Algoritmo numérico

Algoritmo numérico
Algoritmo numérico

domingo, 31 de janeiro de 2016

INTRODUÇÃO DE EEB




INTRODUÇÃO DE ELEVAÇÃO AO ESTADO BÍPEDE


Há 25,01 milhões de anos o antropóide elevava-se a 45 graus, porque foi aí que nasceu a Linguagem Articulada e foi esse o ângulo do tronco que elevou a cabeça à frontalidade mínima do olhar indispensável à comunicação verbal. O estudo bibliográfico das escritas originais e da Arte Parietal, tendente à Escrita, com o estudo matemático sobre o paralelismo da evolução gráfica entre o homem primitivo e o indivíduo, mostram-nos o lugar zero da Escrita Embrionária há 8000 anos onde a verticalização se maximizou nos 90 graus, uma vez que ao limite linguístico correspondeu o limite da elevação. Pelo meio, entre os 45 e os 90 graus, ocorreu o Momento Bípede.

Ao Momento Bípede, o passo extraordinário da verticalização, que converteu o Primata no Hominídeo, correspondeu uma grande ocorrência linguística e ideológica, porque todas as transformações físicas fundamentais foram precedidas por acontecimentos sensitivos equivalentes. Sabemos que há 3,6 milhões de anos os hominídeos locomoviam-se em eficiência bípede: logo que o Momento Bípede foi muito anterior a essa distância. Como entre há 25,01 e 1,95 milhões de anos, entre as linguagens articulada e moderna, só aconteceu o Verbo há 6,584 milhões de anos, esse afastamento foi próximo, e anterior, ao Momento Bípede.

O fenómeno da verticalização foi o da rotação do tronco. Como o centro de gravidade do tronco, na ascensão, caiu sobre a base de sustentação do corpo nos 76 graus, foi nessa amplitude que ocorreu o equilíbrio bípede, determinando dois regimes na verticalização: um anterior, dos 45 para os 76 graus, de elevação acelerada, de grau para grau, por uma razão matemática dada pelo impulso dos cruzamentos sexuais entre amplitudes diversas com o domínio da maior amplitude sobre a menor; e outro posterior, dos 76 para os 90 graus, constante de grau para grau, em cópulas exclusivamente bípedes: com os dois regimes assistidos pela ascensão genética ancestralmente adquirida.


EEB divide-se em três partes fundamentais: o estudo bibliográfico da evolução da Arte Parietal que conduziu à Escrita Embrionária; o estudo matemático do paralelismo da evolução  gráfica do homem primitivo e da criança; e o estudo da distância do Momento Bípede que originou o algoritmo da verticalização simplificado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

AS CONSTANTES r e K.

A CONSTANTE r


Nos 75,5225 graus atingiu-se o estado bípede. O primeiro grau do primeiro regime, no sentido de MB para LA, entre os 75,5225 e os 74,5225 graus, demorou K X r anos. O segundo, entre os 74,5225 e os 73,5225 graus, demorou K X r2 anos. O terceiro, entre os 73,5225 e os 72,5225 graus, demorou K X r3 anos… O trigésimo, entre os 46,5225 e os 45,5225 graus demorou K X r30 anos. E entre os 45,5225 e os 45 graus demorou-se 0,5225 X K X r31 anos.

LAMB = (25,01 – 6,4462) X 106 = 18,5638 X106 anos

LAMB = K X r + K X r2 + K X r3 + … + K X r30 + 0,5225 X K X r31 = K X (somatório entre n=1 e n=30 de rn) + 0,5225 X r31)

Como 18,5638 X106 = 444703,8508 X (somatório entre n=1 e n=30 de rn) + 0,5225 X r31) temos que:

(somatório entre n=1 e n=30 de rn) + 0,5225 X r31 = 18,5638 X 106 / 444703,8508 = 41,744185    

Como (somatório entre n=1 e n=30 de rn) + 0,5225 X 1,01915627231) = 41,744185 é esse o valor de r:

r = 1,019156272



A constante K
                                                                                                                 

A civilização suméria, dotada de uma rede escolar, de arquivos estatais centralizados e de conhecimentos matemáticos desenvolvidos, de há 5000 anos, como outras do seu tempo, tinham escritas bastante desenvolvidas e distantes da Escrita Embrionária de onde a grafia, obviamente, divergiu e evoluiu para a escrita moderna. Pelo que a Escrita Embrionária (EE) foi anterior aos 5000 anos sumérios e corresponde ao tempo dos primeiros registos de signos linguísticos datados de há 8000 anos. Daí que é essa a distância da Escrita Embrionária e do limite da verticalização, onde se atingiram os 90 graus. 

