Algoritmo numérico

Algoritmo numérico
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domingo, 9 de abril de 2017

SOBRE O MAPA




Mapa.



1

O mapa, da mensagem anterior, substitui o que foi publicado no princípio do blog. O desenvolvimento do meu estudo sobre a evolução conduziu a dados novos, como do Bipedismo Embrionário e Bipedismo Absoluto, da Família Embrionária e da Família, que o mapa inicial não tinha.

A distância da Arte Parietal passou de 36500 anos para 37000 anos. 36500 anos foi a distância que encontrei no estudo matemático do paralelismo entre a evolução gráfica infantil e a evolução do homem primitivo e 37000 anos é a datação das gravuras rupestres de Abri Castanet, em França. O dado arqueológico, o facto, sobrepõe-se ao dado analítico: contudo, a distância 36500 anos enquadra-se, uma vez que os extremos que obtive, em todos os fenómenos evolutivos, são pontos de referência, lugares aproximados.



2

O meu estudo da evolução antropológica contornou um mapa que se desenvolveu da sua forma simplificada, com os dados iniciais, para a forma completa, com todos os dados obtidos. A minha investigação não tinha sido possível sem a sua presença; e a sua leitura, caro leitor, será facilitada com a sua consulta.

O mapa representa o paralelismo entre a evolução ideológica do homem e do indivíduo partindo da evolução da linguagem. Em cima, de A1 para F1, o homem genérico, ou Homem, ou espécie; e em baixo, de E2 para F2, o indivíduo, partindo da criança e da sua conceção, em M2, com a transcendência, de A2 para M2, da carga hereditária que ao nascimento detém para a aprendizagem das línguas. A transversal E, ou E1E2, ligando E1 e E2, representa o presente e o ponto de partida deste ensaio que vai às origens da Espécie e da Vida, B1 e A1, respetivamente. A transversal C, ou C1C2, representa a ligação entre a primeira palavra, proferida pela criança aos 1,0417 anos de idade, e a origem da Linguagem Moderna, há 1,95 milhões de anos.

Para compreender as designações dou três exemplos. 1) D1E1 é o comprimento (tempo) do segmento entre D1 e E1. 2) KDE é o coeficiente relativo ao segmento DE, ou de relação de D1E1 com D2E2. 3) A criança entra na escrita, paralela à escrita suméria de há 5000 anos, aos 8 anos de idade, será: N2E2 = 23; N2D2 = 8; e D2E2 = 23 - 15 = 8. As distâncias, tanto do Homem como do indivíduo, não são proporcionais aos seus segmentos: a disparidade entre comprimentos e o seu número tornam impossível uma representação geométrica proporcional.



Abrantes, 9 Abril 2017.

Arsénio Rosa

sábado, 4 de março de 2017

ORIGEM DA VIDA

ORIGEM DA VIDA HÁ MAIS DE 3 MIL MILHÕES DE ANOS

“… Isto é válido para todos os organismos de todas as épocas, mesmo desde o início da vida (transição abiótica-biótica), há 3 biliões de anos. De qualquer forma, as células, que são sistemas orgânicos já altamente complexos, existiam há 2 biliões de anos… Não há motivos para supor que no passado o mecanismo que presidiu à evolução dos organismos tenha obedecido a leis diversas das que atuam no presente.” (Heberer, G. Kurth, G. Schwidetzky-Roesing, I. (1979). Antropologia - Enciclopédia Meridiano Fischer Vol. VI . Lisboa: Editora Meridiano).“As camadas de sedimentos acumulados ao longo dos tempos geológicos, constituindo verdadeiros registos do passado da Terra, permitem datar os restos fossilizados dos primeiros seres vivos. Os mais antigos fósseis conhecidos dizem respeito a algas e bactérias encontradas (por E. S. Berghoorn em rochas sedimentares do Canadá) em camadas com mais de 2 mil milhões de anos. Certos cálculos teriam mesmo permitido atribuir às bactérias encontradas em rochas da África do Sul, cerca de 3 mil milhões de anos.” “Graças aos recentes trabalhos de A. Katchalsky, L. E. Orgel, C. Ponnamperuma, J. Rabinowitz e G. Steinman, pode hoje considerar-se que a grande maioria dos tipos de moléculas essenciais aos organismos biológicos, poderia ter sido sintetizada por vias puramente abióticas.” (Rosnay, J. (1977). As origens da Vida – do Átomo à Célula. Coimbra: Livraria Almedina).


Podem ser atribuídos, segundo o texto anterior, 3000 milhões de anos à origem das bactérias. Estando as bactérias distantes da transição abiótica/biótica a Origem da Vida na Terra foi há muito mais de 3000 milhões de anos. Veja-se a ordem evolutiva de Pierre Telhard Chardin (perdi a fonte).

