Algoritmo numérico

Algoritmo numérico
Algoritmo numérico

domingo, 3 de abril de 2022

ARSÉNIO ROSA

Abrantes, Portugal, 1 Dezembro 1955.

Estudei Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Estudei Matemática na Universidade Aberta. A minha ligação à Pintura (e à Arte: da Forma, do Gosto e do Belo) não é académica: é livre. Fiz Pintura: depois deixei-a e perdi (pela insignificância artística) o que fiz. Entretanto dediquei-me à Escrita. Destaco os livros seguintes:

MANIFESTO ANTIGUERRA (2023): contra o aquecimento global e o buraco na camada de ozono da responsabilidade da libertação de calor pelo nuclear e a guerra. LAVENDER sobre a abstração pollockina. EVOLUÇÃO DA ARTE MODERNA: sobre a evolução da arte partindo da Escola de Barbizon (França), em 1848, por (>) 122 movimentos artísticos até à Arte Quase Bruta, do Manifesto de minha autoria, de 2019. MANIFESTO DA ARTE QUASE BRUTA: manifesto que eleva a razão artística à Razão Ambiental na Arte. ESTÉTICA DO CONCEPTUAL sobre a evolução da Estética depois de Alexander Baumgarten. EVOLUÇÃO (estudo matemático e bibliográfico sobre o paralelismo da evolução do indivíduo e do Homem): divide-se em três livros. ANEXO HISTÓRICO sobre a evolução genérica que vai à origem da vida na Terra há cerca de 3,1755 mil milhões de anos e inclui as origens do Verbo, da Família, da Selvajaria, da Barbárie, da Civilização e da Escrita Embrionária. ELEVAÇÃO AO ESTADO BÍPEDE sobre a verticalização iniciada há cerca de 32,6138 milhões de anos, que há 25,01 milhões de anos atingiu o olhar frontal e a Linguagem Articulada e há 6,4462 milhões de anos o Estado Bípede. ALGORITMO DA VERTICALIZAÇÃO ANTROPOLÓGICA constrói o modelo matemático (e ferramenta arqueológica) que calcula a amplitude normal à idade de um fóssil ou a idade normal à sua amplitude até à origem da verticalização. Manifesto Anti-Guerra, ou Manifesto Anti Nuclear, ou Maniscfesto Anti Homem: sobre o aquecimento global e o Estado Critico e contra a libertação de calor pela guerra e pelo nuclear.

E voltei à Pintura (em 2019: do Manifesto da Arte Quase Bruta): vindo do insignificante ao significante. 




MANIFESTO DA ARTE QUASE BRUTA


1

Em 1848, inspirados na pintura de Jonh Constable, os pintores da Escola de Barbizon elegeram a Natureza pintando-a diretamente no campo.(1) A Natureza, sobre a Natureza Humana, fixou-se, a partir daí, na Arte. Esse domínio expressou-se na arte fundamental: por Pablo Picasso Guernica traduziu o animal sobre o homem no humano; o grito, de O Grito, de Edvard Munch, foi o grito da Natureza sobre a Natureza Humana; e O Urinol, de Marcel Duchamp, representou o Homem Poluidor da Natureza (ou poluidor ambiental) sobre todas as variantes que lhe associaram. O Ambiente, motivo primeiro da preocupação global de hoje, não é de hoje na Arte: é dos princípios da Arte Moderna nascida da consciência do domínio da Natureza sobre o Homem. William Morris, na década de 1880, na Inglaterra, fundou o movimento Arts & Crafts preocupado com a poluição industrial crescente.(2) A Arte Quase Bruta impõe-se como corrente artística consciente do Problema Ambiental e sintoniza a preocupação global do século XXII com a evolução da Arte e da Estética.

