comer, instigada pela refeição dos outros dias lançada daquela janela, é a ideia-de-signo; o meio-dia, momento central da queda do alimento e do posicionamento de espera, é o objeto-de-signo; e a admissão do alimento caído, a ingerir, é a imagem-de-signo. Mas o alimento não cai quando se senta: por isso ele olha, de vez em quando, só para aquela janela, memorizada, do segundo andar no meio de muitas janelas, realizando outro signo: o desejo de comer, despertado pela espera e pelo lugar, é a ideia-de-signo; aquela janela é o objeto-de-signo; e o sentido do alimento caindo da janela, para ser ingerido, é a imagem-de-signo. O primeiro signo foi impulsionado pela fome e o segundo pelo efeito de espera (dois fenómenos primários, embora o segundo mais desenvolvido que o primeiro): e entre a chegada e o momento em que come decorrem dois signos relacionados um com o outro, mostrando que a ação animal, e espontânea, conclui o encadeamento ideológico seguinte à ideia: mas um encadeamento estático, instintivo e não significante, movido pela fome.
A ideia animal existe presa ao instinto, é não-significante, quando a ideia humana é não instintiva, e significante. E a ideia de I1 transcendeu a ideia animal porque foi a Indução Ideológica, de natureza não instintiva, que a originou. A Ideia de I1 transcendeu todas as ações primárias, ligadas à fome, à sede, à reprodução, à demarcação de território (que esteve na base do conflito de G1I1) e à caça estratégica, orientadas por ideias e encadeamentos elementares, ou animais, atuais e anteriores, desde sempre, a I1. A ideia de I1 foi significante contra a anterior a I1, não-significante.
Um cão roía um osso no meio da rua. Mas sentiu a aproximação de um automóvel: olhou, levantou-se e fugiu, levando o osso. Naturalmente que ele podia ter fugido e deixado o osso: mas não foi isso que fez. À fuga o seu instinto associou a vontade de roer o osso, uma vontade movida pelo prazer de comer e não ideológica: no mesmo ato desenvolveu um encadeamento ideológico constituído por dois signos. A ideia-de-signo, do primeiro signo, foi fugir; o objeto-de-signo foi o perigo na aproximação do carro; e a imagem-de-signo foi a fuga, levando o osso. Ao levar o osso iniciou o segundo signo com a ideia-de-signo; o osso, levado, foi o objeto-de-signo; e a admissão de o roer depois foi a imagem-de-signo. No encadeamento ideológico a ligação dos signos deu-se da imagem do primeiro para a ideia do segundo, com o osso indo de acessório da fuga para diretor da admissão. No caso do gato a ligação deu-se pela espera do objeto do primeiro signo para a ideia do segundo: onde o tempo interferiu indiretamente.
Tanto na ação do gato como do cão existiu a vigilância, este atento ao trânsito e aquele à movimentação da janela; como existiu a admissão, no gato, da janela abrir-se para o lançamento do alimento, e no cão no sucesso da fuga com o osso; e em ambos a vontade de comer depois: e logo o tempo. Nos dois casos a vigilância foi de si para si, distinta da vigilância primata (como de muitos outros animais), esta ligada ao grito de alerta e aquela à necessidade individual. Nem num caso nem no outro foi associado um elemento estranho, como o pau, nas ações: pelo que a admissão, associada ao fator tempo, moveu-se pela fome e foi espontânea; como foi espontânea, e não artificial, a previsão do gato ver a janela abrir-se. E o tempo foi autónomo, implícito como em todas as ações; não foi conceptual nem métrico, como o admitido pelo primata de J1 ao guardar o pau. Mas o cão também guarda o osso no buraco aberto com as patas e tapado com o focinho: pelo que o tempo conceptual e métrico também não é exclusivo da nossa linhagem.

Pelo que não foi a Ideia, nem o Encadeamento Ideológico, nem a vigilância, a previsão e a admissão, do primata de J1L1, que conduziram à abstração linguística. Foi sim a ampliação do encadeamento ideológico para 2, 3, 4 e mais signos com a incorporação nas ações da métrica e da fabricação53 que conduziram à complexidade da comunicação e à necessidade da sua codificação linguística. É certo que o chimpanzé também limpa o pau para poder introduzi-lo no formigueiro, fazendo um duplo encadeamento e uma fabricação, podendo até guardá-lo admitindo o tempo: mas limita-se a essa habilidade, não a amplia nem a transmite ideologicamente aos outros; utiliza-a sem nenhuma finalidade coletiva, sem ser coletivamente instigado para o seu uso e sem ser enriquecida pela simultaneidade de todas as outras componentes. E o chimpanzé do presente é um antepassado distante.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