A Átomos
AB Moléculas
ABC Macromoléculas
ABCD Protoorganismos.
ABCDE Bactérias e vírus
ABCDEF Seres unicelulares
ABCDEFG Animais e Vegetais
ABCDEFGH Homem


Temos que as bactérias, juntamente com os vírus, foram o segundo estado biótico: depois dos protoorganismos, da transição, e antes dos seres unicelulares já existentes há 2 mil milhões de anos. Tendo as bactérias da África do Sul 3 mil milhões de anos os protoorganismos, que lhes foram anteriores, surgiram, obviamente, há muito mais de 3 mil milhões de anos: e há muito mais, certamente, porque na origem a conversão de um estado orgânico no outro foi extraordinariamente demorada. Seriam (3,1755 – 3) x 109 = 0,1755 x 109 = 175,5 milhões de anos para ir dos protoorganismos para as bactérias e vírus sobre 1000 milhões de anos da conversão destas nas células: o que é aceitável olhando a que as células já eram organismos complexos. 3,1775 mil milhões de anos estará muito mais perto da Origem da Vida na Terra que 3 mil milhões.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ORIGEM DA VIDA NA TERRA

ORIGEM DA VIDA NA TERRA


A Escrita suméria de há 5000 anos, no homem, estava desenvolvida paralelamente à escrita infantil na idade de 8 anos. Demoraram-se 5000 anos para chegar da escrita suméria às escritas de hoje e o indivíduo demora 23 – 8 = 15 anos para evoluir do estado primário da escrita para o seu estado “mais desenvolvido,” ao concluir um curso universitário na língua.

KCE = 5000 / (23 – 8) = 5000 / 15 = 333,3333.

O homem foi 333,3333 vezes mais lento a evoluir da escrita suméria ao estado óptimo das línguas modernas que o indivíduo a evoluir nos estados correspondentes, ou paralelos, da língua.

O homem entrou na Linguagem Moderna há 1,95 milhões de anos (mensagem já publicada) e a criança emite a sua primeira palavra, chamada palavra-frase, aos 1,0417 anos (valor médio) de idade. A espécie demorou 1,95 milhões de anos para chegar às línguas modernas vindo da sua origem e o indivíduo demora 23 – 1,0417 = 21,9583 anos a ir da primeira palavra ao estado mais evoluído da língua.

KDE = 1,95 x 106 / 21,9583 = 88804,6889.

O indivíduo é 88804,6889 vezes mais rápido a evoluir da primeira palavra para o estado óptimo da língua que o homem foi entre os estados paralelos da linguagem.

Temos KCE = 333,3333 e KDE = 88804,6889, um crescimento da direita para a esquerda, ou do presente para o passado, que vai suceder-se, em coeficientes cada vez maiores, em direção a A1 (Origem da Vida na Terra), devido à maior lentidão exigida pela crescente espontaneidade da evolução. Assim que, anteriormente a C1 (Linguagem Moderna), houve, de certeza, um coeficiente K, de grandeza tal que a sua divisão por KCE é maior que a divisão de KCE por KDE. Será:

K / KCE > KCE / KDE  K / 88804,6889 > 88804,6889 / 333,3333  K / 88804,6889 > 266,4141  K > 88804,6889 x 266,4141  K > 23,6588 x 106.

Este coeficiente é de uma grandeza extraordinária comparado com o maior dos outros dois já obtidos, KCE = 88804,6889: não pertence, certamente, às suas proximidades e ser-lhe-á muito distante. Vamos, por isso, estudar o lugar mais distante da evolução relacionado com a predestinação individual para a aprendizagem das línguas, ou influência hereditária, de valor médio 134,2204 anos, obtido na mensagem anterior.

KAE = A1E1 / A2E2  23,6588 x 106 = A1E1 / 134,2204  A1E1 = 23,6588 x 106 x 134,2204.   

A1E1 = 3,1755 biliões de anos. Como KAE > 23,6588 x 106 seria A1E1 maior que 3,1755 mil milhões de anos: mas optei pela igualdade olhando à diferença de 0,1755 mil milhões relativamente ao valor apontado pela história para a origem da vida, 3000 milhões de anos, não o afastando mais, embora o valor dos livros escolares não seja unânime com todas as opiniões:

“O Homem é o resultado de uma longa história. Ela começou há mais de 3000 milhões de anos, quando apareceram as primeiras formas de vida sobre a terra…” (Clarke, 1984, p.7).

