Algoritmo numérico

Algoritmo numérico
Algoritmo numérico

quinta-feira, 28 de abril de 2016

VALOR ABSURDO

VALOR ABSURDO PARA A ORIGEM DA LINGUAGEM MODERNA.

Para a origem das línguas não há uma datação concisa, havendo opiniões que variam entre há 2 milhões e 70 mil anos.1

Conhecem-se as variações volumétricas do cérebro desde há 4 milhões de anos. Como a grande alteração linguística, a origem da Linguagem Moderna, provocou necessariamente uma grande alteração no volume do cérebro, vamos fazer um estudo dessas variações.

O volume do cérebro do homem atual varia ente 1200 e 1500 ml. A média desses valores será: (1200 + 1500) / 2 = 2700 / 2 = 1350 ml. Há 4 milhões de anos: 450 ml. Há 2,1 milhões de anos: 700 ml. Há 1,9 milhões de anos: 775 ml. E há 1,6 milhões de anos: 900 ml.

O crescimento é sistemático na aproximação ao presente. Comparando os valores salta imediatamente ao olhar que nos 1,9 (4 – 2,1 = 1,9) milhões de anos mais distantes a variação foi muito menor que nos 1,9 milhões de anos recentes, com 700 - 450 = 250 ml contra 1350 - 775 = 575 ml; e isso diz-nos, nitidamente, que houve uma grande transformação linguística e ideológica há menos, talvez, de 2 milhões de anos: porque só esse fenómeno pôde ativar extraordinariamente a atividade cognitiva do cérebro, levando ao grande crescimento volumétrico. Interpolando matematicamente vamos obter o volume para a distância mínima referenciada pelos antropólogos, 70000 anos, e ver se é verosímil.

(X – 1350) / (7 x 104 – 0) = (900 – X) / (1,6 x 106 – 7 x 104)  (X - 1350) x (1,6 x 106 – 7 x 104) = 7 x 104 x (900 – X)  (X – 1350) x 1,53 x 106 = 7 x 104 x (900 – X)  1,53 x 10x X –  1,53 x 10x 1350 = 900 x 7 x 10– 7 x 10x X 1,53 x 10x X + 7 x 10x X = 2,0655 x 109 + 6,3 x 107  X x (1,53 x 106 + 7 x 104) = 2,1285 x109  1,6 x106 x X = 2,1285 x 109  X = 2,1285 x 109 / 1,6 x 106  X = 2,1285 x 103 / 1,6  X = 1330,3125 ml.

Há 70000 anos o volume do cérebro era muito próximo do valor atual (1350 – 1330,3125 = 19,6875 ml); isso concorda com uma linguagem muito desenvolvida e muitíssimo distante da praticada há 2 milhões de anos atrás. A distância 70000 anos, referenciada para a origem da Linguagem Moderna, é um valor absurdo.


1 “O cenário biológico, em contrapartida, reconhece a linguagem humana como resultado de um longuíssimo período de desenvolvimento evolutivo, remontando provavelmente aos nossos antepassados hominídeos de há centenas de milhares, ou talvez milhões, de anos. De acordo com este cenário, as línguas faladas há 100000 anos já teriam evoluído para um estado avançado, qualitativamente semelhante ao revelado pelas línguas modernas…” (Ruhlen, 1998, p. 12). “Os cérebros assimétricos do Homo habilis (2 milhões de anos) indicam a insipiência do uso da linguagem… O equilíbrio do cérebro no cimo da espinal medula, visível desde o Australophitecus (anterior imediato do Homo habilis), teria dado início às mudanças necessárias à flexão da parte inferior do crânio e à posição dos maxilares, que posteriormente se traduziram na capacidade de vocalização… É provável que os primórdios da linguagem tenham surgido em grupos de Habilis…” “… Estes bifaces de pedra lascada… (nalguns casos) revelam grande destreza manual. Os artefatos bifaciais propriamente ditos começam a surgir nos registos arqueológicos africanos há cerca de 1,5 milhões de anos… É provável que o fabrico mais padronizado de machados de mão, que envolve mais faces e uma melhor previsão do produto acabado, se tenham refletido num uso da linguagem mais estruturado e estandardizado.” “…Com a criação do Homo ergaster / erectus, o registo fóssil ganha consistência e deparamos com uma forma humana muito mais parecida connosco do que as anteriores.” “Os achados mais antigos do ergaster em África remontam a 1,75 milhões de anos… Curiosamente, a laringe dos fósseis do ergaster/erectus, quando a têm,parece situar-se num ponto intermédio entre a posição verificada nos australopitecos e nos seres humanos modernos, reforçando a suposição de que o uso da linguagem estava a desenvolver-se, embora lentamente, a par da evolução física…” (Jordan, 2001, p. 26, 28, 30 e 31). “…Contudo, existem, pelo menos, dois antropólogos (Charles F. Hockett e Robert Asher) que crêem que o australopiteco já possuía a linguagem há cerca de 2 milhões de anos; outro (Franck B. Livinstone) pensa que a linguagem e a proibição do incesto não aparecem até à época do Homo sapiens, há uns 70000 ou 150000 anos. Por meu lado inclino-me a crer que a vida familiar que se desenvolve a partir do uso de utensílios, a utilização da linguagem, a cozinha e a divisão do trabalho, devem ter-se estabelecido há entre 500000 e 200000 anos.” (Gough, 1977, p. 62).

