Algoritmo numérico

Algoritmo numérico
Algoritmo numérico

sábado, 16 de janeiro de 2016

ESTADO CRÍTICO

 ESTADO CRÍTICO
O Estado Crítico é o ponto máximo do conflito entre a Natureza e o Homem. Uma vez atingido o Estado Crítico o retorno à estabilidade ambiental indispensável à sobrevivência humana é crítico. O tempo entre o Estado Crítico e o Fim do Mundo será o último percurso da evolução antropológica. Entre o Estado Crítico e o Fim do Mundo o tempo será mínimo comparado com os tempos anteriores da evolução.
Os meus estudos sobre a evolução partiram de coeficientes comparativos das velocidades da evolução ideológica e linguística do indivíduo e da espécie. O maior coeficiente, KAE, diz-nos que a espécie foi 23,6588 milhões de vezes mais lenta que o indivíduo a ir da origem ao estado optimizado das línguas atuais. O menor, KDE, diz-nos que a espécie foi 333,3333 vezes mais lenta que o indivíduo a evoluir da Escrita suméria e da sua correspondência infantil para o estado otimizado das escritas.
1 - KAE = 23,6588 X 10(Origem da vida)
2 - KBE = 16,7612 X 106 (Reflexo Indutivo)
3 - KGE < 1,4495 X 106 (Indução Ideológica)
4 - KIE > 1,2200 X 106 (Ideia Embrionária)
5 - KJE > 1,2200 X 106 (Encadeamento Ideológico)
6 - KLE = 1,2200 X 106 (Linguagem Articulada)
7 - KVE = 0,3292 X 106 (Verbo)
8 - KCE = 88804,6889 (Linguagem Moderna)
9 - KDE = 333,3333 (Escrita)
O estado otimizado da ideia e das línguas atuais corresponde, no paralelismo entre a espécie e o indivíduo, à idade individual de 23 anos, porque é essa a idade de conclusão de um curso universitário na língua e porque é ela o limite do crescimento volumétrico do cérebro. Contudo, o indivíduo evolui na língua, como em qualquer outra área cognitiva, depois da idade 23 anos e tenha concluído ou não um curso universitário, da mesma forma que o estado ideológico e linguístico do presente, embora otimizado, continua a evoluir para estados ainda mais otimizados. Poderá dizer-se que a era moderna é um tempo de otimizações sistemáticas, de evolução para um limite com as mesmas características de um limite matemático. Se assim é podemos calcular um nono coeficiente correspondente ao paralelismo entre a evolução futura das línguas na espécie e a evolução individual na língua depois dos 23 anos de idade. E é óbvio que o indivíduo pode evoluir na língua desde os 23 anos até ao limite de idade.
 Considere-se 77,13 anos o limite de idade. Esse limite corresponde ao valor médio de vida: (73,69 + 80,56) / 2 = 154,25 / 2 = 77,13 anos: obtido dos valores da esperança média de vida da população portuguesa no biénio 2001 / 2002, o primeiro referente ao homem e o segundo à mulher (INE). O valor 77,13 anos para a população portuguesa não retrata o valor respeitante à população mundial, mas utilizo-o porque é um número otimizado, uma vez que muitos países do mundo têm valores muito mais baixos, baixando, com o seu peso, o valor real.
E2 = 23 anos. F2 = 77,13 anos. E2F2 = 77,13 – 23 = 54,13.
E2F2 = 54,13 anos
Esse comprimento significa o tempo médio de vida que o indivíduo vive depois dos 23 anos. Para ele o valor de K será:
KEF = E1F1 / E2F2
E1F1 é a distância que vai do presente ao Estado Crítico.
Como as constantes decrescem sabemos que KEF é menor que 333,3333. Considerem-se as razões sucessivas entre os coeficientes:
KAE / KBE = 23,6588 x 106 / 16,7612 x 106 = 1,4115
KBE / KGE = 16,7612 x 106 / 1,4495 x 106 = 11,5634
KGE / (KIE = KJE = KLE) = 1,4495 x 106 / 1,2200 x 106 = 1,1881
KLE / KVE = 1,2200 x 106 / 0,3292 x 106 = 3,7060
KVE / KCE = 0,3292 x 106 / 88804,6889 = 3,7070
KCE / KDE = 88804,6889 / 333,3333 = 266,4141
A razão KCE / KDE tem uma grandeza muito maior que as outras: 266,4141. Isso porque KCE refere-se à evolução ancestral desde a Linguagem Moderna, há 1,95 milhões de anos, e KDE  refere-se à evolução moderna desde a Escrita de há 5000 anos, enquanto as outras razões relacionam períodos ancestrais, ou primitivos, quase indistintos uns dos outros nas relações consecutivas.
A razão futura KDE / KEF vai relacionar dois períodos modernos da evolução ideológica e linguística. KDE referente aos 5000 anos sumérios e KEF referente ao segmento entre o presente e o Estado Crítico. São, como antes, dois períodos modernos: mas o segundo é a era informática, ou da escrita digital, e da energia atómica (desta sobretudo porque o nuclear admite a morte súbita antes do Estado Crítico além das contrariações ambientais que conduzem a ele), de velocidade evolutiva extraordinariamente maior que a do primeiro, de tal forma que:
KDE / KEF  266,4141. 333,3333 / KEF  266,4141. KEF x 266,4141  333,3333. KEF  333,3333 / 266,4141.
E KEF  1,2511.
O coeficiente KEF menor que 1,2511 assume, nessa dimensão ínfima quanto à grandeza do primeiro coeficiente antropológico (porque se refere à distância do Reflexo Indutivo quando KAE é anterior a ele), KBE = 16,7612 x 106, uma razão óbvia: o facto de situar-se no extremo do decrescimento progressivo dos coeficientes, no limite da evolução e depois do presente, no futuro. Como E1F1 / E2F2 é menor que 1,2511 ele diz-nos que a evolução, na era da globalização, é pouco mais lenta que a evolução individual no conhecimento complementar das línguas. Assim que o domínio da língua varia entre a idade de 23 anos e a idade da esperança média de vida, 77,13 anos. Pelo que o comprimento E2F2 situa-se entre dois extremos: 0 e 54,13. Daí que:
0  E2F2  54,13  e  E2F2  0 e E2F2  54,13.
Como E1F1 / E2F2 = KEF temos que E1F1 / E2F2  1,2511 e E1F1  1,2511 x E2F2.
E1F1
 1,2511 x E2F2 (maior que 0) e E1F1  1,2511 x E2F2 (menor que 54,13).  E1F1  1,2511 x 0 e E1F1  1,2511 x 54,13. E1F1  0 e E1F1  67,7220
0 anos  E1F1  67,7220 anos.