3,1755 mil milhões de anos “concorda” com a distância apontada pelos historiadores para a origem da vida. Mas ela não foi obtida por uma relação específica e sim de um coeficiente deduzido duma evidência matemática entre coeficientes. Se a distância não fosse obtida como foi poderia obter um coeficiente partindo de 3 x 109 anos e da distância da Linguagem Moderna, 1,95 x 16, que me daria um valor menor que 23,6588 x 106 e me obrigaria a corrigir as distâncias da Escrita suméria e da idade infantil paralela (que não têm de ser rigorosamente 5000 e 8 anos). Duma forma ou de outra todos os valores consequentes estão e estariam dentro dos parâmetros de aceitação (por exemplo a história aponta 2 milhões de anos para a origem da Linguagem Moderna e eu calculei 1,95 milhões de anos: ambas as distâncias são aceitáveis). Também que, se usasse o valor que não me pertence, teria mais tarde de encontrar, a partir dele, o valor médio da influência hereditária para a aprendizagem das línguas, indo obter uma distância aproximada à que obtive:

Veja-se que 23,6588 x 106 foi obtido dos coeficientes KCE e KDE, ambos linguísticos, logo ele também de natureza linguística: e 3 x 109 / 23,6588 x 106 = 126,8027 anos, uma distância muito bem enquadrada no intervalo (78,9853; 189,4 556) da influência hereditária e muito próximo do seu valor médio 134,2204 anos.

Porque é que adoptei 3,1755 mil milhões de anos e não 3 mil milhões? Por duas razões: 1) Porque a continuidade linear, indispensável ao desenvolvimento do meu estudo, não existiria se usasse o segundo: se o usasse, em qualquer momento, depois, os resultados não iriam coincidir, quebrando a sequência linear da reta da evolução; 2) Porque a Origem da Vida na Terra foi há muito mais de 3 mil milhões de anos, conforme a nota de R. Clarke diz e conforme se deduz de outros dados bibliográficos a publicar na mensagem seguinte.

Nota
Dê uma opinião, caro leitor, sobre algo que não compreenda, ou não concorde, ou queira acrescentar ou corrigir. A sua opinião permitiria entrar em conversação consigo dentro do blog enriquecendo-o e tornando-o mais útil para mim, para si e os outros leitores.
Obrigado.
15 Fevereiro 2017

Arsénio Rosa

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

INFLUÊNCIA HEREDITÁRIA PARA A APRENDIZAGEM DAS LÍNGUAS NO INDIVÍDUO

A evolução foi contínua, como é óbvio: iniciou-se no princípio da vida e veio até ao presente. Para chegar a essa distância, da Origem da Vida na terra, tinha duas opções: 1) seguir, simplesmente, o ponto de referência apontado pelos livros de história, 3 mil milhões de anos;1 2) obtê-la partindo dos coeficientes que já conhecia KDE e KLE, das origens da Escrita e da Linguagem Moderna. Por razões específicas ao desenvolvimento do meu trabalho, que explicarei na mensagem seguinte, optei pela segunda opção. Por ela, ou fosse pela outra, exigia-se o estudo da influência hereditária no indivíduo para a aprendizagem das línguas. Essa distância, a obter nesta mensagem, é imprescindível à mensagem seguinte sobre a Origem da Vida na Terra.
A criança emite a sua primeira palavra aos 1,0417 anos de idade. A partir daí desenvolve rapidamente a linguagem, tal que, por volta dos 2 anos, pode pronunciar cerca de 300 palavras: essa facilidade não foi aprendida e foi herdada; é uma capacidade genética, ou hereditária. Se é hereditária, na regra matemática, que exige comprimentos, ela ultrapassa o nascimento, ou a conceção, indo ao tempo dos pais, ou dos avós. Esse prolongamento do tempo do indivíduo para o seu passado tem paralelo em A1F1, quando o Reflexo Indutivo, de B1, teve de ter influência do que o precedeu na linha genealógica, não só ao nível reflexivo mas também orgânico, uma vez que o que o originou foi uma transformação, ou adaptação, cerebral.2 E, sendo uma particularidade genética, ela ultrapassa a conceção, M2, para a sua esquerda, indo ao tempo dos pais e dos avós. Admita-se que a influência vem no mínimo dos pais e no máximo dos avós.
No mínimo dos pais, como primeiro extremo, A´´2, é óbvio, porque se a influência hereditária é genética ela vem, certamente, dos pais, 2. E o segundo extremo será no máximo dos avós: porque, ao irmos trabalhar com um comprimento, ele será multiplicados por 6, de 4 avós, 2 maternos e 2 paternos, e 2 pais, resultando numa grande distância para o extremo mais afastado, A’2.
Se a influência hereditária dos pais termina no momento da conceção, ou ligação genética, o seu comprimento será obtido, individualmente, pela subtração do tempo da gestação, 9 meses (9 / 12 = 0,75 anos), à idade média dos pais no parto. Isso vale também para os avós porque a influência genética sobre os netos, através dos filhos, delineou-se na conceção destes.
Sabendo-se que a idade média da mãe no parto a nível mundial é 27 anos; e admitindo para o pai uma idade maior dada pelo desvio do caso português temos 27 + 2,7352 = 29,7352 anos: e a idade média desses dois valores será: (27 + 29,7352) / 2 = 56,7352 / 2 = 28,3676 anos. O comprimento da influência hereditária de cada interveniente é: 28,3676 – 0,75 = 27,6176 anos. Assim que:
27,6176 x 6 + 0,75 + 23 > A2E2 > 27,6176 x 2 + 0,75 + 23  165,7056 +0,75 + 23 > A2E2 > 55,2352 + 0,75 + 23  189,4556 anos > A2E2 > 78,9852 anos.
E o ponto médio desse intervalo será: (189,4556 + 78,9852) / 2 = 268,4408 / 2 = 134,2204 anos.