EE = T2 = 8000 anos

Também que todos os registos bibliográficos cientificamente credíveis apontam a conversão do quadrúpede no bípede entre há 6 e 7 milhões de anos. Tomando esses dois extremos posso afirmar que o Momento Bípede ocorreu há menos de 7 e mais de 6 milhões de anos ou que o seu valor médio, (6+7)X106/2 = 13X106/2 = 6,5 milhões de anos, é a sua distância aproximada.

MB = 6,5 X 106 anos

Contudo, em Elevação ao Estado Bípede, encontrei o Momento Bípede há 6,4462 milhões de anos, distância compatível com a anterior. É esta distância que assumo para o MB.
Na posse desses dois valores posso obter o tempo decorrido entre o Momento Bípede e a Escrita Embrionária, MBEE, correspondente à rotação dos últimos 14,4775 graus da verticalização, e calcular o valor de K, o tempo da conversão de cada grau no segundo regime da verticalização e o cerne da transição do primeiro no segundo.
MBEE = T5 = 6,4462X106 – 8000 = 6,4382X106 anos
K = 6,4382 X 106 / 14,4775  

K = 444703,8508

sábado, 16 de janeiro de 2016

ESTADO CRÍTICO

 ESTADO CRÍTICO
O Estado Crítico é o ponto máximo do conflito entre a Natureza e o Homem. Uma vez atingido o Estado Crítico o retorno à estabilidade ambiental indispensável à sobrevivência humana é crítico. O tempo entre o Estado Crítico e o Fim do Mundo será o último percurso da evolução antropológica. Entre o Estado Crítico e o Fim do Mundo o tempo será mínimo comparado com os tempos anteriores da evolução.
Os meus estudos sobre a evolução partiram de coeficientes comparativos das velocidades da evolução ideológica e linguística do indivíduo e da espécie. O maior coeficiente, KAE, diz-nos que a espécie foi 23,6588 milhões de vezes mais lenta que o indivíduo a ir da origem ao estado optimizado das línguas atuais. O menor, KDE, diz-nos que a espécie foi 333,3333 vezes mais lenta que o indivíduo a evoluir da Escrita suméria e da sua correspondência infantil para o estado otimizado das escritas.
1 - KAE = 23,6588 X 10(Origem da vida)
2 - KBE = 16,7612 X 106 (Reflexo Indutivo)
3 - KGE < 1,4495 X 106 (Indução Ideológica)
4 - KIE > 1,2200 X 106 (Ideia Embrionária)
5 - KJE > 1,2200 X 106 (Encadeamento Ideológico)
6 - KLE = 1,2200 X 106 (Linguagem Articulada)
7 - KVE = 0,3292 X 106 (Verbo)
8 - KCE = 88804,6889 (Linguagem Moderna)
9 - KDE = 333,3333 (Escrita)
O estado otimizado da ideia e das línguas atuais corresponde, no paralelismo entre a espécie e o indivíduo, à idade individual de 23 anos, porque é essa a idade de conclusão de um curso universitário na língua e porque é ela o limite do crescimento volumétrico do cérebro. Contudo, o indivíduo evolui na língua, como em qualquer outra área cognitiva, depois da idade 23 anos e tenha concluído ou não um curso universitário, da mesma forma que o estado ideológico e linguístico do presente, embora otimizado, continua a evoluir para estados ainda mais otimizados. Poderá dizer-se que a era moderna é um tempo de otimizações sistemáticas, de evolução para um limite com as mesmas características de um limite matemático. Se assim é podemos calcular um nono coeficiente correspondente ao paralelismo entre a evolução futura das línguas na espécie e a evolução individual na língua depois dos 23 anos de idade. E é óbvio que o indivíduo pode evoluir na língua desde os 23 anos até ao limite de idade.