domingo, 24 de abril de 2016

O DOMÍNIO DA NATUREZA

O DOMÍNIO DA NATUREZA

O ponto B2, o 26º dia de idade da criança, é o limite inferior do Primeiro Organizador que se pode manifestar-se só aos 6 meses. Dando o Primeiro Organizador o sinal duma futura “atividade cognitiva” e tendo ele um paralelo na evolução, o ponto B1 representa a conversão de um animal comum num animal particular, que, depois, adquiriu reflexos distintivos, ou “ideológicos”. Antes de B1 o antropóide confundia-se nas ações reflexivas de todos os animais; o que não deixa de ter paralelo no comportamento infantil, quando, no oitavo dia, a criança passa a responder a sinais indiferenciados: 

“O recém-nascido possui já o reflexo pupilar de contração perante a luz…” “A partir do oitavo dia, a criança responde a sinais. Se estiver em posição de mamar, volta-se para quem a tem ao colo – homem ou mulher...” “…Com dez dias o olhar é capaz de se fixar num objecto luminoso e surge a coordenação das pálpebras. A partir das três semanas, o bebé segue um objeto luminoso, distinguindo-o, portanto, do fundo em que se move. A cabeça consegue voltar-se vivamente como resposta a um ruído…” “…Se pusermos um dedo na palma da mão do lactente, esta tende a fechar-se…” (Pepin, 1979, p.17 e 18).

Ao espaço amplo, entre o 26º dia e os 6 meses, só pode corresponder, paralelamente, um tempo ancestralmente amplo, para o desenvolvimento do Primeiro Organizador genérico, de ponto médio B1.

Se o Primeiro Organizador Infantil, o sorriso, é uma manifestação física muito próxima da primeira-palavra (1,0417 – 0,5 = 0,5417 anos) o seu equivalente no homem foi, no afastamento extraordinário à origem da linguagem, uma alteração física distintiva, daí em diante, dos comportamentos desse animal dos dos outros animais. E essa alteração só pôde ser cerebral. Mas a física do sorriso transporta toda a evolução sensorial nascida com o Primeiro Organizador humano: pelo que a alteração ancestral também foi sensorial. Física e sensorial: uma alteração resultante certamente de uma anterior e longa transformação filética que demarcou, aí, esse animal dos outros animais. Depois dela o antepassado humano evoluiu para a harmonização crescente de todos os sentidos concentrando-se no dos sons: este como o diretor sensorial tendente à linguagem. Os segundo e terceiro organizadores infantis são só sensitivos, o Eu e o Não, o Reconhecimento da Mãe e a Negação; e os segundo e terceiro organizadores genéricos foram só sensitivos, a Indução Ideológica e a Ideia: neles o cérebro evoluiu sobrepondo os reflexos ao instinto, desenvolvendo todos os sentidos, da visão… e dos sons no condicionamento à comunicação futura. Assim que a distância B1C1 foi de uma grandeza extraordinária contendo um comprimento muito longo de evolução instintiva, ou espontânea, e outro de evolução não instintiva, este já dirigido ideologicamente.