A evolução da Arte Moderna, das correntes mais plásticas e geométricas, como o Fauvismo e o De Stijl, às mais interventivas, como o Accionismo Vienense e o Fluxus, às exclusivamenre reivindicativas, como as secessões de Berlim e de Viena, opôs-se à arte imposta por pares, ou grupos, académicos, mercantis e institucionais. Contudo, a Arte Contemporânea, iniciada na década de 1950 para o domínio artístico de hoje, é dos pares: em tudo idênticos aos antigos, aos que a Arte Moderna, de sua origem, se opôs. A Arte Quase Bruta opõe-se às corporações elitistas a favor da verdade da Arte e da Estética e elege a Obra de Arte na origem.

A evolução da Arte Moderna, sobretudo pela Pintura (disciplina dominante na quase totalidade dos movimentos artísticos modernos), convergiu no extremo oposto do realismo, no Conceptual: na ideia. A Arte é, consequentemente, ideia. E se a Arte é ideia um novo movimento artístico tem de nascer da ideia e não de um bando eleito, artístico, académico, ou de cabaré. E a Arte Quase Bruta, deste manifesto, nasceu da ideia; da minha ideia sobre a pintura de Eusébio Almeida em consonância com as exigências da Arte e da Estética: original, conceptual no significante, não-neutra. A Arte Quase Bruta é da ideia: da Estética, da Arte e da maximização cognitiva que o Homem atingiu na atualidade.

Arte Quase Bruta para uma corrente artística nasceu dessa mesma inscrição no quadro O Mendigo Revoltado de 2017 (e recorrente noutras obras) do Pintor Eusébio Almeida. Arte Quase Bruta e outras inscrições, como Ninguém é Obrigado a Ser Feliz, O Naufrágio da Europa, Poesia Ortopédica e Masturbação Mental, são signos linguísticos e contraditórios da Obra de Arte e do estado atual. Hoje, século XXII, quando a Arte evoluiu para o conceptual, a arte de vanguarda é do Conceptual: não do conceptual direto, o que se concebe no fazer comum, mas do conceptual que transcende os significados e o comum, do significante, ou contraditório. O Conceptual é da crítica significante na era do Estado Crítico onde o Homem, pelo aquecimento global, nega o poder regenerador da Terra. A Arte Quase Bruta é do Antropoceno contra o Antropoceno.

O Mendigo Revoltado refere-se ao homem preso no mundo livre (?) em que nasceu. O Mendigo Revoltado remete para a alienação social que inclui a artística, dos cartéis, ou corporações, onde entra no lugar da originalidade o não-original, no lugar da Arte a não-Arte e no lugar da força a apatia, dos pares. O Mendigo Revoltado é do tempo do ver sobre o olhar quando domina o olhar sobre o ver. O Mendigo Revoltado impõe a razão estética na análise da Obra de Arte. É essa razão, dada por aquilo para que a Estética evoluiu, que eleva o ver duchampiano sobre o olhar retiniano. O Mendigo Revoltado é do homem conceptualizado pelo Estado Crítico nascido do projetado, do programado e do calculado. O Mendigo Revoltado é da era da esperança individual máxima e da esperança coletiva mínima. A Arte não morreu e, contrariamente, dá voz ao Mendigo Revoltado e à Arte Quase Bruta.


2

A Arte Quase Bruta parte, basicamente, da agressividade, ou não-passividade, das composições como signos que podem ser ou não enriquecidos pela grafia contraditória. O signo artístico é o sinal dinâmico e crítico sobre o sinal estático: do significante sobre o significado e do contraditório sobre o direto. O significado, que implica o insignificante e o direto, são do sinal estático, decorativo e acrítico; e o significante com o contraditório são da Estética, da Arte e do signo crítico. São o significante sobre o significado e o contraditório sobre o direto que abrem a Obra de Arte às ideias, ao Conceptual, partindo da crítica artística. A composição estática, como símbolo, ou sinal, sem signo, não é Obra de Arte: não é Arte. É a presença consciente do signo na Arte Quase Bruta que a faz da vanguarda artística