 Considere-se 77,13 anos o limite de idade. Esse limite corresponde ao valor médio de vida: (73,69 + 80,56) / 2 = 154,25 / 2 = 77,13 anos: obtido dos valores da esperança média de vida da população portuguesa no biénio 2001 / 2002, o primeiro referente ao homem e o segundo à mulher (INE). O valor 77,13 anos para a população portuguesa não retrata o valor respeitante à população mundial, mas utilizo-o porque é um número otimizado, uma vez que muitos países do mundo têm valores muito mais baixos, baixando, com o seu peso, o valor real.
E2 = 23 anos. F2 = 77,13 anos. E2F2 = 77,13 – 23 = 54,13.
E2F2 = 54,13 anos
Esse comprimento significa o tempo médio de vida que o indivíduo vive depois dos 23 anos. Para ele o valor de K será:
KEF = E1F1 / E2F2
E1F1 é a distância que vai do presente ao Estado Crítico.
Como as constantes decrescem sabemos que KEF é menor que 333,3333. Considerem-se as razões sucessivas entre os coeficientes:
KAE / KBE = 23,6588 x 106 / 16,7612 x 106 = 1,4115
KBE / KGE = 16,7612 x 106 / 1,4495 x 106 = 11,5634
KGE / (KIE = KJE = KLE) = 1,4495 x 106 / 1,2200 x 106 = 1,1881
KLE / KVE = 1,2200 x 106 / 0,3292 x 106 = 3,7060
KVE / KCE = 0,3292 x 106 / 88804,6889 = 3,7070
KCE / KDE = 88804,6889 / 333,3333 = 266,4141
A razão KCE / KDE tem uma grandeza muito maior que as outras: 266,4141. Isso porque KCE refere-se à evolução ancestral desde a Linguagem Moderna, há 1,95 milhões de anos, e KDE  refere-se à evolução moderna desde a Escrita de há 5000 anos, enquanto as outras razões relacionam períodos ancestrais, ou primitivos, quase indistintos uns dos outros nas relações consecutivas.
A razão futura KDE / KEF vai relacionar dois períodos modernos da evolução ideológica e linguística. KDE referente aos 5000 anos sumérios e KEF referente ao segmento entre o presente e o Estado Crítico. São, como antes, dois períodos modernos: mas o segundo é a era informática, ou da escrita digital, e da energia atómica (desta sobretudo porque o nuclear admite a morte súbita antes do Estado Crítico além das contrariações ambientais que conduzem a ele), de velocidade evolutiva extraordinariamente maior que a do primeiro, de tal forma que:
KDE / KEF  266,4141. 333,3333 / KEF  266,4141. KEF x 266,4141  333,3333. KEF  333,3333 / 266,4141.
E KEF  1,2511.
O coeficiente KEF menor que 1,2511 assume, nessa dimensão ínfima quanto à grandeza do primeiro coeficiente antropológico (porque se refere à distância do Reflexo Indutivo quando KAE é anterior a ele), KBE = 16,7612 x 106, uma razão óbvia: o facto de situar-se no extremo do decrescimento progressivo dos coeficientes, no limite da evolução e depois do presente, no futuro. Como E1F1 / E2F2 é menor que 1,2511 ele diz-nos que a evolução, na era da globalização, é pouco mais lenta que a evolução individual no conhecimento complementar das línguas. Assim que o domínio da língua varia entre a idade de 23 anos e a idade da esperança média de vida, 77,13 anos. Pelo que o comprimento E2F2 situa-se entre dois extremos: 0 e 54,13. Daí que:
0  E2F2  54,13  e  E2F2  0 e E2F2  54,13.
Como E1F1 / E2F2 = KEF temos que E1F1 / E2F2  1,2511 e E1F1  1,2511 x E2F2.
E1F1
 1,2511 x E2F2 (maior que 0) e E1F1  1,2511 x E2F2 (menor que 54,13).  E1F1  1,2511 x 0 e E1F1  1,2511 x 54,13. E1F1  0 e E1F1  67,7220
0 anos  E1F1  67,7220 anos.

2 Leitura provisória.
Obtivemos o intervalo (0; 67,7220). Ele representa a esperança de vida da espécie porque partiu da esperança de vida do indivíduo e resultou do último coeficiente da evolução. O extremo inferior, 0 anos, diz-nos que o fim podia coincidir com o presente (o ano 2005 em que foi calculado). O extremo superior, 67,7220 anos, aponta o ano 2073 (2005 + 67,7220 = 2072,7220), como o limite para o Estado Crítico.