2 Leitura provisória.
Obtivemos o intervalo (0; 67,7220). Ele representa a esperança de vida da espécie porque partiu da esperança de vida do indivíduo e resultou do último coeficiente da evolução. O extremo inferior, 0 anos, diz-nos que o fim podia coincidir com o presente (o ano 2005 em que foi calculado). O extremo superior, 67,7220 anos, aponta o ano 2073 (2005 + 67,7220 = 2072,7220), como o limite para o Estado Crítico.

3 Leitura definitiva.
 O extremo inferior, 0 anos, diz-nos que o fim pode coincidir com o presente, 2005 (mas que podia ser um tempo anterior, ou posterior mas próximo, uma vez que ele não pode ser determinado pela datação de um trabalho literário: o que concorda, por exemplo, com a eminência do fim na tensão nuclear no tempo da guerra fria). O extremo superior, 67,7220 anos, equivalente ao ano 2073 (de 2005 + 65,7220 = 2072,7220), podia ser recuado, ou avançado, pela mesma razão do recuo e avanço possíveis para o outro extremo.

 O ano 2073 será o ponto de referência, só isso, para o Estado Crítico. E sobre a sua mobilidade domina um fator real: KEF = 1,2511: a sua grandeza, mínima, certifica a proximidade do Estado Crítico, a que a comunidade internacional, e científica, se deve opor.

sábado, 9 de janeiro de 2016

FIM DO MUNDO

FIM DO MUNDO

1
Ao Estado Crítico está associado o Fim do Mundo. O momento do Estado Crítico, obtido no meu livro sobre a evolução genérica, e o Fim do Mundo, são parte da evolução, os seus últimos segmentos e os menores, o último muito menor que o primeiro. Esta mensagem e a seguinte são sobre esses temas. Esta é sobre o Fim do Mundo e a seguinte sobre o Estado Crítico.
O Fim do Mundo é o fim da espécie humana. O Estado Crítico é um ponto intermédio entre o presente e o Fim do Mundo. Uma vez atingido o Estado Crítico o andamento para o Fim do Mundo será irreversível: daí que o Fim do Mundo tem uma importância subjetiva e o Estado Crítico tem uma importância crucial, uma vez que o conhecimento do seu afastamento deverá despertar, ou intensificar, a luta contra ele, e o seu destino. Essa distinção entre as importâncias dos dois temas levou-me a colocá-los em separado no meu blog. Também que, julgo, a colocação duma mensagem sobre o Fim do Mundo e outra sobre o Estado Crítico, pondo dois temas nos motores de busca da internet, atrairá mais cibernautas ao meu blog.

2
É absurdo admitir o universo finito e destrutível. Um universo finito admitiria um outro universo além da sua barreira, do seu limite. Um universo destrutível admitiria um outro universo para o conter destruído. É absurdo admitir uma criação do mundo. O mundo é matéria. Se o mundo foi construído num determinado momento antes dele não existia matéria, ou energia: assim sendo foi impossível a sua criação porque não se pode criar matéria partindo da sua ausência, do nada. Se num determinado momento o mundo foi criado ele, a matéria, ocupou o espaço antes desocupado, o espaço vazio: daí que antes da sua criação já existia um outro mundo, o do vazio, o que nega a possibilidade da sua criação.
O universo infinito é constituído duma infinidade de universos finitos. Todos os universos finitos, à exceção do humano, não foram criados, porque são matéria e a sua lei é a lei do primeiro universo. O universo humano é cognitivo e não matéria: e a sua lei é a exceção. A ideia criou-se e será extinta sem deixar rasto da sua génese, a ideia, sobre a matéria que a suporta e que moldou. Restringe-se, consequentemente, ao universo humano, a ideia do Fim do Mundo.
Um ser sobrenatural que vence as leis metafísicas não pode vencer as leis naturais porque o mundo não é subjetivo nem ilusório, é real. E esse ser só pode criar energia partindo do nada e criar um mundo sem outro para o conter no espaço restrito da mente, não no real, das leis da física, da química e da matemática.