1
“… Isto é válido para todos os organismos de todas as épocas, mesmo desde o início da vida (transição abiótica-biótica), há 3 biliões de anos. De qualquer forma, as células, que são sistemas orgânicos já altamente complexos, existiam há 2 biliões de anos… Não há motivos para supor que no passado o mecanismo que presidiu à evolução dos organismos tenha obedecido a leis diversas das que atuam no presente.” (Heberer, Kurth & Schwidetzky, 1979, p.355). “As camadas de sedimentos acumulados ao longo dos tempos geológicos, constituindo verdadeiros registos do passado da Terra, permitem datar os restos fossilizados dos primeiros seres vivos. Os mais antigos fósseis conhecidos dizem respeito a algas e bactérias encontradas (por E. S. Berghoorn em rochas sedimentares do Canadá) em camadas com mais de 2 mil milhões de anos. Certos cálculos teriam mesmo permitido atribuir às bactérias encontradas em rochas da África do Sul, cerca de 3 mil milhões de anos.” “Graças aos recentes trabalhos de A. Katchalsky, L. E. Orgel, C. Ponnamperuma, J. Rabinowitz e G. Steinman, pode hoje considerar-se que a grande maioria dos tipos de moléculas essenciais aos organismos biológicos, poderia ter sido sintetizada por vias puramente abióticas.” (Rosnay, 1977, p.102 e 136).