Depois de B1, embora o antropóide evoluísse instintivamente, o seu apuramento das sensações distinguia-se dos comportamentos instintivos dos outros animais, opondo-se, por isso, à evolução espontânea: os reflexos instintivos comuns, que obedeciam à lei natural, converteram-se nele em Reflexos Indutivos, por se oporem a ela. Por em B1 nascer um fenómeno contrário à lei natural nasceu aí uma outra natureza: nesta Segunda Natureza evoluiu um animal distinto que convergiu no Primata, no Hominídeo e no Homem, depois de muitos milhões de anos de evolução; lateralmente a esta nova natureza todos os outros animais persistiram na natureza ascendente, a Natureza, ou Primeira Natureza, transcendente a B1 e a F1. A reta original A1F1 é da Primeira Natureza e o segmento B1F1, contido nela, é da Segunda Natureza: e é óbvio que a Segunda Natureza, em que evoluímos, ou a que pertencemos, não é autónoma, sendo dependente da Primeira Natureza.

domingo, 10 de abril de 2016

ORIGEM DA MATEMÁTICA

ORIGEM DO PENSAMENTO NUMÉRICO


…O ponto 5 anos será o limite superior da evolução espontânea iniciada em B2, o limite inferior do Primeiro Organizador Infantil. Com B2, o lugar mínimo do Primeiro Organizador Infantil, como paralelo de B1, o zero do Reflexo Indutivo ou Primeiro Organizador Humano (ou antropológico, porque B1 está a muitos milhões de anos do homem, dotado de marcha bípede e de Linguagem Moderna). O limite inferior será o ponto 3 anos: porque é a partir dele que a criança se vai libertando dos reflexos sensório-motores, da fase precedente. Assim que:

B2H2 < 5 – 0,0712 = 4,9288 anos; e B2H2 > 3 – 0,0712 = 2,9288 anos. 2,9288 anos < B2H2 < 4,9288 anos.

Sendo H1 o momento da entrada do homem no pensamento lógico (paralelo a H2), ou Pensamento Numérico, relativamente próximo do presente, H1E1 será uma distância mínima e B1H1 será um comprimento próximo de B1E1. Isso faz aceitável o uso de KBH = K’BE = KAE = 23,6588 x 106, o coeficiente das muito grandes distâncias e da evolução espontânea. Contudo, utilizando-o numa terceira distância, B1H1, menor que as outras duas, A1E1 e B1E1, fazemos uma pequena correção: KBH menor que 23,6588 x 106. Daí que:

KBH  > B1H1 / B2H2  B1H1 < KBH x B2H2  B1H1 < 23,6588 x 106 x B2H2  23,6588 x 106 x 2,9288 < B1H1 < 23,6588 x 106 x 4,9288 69,2919 x 106 anos < B1H1 < 116,6095 x 106 anos.

Como B1E1 = B1H1 + H1E1 vamos calcular o comprimento do segmento H1E1. Sabemos que o Pensamento Numérico (H1) foi anterior à Escrita (D1) e posterior à Linguagem Moderna (C1), conforme H2, no crescimento individual, foi posterior a C2 e anterior a D2. Vamos interpolar para H1 correspondente a H2 = (3 + 5) / 2 = 8/2 = 4 anos.

C2E2 = 23 – 1,0417 = 21,9583 anos. H2E2 = 23 – 4 = 19 anos. D2E2 = 23 - 8 = 15 anos.

(H1E1 – 1,95 x 106) / (19 – 21,9583) = (5 x 103 – 1,95 x 106) / (15 – 21,9583)  (H1E1 – 1,95 x 106) / -2,9583 = -1,945 x 106 / -6,9583 -6,9583 x H1E1 + 13,5687 x 106 = 5,7539 x 106 -6,9583 x H1E1 = -13,5687 x 106 + 5,7539 x 106 -6,9583 x H1E1 = -7,8148  x 106 6,9583 x H1E1 = 7,8148 x 106 H1E1 = 7,8148 x 106 / 6,9583 H1E1 = 1,1231 x 106 anos.


H1E1 = 1,1231 milhões de anos é a distância da origem do Pensamento Numérico, ou matemática, na evolução, talvez com a noção elementar da quantidade, ou do número. 

sábado, 26 de março de 2016

MENSAGEM

MENSAGEM

Caros visitantes:

Esta é a mensagem número 32 do meu blog que teve 575 visitas nos seus 7 meses de existência Os EUA lideram com 173 contra 134 de Portugal e 107 da Itália, os que mais visitas têm. Houve visitantes do Reino Unido, da Rússia, do Brasil, de Espanha, da Alemanha, da Grécia e do México. O menor número é da Grécia e do México: 3.