3 Leitura definitiva.
 O extremo inferior, 0 anos, diz-nos que o fim pode coincidir com o presente, 2005 (mas que podia ser um tempo anterior, ou posterior mas próximo, uma vez que ele não pode ser determinado pela datação de um trabalho literário: o que concorda, por exemplo, com a eminência do fim na tensão nuclear no tempo da guerra fria). O extremo superior, 67,7220 anos, equivalente ao ano 2073 (de 2005 + 65,7220 = 2072,7220), podia ser recuado, ou avançado, pela mesma razão do recuo e avanço possíveis para o outro extremo.

 O ano 2073 será o ponto de referência, só isso, para o Estado Crítico. E sobre a sua mobilidade domina um fator real: KEF = 1,2511: a sua grandeza, mínima, certifica a proximidade do Estado Crítico, a que a comunidade internacional, e científica, se deve opor.

sábado, 9 de janeiro de 2016

FIM DO MUNDO

FIM DO MUNDO

1
Ao Estado Crítico está associado o Fim do Mundo. O momento do Estado Crítico, obtido no meu livro sobre a evolução genérica, e o Fim do Mundo, são parte da evolução, os seus últimos segmentos e os menores, o último muito menor que o primeiro. Esta mensagem e a seguinte são sobre esses temas. Esta é sobre o Fim do Mundo e a seguinte sobre o Estado Crítico.
O Fim do Mundo é o fim da espécie humana. O Estado Crítico é um ponto intermédio entre o presente e o Fim do Mundo. Uma vez atingido o Estado Crítico o andamento para o Fim do Mundo será irreversível: daí que o Fim do Mundo tem uma importância subjetiva e o Estado Crítico tem uma importância crucial, uma vez que o conhecimento do seu afastamento deverá despertar, ou intensificar, a luta contra ele, e o seu destino. Essa distinção entre as importâncias dos dois temas levou-me a colocá-los em separado no meu blog. Também que, julgo, a colocação duma mensagem sobre o Fim do Mundo e outra sobre o Estado Crítico, pondo dois temas nos motores de busca da internet, atrairá mais cibernautas ao meu blog.

2
É absurdo admitir o universo finito e destrutível. Um universo finito admitiria um outro universo além da sua barreira, do seu limite. Um universo destrutível admitiria um outro universo para o conter destruído. É absurdo admitir uma criação do mundo. O mundo é matéria. Se o mundo foi construído num determinado momento antes dele não existia matéria, ou energia: assim sendo foi impossível a sua criação porque não se pode criar matéria partindo da sua ausência, do nada. Se num determinado momento o mundo foi criado ele, a matéria, ocupou o espaço antes desocupado, o espaço vazio: daí que antes da sua criação já existia um outro mundo, o do vazio, o que nega a possibilidade da sua criação.
O universo infinito é constituído duma infinidade de universos finitos. Todos os universos finitos, à exceção do humano, não foram criados, porque são matéria e a sua lei é a lei do primeiro universo. O universo humano é cognitivo e não matéria: e a sua lei é a exceção. A ideia criou-se e será extinta sem deixar rasto da sua génese, a ideia, sobre a matéria que a suporta e que moldou. Restringe-se, consequentemente, ao universo humano, a ideia do Fim do Mundo.
Um ser sobrenatural que vence as leis metafísicas não pode vencer as leis naturais porque o mundo não é subjetivo nem ilusório, é real. E esse ser só pode criar energia partindo do nada e criar um mundo sem outro para o conter no espaço restrito da mente, não no real, das leis da física, da química e da matemática.

O Fim do Mundo é, consequentemente, um fenómeno exclusivamente humano. Daí que, indo a teoria da evolução à Origem da Vida na Terra, há 3,1755 biliões de anos, a origem do mundo, associada ao Estado Crítico e ao Fim do Mundo, será o extremo anterior do seu segmento, ou da origem do Reflexo Indutivo, há 94,0738 milhões de anos, quando se criou uma segunda natureza dentro da original. O Fim do Mundo, aqui colocado pela primeira vez associado ao Estado Crítico como partes da evolução, admite-se espontâneo ou artificial. Espontâneo pelas catástrofes naturais que não podemos evitar; artificial pela saturação ambiental ou um acidente provocado, como o nuclear: e à inteligência humana cabe a negação do segundo. Essa negação é, obrigatoriamente, a negação do Estado Crítico. Pela negação do Estado Crítico o homem negará a mecânica da evolução porque ampliará o seu último segmento que, originalmente, e como se prova na mensagem seguinte, é menor que todos os precedentes. A inteligência, que é a interpretação das leis da Natureza, será, neste caso, uma oposição a elas, à imagem do que é o prolongamento da esperança de vida individual. 

domingo, 27 de dezembro de 2015

PI. DEUS.

