MANIFESTO
ANTI-HOMEM
ou
MANIFESTO
ANTIGUERRA
ou
MANIFESTO
ANTINUCLEAR
1
O
Manifesto Anti-homem começou por ser o Manifesto Antiguerra na sua
ordem: Antiguerra, Antinuclear, e Anti-homem. O Antiguerra dominou
sobre o Antinuclear porque a libertação de calor, o corpo deste
manifesto, é da guerra: e porque o nuclear, pela libertação de
calor e radioatividade (seja em que contexto seja) para a atmosfera
do aquecimento global é um ato de guerra. E o Anti-homem não se
colocou como título inicial só porque a negação da guerra e do
aquecimento global é da defesa do homem. Mas o Anti-homem prevaleceu
sobre o Antiguerra pelo seguinte:
Concluído
o manifesto enviei-o a 20 endereços ambientalistas (e-mails:
expostos como abertos aos interessados na causa ambiental) nacionais
e estrangeiros para a sua divulgação pelos seus mecanismos
mediáticos. Isso porque eu não tenho abertura mediática e a
negação do aquecimento global é uma exigência global e não
local. 1 respondeu pedindo para lhe enviar o documento que foi
enviado e não obteve resposta: resposta 0. E 19 não responderam.
Total: 0 respostas. A boa fé, ou sinceridade, ou honestidade, o
veículo dos homens de bem, dos defensores da Terra e deste manifesto
é o veículo de quem responde ao outro: 0 respostas em 20 contatos
concluí que, na generalidade, as organizações de defesa do
Ambiente não o defendem efetivamente e sim promovem os seus
interesses mediático e monetário;
E
os 20 envios com 0 respostas, do desinteresse pelo meu manifesto
ambientalista, estendem-se a todas as outras organizações
ambientalistas porque foram 20 num universo de 20 acontecimentos:
quando a verdade estatística regulariza quando o universo dos
acontecimentos aleatórios é grande: 10 ou mais. 20 é o dobro de
10. 0 respostas em 20 contatos regularizou em absoluto a leitura:
Desinteresse pela causa que dizem defender. Uma causa global no
fenómeno humano que funciona em pirâmide: onde só o orgão do
topo, o ambientalismo (do vértice) líder dos ambientalistas (do
corpo), pode negar a evolução, em queda, do todo. Se os
ambientalistas, na vanguarda ambientalista que representa a defesa do
Ambiente, não O defendem e só se autopromovem, há que lutar contra
o Homem antes da luta contra aquilo que gera e o nega. Daí o
Anti-homem (sobre o antiguerra e o antinuclear) para título deste
documento. Uma contradição na base das contradições da vida
moderna e do Estado Crítico.
2
O
Manifesto Antiguerra é contra a guerra mas, mais propriamente, é
contra o calor libertado por ela e o nuclear no contexto do Estado
Crítico, ou crise ambiental, ditados pelo aquecimento global e o
buraco na camada de ozono. A libertação artificial de calor tem
três momentos históricos: o do uso do TNT na primeira grande
guerra, em 1914; o da primeira explosão atómica, o teste trinity
de preparação das duas bombas atómicas do fim da segunda guerra
mundial em 1945; e o tratado de interdição dos testes atómicos
livres em 1963. Daí o Manifesto Antiguerra, ou Manifesto
Antinuclear, ou Manifesto Anti-homem, dividir-se em três partes.
Primeira parte: do início da primeira guerra mundial até ao fim da
segunda guerra mundial, entre 1914 e 1945, que contém 1938, o ano do
primeiro registo crítico do aquecimento global. Segunda parte: de
1914 até 1963, desde a primeira explosão bélica do TNT até à
interdição de testes nucleares à superfície, no mar e no ar.
Terceira parte: de 1914 até ao presente.
Com
a entrada no nuclear o percurso humano, na análise da libertação
artificial de calor, transitou das gramas, como da carga de pólvora
dum cartucho de carabina, e dos quilos, como de um morteiro de obus,
para o quiloton (10^3=1000 toneladas) de TNT e o Megaton
(10^6=1000000 toneladas) de TNT das bombas atómicas e transitou do
aquecimento global explícito para o Estado Crítico, ou Emergência
Crítica, da queda no caos, que este manifesto pretende negar.