BIPEDISMO EMBRIONÁRIO

BIPEDISMO EMBRIONÁRIO


Olhando a figura de A. Calderón (mensagem: A Amplitude no Momento Bípede), a projeção do centro de gravidade do tronco varreu o segmento PD, a parte móvel do pé, numa locomoBQção distinta das precedentes a P e a D, entre o desequilíbrio bípede em P e o equilíbrio bípede em D.
                                                
O centro de gravidade projetou-se em P na posição Q e o ângulo que formou, na rotação desde a horizontalidade, foi GBR, ou TBQ. Temos que:

BQ = 2 X BT  = 0,75
BT / BQ = 0,375
E arccos 0,375 = 68 graus.

O Bipedismo Embrionário ocorreu na amplitude 68 graus. Recuando dos 75,5225 para os 68 graus, do Momento Bípede para o Bipedismo Embrionário, a ordem foi:
75,5225/74,5225 1; 74,5225/73,5225 2; 73,5225/72,5225 3; 72,5225/71,5225 4; 71,5225/70,5225 5; 70,5225/69,5225 6/ 69,5225/68,5225 7; 68,5225/68 8.
n = 7/8.
BEE1= K x  + 0,5225 x r8 + 14,4775) + 8000.
 = 7,557425220.
0,5225 x r8 = 0,5225 x 1,0191562728 = 0,5225 x 1,163928365 = 0,608152570.
BEE1 = 444703,8508 x (7,557425220 + 0,60815257 + 14,4775) + 8000 = 444703,8508 x 22,64307779 + 8000 = 10,069463890 + 8000 = 10,0775 milhões de anos.

Há 10,0775 milhões de anos o primeiro indivíduo experimentou o equilíbrio bípede elementar. Há 6,4462 milhões de anos o coletivo atingiu o equilíbrio bípede efetivo. O BE coincide com a separação genética do Gorila e o MB coincide com a separação genética do Chimpanzé.1 

1
“Os antepassados do homem e do chimpanzé tiveram relações sexuais durante milhares de anos até à separação das duas espécies, situação que aconteceu há muito menos tempo do que se pensava, revela a revista cientifica “Nature”. Segundo o investigador americano David Reich, da Universidade de Harvard, as duas linhagens separaram-se há 6,3 milhões de anos…” (Correio da Manhã, 2006 19 Maio, p.17). “…Depois de enveredar por caminhos diferentes há cerca de 7 milhões de anos, o homem possui ainda cerca de 98% de material genético em comum com os macacos africanos de grande porte…” “…Estudos genéticos indicam que a separação entre os chimpanzés e a linha dos hominídeos se deu há seis ou sete milhões de anos…” “…Na medida em que favorecia os encontros frontais de toda a espécie, a bipedia deve ter aumentado a subtileza de todos os encontros sociais, criando uma maior agilidade mental para negociar os aspetos sociais e talvez aumentando assim o alcance dos sinais faciais subjacentes ao desenvolvimento da linguagem…” “Em todo o caso, a bipedia assinala o ponto em que os hominídeos e os pongídeos decisivamente se separaram.” (Jordan, 2001, p. 9, 14, 23). “O nosso ADN diverge 1,6% dos ADNs do Chimpanzé-pigmeu e do Chimpanzé-comum e divergirmos do nosso antepassado comum há cerca de sete milhões de anos.” (Dennet, 1995, p. 335).

“Os Gorilas diferem aproximadamente 2,7% do nosso ADN como do ADN de ambos os chimpanzés que divergiram de um antepassado comum há ± 10 milhões de anos.” (Dennett,D.; 1995; Evolução e Sentido da Vida; Círculo de Leitores; p. 335).





quarta-feira, 18 de maio de 2016

ABRAÇO BÍPEDE


 ABRAÇO BÍPEDE

E é óbvio que no princípio só houve um sinal para filhos, filho, não distinguindo a sexualidade. E é óbvio que ele foi emitido pela mãe, uma vez que o progenitor ausentava-se imediatamente após a cópula e ele surgiu do sinal emotivo maternal, ancestral e animal:“Anlage: meio de comunicação feito de atitudes, de gestos, de sons destinados a induzir uma resposta (meio habitual nos animais: uma gata a chamar o filho).” (Pepin, 1979, p.23).