O Fim do Mundo é, consequentemente, um fenómeno exclusivamente humano. Daí que, indo a teoria da evolução à Origem da Vida na Terra, há 3,1755 biliões de anos, a origem do mundo, associada ao Estado Crítico e ao Fim do Mundo, será o extremo anterior do seu segmento, ou da origem do Reflexo Indutivo, há 94,0738 milhões de anos, quando se criou uma segunda natureza dentro da original. O Fim do Mundo, aqui colocado pela primeira vez associado ao Estado Crítico como partes da evolução, admite-se espontâneo ou artificial. Espontâneo pelas catástrofes naturais que não podemos evitar; artificial pela saturação ambiental ou um acidente provocado, como o nuclear: e à inteligência humana cabe a negação do segundo. Essa negação é, obrigatoriamente, a negação do Estado Crítico. Pela negação do Estado Crítico o homem negará a mecânica da evolução porque ampliará o seu último segmento que, originalmente, e como se prova na mensagem seguinte, é menor que todos os precedentes. A inteligência, que é a interpretação das leis da Natureza, será, neste caso, uma oposição a elas, à imagem do que é o prolongamento da esperança de vida individual. 

domingo, 27 de dezembro de 2015

PI. DEUS.

O conto didático O DEUS PI pretende ser uma pausa de leitura no meu blog. Talvez que, pesquisando sobre o PI e DEUS, estudantes sejam conduzidos à minha teoria da evolução. E a relação de Deus com Pi está correta. Se todos os fenómenos reais são traduzidos matematicamente, tal como aqui, no meu blog pelo Algoritmo da Verticalização Antropológica,  sendo o Pi uma constante matemática ele é um Deus, uma entidade, contra todas as figurações metafísicas.


           
          O DEUS PI

     Terminada a visita à Terra Deus ascendia ao Céu quando olhou para baixo. O que viu surpreendeu-o extraordinariamente. De tal forma que mandou chamar um entendido na matéria. Um professor catedrático estava na sua frente no momento seguinte.
          - Porque é que lá em baixo tudo era plano e visto daqui parece redondo?
          - Mas isso é assim aqui como nos outros astros do teu reino!
          - Assim como?
          - No sítio parecem planos mas vistos de longe são redondos?
          - Sim! Mas são planos ou redondos?
          - Redondos! - respondeu, sem hesitar, o professor.
          - E porque são assim?
          - Por causa do Pi!
          - Do Pi!? - espantou-se Deus.
          - Sim, do Pi!
          - E como o conseguiu ele?
          - Multiplicando-se pelo diâmetro fez a curvatura.
          - A curvatura?
          - Sim, da linha do Equador e dos meridianos, como o de Greenwich.
          - Ah! - disse Deus.
          - Mas mais, multiplicando-se pelo quadrado do raio fez os círculos correspondentes.
          - Espantoso! E é por isso que o que parece raso é esférico?
          - É por isso e não só! - exclamou o professor.
          - Então? E mais?
          - Porque o Pi multiplicou-se pelo quádruplo do quadrado do raio fazendo a superfície esférica e fez a esfera multiplicando-se pelo terço do quádruplo do raio ao cubo.
          - E ele, só assim, multiplicando-se sempre, fez isso tudo?
          - Sim! Queres saber mais alguma coisa?
          - Não! Era só isto!
        - Mas se era só isto não precisavas chamar-me a mim. Bastava que chamasses um professor secundário, ou primário. Esses têm a obrigação de saber as coisas que o Pi fez.
          - Sim, mas vieste tu!
          - Mas eu não estou para perder tempo com coisas inferiores.
         Deus irritou-se. Achou-o presunçoso afirmando-se superior, acima do Pi. E ia para o repreender quando viu que já se afastava, que já ia longe. Olhou para baixo outra vez, curioso, mas já não viu nada. Curvou-se sobre o Pi. Pensou de tal forma nele que esqueceu os motivos que o tinham levado à Terra. E intrigou-se: como é que nunca o tinha encontrado nos concílios dos deuses?

     Conto número 818

      Arsénio Rosa

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

IDEIA EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.

IDEIA EMBRIONÁRIA. SIGNO IDEOLÓGICO.

1
Ao Reflexo Indutivo seguiu-se a Indução Ideológica (já tratados em duas mensagens do blog) e a Ideia Embrionária na evolução. Como à origem da ideia estiveram associados os signos ideológicos estes assumiram parte do título da mensagem.

Para seguir com mais facilidade o tema deve, caro leitor, servir-se do mapa publicado no princípio do blog. Aconselho-o a copiar o mapa para um comprimento no papel de 3 X A4. Com ele compreenderá mais facilmente as relações e as designações. No caso temos três designações associadas I1E1, I2E e KIE: I1E1 refere-se à distância entre a Ideia Embrionária e o presente na evolução; e I2E2 refere-se à distância entre o Eu e a idade de 23 anos no indivíduo; e KIE é o coeficiente de relação dos dois segmentos.

