Olhando as figuras 1 e 2, da mulher normal e grávida, vemos que o equilíbrio estático
da verticalidade, do segundo caso, se dá pelo deslocamento do eixo superior, do
tronco (com a cabeça), para a direita. Esse deslocamento provoca um recuo do
tronco que anula o avanço do seu centro de gravidade para a esquerda,
mantendo-o em C, onde a sua projeção vertical coincide com o eixo AC
(equivalente a GF) caindo sobre a base de sustentação do corpo, a área trapezoidal desenhada pelo assentamento dos pés no chão. Nesse
deslocamento do tronco para a direita o ponto B foi levado para D, no eixo do
tronco distinto do eixo inferior e alterado pelo volume da gravidez, num ângulo
de amplitude CAD.
EM MB, na amplitude de 76 graus, aconteceu o Momento Bípede, com
o centro de gravidade do tronco caindo dentro da base de sustentação real;71
mas nesse momento a mãe bípede não se equilibrava de pé com a cria nos braços:
porque o peso e o volume do bebé deslocavam o centro de gravidade do conjunto
para a frente, projetando-o fora da base de sustentação. Pelo que o equilíbrio
do abraço deu-se muito para a direita de MB: talvez que aí, emocionada com o
abraço bípede e sensibilizada pelo bipedismo à vista das tribos não bípedes,
emitisse com mais emoção o seu som para filho, levando os outros à codificação
do sinal para mãe, libertando-o da mescla ancestral mãe/filho. E é credível
associar à emergência do sinal maternal uma ocorrência física: o Abraço Bípede.
E
depois de MB, durante milhões de anos, porque a verticalização demorou cerca de
459872,3714 anos por cada grau, a fêmea bípede voltava à locomoção quadrúpede
durante a gravidez, entre o momento em que o peso do ventre deslocava a
projeção do seu centro de gravidade para fora da base de sustentação e o parto.
Esse retorno ao estado primitivo, equivalente ao das tribos não bípedes, foi
visto, muito provavelmente, como uma desvirtuação feminina, algo insólito, de
temer e místico, sublevando os machos relativamente às fêmeas. Foi, talvez,
esse sentimento de superioridade que, associado à maior agilidade e liberdade
do macho, causou o domínio masculino que só a atualidade está a contrariar. E o
negativismo original esteve na base das grandes crenças, do bem e do mal, com o
mal em primeiro lugar e dominando até ao presente:72 e não foi por
acaso que todas as encenações de Deus foram figuradas no masculino, que nas
interpretações diabólicas, como do surrealismo de Bosch, surgem a prenhez e o
nu femininos, que o pecado mortal saiu da dentada de Eva e a caixa de Pandora
libertou todos os males do mundo. E é de admitir que a Família só nasceu no
momento em que a mãe prenha não voltou à locomoção quadrúpede.
Sendo
as figuras da mulher moderna, elas não retratam com precisão a variação
metamórfica ocorrida após MB, porque CAD é o produto final da correção para o
reequilíbrio da fêmea prenhe forçada pelo esforço crescente partindo do volume
crítico do ventre até á maximização volumétrica no nono mês, com esse esforço
ampliado exponencialmente por todas as fêmeas prenhes nos 6,4462 milhões de anos
posteriores ao Momento Bípede. Mas, não retratando precisamente essa variação,
o seu ângulo CAD manteve-se: porque ele é simétrico do ângulo CAE, que tem o
centro de gravidade do tronco hipoteticamente caído; o que nos diz que a fêmea
de MB, pouco antes do parto, vivia uma locomoção quadrúpede recuada, do seu
tempo, da amplitude de CAD, minimamente menor que 11 graus e muito maior que
10,5 graus, como necessitava de um avanço de igual amplitude para encontrar o
Bipedismo Absoluto, em BA.
Como
CAD tem uma amplitude ligeiramente menor que 11 graus e 76 + 11 = 87 graus,
quando em FA1 a elevação era 86,8310 graus, poderia concluir pela coincidência
das duas amplitudes e de FA1 com BA; mas penso, pela natureza simples do estudo
geométrico que fiz, ser mais correto afirmar que o Bipedismo Absoluto ocorreu
num estado de verticalização antropológica entre os 76 + 10,5 = 86,5 e os 87
graus, muito perto da origem da Família.
Como 6,4462 x 106 - 10,5 x
459872,3714 = (6,4461 –4,8287) x 106 = 1,6175 milhões de anos
e 6,4462 – 11 x 459872,3714 = (6,4462 – 5,0586) x 106 = 1,3876 milhões de anos, o Bipedismo Absoluto, da fêmea e do macho como espécie, ocorreu no intervalo entre esses dois extremos, muito próximo de FA1 há 1,4653 milhões de anos.
e 6,4462 – 11 x 459872,3714 = (6,4462 – 5,0586) x 106 = 1,3876 milhões de anos, o Bipedismo Absoluto, da fêmea e do macho como espécie, ocorreu no intervalo entre esses dois extremos, muito próximo de FA1 há 1,4653 milhões de anos.
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