O conto didático O DEUS PI pretende ser uma pausa de leitura no meu blog. Talvez que, pesquisando sobre o PI e DEUS, estudantes sejam conduzidos à minha teoria da evolução. E a relação de Deus com Pi está correta. Se todos os fenómenos reais são traduzidos matematicamente, tal como aqui, no meu blog pelo Algoritmo da Verticalização Antropológica,  sendo o Pi uma constante matemática ele é um Deus, uma entidade, contra todas as figurações metafísicas.


           
          O DEUS PI

     Terminada a visita à Terra Deus ascendia ao Céu quando olhou para baixo. O que viu surpreendeu-o extraordinariamente. De tal forma que mandou chamar um entendido na matéria. Um professor catedrático estava na sua frente no momento seguinte.
          - Porque é que lá em baixo tudo era plano e visto daqui parece redondo?
          - Mas isso é assim aqui como nos outros astros do teu reino!
          - Assim como?
          - No sítio parecem planos mas vistos de longe são redondos?
          - Sim! Mas são planos ou redondos?
          - Redondos! - respondeu, sem hesitar, o professor.
          - E porque são assim?
          - Por causa do Pi!
          - Do Pi!? - espantou-se Deus.
          - Sim, do Pi!
          - E como o conseguiu ele?
          - Multiplicando-se pelo diâmetro fez a curvatura.
          - A curvatura?
          - Sim, da linha do Equador e dos meridianos, como o de Greenwich.
          - Ah! - disse Deus.
          - Mas mais, multiplicando-se pelo quadrado do raio fez os círculos correspondentes.
          - Espantoso! E é por isso que o que parece raso é esférico?
          - É por isso e não só! - exclamou o professor.
          - Então? E mais?
          - Porque o Pi multiplicou-se pelo quádruplo do quadrado do raio fazendo a superfície esférica e fez a esfera multiplicando-se pelo terço do quádruplo do raio ao cubo.
          - E ele, só assim, multiplicando-se sempre, fez isso tudo?
          - Sim! Queres saber mais alguma coisa?
          - Não! Era só isto!
        - Mas se era só isto não precisavas chamar-me a mim. Bastava que chamasses um professor secundário, ou primário. Esses têm a obrigação de saber as coisas que o Pi fez.
          - Sim, mas vieste tu!
          - Mas eu não estou para perder tempo com coisas inferiores.
         Deus irritou-se. Achou-o presunçoso afirmando-se superior, acima do Pi. E ia para o repreender quando viu que já se afastava, que já ia longe. Olhou para baixo outra vez, curioso, mas já não viu nada. Curvou-se sobre o Pi. Pensou de tal forma nele que esqueceu os motivos que o tinham levado à Terra. E intrigou-se: como é que nunca o tinha encontrado nos concílios dos deuses?

     Conto número 818

      Arsénio Rosa

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

IDEIA EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.

IDEIA EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.

1
Ao Reflexo Indutivo seguiu-se a Indução Ideológica (já tratados em duas mensagens do blog) e a Ideia Embrionária na evolução. Como à origem da ideia estiveram associados os signos ideológicos estes assumiram parte do título da mensagem.

Para seguir com mais facilidade o tema deve, caro leitor, servir-se do mapa publicado no princípio do blog. Aconselho-o a copiar o mapa para um comprimento no papel de 3 X A4. Com ele compreenderá mais facilmente as relações e as designações. No caso temos três designações associadas I1E1, I2E e KIE: I1E1 refere-se à distância entre a Ideia Embrionária e o presente na evolução; e I2E2 refere-se à distância entre o Eu e a idade de 23 anos no indivíduo; e KIE é o coeficiente de relação dos dois segmentos.

2
Depois da Indução Ideológica seguiu-se a Ideia em I1. Paralelamente a I1 temos I2. I2 corresponde ao Eu da evolução individual. O Eu surge no crescimento infantil pelo reconhecimento do não-Eu; logo, por essa distinção, subjetiva porque entre dois objetos, o não-Eu, ou o outro, e o Eu, a presença do reflexo cognitivo, ideológico e original, paralelo à ideia embrionária de I1. De G2 para I2 decorrem aproximadamente dois meses: um tempo curto que indicia a brevidade da distância entre G1 e I1. “O oitavo mês é o momento do segundo organizador… A criança identifica, então, o rosto materno; surge o Eu. …Mas, ao reconhecer a mãe, dá provas da possibilidade de julgamento…” (Pepin, 1979, p. 25 e 26).