107 visitas da Itália é compreensível dado o maior universo da minha rede do Linkedin ser italiano. 134 visitas portuguesas compreendem-se: porque os visitantes serão, na sua maioria, admito, da minha rede de contactos; e porque são da minha língua. 173 visitantes americanos surpreendem-me positivamente: e só os compreendo admitindo que os EUA serão o lugar do mundo onde mais se pesquisa sobre a evolução antropológica, o tema do meu blog e dos meus livros.

Não tem uma dúvida sobre uma mensagem? Não tem nada a acrescentar a uma mensagem? Não tem uma crítica sobre uma mensagem? Pergunte. Comente. Critique. Os comentários permitiriam a troca de ideias e o enriquecimento da comunicação. Com a sua ideia a minha ideia, como a sua, iriam mais longe: naquilo que é o andamento essencial da evolução.


Obrigado.

quarta-feira, 9 de março de 2016

CONFLITO ORIGINAL

O CONFLITO ORIGINAL

A separação do primata do tronco filético há aproximadamente 32,6138 milhões de anos teve dois fenómenos na sua origem, um sensitivo, a Indução Ideológica, e outro físico, o conflito: um caso único e sem paralelo na evolução. O conflito, com os conceitos de expulsão, propriedade e fronteira, originou, com a evolução da Indução Ideológica, a Ideia de I1. Logo que a Ideia, o motor de toda a evolução seguinte, nasceu estigmatizada por 5,3672 milhões de anos de tensão física: só essa estigmatização, que subverteu a razão e anterior a ela, explica a eminência conflitual partindo do indivíduo e dos distúrbios familiares e de rua, para as barbaridades de todas as invasões, do passado bárbaro e do presente “civilizado”.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

EVOLUÇÃO LINGUÍSTICA ORIGINAL

O EMOTIVO, A PAIXÃO E A MÉTRICA, NA EVOLUÇÃO LINGUÍSTICA ORIGINAL.

Entre o Encadeamento Ideológico de J1 e a Linguagem Moderna de C1 nasceu a Linguagem Articulada, em L1. Na Linguagem Articulada não existia o sinal para o Verbo e os Tropos precediam as Palavras. Na ausência do Verbo a comunicação era interrompida pelo gesto, substituindo-o, «articulando-se». Se em C1 a língua possuía as caraterísticas essenciais das línguas atuais, designando-se moderna, a criação do Verbo deu-se entre L1 e C1; em J1, (26,5350 – 25,0100) X 106 = 1,5250 milhões de anos antes da Linguagem Articulada, efetivamente, com o tempo ampliando-se além do instante na noção temporal de «ir», e com o «fazer», subjacentes à vigilância e derrube, abreviava-se o Verbo expresso na ação experimentada pelo sujeito. Essa precedência ancestral ao Verbo, na sua abreviação, impôs o gesto na comunicação sonora: o fenómeno físico, e sensitivo, precedeu a abstração semântica do Verbo, num grande passo da evolução sobre a perceção dos outros animais.
Como o Verbo nasceu entre L1 e C1, em V1, o segmento inicial L1C1 dividiu-se em dois intervalos, L1V1 e V1C1, bem diferenciados pela desarticulação discursiva do segundo relativamente ao primeiro. Em L1V1 evoluiu-se na Linguagem Articulada com o gesto substituindo o Verbo, convergindo nele em V1; e em V1C1 a Linguagem Articulada evoluiu da descontinuidade para a continuidade verbal pela presença crescente, e divergência territorial, do Verbo. Se em V1 o discurso articulado foi quebrado embrionariamente ele só se tornou contínuo próximo de C1; isso porque só a fluidez comunicativa pôde ampliar cognitivamente o pensamento levando-o do Tropo à Palavra e da Linguagem Articulada à Linguagem Moderna.