2

Admite-se como certo, com bastante segurança, que os antepassados imediatos dos Primatas foram pequenos Mamíferos insetívoros terrestres do fim do cretáceo da era mesozóica, que viveram há mais de 60 milhões de anos. Nos antepassados dos Primatas, o olfato era muito desenvolvido…” “No fundo das cavidades nasais e nas suas paredes laterais, encontram-se os três cornetos do nariz (superior, inferior e médio). O recém-nascido possui um quarto corneto, o de Santorini, que desaparece mais tarde, em 50 a 75 por cento dos casos.” “É muito raro haver no Homem um quinto corneto. Os casos de conservação do quarto ou do quinto cornetos comprovam que os antepassados do Homem tinham um olfato muito mais ativo…” “E se as modificações do analisador olfativo ocorreram devido às influências do meio exterior, o mesmo se tem de dizer do analisador tátil, porque o ato de trepar às arvores agarrando os ramos provocou a formação não só de pés prensíveis providos de unhas, mas de mãos também prensíveis e com unhas… É um ponto capital para os Macacos a circunstância de poderem manter o equilíbrio quando trepam às árvores ou saltam de um ramo para outro. Esse equilíbrio cumpre-se devido ao desenvolvimento de órgãos especiais – em primeiro lugar, o aparelho vestibular do ouvido interno e o cerebelo. Os movimentos dos pés e das mãos são coordenados por esses órgãos.” “A participação dos membros na locomoção estava estreitamente ligada ao analisador visual que, por sua vez, evoluiu muito… Por outras palavras, a visão binocular aparecia nos Primatas, desenvolvia-se e tornava possível a visão estereoscópica dos objetos…” “As modificações dos analisadores olfativo, tátil e visual dos Primatas dependeram de um conjunto de fatores complexos e de influências externas…” “Assim, é antes de tudo aos seus antepassados simiescos que o Homem deve a visão binocular. Deve-lhes ainda a faculdade de ver o mundo a cores. Com a sua visão tricromática, o Homem aproxima-se sobretudo dos Macacos do Velho Mundo…” “O analisador acústico, especializado na distinção dos ruídos da floresta e de significação vital, adquiriu, ele também, uma importância de primeira ordem…” “Os Macacos estão sempre à escuta dos sons emitidos pelos outros membros do bando. Alguns desses sons adquirem a importância de sinais…” (Nesturkh, 1972 b, p. 113, 115, 119. 120, 121, 123 e 126). “… Há cerca de 55 milhões de anos, os primeiros primatas, semelhantes a algo que hoje reconheceríamos como tárcios e lémures, floresciam na América do Norte… Estes seres foram os primeiros da linha dos primatas a exibir uma caraterística digna de nota nesta ordem: em relação ao tamanho do corpo, o cérebro era maior do que é vulgar no mundo animal. Cérebros grandes em relação ao corpo indicam inteligência numa determinada direção…” (Jordan, 2001, p. 10). “No tronco cerebral de todos os Primatas, incluindo o Homem, verifica-se um esboço de segmentação. Esta é muito mais nítida na medula espinal, onde surge na saída regular de pares de feixes espinais sensitivos e abdominais motores, enquanto que, no tronco cerebral, se manifesta na disposição simétrica dos doze pares de nervos cranianos. Uma segmentação dessas denota que o Homem tem quadrúpedes entre os seus antepassados bastante próximos e vertebrados inferiores entre os membros mais recuados da sua genealogia.” (Nesturkh, 1972b, p. 128 e 130). “A. Severstov (1886-1936) mostra que o desenvolvimento do feto de um vertebrado atual nos dá mais uma ideia das formas embrionárias que das formas adultas dos nossos antepassados, porque numerosas modificações substanciais e hereditárias se completam durante o desenvolvimento fetal e se repercutem na estrutura das formas adultas, nas gerações subsequentes.” “Todavia, está fora de dúvida que o estudo das formas embrionárias permite apreender determinadas particularidades de estrutura das formas ancestrais adultas, tanto mais que a reprodução e a transmissão dos caracteres são efetuados por adultos e não por embriões.” “Nos estádios precoces do desenvolvimento fetal, a divisão celular lembra a formação dos metazoários a partir dos protozoários, fenómeno que provavelmente se desenrolou durante a era proterozóica…” “…A estrutura segmentada da musculatura do feto humano atesta a existência, num passado muito longínquo, de um estádio cordiforme de que herdou a corda dorsal, o rim primordial e um rudimento de intestino caudal.” “Com a idade de algumas semanas, o feto humano e o de outros Mamíferos apresentam muitas semelhanças com os Peixes. Sulcos branquiais desenvolvem-se de ambos os lados do pescoço e da cabeça. O sistema circulatório apresenta analogias com o dos Peixes: coração com duas cavidades, artéria caudal e presença de vasos nas seis croças aórticas que levam aos arcos branquiais…” “Por aí se comprova que os Peixes estão entre os antepassados mais recuados do Homem e dos outros Vertebrados.” “Outrora, a hipófise e a epífise eram tidas por órgãos totalmente misteriosos… No entanto, nada apresentam de enigmático. Esses órgãos, extremamente remotos, modificaram-se imenso e constituem hoje as glândulas endócrinas. As particularidades do seu desenvolvimento no Homem comprovam o parentesco humano com os vertebrados mais primitivos…” “Que herança deixaram os batráquios no Homem? Segundo alguns investigadores, seriam as membranas natatórias, que unem os dedos do feto humano…” “Na zona olfativa, o Homem recebeu dos batráquios a parte chamada órgão de Jacobson. Desenvolve-se por volta do quinto mês da vida intra-uterina, sob a forma de um canal que leva da cavidade nasal à boca…” ”Os Répteis legaram ao Homem alguns caracteres, que se manifestam principalmente no período intra-uterino, por exemplo, no desenvolvimento do cérebro, na estrutura e no tipo de ligação dos membros do feto de vários meses.” ”Assim, no feto, a cartilagem de Meckel esboça-se no arco branquial anterior, que serve para formar o maxilar inferior. Como em todos os Mamíferos, constitui, mais tarde, dois ossinhos do ouvido, o martelo e a bigorna. Ora, nos nossos antepassados, depois de ossificada, essa cartilagem servia de elo intermediário numa articulação complexa da mandíbula com o crânio, que se observa ainda nos Répteis atuais. O terceiro ossinho, o estribo, formado a partir do arco hióidio, surge já, numa forma ou noutra, nos Batráquios e nos Répteis.” “A repartição dos pêlos no corpo do feto, por tufos de três ou cinco corresponde até certo ponto, ao tipo de repartição das escamas nos tegumentos de Répteis fósseis, antecessores dos Mamíferos.” “Por último uma particularidade fisiológica - a insuficiência da regulação térmica no corpo do recém-nascido e mesmo nas crianças até aos cincos anos - indica-nos também que os nossos antepassados se desenvolveram a partir de animais intermédios entre os Répteis e os Mamíferos, possuidores de um mecanismo neurovascular ainda imperfeito de regulação da calorificação e da distribuição do calor pelo organismo (A. Slonim, 1952).” (Nesturkh, 1972a, p. 38 - 40, 42 - 46).