Mas a distância G1I1 terá de ser curta relativamente à grandeza dos segmentos precedentes, porque I1C1 contém o tempo de transformação da Linguagem Articulada na Linguagem Moderna, um tempo dado necessariamente por um múltiplo (grande) de 1,95 x 106 anos, uma distância muito longa e absorvente do comprimento I1E1. Se entre B’1 e I1, entre o sinal embrionário dos Reflexos Indutivos e a Ideia, a evolução obedecia linearmente à lei natural, porque teria a Indução Ideológica a capacidade da demarcação de I1 próximo da sua própria origem? Não tinha essa capacidade: foi obra externa, do conflito G1I1.

Sem o conflito a velocidade da evolução seguiria em G1 conforme de B’1 para G1. Quando B’’1G1 durou 37,8012 milhões de anos, mais do que a distância que separa o presente de G1, sem o conflito, admite-se, o homem estaria muito próximo do estado reflexivo de I1, isto é, não existiria. Foi, sem dúvida, um conflito em G1I1, que revolucionou a evolução.

Se o conflito opôs os primatas aos outros antropóides contornando o habitat que evoluiu para o habitat humano, não florestal, houve uma expulsão da floresta para a periferia: e, consequentemente, foi nesse novo habitat que se adquiriu uma autonomia distinta da do passado, anterior a G1, esta sensitiva e aquela territorial. A autonomia ideológica, um fenómeno sensitivo nascido da evolução reflexiva e da carência de autonomia territorial, foi produto de um fenómeno físico. 

A autonomia ideológica de I1 residia, por exemplo, num grito de alerta distinto do que o precedeu: antes de I1 esse grito era impulsionado instintivamente pelo vigilante, mas como uma manifestação do coletivo através dele, e não dele; depois de I1 o grito passou a ser emitido como que voluntariamente, dele sentindo-se vigilante do grupo mas dele distinto, como um Eu perante um não-Eu a quem sempre devera a autonomia recém-adquirida. Nessa distinção do Eu e do não-Eu alicerçou-se o fenómeno embrionário da cognição (à imagem do que acontece na criança) enquanto se instituiu algo novo: uma tarefa, a vigilância.

Quando o Eu, no primata, agiu por si, passou a admitir a existência do outro, o grupo ou não-Eu, inversamente ao que acontece na criança, que se admite a si, o Eu, ao reconhecer o não-Eu no rosto materno. A autonomia ideológica do eu, vivificada pela responsabilidade inerente a tarefa e vigilância, agia em prol do não-Eu. A tarefa como um atributo individual e a vigilância como um atributo do grupo, das regras sociais, a edificar seguidamente, com a responsabilidade embrionária fazendo a ponte entre o Eu e o não-Eu. A Ideia de I1 partiu para a reestruturação social do grupo. Essa reestruturação ocupou o tempo extraordinário I1E1 para logo no oitavo mês, tão próximo do nascimento, instigar o indivíduo à socialização e à cognição. A Ideia, de I1, instituiu-se partindo do indivíduo e da necessidade social enquanto a cognição, de I2, se institui partindo da sociedade e da necessidade individual.

No grito de alerta o primata anterior a I1 impunha a sua noção da realidade, o perigo, ao grupo “e a ele”, sendo isso uma ideia-de-signo; a noção de perigo, vivida e levada aos outros, como um objeto, era um objeto-de-signo; na receção pelo grupo (como na tensão de si mesmo subjacente ao grito) do alerta, alertando-se, o signo-ideológico completava-se com a imagem-de-signo. Depois de I1 o grito de alerta passou a transmitir a eminência do perigo aos outros e não a ele; porque ele, mais sensível do que antes, assimilara totalmente a noção de perigo sem a emoção do seu grito: a ideia-de-signo, agora, era mais direcionada, com o racionalismo substituindo a emoção. O perigo, como objeto-de-signo, continuou no grito mas não foi vivido por ele que o levou aos outros, porque viveu a emoção da sua proximidade antes de gritar. A imagem-de-signo deixou de ter a tensão de si mesmo e apenas a contida na receção pelos outros, o grupo.

