IDEIA
EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.
1
Ao Reflexo Indutivo
seguiu-se a Indução Ideológica (já tratados em duas mensagens do blog) e a
Ideia Embrionária na evolução. Como à origem da ideia estiveram associados os
signos ideológicos estes assumiram parte do título da mensagem.
Para seguir com mais
facilidade o tema deve, caro leitor, servir-se do mapa publicado no princípio
do blog. Aconselho-o a copiar o mapa para um comprimento no papel de 3 X A4.
Com ele compreenderá mais facilmente as relações e as designações. No caso
temos três designações associadas I1E1, I2E e KIE: I1E1 refere-se à distância
entre a Ideia Embrionária e o presente na evolução; e I2E2 refere-se à
distância entre o Eu e a idade de 23 anos no indivíduo; e KIE é o coeficiente
de relação dos dois segmentos.
2
Depois da Indução Ideológica
seguiu-se a Ideia em I1. Paralelamente a I1 temos I2. I2 corresponde ao Eu da evolução individual. O Eu surge no crescimento infantil
pelo reconhecimento do não-Eu; logo, por essa distinção, subjetiva porque entre
dois objetos, o não-Eu, ou o outro, e o Eu, a presença do reflexo cognitivo, ideológico e
original, paralelo à ideia embrionária de I1. De G2 para I2 decorrem
aproximadamente dois meses: um tempo curto que indicia a brevidade da distância
entre G1 e I1. “O oitavo mês é o momento do segundo organizador… A criança
identifica, então, o rosto materno; surge o Eu. …Mas, ao reconhecer a mãe, dá
provas da possibilidade de julgamento…” (Pepin, 1979, p. 25 e 26).
Mas a distância G1I1 terá de
ser curta relativamente à grandeza dos segmentos precedentes, porque I1C1
contém o tempo de transformação da Linguagem Articulada na Linguagem Moderna,
um tempo dado necessariamente por um múltiplo (grande) de 1,95 x 106
anos, uma distância muito longa e absorvente do comprimento I1E1. Se entre B’1
e I1, entre o sinal embrionário dos Reflexos Indutivos e a Ideia, a evolução
obedecia linearmente à lei natural, porque teria a Indução Ideológica a
capacidade da demarcação de I1 próximo da sua própria origem? Não tinha essa
capacidade: foi obra externa, do conflito G1I1.
Sem o conflito a velocidade
da evolução seguiria em G1 conforme de B’1 para G1. Quando B’’1G1 durou 37,8012
milhões de anos, mais do que a distância que separa o presente de G1, sem o
conflito, admite-se, o homem estaria muito próximo do estado reflexivo de I1,
isto é, não existiria. Foi, sem dúvida, um conflito em G1I1, que revolucionou a
evolução.
Se o conflito opôs os
primatas aos outros antropóides contornando o habitat que evoluiu para o habitat humano, não florestal,
houve uma expulsão da floresta para a periferia: e, consequentemente, foi nesse
novo habitat que se adquiriu uma
autonomia distinta da do passado, anterior a G1, esta sensitiva e aquela
territorial. A autonomia ideológica, um fenómeno sensitivo nascido da evolução
reflexiva e da carência de autonomia territorial, foi produto de um fenómeno
físico.
A autonomia ideológica de I1
residia, por exemplo, num grito de alerta distinto do que o precedeu: antes de
I1 esse grito era impulsionado instintivamente pelo vigilante, mas como uma
manifestação do coletivo através dele, e não dele; depois de I1 o grito passou
a ser emitido como que voluntariamente, dele sentindo-se vigilante do grupo mas
dele distinto, como um Eu perante um não-Eu a quem sempre devera a autonomia
recém-adquirida. Nessa distinção do Eu e do não-Eu alicerçou-se o fenómeno
embrionário da cognição (à imagem do que acontece na criança) enquanto se
instituiu algo novo: uma tarefa, a vigilância.
Quando o Eu, no primata,
agiu por si, passou a admitir a existência do outro, o grupo ou não-Eu, inversamente ao que acontece na criança, que se admite a si, o Eu, ao
reconhecer o não-Eu no rosto materno. A autonomia ideológica do eu, vivificada
pela responsabilidade inerente a tarefa e vigilância, agia em prol do não-Eu. A
tarefa como um atributo individual e a vigilância como um atributo do grupo,
das regras sociais, a edificar seguidamente, com a responsabilidade embrionária
fazendo a ponte entre o Eu e o não-Eu. A Ideia de I1 partiu para a reestruturação
social do grupo. Essa reestruturação ocupou o tempo extraordinário I1E1 para
logo no oitavo mês, tão próximo do nascimento, instigar o indivíduo à
socialização e à cognição. A Ideia, de I1, instituiu-se partindo do indivíduo e
da necessidade social enquanto a cognição, de I2, se institui partindo da
sociedade e da necessidade individual.
No grito de alerta o primata
anterior a I1 impunha a sua noção da realidade, o perigo, ao grupo “e a ele”,
sendo isso uma ideia-de-signo; a noção de perigo, vivida e levada aos outros,
como um objeto, era um objeto-de-signo; na receção pelo grupo (como na tensão
de si mesmo subjacente ao grito) do alerta, alertando-se, o signo-ideológico
completava-se com a imagem-de-signo. Depois de I1 o grito de alerta passou a transmitir a eminência
do perigo aos outros e não a ele; porque ele, mais sensível do que antes,
assimilara totalmente a noção de perigo sem a emoção do seu grito: a
ideia-de-signo, agora, era mais direcionada, com o racionalismo substituindo a emoção. O perigo, como objeto-de-signo, continuou
no grito mas não foi vivido por ele que o levou aos outros, porque viveu a
emoção da sua proximidade antes de gritar. A imagem-de-signo deixou de ter a
tensão de si mesmo e apenas a contida na receção pelos outros, o grupo.