Uma lata brilhante, limpa e intacta, pode ser exposta como arte; uma lata inutilizada, pisada, suja e enferrujada, com encaixe expositivo, pode ser exposta como Obra de Arte: a Obra de Arte tem a referência à Natureza na queda, significante, do fabricado na Terra, que a arte, do direto, não tem. A lata brilhante é um sinal passivo, direto e estático, do fabricado. A lata enferrujada está entre o fabricado e a Terra: é não-passiva, dinâmica e analiticamente agressiva, um signo. Um sinal, ou um símbolo, representa um estado e um signo representa uma variação de estados limitados pela insegurança, o desequilíbrio, a incerteza e o medo: não do autor mas do que o rodeia no enfoque global. É o alargamento crítico do signo que o faz dinâmico contra a localização estática do sinal. Se a lata intacta é um representante direto do fabricado uma pedra, um ramo de árvore, ou um arbusto caído são representantes diretos da Terra: também insignificantes. A lata brilhante, limpa e intacta, e a pedra, o ramo ou o arbusto expostos no espaço mais conceituado, não ultrapassam a condição de não-Arte, ou arte. A lata pisada e enferrujada, transposta do inútil, ou decadente, para o útil, é uma Obra de Arte na origem anterior ao crítico, ao curador e ao expositor.

A evolução da Arte Moderna foi a dispersão do Eu e a fuga ao realismo, ao académico e à técnica. A Obra de Arte não é a que traduz um objeto, uma paisagem, uma narrativa, ou a abstração aderente ao artista ou aos outros sem ir mais além. A Obra de Arte não vem da aprendizagem técnica ou académica e sim do que as transcende criticamente. A Obra de Arte é contrária ao decorativo porque a evolução da Arte e da Estética, por mais de 120 movimentos artísticos modernos, assim o determinou. E o Artista não é o que o patrono identificou e sim o que encontrou a sua identidade no progresso estético e artístico. Uma identidade transversal à originalidade, à crítica ambiental e ao expositivo. Pela dispersão do Eu a Arte, indo a Entidade, vai do local ao geral e do indivíduo à espécie.

A evolução particular partindo da precisão matemática e laboratorial conduziu à imprecisão geral. O domínio científico, feito de acréscimos locais, trouxe ao conflito geral: do Homem contra o Homem e do Homem contra a Natureza. A mesma Natureza que os pintores de Barbizon colocaram (conscientemente na abordagem plástica e inconscientemente na transformação estética) na representação artística: quando antes, e desde sempre, era secundária e menor. A evolução da técnica para a não-técnica e da abstração plástica para a abstração critica impõe a Natureza como do significante, na Arte. O aquecimento do efeito estufa e a saturação ambiental estão no limite da evolução académica a que a Arte, da era moderna, se opôs e opõe, com o intenso, o abrasivo e o simplório, do não-neutro, traduzindo o que domina e é dominado e decai progressivamente. A evolução e a involução nas coisas gerais e o contraditório e o significante na Arte e na Arte Quase Bruta no tempo do homem duplo: sábio e bruto.

Na não-técnica a Pintura evoluiu para a exploração plástica, da experimentação dos materiais (Antoni Tàpies) contra a certeza, ou precisão, da técnica. A Forma da Estética tornou-se significante contra os significados das formas das técnicas e das estéticas. Transpondo a beleza objetiva da técnica e das estéticas a Arte atingiu o Belo da abstração subjetiva e da Estética. O Gosto, do presente sobre o do passado, é do Belo do significante e do contraditório, do Conceptual, ou Forma. A Arte evoluiu da imitação alegórica de Sócrates, da técnica, para a não-imitação, da não-técnica. A Estética evoluiu do belo metafísico (contrário à Natureza) de Platão para o belo racional de Aristóteles, para o belo artístico de Baumgarten e o Belo Conceptual (favorável à Natureza) da Arte Quase Bruta. É o impulso ambiental que eleva a forma, o gosto e o belo a Forma, a Gosto e a Belo. A Arte Quase Bruta fixa o Conceptual, dotado da defesa do ambiente, na Forma, no Gosto e no Belo da Estética e da Arte.