O signo ideológico como sinal ideológico elementar existia no grito de alerta anterior e posterior a I1. Em ambos ele continha a sensibilidade emissora do aviso aos outros. Foi a transferência dessa sensibilidade do grito emotivo para o racional e cognitivo que fundou a Ideia de I1 acima do reflexo coletivo e animal.

A vigilância adquiriu como que um estatuto, simbolizando, a este olhar, como que um desempenho embrionário, de natureza racional e não emocional, paralelo aos compromissos múltiplos do homem moderno, para quem evoluiu. O vigilante individualizou-se cada vez mais, contraiu-se como indivíduo comunitário, primeiro livre e solto e depois firme e preocupado. Na ascensão do racional sobre o emocional, as coisas, como os sentidos,
foram-se distinguindo umas das outras: a visão, como o gesto, ou o som, experimentaram-se, mediram-se e melhoraram-se, nas tarefas quotidianas. No alerta, o primata, de visão atenta, experimentou o gesto em vez do grito, aquele silencioso e este estridente: e “mediu” a vantagem do primeiro sobre o segundo. A dissimulação desenvolveu-se como estratégia e a astúcia transitou do espontâneo para a cognição, incitando-a e ampliando-a. Aos conceitos de vigilância e tarefa associaram-se os de medição, experiência, comunidade e dissimulação.
A sonoridade, antes esgotada no grito, reservou-se cada vez mais à intimidade seletiva, do foro cognitivo, fundamental à linguagem futura. As qualidades das coisas, do meio ou da comunidade, onde se incluíam os outros e ele, foram-se tornando distintas umas das outras ao olhar individual, fora do Eu, ao contrário do que acontece na evolução infantil, onde são atribuídas exclusivamente ao Eu.
A separação do primata do tronco filético há aproximadamente 32,6138 milhões de anos teve dois fenómenos na sua origem, um sensitivo, a Indução Ideológica, e outro físico, o conflito: um caso único e sem paralelo na evolução. O conflito, com os conceitos de expulsão, propriedade e fronteira, originou, com a evolução da Indução Ideológica, a Ideia de I1. Logo que a Ideia, o motor de toda a evolução seguinte, nasceu estigmatizada por milhões de anos de tensão física: só essa estigmatização, que subverteu a razão e anterior a ela, explica a eminência conflitual partindo do indivíduo, e dos distúrbios de rua, para as barbaridades de todas as invasões, do passado bárbaro e do presente “civilizado”. Na desigualdade KBE / KIE maior que KIE / KCE afastamos o valor de KIE de KBE, como de K’GE, e ampliamos o comprimento de G1I1; na desigualdade KBE / KIE menor que KIE / KCE aproximamos KIE de KBE, como de K’GE, e contraímos o comprimento de G1I1: temos de optar pela segunda.
KBE / KIE < KIE / KCE  
16,7612 x 106 / KIE < KIE / 88804,6889
16,7612 x 106 x 88804,6889 < KIE2  
KIE2 > 1,4885 x 1012

KIE > 1,48851/2 x 1012 x 1/2  

KIE > 1,2200 x 106.
KIE é maior que 1,2200 x 106 e K’GE é menor que 1,4495 x 106: as suas desigualdades contraem o segmento G1I1 sugerindo à brevidade da sua duração.
Como I1 corresponde a I2 = 0,6667 anos do desenvolvimento infantil podemos calcular o comprimento de I1E1 depois de obtermos I2E2.
I2E2 = 23 – 0,6667 = 22,3333 anos.
KIE = I1E1 / I2E2  
1,2200 x 106 = I1E1 / 22,3333 
 I1E1 = 1,2200 x 106 x 22,3333
I1E1 = 27,2466 x 106 anos.
Como KIE é maior que 1,2200 x 106 temos que I1E1 é maior que 27,2466 milhões de anos.

Em I1, há mais de 27,2466 milhões de anos, os primatas tinham sido expulsos do seu habitat natural, o meio florestal, e a Indução Ideológica tinha-se convertido em Ideia. Com a Ideia, o
3.º Organizador humano, nasceu a evolução artificial e a 2.ª Era Antropológica. O conflito G1I1 demorou menos de (32,6138 – 27,2466) x 106 = 5,3672 milhões de anos.