2
Depois da Indução Ideológica seguiu-se a Ideia em I1. Paralelamente a I1 temos I2. I2 corresponde ao Eu da evolução individual. O Eu surge no crescimento infantil pelo reconhecimento do não-Eu; logo, por essa distinção, subjetiva porque entre dois objetos, o não-Eu, ou o outro, e o Eu, a presença do reflexo cognitivo, ideológico e original, paralelo à ideia embrionária de I1. De G2 para I2 decorrem aproximadamente dois meses: um tempo curto que indicia a brevidade da distância entre G1 e I1. “O oitavo mês é o momento do segundo organizador… A criança identifica, então, o rosto materno; surge o Eu. …Mas, ao reconhecer a mãe, dá provas da possibilidade de julgamento…” (Pepin, 1979, p. 25 e 26).

Mas a distância G1I1 terá de ser curta relativamente à grandeza dos segmentos precedentes, porque I1C1 contém o tempo de transformação da Linguagem Articulada na Linguagem Moderna, um tempo dado necessariamente por um múltiplo (grande) de 1,95 x 106 anos, uma distância muito longa e absorvente do comprimento I1E1. Se entre B’1 e I1, entre o sinal embrionário dos Reflexos Indutivos e a Ideia, a evolução obedecia linearmente à lei natural, porque teria a Indução Ideológica a capacidade da demarcação de I1 próximo da sua própria origem? Não tinha essa capacidade: foi obra externa, do conflito G1I1.

Sem o conflito a velocidade da evolução seguiria em G1 conforme de B’1 para G1. Quando B’’1G1 durou 37,8012 milhões de anos, mais do que a distância que separa o presente de G1, sem o conflito, admite-se, o homem estaria muito próximo do estado reflexivo de I1, isto é, não existiria. Foi, sem dúvida, um conflito em G1I1, que revolucionou a evolução.

Se o conflito opôs os primatas aos outros antropóides contornando o habitat que evoluiu para o habitat humano, não florestal, houve uma expulsão da floresta para a periferia: e, consequentemente, foi nesse novo habitat que se adquiriu uma autonomia distinta da do passado, anterior a G1, esta sensitiva e aquela territorial. A autonomia ideológica, um fenómeno sensitivo nascido da evolução reflexiva e da carência de autonomia territorial, foi produto de um fenómeno físico. 

A autonomia ideológica de I1 residia, por exemplo, num grito de alerta distinto do que o precedeu: antes de I1 esse grito era impulsionado instintivamente pelo vigilante, mas como uma manifestação do coletivo através dele, e não dele; depois de I1 o grito passou a ser emitido como que voluntariamente, dele sentindo-se vigilante do grupo mas dele distinto, como um Eu perante um não-Eu a quem sempre devera a autonomia recém-adquirida. Nessa distinção do Eu e do não-Eu alicerçou-se o fenómeno embrionário da cognição (à imagem do que acontece na criança) enquanto se instituiu algo novo: uma tarefa, a vigilância.

Quando o Eu, no primata, agiu por si, passou a admitir a existência do outro, o grupo ou não-Eu, inversamente ao que acontece na criança, que se admite a si, o Eu, ao reconhecer o não-Eu no rosto materno. A autonomia ideológica do eu, vivificada pela responsabilidade inerente a tarefa e vigilância, agia em prol do não-Eu. A tarefa como um atributo individual e a vigilância como um atributo do grupo, das regras sociais, a edificar seguidamente, com a responsabilidade embrionária fazendo a ponte entre o Eu e o não-Eu. A Ideia de I1 partiu para a reestruturação social do grupo. Essa reestruturação ocupou o tempo extraordinário I1E1 para logo no oitavo mês, tão próximo do nascimento, instigar o indivíduo à socialização e à cognição. A Ideia, de I1, instituiu-se partindo do indivíduo e da necessidade social enquanto a cognição, de I2, se institui partindo da sociedade e da necessidade individual.

No grito de alerta o primata anterior a I1 impunha a sua noção da realidade, o perigo, ao grupo “e a ele”, sendo isso uma ideia-de-signo; a noção de perigo, vivida e levada aos outros, como um objeto, era um objeto-de-signo; na receção pelo grupo (como na tensão de si mesmo subjacente ao grito) do alerta, alertando-se, o signo-ideológico completava-se com a imagem-de-signo. Depois de I1 o grito de alerta passou a transmitir a eminência do perigo aos outros e não a ele; porque ele, mais sensível do que antes, assimilara totalmente a noção de perigo sem a emoção do seu grito: a ideia-de-signo, agora, era mais direcionada, com o racionalismo substituindo a emoção. O perigo, como objeto-de-signo, continuou no grito mas não foi vivido por ele que o levou aos outros, porque viveu a emoção da sua proximidade antes de gritar. A imagem-de-signo deixou de ter a tensão de si mesmo e apenas a contida na receção pelos outros, o grupo.