No princípio o homem utilizava os objetos da Natureza, ou a Forma Bruta. Com a evolução primitiva da habilidade manual surgiu a Forma Hábil. Depois as exigências ornamentais levaram à Forma Grácil. Seguiu-se a Forma Estética (Platão), a Forma Artística (Alexander Baumgarten) e a Forma Conceptual (Arte Quase Bruta). A Forma da Estética veio da evolução das formas bruta, hábil, grácil, estética e artística, do primário grotesco (não-ideológico) para o final ideológico: o que agrega, indiscutivelmente, o Conceptual à ideia. Pela Forma Conceptual, do contraditório, do significante e do crítico a Arte Quase Bruta dilui-se no que a precedeu no respeito pelo domínio do que nos envolve, da Natureza sobre a Natureza Humana. A Natureza do bosque de Fontainebleau plastificou-se no Impressionismo, expressou-se no Grito de Munch e cristalizou-se no Conceptual da Arte Quase Bruta fechando o ciclo, ou círculo, do fim ligando-se ao princípio, pela Arte. O Hábil e o Grácil, associados à forma, ao belo e ao gosto, foram transpostos: e a presença do Hábil e do Grácil nos 2400 anos depois de Apeles foram da evolução da técnica na não-técnica. A Estética e a Arte, pelo Conceptual (que inclui a Forma Bruta: não pelo uso dos materiais e imagens naturais e sim do seu contrário, o sintético: do bruto), deram um passo além da arte e da estética utilitárias e ornamentais.


3

Pelo desenho, a fotografia, o vídeo, as artes, ou a técnica, pode-se mostrar o submarino nuclear naufragado em 1989 no mar de Barents:(3) mas não se pode mostrar a radioatividade que irradia e irradiará sempre no ambiente marítimo e global.(4) E pode-se mostrar a central nuclear de Almaraz: mas não se podem mostrar as cinzas radioativas que blindou nem a radiação que lançou e lança no Tejo contra as suas fauna e flora. Mas uma marinha alterada, corrosiva e deformada pode sugerir e representar a contaminação radioativa do K-278; mas a chuva de Máscaras Bizarras, do expressionismo de Susana Rosa, pode sugerir e representar as águas radioativas que as torres de arrefecimento de Almaraz lançaram e lançam no Tejo: tudo depende do olhar, que vai de acrítico a crítico, de quem observa. A Arte tende a representar, no não metafísico, não espiritual e não metafórico, o que as artes não atingem. O Mural, a primeira abstração pollockiana, foi executado em 1943 e as bombas atómicas little boy (urânio-235) e fat man (plutónio-239) que arrasaram a cinzas as cidades de Yroshima e Nagasaki foram em 1945:(7) (8) mas o salpicado de O Mural pode sugerir e representar os destroços atómicos das duas cidades distantes de si dois anos. E a abstração pollockiana vai mais longe: ela, o jardim cáustico, sugere, ou representa, o caos: o ponto distante (?) para que tende o Estado Crítico. O olhar do observador sobrepõe-se ao olhar do criador e o seu presente sobrepôe-se ao momento da criação: numa transcendência dupla: analítica e temporal. É essa duplicidade, da abertura presente na Obra de Arte, que eleva a abstração conceptual ao Coceptual Abstrato. O Mural foi feito num ato rebelde de Jackson Pollock face às exigências de Peggy Guggenheim: não teve, na sua origem, nenhuma finalidade crítica e nenhum impulso expressionista: foi o andamento do tempo e da Estética, na conversão do gosto em Gosto, pela Razão, que sobrepôs o olhar crítico ao acrítico da abstração inicial dinamizando-a artisticamente.