sábado, 24 de dezembro de 2016

NATAL E AFETO

NATAL E AFETO

Sobre o significado religioso o Natal é a festa da Família: do Afeto. O Afeto faz parte da teoria da Evolução porque foi ele que originou a Família. Primeiro, depois da Tribo, foi a Família Embrionária, no reconhecimento do filho pelo progenitor, ou da origem do Afeto Paternal seguinte ao Afeto Maternal ancestral. Depois foi a Família pelo nascimento do Afeto do filho pelos pais.

Com a origem da Família, pelo Afeto triangular, ou cruzado, a Evolução deu o último  passo fundamental em direção ao presente. Foi a concentração familiar, ou o espírito da sobrevivência centrado no Afeto, que conduziu o Homem Primitivo à Arte, à Escrita e à Civilização, no último grau (ou próximo) da Verticalização. O Moderno é, consequentemente, do Afeto social sobre o religioso. E o conflito, seja ele qual seja, é a negação do Afeto.

No plano político o Afeto é da Esperança. Só pela Esperança, do cidadão voltado para a Família, uma sociedade pode ir em frente, evoluir. Fenómeno particular o Afeto é do coletivo. O Afeto, consequentemente, pela Esperança, transcende a natividade, é de todos os dias.

Portugal, neste momento e depois dum período negro, vive a Esperança pelos dois líderes, o Primeiro-Ministro e o Presidente da República (de partidos distintos), salientando-se este, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo discurso do Afeto. Legiões de políticos mundiais marcam presença na galeria dos retratos: mas muito poucos são determinantes na Evolução.

O meu blog teve visitas dos Estados Unidos da América, Portugal, França, Itália, Inglaterra, Rússia, Holanda, Brasil, Alemanha, Turquia e Espanha. Desejo a todos:

 um BOM NATAL e um FELIZ ANO DE  2017.


24 Dezembro 2016 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

ORIGEM DA FAMÍLIA EMBRONÁRIA

FAMÍLIA EMBRIONÁRIA

Contrariamente, se a mãe fixasse a cria nas costas, antes do Momento Bípede, a projeção do centro de gravidade do tronco com o filho deslocava-se favoravelmente sobre a base de sustentação, dando equilíbrio ao andamento: mas essa habilidade muito improvavelmente aconteceu. Também que o Primata não tinha a noção do bipedismo efetivo e seria indiferente ao bipedismo espontâneo da mãe com o filho, não bebé, às costas. O que aconteceu, talvez, foi que a mãe bípede, após o Momento Bípede, deixava de ser bípede abraçando o bebé só readquirindo o equilíbrio, do conjunto, quando ele cresceu e saltou para as suas costas.
Conforme a cria adquiria volume e peso favorecia o transporte à retaguarda, levando o centro de gravidade à base de sustentação e aproximando-o, progressivamente, do seu centro, e desfavorecia o transporte à frente, afastando-o cada vez mais: o crescimento do filho impossibilitava o transporte frontal e favorecia o transporte à retaguarda. O transporte bípede à retaguarda ocorreu antes do Momento Bípede; e o transporte frontal extraordinariamente depois: porque o crescimento rápido da cria opunha-se à progressão angular (rumo à verticalidade) insignificante da mãe. E o Abraço Bípede foi mágico: no individual, porque permitiu à mãe olhar de pé o olhar do filho (quando a frontalidade do olhar é essencial à linguagem e à comunicação afetiva, ou familiar); e no coletivo, porque foi um passo em frente no bipedismo, mesmo assim incompleto, uma vez que o Bipedismo Absoluto, da mãe prenha ereta até ao parto, foi muito depois. 
Depois do Momento Bípede, durante milhões de anos, porque a verticalização demorou cerca de 444703,8508 anos por cada grau, a fêmea bípede voltava à locomoção quadrúpede durante a prenhez, entre o momento em que o peso do ventre deslocava a projeção do seu centro de gravidade para fora da base de sustentação e o parto. Esse retorno ao estado primitivo, equivalente ao das tribos não bípedes, foi visto, muito provavelmente, como uma desvirtuação feminina, algo insólito, de temer e místico, elevando os machos sobre as fêmeas. Foi, talvez, esse sentimento de superioridade que, associado à maior agilidade e liberdade do macho, causou o domínio masculino que só o presente está a contrariar. E o negativismo original esteve na base das grandes crenças, do bem e do mal, com o mal em primeiro lugar e dominando até ao presente: e não foi por acaso que todas as encenações de Deus foram figuradas no masculino, que nas interpretações diabólicas, como do surrealismo de Bosch, surgem a prenhez e o nu femininos, que o pecado mortal saiu da dentada de Eva e a caixa de Pandora libertou todos os males do mundo. E é de admitir que a Família só nasceu no Bipedismo Absoluto, quando a mulher prenha não voltou à locomoção quadrúpede: porque, só aí, sem inquietação, a segurança nuclear foi de variável a fixa.
Texto digital: “…Na gestação, uma mulher saudável engorda entre 11 kg e 15 kg até a hora do parto. Em uma mãe que ganha 14 kg durante a gravidez, o peso extra fica distribuído assim: cerca de 2,5 kg de aumento no volume de sangue e do útero, 1,5 kg por causa da formação da placenta e do líquido amniótico, 3,5 kg do peso médio da criança, 2 kg em líquidos retidos pelo organismo e mais 4,5 kg de gordura nos seios, quadris, coxas e abdomen…:” http://mundoestranho.abril.com.br/saude/por-que-a-mulher-engorda-tanto-na-gravidez/
Numa grávida que ganha 14 quilos só 3,5 são do peso da criança. E 4 quilos, da soma do peso do filho com o peso da placenta e do líquido amniótico, são muito mais peso e mais volume no ventre antes do parto que depois dele com o bebé ao colo: pelo que o equilíbrio da prenhez, no Bipedismo Absoluto, foi muito posterior ao equilíbrio do transporte frontal, no Abraço Bípede.