O signo ideológico como sinal ideológico elementar existia no grito de alerta anterior e posterior a I1. Em ambos ele continha a sensibilidade emissora do aviso aos outros. Foi a transferência dessa sensibilidade do grito emotivo para o racional e cognitivo que fundou a Ideia de I1 acima do reflexo coletivo e animal.

A vigilância adquiriu como que um estatuto, simbolizando, a este olhar, como que um desempenho embrionário, de natureza racional e não emocional, paralelo aos compromissos múltiplos do homem moderno, para quem evoluiu. O vigilante individualizou-se cada vez mais, contraiu-se como indivíduo comunitário, primeiro livre e solto e depois firme e preocupado. Na ascensão do racional sobre o emocional, as coisas, como os sentidos,
foram-se distinguindo umas das outras: a visão, como o gesto, ou o som, experimentaram-se, mediram-se e melhoraram-se, nas tarefas quotidianas. No alerta, o primata, de visão atenta, experimentou o gesto em vez do grito, aquele silencioso e este estridente: e “mediu” a vantagem do primeiro sobre o segundo. A dissimulação desenvolveu-se como estratégia e a astúcia transitou do espontâneo para a cognição, incitando-a e ampliando-a. Aos conceitos de vigilância e tarefa associaram-se os de medição, experiência, comunidade e dissimulação.
A sonoridade, antes esgotada no grito, reservou-se cada vez mais à intimidade seletiva, do foro cognitivo, fundamental à linguagem futura. As qualidades das coisas, do meio ou da comunidade, onde se incluíam os outros e ele, foram-se tornando distintas umas das outras ao olhar individual, fora do Eu, ao contrário do que acontece na evolução infantil, onde são atribuídas exclusivamente ao Eu.
A separação do primata do tronco filético há aproximadamente 32,6138 milhões de anos teve dois fenómenos na sua origem, um sensitivo, a Indução Ideológica, e outro físico, o conflito: um caso único e sem paralelo na evolução. O conflito, com os conceitos de expulsão, propriedade e fronteira, originou, com a evolução da Indução Ideológica, a Ideia de I1. Logo que a Ideia, o motor de toda a evolução seguinte, nasceu estigmatizada por milhões de anos de tensão física: só essa estigmatização, que subverteu a razão e anterior a ela, explica a eminência conflitual partindo do indivíduo, e dos distúrbios de rua, para as barbaridades de todas as invasões, do passado bárbaro e do presente “civilizado”. Na desigualdade KBE / KIE maior que KIE / KCE afastamos o valor de KIE de KBE, como de K’GE, e ampliamos o comprimento de G1I1; na desigualdade KBE / KIE menor que KIE / KCE aproximamos KIE de KBE, como de K’GE, e contraímos o comprimento de G1I1: temos de optar pela segunda.
KBE / KIE < KIE / KCE  
16,7612 x 106 / KIE < KIE / 88804,6889
16,7612 x 106 x 88804,6889 < KIE2  
KIE2 > 1,4885 x 1012

KIE > 1,48851/2 x 1012 x 1/2  

KIE > 1,2200 x 106.
KIE é maior que 1,2200 x 106 e K’GE é menor que 1,4495 x 106: as suas desigualdades contraem o segmento G1I1 sugerindo à brevidade da sua duração.
Como I1 corresponde a I2 = 0,6667 anos do desenvolvimento infantil podemos calcular o comprimento de I1E1 depois de obtermos I2E2.
I2E2 = 23 – 0,6667 = 22,3333 anos.
KIE = I1E1 / I2E2  
1,2200 x 106 = I1E1 / 22,3333 
 I1E1 = 1,2200 x 106 x 22,3333
I1E1 = 27,2466 x 106 anos.
Como KIE é maior que 1,2200 x 106 temos que I1E1 é maior que 27,2466 milhões de anos.

Em I1, há mais de 27,2466 milhões de anos, os primatas tinham sido expulsos do seu habitat natural, o meio florestal, e a Indução Ideológica tinha-se convertido em Ideia. Com a Ideia, o
3.º Organizador humano, nasceu a evolução artificial e a 2.ª Era Antropológica. O conflito G1I1 demorou menos de (32,6138 – 27,2466) x 106 = 5,3672 milhões de anos.

domingo, 13 de dezembro de 2015

ESCRITA EMBRIONÁRIA E VERTICALIDADE:

ESCRITA EMBRIONÁRIA E VERTICALIDADE.


A evolução linguística foi paralela à verticalização. Assim que ao limite linguístico, o ponto da Escrita Embrionária, correspondeu a elevação vertical. Em que momento surgiu a Escrita Embrionária e se atingiu a verticalidade? Para a obtenção desse momento antropológico vamos fazer: A) um estudo bibliográfico sobre as escritas primitivas; B) e um estudo matemático do paralelismo da idade infantil de entrada na escrita e o zero da Escrita, na evolução.


A1 Bibliografia sobre as escritas e a arte primitivas.

