Selvajaria, Barbárie e Civilização.
Na
Selvajaria e na Barbárie, anteriores à Civilização, teve de existir a
hierarquia do Chefe, porque os estádios da evolução referem-se à hominização
tribal e não em bando: o que implicou a Tribo e o Chefe depois do bando e do
líder. Mas os estádios da evolução só têm sentido na aproximação ao moderno: ou
seja, o selvagem e o bárbaro só são relevantes fora dos seus contextos
ancestrais. Pelo que a origem da Selvajaria é dada pelo extremo superior da
interseção dos tempos selvagem, primitivo e moderno, o momento da Linguagem Moderna há cerca de 1,95 milhões de anos.
O
selvagem, que evoluiu das usurpações tribais para as afetivas pelo domínio
territorial e físico enquanto se desenvolveram estratégias de aproximação ao
moderno, levou da Selvajaria à Barbárie. A Barbárie surge-nos pela conjunção
dos tempos afetivo, seguinte à Família Embrionária, 1,4653 milhões de anos, e
territorial, depois da grande migração do berço africano para a Europa na
aproximação ao global e moderno, levando-nos ao extremo superior 102000 anos.1
Foram,
talvez, na Barbárie, os confrontos do Homem Moderno com o Homem de Neandertal (separados
há cerca de 400000 anos), que acelerou a ocupação global e o anúncio da
Civilização. A Civilização surge-nos da interseção do tempo moderno com a Arte
(0; 36500) anos, do tempo territorial Global, depois da última colonização, das
Américas (0; 12000) anos, e do tempo da Escrita e Verticalidade (0; 8000) anos,
na distância 8000 anos.
Selvajaria:
(1,95 x 106; 102000) anos.
Barbárie
: (102000; 8000) anos.
Civilização:
(8000; presente).
E
o selvagem evoluiu da Selvajaria para a Barbárie e a Civilização das invasões
kúrguicas para as bárbaras, das grandes guerras mundiais, das
económicas, étnicas e religiosas, com a desigualdade antropológica convergindo
na desigualdade arbitrária, anti-família e maquiavélica, académica e das leis.
1
Interpolando aproximações aos 1,5 anos
infantis obtemos 102000 anos (com K = 4745,5294, M2E2 = 21,4939 anos e N2M2 =
1,5061 anos). Aí, na entrada do Paleolítico Médio, o espírito gráfico do homem
primitivo equivalia ao da criança na idade dos primeiros riscos. Talvez
estivesse dotado da capacidade de visualização de uma rota, na mais remota
manifestação do traço hábil e da mobilidade migratória estratégica:
“As provas biológicas e arqueológicas
apontam o continente africano como a pátria do homem moderno. Pouco depois de
há 100000 anos, um grupo de homens modernos emigrou de África, espalhando-se
primeiro para nordeste, e depois para além do Sudeste Asiático e Oceânia…”
(Ruhlen, 1998, p. 168); “A descendência feminina do ADN mitocondrial permite…
acompanhar retrospetivamente as variações modernas deste material genético até
uma fonte existente numa única população de uma determinada época passada.
…existe consenso entre os investigadores do ADN mitocondrial quanto ao facto de
África ter sido um lugar de origem provável para a configuração básica do ADN
mitocondrial de todos os povos modernos do mundo, há pouco mais de 100000
anos.” (Jordan, 2001, p. 58)
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