O homem evoluiu para a tecnologia e a cognição contraditórias no tempo do aqueciento glogbal e de mais calor artificial.(9) Na tecnologia, enquanto a crise ambiental, o homem entrou no Estado Crítico: da queda para o caos. Na cognição contraditória o homem entende o Estado Crítico e não o nega oportunamente. Na era científica, da cognição e da tecnologia, os rebentamentos do dia a dia, dos testes nucleares e da guerra libertam, na forma de calor, a energia inerte da matéria: calor que não se perde e se acumula na estufa do aquecimento global. A Arte no Estado Crítico tem de expressar-se contra o Estado Crítico: não pode ser a arte que o precedeu. A Razão, da Estética e da Arte Quase Bruta, é da negação do Estado Crítico e não do que o originou.

A Arte Bruta (1945) é a arte criada por artistas portadores de carências mentais, ou por outros (como Jean Dubufet, seu fundador), imitando-os.(12) Contrariamente a Arte Quase Bruta é a arte feita por artistas conscientes, ou não alienados, sobre a alienação humana, o estado moderno e da aproximação ao Caos. O mesmo consciente que impõe o contraditório e o significante na Arte e vê o Urinol, de Marcel Duchamp, não como um objeto metafórico e mediatizado e sim como o símbolo poluidor, entre a micção humana e a Terra. Na Arte Quase Bruta o domínio do consciente sobre o neutro traduz a ideia sobre a não-ideia, o absurdo e a anarquia artística e estética. O grito da Natureza, de O Grito, de Edvard Munch, o sofrimento de todas as mulheres, de Mulher a Chorar, de Pablo Picasso, e o grotesco invertido, do Belo contra o belo, de Mais Loiras, de Georg Baselitz, são consciências expressionistas tendentes ao significante artístico da Arte Quase Bruta de mim mesmo, de Eusébio Almeida e de Susana Rosa (pintores associados deste manifesto): e dos que seguirem a sua corrente.


1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Barbizon

2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Arts_%26_Crafts

3 https://pt.wikipedia.org/wiki/K-278_Komsomolets

4 A meia-vida do plutónio 239 é 24000 anos e a meia vida do urânio 235 é 703800000.(5) (6) A meia-vida obedece a uma progressão geométrica de razão 1/2. 100 quilos de resíduos nucleares de plutónio-239 reduzem-se a 50 quilos decorridos 24000 anos., a 25 quilos decorridos 48000 anos, a 12,5 quilos decorridos 72000 anos e assim sucessivamente, nunca atingindo o zero e mantendo-se sempre a radioatividade e a libertação de calor. 100 quilos de resíduos de urânio-235 reduzem-se a 50 quilos decorridos 703800000 anos, a 25 quilos decorridos 1407600000 anos, a 12,5 quilos decorridos 2815200000 anos e assim sucessivamente, nunca atingindo o zero e mantendo-se sempre a radioatividade e a libertação de calor.

5 https://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%B4nio-239

6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio-235

7 https://en.wikipedia.org/wiki/Mural_(1943)

8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeamentos_at%C3%B4micos_de_Hiroshima_e_Nagasaki

9 As bombas little boy e fat man detonaram o equivalente a 15+21=26 quilotoneladas (10^3) de TNT. Uma tonelada de TNT liberta 4,184X10^9 Joules de energia e um joule de energia equivale a 0,00053 graus centígrados de calor.(10) (11) Uma tonelada de TNT liberta (4,184X10^9)X0,00053=2,21752X10^6 graus centígrados de calor. As duas bombas atómicas libertaram para a atmosfera do aquecimento global cerca de 26X10^3X2,21752X10^6=7,983072X10^10 graus centígrados de calor. As detonações de TNT na segunda guerra mundial libertaram cerca de 2,264040X10^13 graus centígrados de calor. A tsar bomb detonou o equivalente a 57 megatoneladas (10^6) de TNT.(11) O calor que libertou foi 57X10^6X2,21752X10^6=1,2639864X10^14 graus centigrados de calor. A tsar bomb, um teste atómico num só segundo, lançou mais de 5 vezes mais calor para a atmosfera do aquecimento global que uma infinidade de detonações (por terra, mar e ar) de TNT nos 6 anos da segunda guerra mundial.