 “Qualquer que seja a natureza exata da sua origem, o conhecimento da escrita primitiva dos Sumérios baseia-se num achado singularmente rico em Uruk (a Biblica Erech, a noroeste de Ur) no começo do segundo quarto deste século: mais de um milhar de pequenas tábuas e fragmentos com inscrições de uma escrita pictográfica imperfeita, tudo indicando que representa a língua Suméria.” “… No estrato de Uruk conhecido por “IVb” foram encontrados aproximadamente 900 símbolos diferentes, presumindo-se que este número represente uma fração dos símbolos então em uso.” “…Trabalhando em barro húmido, os Escribas Sumérios concluíram que os carateres poderiam ser desenhados mais nitidamente e mais eficientemente imprimindo-os e não riscando-os.” “O Elão Bíblico… era o antigo nome dado à região situada no Norte do Golfe Pérsico e à parte oriental do Baixo Tigre. Habitada por um povo que não era semita nem indo-europeu, utilizando dialetos aglutinados, relacionados provavelmente com o grupo de línguas do Cáucaso, esta região foi berço de uma civilização comparável à dos Sumérios e Acádios. Nos fins do IV milénio a. C. os Elamitas possuíam uma escrita autóctone, da qual foram encontradas nove inscrições em pedra e várias centenas de placas de barro. Os carateres desta escrita, parcialmente decifrada, são geométricos e lineares, geralmente escritos da esquerda para a direita; é quase certo que derivam de símbolos pictográficos mais antigos, dos quais não foram encontrados ainda quaisquer exemplares. Esta escrita primitiva, chamada «proto-elamita» ou «elamita antiga», parece ligar-se de alguma forma ao antigo cuneiforme, sendo no entanto incerta a natureza exata dessa relação.” (Diringer, D.; A Escrita, Editorial Verbo; Lisboa 1968; p. 37, 38, 41 e 45).

“A região ocupada pelos Sumérios ficava entre os rios Tigres e Eufrates no que hoje é o Iraque
e o Kuwait, e, até recentemente, era conhecida por Mesopotâmia…” “Atribui-se aos Sumérios o
desenvolvimento da matemática. Usavam uma combinação dos sistemas de base 10 e de base 60 (sexagesimal) para contar, ao contrário do simples sistema de base 10 ou decimal que usamos hoje. Estamos habituados a pensar em 60 segundos para um minuto e em 60 minutos para uma hora porque o nosso sistema de medição do tempo deriva do dos Sumérios e dos Babilónios. Por consenso geral, também se atribui aos Sumérios a invenção da ideia de que o círculo tem 360 graus, sendo cada grau dividido em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos.” (Knight, C.; Butler, A.; A Primeira Civilização; Círculo de Leitores; Lisboa 2006; p. 61 e 62).

“A escrita consciente e sistemática apareceu pela primeira vez por volta da segunda metade do quarto milénio a. C. Pode dividir-se nas seguintes categorias: 1) Escrita pictográfica, que
é uma escrita sintética ou por imagens, esboços ou esquemas, cada um dos quais é designado por pictograma. É verdadeiramente o primeiro passo importante fora da escrita embrionária, uma vez que não se restringe unicamente ao registo de imagens simples desligadas, mas representa estádios sequenciais de ideias de uma narrativa, mesmo que simples; 2) Pictogramas ideográficos ou ideogramas, em que os sinais ou signos representam não só os sinais que mostram, mas relacionam também ideias ou conceitos com os quais esses objetos estão relacionados; 3) Escrita analítica é a designada escrita mais famosa do mundo antigo, usada pelos habitantes da Mesopotâmia, Egipto, Creta, pelos Hititas, pelos habitantes do Vale do Indo, pelos Chineses, Mongóis…; 4) Escrita fonética. Enquanto na escrita ideográfica pura ainda não há qualquer ligação entre o símbolo representado e o nome falado para ele, isto é, os símbolos podem ser lidos com a mesma facilidade em qualquer linguagem, na escrita fonética, num primeiro tempo tem-se a contrapartida gráfica da fala. Cada elemento da escrita fonética corresponde a um som ou sons da linguagem que está a ser representada e o primeiro pode ser explicado ou «lido» através do conhecimento do último. A escrita fonética pode ser quer silábica, quer alfabética…” (Aragão, M. J.; História da Escrita; Palimage Editores;; Viseu 2003; p. 22 e 23).

“…Entre outras, a carapaça de tartaruga com inscrições desenterrada na estação arqueológica de Jia Nan, datada de há 8000 anos atrás. E encontraram-se nas peças de cerâmica na estação arqueológica de Ban Po, perto de Sian, datadas de há 6000 anos, símbolos inscritos
que são semelhantes aos descobertos em Anyang.” “Não são pictográficas as inscrições em ossos e conchas de tartarugas. E esta escrita mais antiga chinesa comporta um número reduzido de carateres muito simples, mas satisfazia as necessidades da comunicação humana daquela época primitiva. São símbolos modestos e abstratos resultantes de convenções baseadas na indução e abstração.” (Jian, L.; Escrita das Escritas; Museu das Comunicações: Lisboa 2001; p. 72).