O Momento Bípede aconteceu na amplitude de 75,5225 graus com o centro de gravidade do tronco caindo dentro da base de sustentação. Mas, nesse equilíbrio precário, a mãe bípede não se equilibrava de pé com a cria nos braços: porque o peso e o volume do bebé no colo deslocavam o centro de gravidade do conjunto para a frente, projetando-o fora da base de sustentação. Pelo que o equilíbrio do abraço bípede deu-se muito para a direita de MB, em direção ao presente: e  talvez que aí, emocionada com o abraço bípede e sensibilizada pelo seu bipedismo à vista das mães não bípedes, emitiu com mais emoção o som ancestral para filho, levando os outros à codificação do sinal para mãe, libertando-o da mescla mãe/filho. E é credível associar à emergência do sinal maternal uma ocorrência física: o Abraço Bípede.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

VALOR ABSURDO

VALOR ABSURDO PARA A ORIGEM DA LINGUAGEM MODERNA.

Para a origem das línguas não há uma datação concisa, havendo opiniões que variam entre há 2 milhões e 70 mil anos.1

Conhecem-se as variações volumétricas do cérebro desde há 4 milhões de anos. Como a grande alteração linguística, a origem da Linguagem Moderna, provocou necessariamente uma grande alteração no volume do cérebro, vamos fazer um estudo dessas variações.

O volume do cérebro do homem atual varia ente 1200 e 1500 ml. A média desses valores será: (1200 + 1500) / 2 = 2700 / 2 = 1350 ml. Há 4 milhões de anos: 450 ml. Há 2,1 milhões de anos: 700 ml. Há 1,9 milhões de anos: 775 ml. E há 1,6 milhões de anos: 900 ml.

O crescimento é sistemático na aproximação ao presente. Comparando os valores salta imediatamente ao olhar que nos 1,9 (4 – 2,1 = 1,9) milhões de anos mais distantes a variação foi muito menor que nos 1,9 milhões de anos recentes, com 700 - 450 = 250 ml contra 1350 - 775 = 575 ml; e isso diz-nos, nitidamente, que houve uma grande transformação linguística e ideológica há menos, talvez, de 2 milhões de anos: porque só esse fenómeno pôde ativar extraordinariamente a atividade cognitiva do cérebro, levando ao grande crescimento volumétrico. Interpolando matematicamente vamos obter o volume para a distância mínima referenciada pelos antropólogos, 70000 anos, e ver se é verosímil.

(X – 1350) / (7 x 104 – 0) = (900 – X) / (1,6 x 106 – 7 x 104)  (X - 1350) x (1,6 x 106 – 7 x 104) = 7 x 104 x (900 – X)  (X – 1350) x 1,53 x 106 = 7 x 104 x (900 – X)  1,53 x 10x X –  1,53 x 10x 1350 = 900 x 7 x 10– 7 x 10x X 1,53 x 10x X + 7 x 10x X = 2,0655 x 109 + 6,3 x 107  X x (1,53 x 106 + 7 x 104) = 2,1285 x109  1,6 x106 x X = 2,1285 x 109  X = 2,1285 x 109 / 1,6 x 106  X = 2,1285 x 103 / 1,6  X = 1330,3125 ml.

Há 70000 anos o volume do cérebro era muito próximo do valor atual (1350 – 1330,3125 = 19,6875 ml); isso concorda com uma linguagem muito desenvolvida e muitíssimo distante da praticada há 2 milhões de anos atrás. A distância 70000 anos, referenciada para a origem da Linguagem Moderna, é um valor absurdo.