“Além disso, a figura paterna emerge, a partir dos dois anos, entre os rostos que rodeiam a criança. O pai e a mãe passam a ocupar o seu lugar determinado, com as suas tarefas específicas…” “…No triângulo original o pai desempenha um papel menor, e a primeira imagem má é, por vezes, dificilmente compensada por uma melhor imagem, até à liquidação do complexo edipiano…” “Mas é a partir dos três anos e até aos seis anos e meio ou sete que se desenvolve realmente o complexo de Édipo…” “…Depois dos seis ou sete anos, a parte inconsciente da imagem paterna é atenuada por uma imagem consciente gravada e indestrutível…” “…Mas a escola infantil (pré-primária) já tinha exigido à criança atitudes novas e uma certa autonomia em relação à vida familiar. Para Denis Wallon, a professora desempenha o papel do pai na resolução do Édipo... O pai, sempre longe ou ausente, ainda não «separou» verdadeiramente a criança do casal maternal.” “Para a criança, existe mais ou menos transferência da autoridade do pai – e do seu modelo – para o professor. Para que haja harmonia entre estes dois objetos de identificação, a escola tem tentado, nos últimos anos, lançar uma «ponte» que atinja a família, em vez de viver em circuito fechado, como no último século. De resto, a criança não é capaz de assumir formas diversificadas de autoridade. Existe um arquétipo ancestral e inconsciente em que baseiam a palavra do pai, do professor, do juiz e do padre. Seria desejável, para terminar a liquidação do Édipo que, depois dos seis ou sete anos, o professor do rapaz fosse um homem e da rapariga uma mulher. Como é evidente, o ensino misto generalizado e a crescente enfeminização do corpo docente não o permitem.” (Pepin, 1979, p. 42, 52, 99, 100, 118 e 122).
O reconhecimento do pai pela criança tem dois momentos fundamentais: o primeiro no terceiro ano de vida e o segundo na liquidação do complexo de Édipo, entre os 6 e os 7 anos. Se só com a liquidação do Édipo a criança adquire uma boa imagem do pai, a imagem anterior não foi a do pai fraterno e foi a do chefe, de paralelo na Tribo: o que sugere que o tempo do crescimento entre o zero do complexo de Édipo, os 3 anos, e a sua liquidação, aos 7 anos, ou do reconhecimento elementar do pai e a sua finalização, é um paralelo entre a origem da Tribo e do tropo Chefe e o zero da Família, na origem da palavra pai e do «afeto paternal» quando da distinção do filho pelo progenitor. A indefinição da figura paterna, que nasce aos 2 anos e evolui para a definição entre os 3 e os 7 anos infantis, é paralela da conversão ancestral do chefe, pelo tropo, para o pai, já pela palavra, muito provavelmente. O complexo de Édipo, partindo do apego cruzado pelos pais, é do feminino e do masculino, mas converge na resolução triangular só pela figura paterna, o pai; da mesma forma na evolução foi o pai que completou a trilogia familiar, originando a Família Embrionária.
O chefe ancestral do pai é teatralizado na infantilidade dos 3 anos na autoridade, ou lei, que a novidade da escola, personalizada no Professor, representa além do par maternal, da criança com a mãe; e só um adjetivo comum a Pai, Professor, Juiz e Padre, como «líder», ou «chefe», pode conduzir a perceção infantil ao tempo ancestral da espécie; e é do «modelo» de pai, fora do afetivo e bom, não do pai, que a criança transfere a sua autoridade para o Professor. Tanto o professor, como o juiz e o padre, dominam sobre agrupamentos maiores: e foi assim com o chefe na Tribo. O papel menor, que a figura paterna representa ao olhar da criança de 3 anos no