“Acharam-se na Roménia, na Húngria e na Bulgária estranhos sinais, gravados em argila, dando ares de tentativas de escrita que datariam de há 8000 anos. Têm sido trazidos à luz em dezenas de escavações a norte das Balcãs, como se eles representassem um elemento importante na cultura dos homens desta época e desta região…”  “Duas delas intrigaram muito particularmente os especialistas. Uma, encontrada em Gradeshnitza, na Bulgária, é uma pequena placa de argila sobre a qual aparece o que tem todo o aspeto de símbolos estilizados. A outra é um sinete circular, igualmente de argila, achado em Karanovo e cujos dezoito sinais seriam uma forma rudimentar de escrita…”  “…É o caso da que edificou cidades importantes, há 4500 anos, ao longo de mais de 1500 quilómetros, ladeando o rio Indo…”  “A principal cidade desta «Civilização do Indo» é Mohenjo-Daro, onde viveram dezenas de milhares de habitantes e cujas ruínas se dispõem, segundo um plano de xadrez, através de centenas de hectares. As ruas principais, com 10 metros de largura, delimitam «blocos» de habitações que fazem pensar nos de Nova Iorque… A cidade possuía... uma rede de canalizações conducente a uma descarga de esgoto, a mais antiga que alguma vez se descobriu.” (Clarke, R.; O Nascimebnto do Homem; Gradiva; Lisboa 1984; p.207 e 209).

“A gruta do Escoral, no Alentejo, perto de Montemor-o-Novo, foi descoberta em 1963 e apresenta pinturas e gravuras nas paredes da cavidade subterrânea…” “…As figuras são dominadas na sua maioria pelo tema animalista. É notável o conjunto com representações geométricas onde se encontram todas as variações conhecidas: os pontos, as curvas, arciformes, linhas, escleriformes e reticulados. As figuras datam de há 25000 a 18000 anos a. C. e de 18000 a 13000 anos a. C..” (Aragão, M. J.; História da Escrita; Palimage Editores; Viseu 2003; p. 8).

“…Sobre a entrada da gruta de La Pasiega… pode ver-se um conjunto de signos simbólicos que se denomina «A Inscrição de La Pasiega», entre os quais há duas marcas de pegadas humanas. Elas significam, sem dúvida, que era interdito aos profanos entrar nessa gruta consagrada ao culto. O corpo humano estilizado reveste-se de significados convencionais... Todavia, ao lado destas imagens naturalistas outras parecem ter sido símbolos desde o início; trata-se de signos ditos «tectiformes», onde uns julgam reconhecer cabanas e outros armadilhadas ou grades.” (Behn & W lfel, 1972, p. 21).


A2 Conclusão bibliográfica.

A Civilização Suméria dominou culturalmente o Médio Oriente durante os 1500 anos da sua ocupação: isso significa que outra civilização, com desenvolvimento cultural equivalente e dotada de uma escrita  também afastada  do estado embrionário, passou ao domínio seguinte. Efetivamente a escrita suméria tinha semelhanças com a escrita dos Elamitas (a escrita dos Elamitas, de caracteres geométricos e lineares, pensa-se que derivou de símbolos pictográficos mais antigos, ou de uma escrita anterior ao seu tempo e tempo Sumério) e com a escrita hieroglífica dos Egípcios, quando as escritas analíticas do mundo antigo eram usadas pelos habitantes da Mesopotâmia, do Egipto, de Creta e do Vale do Indo, pelos Hititas (povo antigo da Ásia), os Chineses e os Mongóis: um número grande de civilizações utilizando escritas que só podiam estar distantes do estado embrionário da Escrita, o ponto de divergência de todas as escritas, culturas e civilizações.

Também que só uma escrita muito desenvolvida e muito distante do estado embrionário podia apoiar os conhecimentos matemáticos que se atribuem aos Sumérios, como a combinação dos sistemas decimal e sexagesimal para contar e a leitura do tempo, e do círculo, em submúltiplos sexagesimais. E é curioso atribuir-se também aos Babilónios o método de contagem do tempo que chegou ao presente; o que admite a Babilónia no conjunto de civilizações dotadas de escritas evoluídas. Como a Escrita Embrionária surgiu num momento só um tempo muito amplo, de milhares de anos, permitiu a difusão geográfica e o desenvolvimento das escritas de há 5000 anos.

Mas essa distância entre a Escrita Embrionária e as escritas de há 5000 anos também
é evidente nos perfis urbanos das grandes civilizações: por volta de 3300 a. C. os Sumérios tinham cidades com arquivos escritos e centralizados em edifícios estatais, como, tudo indica, uma rede escolar; a Civilização do Indo, que tinha cidades muito bem delineadas arquitetonicamente e dotadas de rede de canalizações com descarga de esgoto, iniciou o seu desenvolvimento 700 anos depois; e a Civilização Egípcia, também com um governo centralizado e arquivos escritos, ocorreu só 300 anos depois, por volta de 3000 a. C. É curioso que esses três povos, que nos legaram sinais da sua grandiosidade urbana no mundo antigo, eram dotados de escritas. Escritas evoluídas. Porque a arquitetura foi uma consequência do desenvolvimento conjunto da Escrita, da Matemática e da Arte.