1 “O cenário biológico, em contrapartida, reconhece a linguagem humana como resultado de um longuíssimo período de desenvolvimento evolutivo, remontando provavelmente aos nossos antepassados hominídeos de há centenas de milhares, ou talvez milhões, de anos. De acordo com este cenário, as línguas faladas há 100000 anos já teriam evoluído para um estado avançado, qualitativamente semelhante ao revelado pelas línguas modernas…” (Ruhlen, 1998, p. 12). “Os cérebros assimétricos do Homo habilis (2 milhões de anos) indicam a insipiência do uso da linguagem… O equilíbrio do cérebro no cimo da espinal medula, visível desde o Australophitecus (anterior imediato do Homo habilis), teria dado início às mudanças necessárias à flexão da parte inferior do crânio e à posição dos maxilares, que posteriormente se traduziram na capacidade de vocalização… É provável que os primórdios da linguagem tenham surgido em grupos de Habilis…” “… Estes bifaces de pedra lascada… (nalguns casos) revelam grande destreza manual. Os artefatos bifaciais propriamente ditos começam a surgir nos registos arqueológicos africanos há cerca de 1,5 milhões de anos… É provável que o fabrico mais padronizado de machados de mão, que envolve mais faces e uma melhor previsão do produto acabado, se tenham refletido num uso da linguagem mais estruturado e estandardizado.” “…Com a criação do Homo ergaster / erectus, o registo fóssil ganha consistência e deparamos com uma forma humana muito mais parecida connosco do que as anteriores.” “Os achados mais antigos do ergaster em África remontam a 1,75 milhões de anos… Curiosamente, a laringe dos fósseis do ergaster/erectus, quando a têm,parece situar-se num ponto intermédio entre a posição verificada nos australopitecos e nos seres humanos modernos, reforçando a suposição de que o uso da linguagem estava a desenvolver-se, embora lentamente, a par da evolução física…” (Jordan, 2001, p. 26, 28, 30 e 31). “…Contudo, existem, pelo menos, dois antropólogos (Charles F. Hockett e Robert Asher) que crêem que o australopiteco já possuía a linguagem há cerca de 2 milhões de anos; outro (Franck B. Livinstone) pensa que a linguagem e a proibição do incesto não aparecem até à época do Homo sapiens, há uns 70000 ou 150000 anos. Por meu lado inclino-me a crer que a vida familiar que se desenvolve a partir do uso de utensílios, a utilização da linguagem, a cozinha e a divisão do trabalho, devem ter-se estabelecido há entre 500000 e 200000 anos.” (Gough, 1977, p. 62).

domingo, 24 de abril de 2016

O DOMÍNIO DA NATUREZA

O DOMÍNIO DA NATUREZA

O ponto B2, o 26º dia de idade da criança, é o limite inferior do Primeiro Organizador que se pode manifestar-se só aos 6 meses. Dando o Primeiro Organizador o sinal duma futura “atividade cognitiva” e tendo ele um paralelo na evolução, o ponto B1 representa a conversão de um animal comum num animal particular, que, depois, adquiriu reflexos distintivos, ou “ideológicos”. Antes de B1 o antropóide confundia-se nas ações reflexivas de todos os animais; o que não deixa de ter paralelo no comportamento infantil, quando, no oitavo dia, a criança passa a responder a sinais indiferenciados: 

“O recém-nascido possui já o reflexo pupilar de contração perante a luz…” “A partir do oitavo dia, a criança responde a sinais. Se estiver em posição de mamar, volta-se para quem a tem ao colo – homem ou mulher...” “…Com dez dias o olhar é capaz de se fixar num objecto luminoso e surge a coordenação das pálpebras. A partir das três semanas, o bebé segue um objeto luminoso, distinguindo-o, portanto, do fundo em que se move. A cabeça consegue voltar-se vivamente como resposta a um ruído…” “…Se pusermos um dedo na palma da mão do lactente, esta tende a fechar-se…” (Pepin, 1979, p.17 e 18).

Ao espaço amplo, entre o 26º dia e os 6 meses, só pode corresponder, paralelamente, um tempo ancestralmente amplo, para o desenvolvimento do Primeiro Organizador genérico, de ponto médio B1.

Se o Primeiro Organizador Infantil, o sorriso, é uma manifestação física muito próxima da primeira-palavra (1,0417 – 0,5 = 0,5417 anos) o seu equivalente no homem foi, no afastamento extraordinário à origem da linguagem, uma alteração física distintiva, daí em diante, dos comportamentos desse animal dos dos outros animais. E essa alteração só pôde ser cerebral. Mas a física do sorriso transporta toda a evolução sensorial nascida com o Primeiro Organizador humano: pelo que a alteração ancestral também foi sensorial. Física e sensorial: uma alteração resultante certamente de uma anterior e longa transformação filética que demarcou, aí, esse animal dos outros animais. Depois dela o antepassado humano evoluiu para a harmonização crescente de todos os sentidos concentrando-se no dos sons: este como o diretor sensorial tendente à linguagem. Os segundo e terceiro organizadores infantis são só sensitivos, o Eu e o Não, o Reconhecimento da Mãe e a Negação; e os segundo e terceiro organizadores genéricos foram só sensitivos, a Indução Ideológica e a Ideia: neles o cérebro evoluiu sobrepondo os reflexos ao instinto, desenvolvendo todos os sentidos, da visão… e dos sons no condicionamento à comunicação futura. Assim que a distância B1C1 foi de uma grandeza extraordinária contendo um comprimento muito longo de evolução instintiva, ou espontânea, e outro de evolução não instintiva, este já dirigido ideologicamente.