10 https://pt.wikipedia.org/wiki/Equivalente_em_TNT

11 https://citizenmaths.com/pt/energy-work-heat/joules-to-celsius-heat-units

12 https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_bruta


Abrantes, 5 Novembro 2019.

Arsénio Rosa

e-mail: arsennnio@gmail.com







quarta-feira, 6 de setembro de 2017

SEM COMENTÁRIOS

Esta mensagem é um novo apelo ao comentário. O meu blog recebeu 1772 visitas sem um comentário.

Um blog tem um espaço de comentário rápido e direto entre o leitor e o escritor. Estará, só por isso, à frente do livro. No blog temático, como o meu, sobre a Evolução do Homem, parece inadmissível que ao fim de 1772 visitas não haja uma opinião, uma crítica, algo a dizer. O facto faz-me duvidar da autenticidade virtual e levou-me a pedir comentários aos meus leitores. E volto a pedir.

COMENTE. Quero responder aos comentários.  Pelo comentário haverá a troca de ideias. A pergunta/resposta fará do meu blog um espaço vivo: o que eu quero que ele seja. E só com o seu comentário, caro leitor, estou interessado em prosseguir no meu blog.

Arsénio Rosa

segunda-feira, 10 de julho de 2017


 O PASSADO NA MORFOLOGIA CEREBRAL



Os dois fatores sensitivos primários, o Reflexo Indutivo e a Indução Ideológica, interagiram durante (70,4150 – 27,2466) x 106 = 43,1684 milhões de anos na evolução levando ao primeiro sorriso aos 0,0712 anos da criança, enquanto a Linguagem Articulada interagiu num tempo muitíssimo menor (e menos remoto) levando ao galreio e lalação aos 0,0865 anos: com a “coincidência” das duas manifestações do crescimento causada pela ação linguística sobre o cérebro ideológico, seguinte a L1, moldando-o profundamente, e a ação sensitiva sobre o cérebro animal, anterior a L1, moldando-o primitiva e superficialmente:

“No início do quarto mês lunar da vida fetal, um primeiro sulco rinal, ou olfativo, grava-se no cérebro anteriormente liso. Depois aparece a cissura lateral, ou de Sylvius, e alguns sulcos dos lobos temporais, frontais e parietais, na parte média da face lateral do cérebro, não muito afastada da cissura silviana. Um pouco mais tarde, tal como nos Antropóides, após a cissura silviana, forma-se o sulco central de Rolando no futuro lobo parietal, enquanto que, nos Macacos inferiores, depois da silviana, é o sulco paralelo que se desenha, análogo ao sulco temporal superior da anatomia humana. Em seguida, no decorrer do quinto mês lunar, cavam-se outros sulcos nos grandes hemisférios. No mês seguinte, a fossa de Sylvius operculiza-se e o lobo central afunda-se gradualmente. Durante o desenvolvimento embrionário, a superfície cerebral vai-se, sucessivamente, cobrindo de sulcos que caracterizam os animais girencefálicos, ao contrário dos lissencefálicos que têm a superfície cerebral lisa. Essas particularidades, e ainda outras, da ontogenia cerebral no embrião humano, refletem estádios filéticos percorridos outrora pela nossa ascendência, a partir dos mais primitivos espécimes de Cordés.” (Nesturkh, 1972b, p. 106, 107 e 109).