O Tropo era um som associado ao fenómeno, e ao objeto, pela paixão, e restrito, por a paixão centrar-se no indivíduo, à comunicação, e compreensão, localizadas. Sendo um fenómeno pontual e o elemento fundamental do fenómeno coletivo da linguagem, ele tinha, na sua estrutura, um vetor naturalmente expansivo. Esse vetor foi favorecido depois de V1 pela fluidez imprimida pelo Verbo. De V1 para C1 a fluidez linguística, como a língua, ampliaram-se geograficamente, ao mesmo tempo que se racionalizou a paixão associada. A paixão inicial, da abstração do Tropo e do indivíduo, ampliou-se para a do Verbo e da rede, e racionalizou-se, seguidamente, a favor da prole. Primeiro foi a emoção (do grito e do silêncio do alerta e da vigilância), depois a paixão e por último a racionalização. Com a racionalização o desenho do sinal de instintivo passou a métrico originando a Palavra, feita da soma de comprimentos, das letras e das sílabas. E a paixão libertou-se para as ligações afetivas que levaram à Família Embrionária.
Ao racionalizar-se o som associado ao objeto «árvore» deu-se a sua estabilização na palavra árvore, compreendida por todos os indivíduos que falam a língua portuguesa. Um exemplo numa língua contemporânea, numa imagem de qualquer língua moderna. Ao pronunciar-se a palavra árvore associa-se-lhe o objeto árvore: assim que a palavra árvore é um sinal de natureza física a que a ideia associa o objeto árvore como imagem. E igualmente o sinal original, ou Tropo, muito distinto do som da palavra árvore, associava o objeto árvore a quem o compreendia: assim que o Tropo era já um sinal substituindo o objeto árvore, uma abstração do mesmo teor da contida na Palavra.
E essa associação da abstração ao sinal sonoro já acontecia em I1, na origem embrionária da ideia.. Apenas que em I1 a comunicação resumia-se ao grito emotivo do alerta, desagregado, simbolicamente, dos objetos que o Tropo de L1 identificou e substituiu; e foi essa emoção, impulsionada ideologicamente e longamente experimentada, (27,2466 – 25,0100) X 106 = 2,2366 milhões de anos, entre I1 e L1, que impregnou de paixão o sinal seguinte: a emoção, antes expansiva, sintetizou-se na paixão, na transferência do grito animal para a abstração da língua, na associação dos sons aos objetos. Mas a abstração não é um fenómeno animal e transcende a ideia primária. A abstração anterior a L1, de I1, era da ideia impulsionada pela Indução Ideológica e o Reflexo Indutivo contrários à lei natural. Foi essa oposição à lei natural que conduziu a ideia animal à emoção, à paixão, ao métrico e ao afetivo.
Se o Tropo de L1 determinou a abstração linguística, a Palavra de C1 convencionou-a negando a sua propagação arbitrária e abrindo caminho ao método e consistência das línguas emergentes. Mas a convenção dos sinais sonoros não era rígida, obviamente, mesmo com a Palavra de C1: por isso a Escrita de D1 desenhou a palavra cristalizando-a, como à abstração contida, no último grau da convenção. Em D1, como hoje, ao ler-se a palavra árvore, associava-se-lhe, como se lhe associa, o objeto árvore, a imagem de quem a imprimiu.