Depois de B1, embora o antropóide evoluísse instintivamente, o seu apuramento das sensações distinguia-se dos comportamentos instintivos dos outros animais, opondo-se, por isso, à evolução espontânea: os reflexos instintivos comuns, que obedeciam à lei natural, converteram-se nele em Reflexos Indutivos, por se oporem a ela. Por em B1 nascer um fenómeno contrário à lei natural nasceu aí uma outra natureza: nesta Segunda Natureza evoluiu um animal distinto que convergiu no Primata, no Hominídeo e no Homem, depois de muitos milhões de anos de evolução; lateralmente a esta nova natureza todos os outros animais persistiram na natureza ascendente, a Natureza, ou Primeira Natureza, transcendente a B1 e a F1. A reta original A1F1 é da Primeira Natureza e o segmento B1F1, contido nela, é da Segunda Natureza: e é óbvio que a Segunda Natureza, em que evoluímos, ou a que pertencemos, não é autónoma, sendo dependente da Primeira Natureza.

domingo, 10 de abril de 2016

ORIGEM DA MATEMÁTICA

ORIGEM DO PENSAMENTO NUMÉRICO


…O ponto 5 anos será o limite superior da evolução espontânea iniciada em B2, o limite inferior do Primeiro Organizador Infantil. Com B2, o lugar mínimo do Primeiro Organizador Infantil, como paralelo de B1, o zero do Reflexo Indutivo ou Primeiro Organizador Humano (ou antropológico, porque B1 está a muitos milhões de anos do homem, dotado de marcha bípede e de Linguagem Moderna). O limite inferior será o ponto 3 anos: porque é a partir dele que a criança se vai libertando dos reflexos sensório-motores, da fase precedente. Assim que:

B2H2 < 5 – 0,0712 = 4,9288 anos; e B2H2 > 3 – 0,0712 = 2,9288 anos. 2,9288 anos < B2H2 < 4,9288 anos.

Sendo H1 o momento da entrada do homem no pensamento lógico (paralelo a H2), ou Pensamento Numérico, relativamente próximo do presente, H1E1 será uma distância mínima e B1H1 será um comprimento próximo de B1E1. Isso faz aceitável o uso de KBH = K’BE = KAE = 23,6588 x 106, o coeficiente das muito grandes distâncias e da evolução espontânea. Contudo, utilizando-o numa terceira distância, B1H1, menor que as outras duas, A1E1 e B1E1, fazemos uma pequena correção: KBH menor que 23,6588 x 106. Daí que:

KBH  > B1H1 / B2H2  B1H1 < KBH x B2H2  B1H1 < 23,6588 x 106 x B2H2  23,6588 x 106 x 2,9288 < B1H1 < 23,6588 x 106 x 4,9288 69,2919 x 106 anos < B1H1 < 116,6095 x 106 anos.

Como B1E1 = B1H1 + H1E1 vamos calcular o comprimento do segmento H1E1. Sabemos que o Pensamento Numérico (H1) foi anterior à Escrita (D1) e posterior à Linguagem Moderna (C1), conforme H2, no crescimento individual, foi posterior a C2 e anterior a D2. Vamos interpolar para H1 correspondente a H2 = (3 + 5) / 2 = 8/2 = 4 anos.

C2E2 = 23 – 1,0417 = 21,9583 anos. H2E2 = 23 – 4 = 19 anos. D2E2 = 23 - 8 = 15 anos.

(H1E1 – 1,95 x 106) / (19 – 21,9583) = (5 x 103 – 1,95 x 106) / (15 – 21,9583)  (H1E1 – 1,95 x 106) / -2,9583 = -1,945 x 106 / -6,9583 -6,9583 x H1E1 + 13,5687 x 106 = 5,7539 x 106 -6,9583 x H1E1 = -13,5687 x 106 + 5,7539 x 106 -6,9583 x H1E1 = -7,8148  x 106 6,9583 x H1E1 = 7,8148 x 106 H1E1 = 7,8148 x 106 / 6,9583 H1E1 = 1,1231 x 106 anos.


H1E1 = 1,1231 milhões de anos é a distância da origem do Pensamento Numérico, ou matemática, na evolução, talvez com a noção elementar da quantidade, ou do número.