triângulo familiar, não pode deixar de ser uma reminiscência do papel suplementar, ou ausente, do progenitor, na evolução tribal anterior á família; e o tempo da conversão da má na boa imagem que a criança tem do pai, 6,5 – 3 = 3,5 anos, longo no crescimento individual, só pode ser um paralelo do tempo extraordinariamente longo entre a origem da Tribo e a origem da Família, entre os estados embrionários de Chefe e de Pai. O pai pode não estar longe, nem ausente, mas a criança agrega-se muito mais precocemente à mãe, agindo geneticamente, influenciada pela ausência ancestral e longa do progenitor: é como se a figura psicológica, do complexo, remanescendo de há 10,0775 milhões de anos, se associasse oportunamente a uma personagem antropológica, e figurada, o Édipo, uma criança representando todas as crianças.
E a imagem paterna, entre os 6 e os 7 anos, assume-se na totalidade, gravada e indestrutível: e isso diz-nos que a memória fixa, nesse intervalo, a terceira figura afetiva, completando o triângulo familiar, quando a família existia desde o seu nascimento; paralelamente, na evolução, no zero da família, a memória, essencial ao futuro desenvolvimento da numeração, solidificou-se. Daí a admissão de a família ter nascido antes do Pensamento Numérico de há 1,1231 milhões de anos. Com efeito, quando o hominídeo distinguiu os sons pê, é e ó, de pé e pó, e proferiu depois pé e pó como palavras e não como tropos, construiu, e memorizou, a lei da Linguagem Moderna, quando antes a memorização dos sinais era intuitiva e animal: pelo que a ideia só há 1,95 milhões de anos transitou da animalidade para o estado hominizado, pela memória. Depois, com a Família Embrionária, a memória cristalizou o triângulo familiar nos seus 3 elementos: aí, talvez, o Homem Primitivo adquiriu a noção da unidade, o elemento primário da numeração, vendo que a família se compunha do par adulto «mais» 1 filho, dirigindo os seus esforços para a sobrevivência do conjunto, no que foi um novo modo de vida social.
O complexo de Édipo manifesta-se a partir do terceiro ano com a influência menor da figura paterna na mente infantil; mas a figura do pai interfere no crescimento infantil antes dos 3 anos, a partir dos 2: e associamos, paralelamente, este limite inferior, à origem do tropo Chefe, e da Tribo, na evolução: e esse paralelismo está correto porque verificámos que a distância 10,0775 milhões de anos corresponde à idade 2,2881 anos da criança.
Temos que aos 7 anos a criança reconheceu a figura paterna. Esse momento, da evolução infantil, é paralelo ao momento em que nasceu o afeto da cria pelo progenitor, muito posterior àquele em que o pai reconheceu a cria como sua: porque foi a partir do reconhecimento do filho pelo pai que o par o pressionou a ficar além da idade independente, a crescer no afeto familiar, donde veio a adquirir o afeto pelo pai, e pela mãe. Como é a partir dos 6 anos que a figura paterna começa a ocupar o seu lugar na mente infantil essa idade é paralela ao momento em que o pai reconheceu o filho: porque foi aí que nasceu o afeto familiar e o aperto afetivo à cria, contra a independência animal anterior.
Assim que os 6 anos infantis, da liquidação do complexo edipiano ou do reconhecimento do pai pela criança, tem paralelo na origem da família, FE1, na evolução. E FE2E2 = 23 – 6 = 17 anos. Como FE1 se situa à direita de C1 KFE é menor que KCE.
KFE  88804,6889.
FE1E1 / FE2E2 < KFE  FE1E1 / 17 < 88804,6889  FE1E1 < 88804,6889 x 17  FE1E1 < 1,5097 x 106 anos.

A Família Embrionária surgiu há menos de 1,5097 milhões de anos.