Poderá dizer-se que a palavra árvore se associa apaixonadamente ao objeto árvore, que ao proferi-la, num recinto fechado, abafado e nu, somos sugestionados ao verde e frescura do arvoredo; só que esse fenómeno acontece com a mesma intensidade com a palavra tree, extremamente distinta no comprimento e no efeito fonético, nos utilizadores da língua inglesa para o mesmo objeto: donde depreender-se que a paixão associada às línguas é uma paixão racionalizada pelo método e díspar da paixão inicial, já dirigida pela vontade na associação do sinal ao objeto, depois do grito animal, e emotivo, do alerta. E consequentemente que a abstração comunicativa evoluiu do emotivo para a paixão e o racional, ou métrico,do alerta animal, da Linguagem Articulada e da Linguagem Moderna.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA

ORIGEM DA LINGUAGEM ARTICULADA

A linguagem de L1 teve de acontecer numa comunidade pequena. Isso porque o Tropo teve de nascer, implantar-se e divergir, de um ponto, que não podendo ser um indivíduo foi um pequeno grupo. Na linguagem moderna uma ideia nasce de um indivíduo e diverge dele; mas o Tropo original não foi uma ideia, não foi um sinal “criado”, foi um fenómeno antropológico, de convenção de um hábito comum, que divergiu de uma comunidade e não de um indivíduo: e os indivíduos intervenientes tinham de viver agrupados. Essa comunidade foi a primeira sociedade antropológica e esteve distante das tribos primitivas quanto o esteve a Linguagem Articulada. E por essa distância dos níveis afetivo e familiar esse grupo só se agregou por razões físicas, laterais à vivência florestal e impostas pelos rigores do tempo, na necessidade de abrigo; e a isso, associado ao carácter contracto do agrupamento, só responde um abrigo natural, sólido e duradouro: uma gruta.
Também que uma gruta como abrigo do grupo fundador da Linguagem Articulada concorda com um pormenor paralelo da evolução individual seguinte a J2: o controlo dos esfíncteres. Pelo controlo dos esfíncteres antes dos 2,5 anos de idade61 a criança transpõe o estado incontinente que tinha desde o nascimento da mesma forma que, remotamente, ao saturar-se o ar fechado e húmido da gruta, com defecações acumuladas, o primata comunitário sentiu-se obrigado a suster as necessidades correndo para o exterior, num esforço impulsivo e depois voluntário contra os esfíncteres, oposto ao seu estado anterior de animalidade. O controlo antropológico dos esfíncteres assim como a origem da Linguagem Articulada exigiram uma comunidade remota: a mesma, muito provavelmente. Talvez que o primata, carente de frutos e bagas por ter optado pela segurança e o abrigo da gruta distante da floresta, incluiu carne na alimentação (como necrófago), expelindo fezes não neutras como as do passado, saturando ao insuportável o recinto, ao mesmo tempo que o modo de vida reservado e coeso lhe imprimiu outro impulso à comunicação. Como o primeiro tropo surgiu da convenção de um hábito é admissível admiti-lo na imposição de uns aos outros do controlo fecal. Com efeito, a criança sustém os esfíncteres para dar prazer à mãe como o primata os susteve por exigência comunitária, dando prazer ao grupo a que pertencia: e obviamente que o esforço repetido transitou de involuntário para voluntário no crescimento ancestral.  
Com a negação, iniciada aos 1,25 anos, a criança substitui a ação pelo Verbo que só se afirma, efetivamente, na crise comportamental da oposição seguinte aos 3 anos, depois do controlo dos esfíncteres. Depois de controlar os esfíncteres e da iniciação da linguagem o primata converteu-se em Primata e evoluiu para o Verbo. A transversal L1L2 liga os pontos do controlo dos esfíncteres e da transição da animalidade física na higiene comunitária do indivíduo e do homem, como demarca neste a abertura para o Verbo e naquele a sua aproximação.
Não havendo razões para que a Linguagem Articulada, um fenómeno embrionário, acelerasse a evolução, esta seguiu contornando o mesmo coeficiente, 1,2200 x 106, das transformações anteriores. Contudo, há dois pormenores que levam a uma pequena alteração: 1) Sendo já o terceiro coeficiente na mesma grandeza, e da esquerda para a direita dar-se o decréscimo sucessivo, admite-se a troca do sinal de maior pelo de menor; 2) O facto de o controlo dos esfíncteres ser anterior aos 2,5 anos do crescimento da criança sugere um recuo de L1 em A1E1, que nega a alteração admitida do sinal de maior para menor: donde concluir-se como muito razoável optar pelo sinal de igual. Assim que KLE = 1,2200 x 106.

L2E2 = 23 – 2,5 = 20,5 anos.

KLE = L1E1/L2E2

1,2200 x 106  =  L1E1/20,5
L1E1 = 1,2200 X 106 X 20,5
L1E1 = 25,010 X 106 anos.

25,01 milhões de anos.Uma distância extraordinária para o nascimento da linguagem, mas no seguimento às outras distâncias extraordinárias. Foi ela, associada à influência hereditária, um comprimento também extraordinário que originou, que levou a que todos os indivíduos (exceto os que têm carências cognitivas profundas) aprendam a linguagem oral, mesmo que minimamente. A Linguagem Articulada surgiu há 25,0100 milhões de anos, o Pensamento Numérico há 1,1231 milhões de anos e a Escrita há 8000 anos. E é nessa mesma ordem que o indivíduo cresce: primeiro aprende a linguagem oral, depois a aritmética e por último a escrita. No muito grande universo dos que aprendem a linguagem oral há um subuniverso, os que têm carências cognitivas e aprendem o mínimo, que não ultrapassam a aritmética elementar, como contar e somar moedas, e neste ninguém aprende a escrita. O grau de dificuldade dos fenómenos cognitivos fundamentais obedece à distância evolutiva paralela: a oralidade é fácil, o pensamento numérico elementar é menos fácil e a escrita é mais difícil. E se as dificuldades coletivas da apreensão dos três fenómenos fundamentais obedecem à mesma ordem individual de os dominar isso diz-nos, inequivocamente, que a evolução individual é paralela à evolução genérica e que as aptidões particulares para os seus domínios respeitam a capacidades cerebrais inatas, intuitivas e hereditárias, desenvolvidas pelos tempos ancestrais da evolução.