Nota póstuma
Caro leitor
A finalidade do meu blog foi divulgar a minha teoria da evolução do homem e interagir com os seus leitores pela resposta aos comentários, ou perguntas, ou sugestões. Até ao momento, e decorrido um número significativo de visualizações, não houve um comentário. O facto leva-me a duvidar sobre o número efetivo de visualizações: se será real ou uma manobra informática, uma vez que o leitor de um blog temático tende a interferir ideologicamente.
Comente. Sem comentários  cresce, por minha parte, o desinteresse pelo meu blog.
Arsénio Rosa

domingo, 7 de maio de 2017


PRIMEIRA ERA ANTROPOLÓGICA E PRIMEIRA NATUREZA.



O tempo antropológico surgiu com um fenómeno sensitivo, ou reflexivo, porque o homem é, sobretudo, ideia. Com efeito, antes do primeiro fenómeno físico da espécie, o Controlo dos Esfíncteres, no momento da Linguagem Articulada, há 25,01 milhões de anos (mapa), aconteceram o Reflexo Indutivo, a Indução Ideológica, a Ideia e o Encadeamento Ideológico, quatro acontecimentos sensitivos. O Reflexo Indutivo (já publicado) foi o primeiro fenómeno sensitivo da evolução: e foi contrário à Natureza, algo novo. Com o Reflexo Indutivo, há 94,0738 milhões de anos, nasceu a Primeira Era Antropológica.

O momento do Reflexo Indutivo é paralelo ao primeiro momento do Primeiro Sorriso na criança, o seu vigésimo sexto dia: o fenómeno de há 94,0738 milhões de anos codificou-nos para o sorriso, o fenómeno díspar de todos os outros animais e, consequentemente, da natureza original. O Sorriso é a manifestação exclusiva da natureza que o Reflexo Indutivo fez nascer.

Se o Reflexo Indutivo foi um fenómeno contrário à natureza original ele criou, obrigatoriamente, uma outra natureza, a Segunda Natureza. A evolução do homem deu-se, e dá-se, na Segunda Natureza, ou Natureza Humana, o espaço ínfimo, embora medido em muitos milhões de anos, dependente da Primeira Natureza, tridimensionalmente infinita.



Abrantes, 7 Maio 2017.

Arsénio Rosa

domingo, 9 de abril de 2017

SOBRE O MAPA




Mapa.



1

O mapa, da mensagem anterior, substitui o que foi publicado no princípio do blog. O desenvolvimento do meu estudo sobre a evolução conduziu a dados novos, como do Bipedismo Embrionário e Bipedismo Absoluto, da Família Embrionária e da Família, que o mapa inicial não tinha.

A distância da Arte Parietal passou de 36500 anos para 37000 anos. 36500 anos foi a distância que encontrei no estudo matemático do paralelismo entre a evolução gráfica infantil e a evolução do homem primitivo e 37000 anos é a datação das gravuras rupestres de Abri Castanet, em França. O dado arqueológico, o facto, sobrepõe-se ao dado analítico: contudo, a distância 36500 anos enquadra-se, uma vez que os extremos que obtive, em todos os fenómenos evolutivos, são pontos de referência, lugares aproximados.



2

O meu estudo da evolução antropológica contornou um mapa que se desenvolveu da sua forma simplificada, com os dados iniciais, para a forma completa, com todos os dados obtidos. A minha investigação não tinha sido possível sem a sua presença; e a sua leitura, caro leitor, será facilitada com a sua consulta.

O mapa representa o paralelismo entre a evolução ideológica do homem e do indivíduo partindo da evolução da linguagem. Em cima, de A1 para F1, o homem genérico, ou Homem, ou espécie; e em baixo, de E2 para F2, o indivíduo, partindo da criança e da sua conceção, em M2, com a transcendência, de A2 para M2, da carga hereditária que ao nascimento detém para a aprendizagem das línguas. A transversal E, ou E1E2, ligando E1 e E2, representa o presente e o ponto de partida deste ensaio que vai às origens da Espécie e da Vida, B1 e A1, respetivamente. A transversal C, ou C1C2, representa a ligação entre a primeira palavra, proferida pela criança aos 1,0417 anos de idade, e a origem da Linguagem Moderna, há 1,95 milhões de anos.