Há 12000 anos, no termo da última era glaciar, o homem primitivo foi favorecido ecologicamente para a fixação social. Surgiram a agricultura e a criação de gado. 2000 anos depois, há 10000 anos,  já a agricultura, como fenómeno extensivo, era uma realidade. Para o controlo da produção agrícola e das reservas de gado, assim como dos seus mercados, nasceu e cresceu a burocracia. A linguagem verbal e o pensamento numérico foram instigados aos grafismos da Escrita e da Matemática, de uma nova memória, não cerebral e flutuante, mas impressa e fixa, que originou os contratos sociais. Há 8000 anos surgiu a Escrita Embrionária. 3000 anos depois a burocracia produtiva e mercantil estendera-se ao aparelho político e a sociedade suméria tinha uma escrita sistematizada em rede escolar como conhecimentos matemáticos evoluídos. O (escriba) sumério, de há 5000 anos, possuía 3000 anos de verticalidade. A verticalidade e a frontalidade absoluta do olhar, compatíveis com a maximização linguística, ou entrada na Escrita, atingiram-se, pelo meu estudo bibliográfico, há 8000 anos.


 A Escrita Embionária e a verticalidade surgiram há 8000 anos: os registos na carapaça de tartaruga de Jia Nan e em argila da Roménia, da Hungria e da Bulgária, são seus testemunhos arqueológicos. A Escrita, já sistematizada nos moldes modernos, surgiu há 5000 anos: as tábuas sumérias de Uruk são o seu testemunho arqueológico.. Entre os registos de há 8000 anos e os registos de há 5000 anos temos a divergência intermédia: as inscrições nas peças de cerâmica de Ban Po e Anyang, ambas também documentos arqueológicos. Os múltiplos registos de há 8000 anos dizem-nos que a Escrita Embrionária não nasceu num ponto e sim dispersamente, que não foi um facto pontual que a originou e sim o estado avançado do pensamento, da comunicação verbal e da arte, que convergiu no estádio seguinte da linguagem, a Escrita. E os signos anteriores da Arte Parietal, como os de La Pasiega e do Escoral, exigiam um estado avançado de elevação: que convergiu na verticalidade.


B1 Bibliografia sobre a evolução  infantil tendente para a escrita.

”…Durante a terceira infância (dos 6 aos 11 anos), a lógica começa, progressivamente, a substituir a intuição e a criança transforma-se num verdadeiro estudante. O universo mágico e sincrético descolou-se. A partir deste momento, o autêntico distingue-se da ficção. Constrói-se o universo do racional.” (Pepin, L.; A Criança no Mundo Actual; Editorial Estampa; Lisboa1979; p. 72 e 76).

“E eis um novo escalão vencido. Bal. Tem quase seis anos. Na sua lenta experiência por tentativas, conseguiu chegar agora a um suficiente domínio do seu grafismo escrito para reproduzir a maior parte das palavras que copia com uma segurança, uma rapidez e uma perfeição satisfatórias. Só então, depois de atingido esse domínio elementar, se estabelece uma relação no espírito da criança entre o grafismo das palavras e a palavra oral ou do pensamento…” “…Enquanto não dominar a técnica do desenho, e não o consegue antes dos 7, 8 anos, a criança só avança por tentativas, ajustando lentamente as suas experiências.” (Freinet, C.; Aprendizagem da Língua; Editorial Estampa; Lisboa 1972; p. 91 e 111).


B2 Estudo da correspondência dos 8000 anos da espécie com a idade intantil de entrada na escrita.

A interpolação vai obter o valor de K3: o coeficiente comparativo da evolução na língua do homem de há 8000 anos e da criança na idade correspondente. 8000 anos situa-se entre os 5000 anos sumérios e os 1,95 X 106 anos da origem da Linguagem Moderna, de que conhecemos os coeficientes, 333,3333 e 88804,6889.

 (K3 – 333,3333) / (8000 – 5000) = (88804,6889 – 333,3333) / (1,95 x 106 – 5000)
 (K3 – 333,3333) / 3000 = 88471,3556 / 1,945 X 106
1,945 X 106 X K3 - 1,945 X 106 X 333,3333 = 3000 X 88471,3556
1,945 X 106 X K3 – 6,4833 X 108 = 2,6541 X 108
1,945 X 106 X K3 = (6,4833 + 2,6541) X 108  
1,945 X 106 X K3 = 9,1374 X 108  K3 = 9,1374 X 108 / (1,945 X 106)  K3 = 469,7892.

Dividindo 8000 anos por K3 obtemos o segmento M2E2 da evolução individual que converge nos 23 anos, a idade ótima de conclusão de um curso universitário na lingua e limite do crescimento volumétrico do cérebro humano.  A idade infantil paralela aos 8000 anos da espécie será N2M2.

M2E2 = 8000 / 469,7892 = 17,0289 anos.
 E N2M2 = 23 - 17,0289 = 5,9711 anos.


Uma distância muito aproximada aos 6 anos. Temos que o momento histórico equivalente aos 6 anos infantis foi há 8000 anos. Aos 6 anos a criança atinge o nível cognitivo que lhe permite enfrentar a escrita elementar, da mesma forma que há 8000 anos o homem entrou na Escrita Embrionária. O estudo matemático coincidiu com o estudo bibliográfico. Há 8000 anos nasceu a Escrita Embrionária e atingiu-se a verticalidade.