O signo ideológico como
sinal ideológico elementar existia no grito de alerta anterior e posterior a
I1. Em ambos ele continha a sensibilidade emissora do aviso aos outros. Foi a
transferência dessa sensibilidade do grito emotivo para o racional e cognitivo
que fundou a Ideia de I1 acima do reflexo coletivo e animal.
A vigilância adquiriu como
que um estatuto, simbolizando, a este olhar, como que um desempenho
embrionário, de natureza racional e não emocional, paralelo aos compromissos
múltiplos do homem moderno, para quem evoluiu. O vigilante individualizou-se
cada vez mais, contraiu-se como indivíduo comunitário, primeiro livre e solto e
depois firme e preocupado. Na ascensão do racional sobre o emocional, as
coisas, como os sentidos,
foram-se distinguindo umas das outras: a visão, como o gesto, ou o som, experimentaram-se, mediram-se e melhoraram-se, nas tarefas quotidianas. No alerta, o primata, de visão atenta, experimentou o gesto em vez do grito, aquele silencioso e este estridente: e “mediu” a vantagem do primeiro sobre o segundo. A dissimulação desenvolveu-se como estratégia e a astúcia transitou do espontâneo para a cognição, incitando-a e ampliando-a. Aos conceitos de vigilância e tarefa associaram-se os de medição, experiência, comunidade e dissimulação.
A sonoridade, antes esgotada no grito, reservou-se cada vez mais à intimidade seletiva, do foro cognitivo, fundamental à linguagem futura. As qualidades das coisas, do meio ou da comunidade, onde se incluíam os outros e ele, foram-se tornando distintas umas das outras ao olhar individual, fora do Eu, ao contrário do que acontece na evolução infantil, onde são atribuídas exclusivamente ao Eu.
foram-se distinguindo umas das outras: a visão, como o gesto, ou o som, experimentaram-se, mediram-se e melhoraram-se, nas tarefas quotidianas. No alerta, o primata, de visão atenta, experimentou o gesto em vez do grito, aquele silencioso e este estridente: e “mediu” a vantagem do primeiro sobre o segundo. A dissimulação desenvolveu-se como estratégia e a astúcia transitou do espontâneo para a cognição, incitando-a e ampliando-a. Aos conceitos de vigilância e tarefa associaram-se os de medição, experiência, comunidade e dissimulação.
A sonoridade, antes esgotada no grito, reservou-se cada vez mais à intimidade seletiva, do foro cognitivo, fundamental à linguagem futura. As qualidades das coisas, do meio ou da comunidade, onde se incluíam os outros e ele, foram-se tornando distintas umas das outras ao olhar individual, fora do Eu, ao contrário do que acontece na evolução infantil, onde são atribuídas exclusivamente ao Eu.
A
separação do primata do tronco filético há aproximadamente 32,6138 milhões de
anos teve dois fenómenos na sua origem, um sensitivo, a Indução Ideológica, e
outro físico, o conflito: um caso único e sem paralelo na evolução. O conflito,
com os conceitos de expulsão, propriedade e fronteira, originou, com a evolução
da Indução Ideológica, a Ideia de I1. Logo que a Ideia, o motor de toda a
evolução seguinte, nasceu estigmatizada por milhões de anos de tensão física:
só essa estigmatização, que subverteu a razão e anterior a ela, explica a
eminência conflitual partindo do indivíduo, e dos distúrbios de rua, para as
barbaridades de todas as invasões, do passado bárbaro e do presente
“civilizado”. Na desigualdade KBE / KIE maior que KIE / KCE afastamos o valor
de KIE de KBE, como de K’GE, e ampliamos o comprimento de G1I1; na desigualdade
KBE / KIE menor que KIE / KCE aproximamos KIE de KBE, como de K’GE, e
contraímos o comprimento de G1I1: temos de optar pela segunda.
KBE / KIE < KIE / KCE
16,7612 x 106 / KIE < KIE /
88804,6889
KIE2 > 1,4885 x 1012
KIE > 1,48851/2
x 1012 x 1/2
KIE > 1,2200 x 106.
KIE é
maior que 1,2200 x 106 e K’GE é menor que 1,4495 x 106:
as suas desigualdades contraem o segmento G1I1 sugerindo à brevidade da sua
duração.
Como
I1 corresponde a I2 = 0,6667 anos do desenvolvimento infantil podemos calcular
o comprimento de I1E1 depois de obtermos I2E2.
I2E2
= 23 – 0,6667 = 22,3333 anos.
KIE
= I1E1 / I2E2
1,2200 x 106 = I1E1 / 22,3333
Como
KIE é maior que 1,2200 x 106 temos que I1E1 é maior que 27,2466
milhões de anos.
Em
I1, há mais de 27,2466 milhões de anos, os primatas tinham sido expulsos do seu
habitat natural, o meio florestal, e
a Indução Ideológica tinha-se convertido em Ideia. Com a Ideia, o
3.º Organizador humano, nasceu a evolução artificial e a 2.ª Era Antropológica. O conflito G1I1 demorou menos de (32,6138 – 27,2466) x 106 = 5,3672 milhões de anos.
3.º Organizador humano, nasceu a evolução artificial e a 2.ª Era Antropológica. O conflito G1I1 demorou menos de (32,6138 – 27,2466) x 106 = 5,3672 milhões de anos.
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