Para compreender as designações dou três exemplos. 1) D1E1 é o comprimento (tempo) do segmento entre D1 e E1. 2) KDE é o coeficiente relativo ao segmento DE, ou de relação de D1E1 com D2E2. 3) A criança entra na escrita, paralela à escrita suméria de há 5000 anos, aos 8 anos de idade, será: N2E2 = 23; N2D2 = 8; e D2E2 = 23 - 15 = 8. As distâncias, tanto do Homem como do indivíduo, não são proporcionais aos seus segmentos: a disparidade entre comprimentos e o seu número tornam impossível uma representação geométrica proporcional.



Abrantes, 9 Abril 2017.

Arsénio Rosa

sábado, 4 de março de 2017

ORIGEM DA VIDA

ORIGEM DA VIDA HÁ MAIS DE 3 MIL MILHÕES DE ANOS

“… Isto é válido para todos os organismos de todas as épocas, mesmo desde o início da vida (transição abiótica-biótica), há 3 biliões de anos. De qualquer forma, as células, que são sistemas orgânicos já altamente complexos, existiam há 2 biliões de anos… Não há motivos para supor que no passado o mecanismo que presidiu à evolução dos organismos tenha obedecido a leis diversas das que atuam no presente.” (Heberer, G. Kurth, G. Schwidetzky-Roesing, I. (1979). Antropologia - Enciclopédia Meridiano Fischer Vol. VI . Lisboa: Editora Meridiano).“As camadas de sedimentos acumulados ao longo dos tempos geológicos, constituindo verdadeiros registos do passado da Terra, permitem datar os restos fossilizados dos primeiros seres vivos. Os mais antigos fósseis conhecidos dizem respeito a algas e bactérias encontradas (por E. S. Berghoorn em rochas sedimentares do Canadá) em camadas com mais de 2 mil milhões de anos. Certos cálculos teriam mesmo permitido atribuir às bactérias encontradas em rochas da África do Sul, cerca de 3 mil milhões de anos.” “Graças aos recentes trabalhos de A. Katchalsky, L. E. Orgel, C. Ponnamperuma, J. Rabinowitz e G. Steinman, pode hoje considerar-se que a grande maioria dos tipos de moléculas essenciais aos organismos biológicos, poderia ter sido sintetizada por vias puramente abióticas.” (Rosnay, J. (1977). As origens da Vida – do Átomo à Célula. Coimbra: Livraria Almedina).


Podem ser atribuídos, segundo o texto anterior, 3000 milhões de anos à origem das bactérias. Estando as bactérias distantes da transição abiótica/biótica a Origem da Vida na Terra foi há muito mais de 3000 milhões de anos. Veja-se a ordem evolutiva de Pierre Telhard Chardin (perdi a fonte).

A Átomos
AB Moléculas
ABC Macromoléculas
ABCD Protoorganismos.
ABCDE Bactérias e vírus
ABCDEF Seres unicelulares
ABCDEFG Animais e Vegetais
ABCDEFGH Homem


Temos que as bactérias, juntamente com os vírus, foram o segundo estado biótico: depois dos protoorganismos, da transição, e antes dos seres unicelulares já existentes há 2 mil milhões de anos. Tendo as bactérias da África do Sul 3 mil milhões de anos os protoorganismos, que lhes foram anteriores, surgiram, obviamente, há muito mais de 3 mil milhões de anos: e há muito mais, certamente, porque na origem a conversão de um estado orgânico no outro foi extraordinariamente demorada. Seriam (3,1755 – 3) x 109 = 0,1755 x 109 = 175,5 milhões de anos para ir dos protoorganismos para as bactérias e vírus sobre 1000 milhões de anos da conversão destas nas células: o que é aceitável olhando a que as células já eram organismos complexos. 3,1775 mil milhões de anos estará muito mais perto da Origem da Vida na Terra que 3 mil milhões.