O
homem evoluiu por três estádios: a Selvajaria, a Barbárie e a
Civilização. A Selvajaria vem dos tempos ancestrais na aproximação
ao moderno: de há cerca de 1,95 milhões de anos da conversão do
Tropo na Palavra, ou transformação da Linguagem Articulada na
Linguagem Moderna depois da descoberta do Verbo. A Selvajaria foi um
período extaordinariamente longo dado a Barbárie, o estádio
seguinte, ter nascido há cerca de 100000 anos com a emigração do
Homem Moderno do continente africano para o europeu.(1) Na
Selvajaria o homem primitivo enfrentava os outros homens e os animais
utilizando técnicas rudimentares, como o pau e a pedra, que na
Barbárie evoluiram para o seu lançamento: da frontalidade do corpo
a corpo para a distância do arremesso. Depois, na Civilização,
nascida há cerca de 8000 anos com a Escrita Embrionária e a
Verticalidade Antropológica, os confrontos evoluiram do natural para
o artificial do armamento metálico e, com a descoberta da pólvora
no século IX, (2) para o armamento explosivo e a muito
maior distância do arremesso transpondo a do arco e flecha. E com a
evolução da química a Civilização evoluiu da pólvora para o TNT
nos finais do século XIX, e a bomba nuclear, no século XX.(3)
(4) Se nas invasões napoleónicas, de 1803 a 1815, os canhões
usaram a pólvora na primeira guerra mundial, de 1914 a 1918, os
carros de combate usaram o TNT e na segunda guerra mundial, de 1939 a
1945, detonaram duas bombas atómicas. Da agressão a frio a guerra
evoluiu para a agressão explosiva, com libertação de energia, ou
calor: da carabina e canhão rudimentares a guerra evoluiu para a
metralhadora e o carro de combate sofisticados e o nuclear
científico. No científico identificou-se o aquecimento global e
nasceu o Estado Crítico. A evolução da Civilização foi a
evolução da guerra na regressão a um outro estado de Barbárie e
Selvajaria: onde é eminente a queda no caos.
As
armas pelo TNT libertaram muito mais energia e calor que as armas
pela pólvora. Depois a explosão nuclear libertou exponencialmente
muito mais energia e calor que a explosão do TNT. Depois
a explosão de hidrogénio libertou
exponencialmente muito
mais energia e calor que a explosão nuclear. Nas
transições do TNT para o nuclear e para a bomba de hidrgénio a
libertação de calor para a atmosfera do aquecimento global e do
buraco na camada de ozono subiu dantescamente, de exponencial para
exponencial: do quilo para a
tonelada, a quilotonelada
e a megatonelada de TNT.(5)
Como na natureza nada se cria
e tudo se transforma também nada se perde: o que significa que a
energia libertada na guerra e
no atómico não
se anulou e não se anula,
antes se dissipou e
dissipa, sob
a forma de calor na atmosfera
global.
As
explosões de
TNT libertam calor e
gases, como o dióxido de carbono da responsabilidade do buraco na
camada de ozono. Os cogumelos
atómicos intensos de calor,
de gases e de
poeiras radioativas subiram à
estratosfera e à coroa de ozono, do
buraco na camada de ozono, e
dispersaram-se por elas caindo
no
habitat de
todos os seres vivos, com o homem.
Este manifesto nega o nuclear e a guerra a favor da causa ambiental,
da Terra e do homem.
PRIMEIRA
PARTE
DE
1914 ATÉ 1945
A
Alemanha nazi produziu TNT para utilizar na segunda guerra mundial.
Em 1939 uma média de 5590 toneladas mensais: 12X5590=67080
toneladas. Em 1940 uma média de 7250 toneladas mensais:
12X7250=87000 toneladas. Em 1941 uma média de 10560 toneladas
mensais: 12X10560=126720 toneladas. Em 1942 uma média de11000
toneladas mensais: 12X11000=132000 toneladas. Em 1943 uma média
de16180 toneladas mensais: 12X16180=194160 toneladas. Em 1944 uma
média de 17280 toneladas mensais: 12X17280=207360 toneladas. Nos
seis anos os alemães produziram e explodiram na guerra 814320
toneladas de TNT (6).
1 tonelada de TNT produz
4,184X10^9 joules de energia
(7).
1 joule equivale a
0,00053 graus centígrados de
calor (8).
1 tonelada de TNT liberta aproximadamente:
(A)
4,184X10^9
joulesX0,00053 graus centígrados de calor=
=4,184X10^9X5,3X10^4=
=221752X10^5=
=2,21752X10^6=
=2217520
graus centígrados de calor
(B)
814320
toneladas TNTX2,21752X10^6 graus=
=8,1432X10^5X2,21752X10^6=
=18,057709X10^11=
1,805771X10^12=
=1805771000000
graus centígrados de calor
O
calor libertado para a atmosfera do aquecimento global pelo exército
nazi foi 1,805771X10^12 graus centígrados de calor.
Na
segunda guerra mundial entraram outros exércitos de outras nações.
Os
principais exércitos aliados foram da França, da Inglaterra, dos
EUA, da Rússia e da Cnina. Os principais exércitos do eixo foram da
Alemanha, da Itália e do Japão (9)
(10).
Na totalidadee, admitindo que cada exército detonou uma quantidade
de TNT igual ao detonado pelo exército nazi, a segunda guerra
mundial libertou para a atmosfera do aquecimento global e do buraco
na camada de ozono:
(C)
7X1,805771X10^12=
=12,640397X10^12=
=1,264040X10^13=
=12640400000000
graus centígrados de calor.
A
segunda guerra mundial lançou para a atmosfera 1,264040X10^13 graus
centígrados de calor pela explosão do TNT: um valor menor que o
real uma vez que intervieram cerca de 72 países. Mas esse calor foi
o libertado pela explosão direta do TNT que provocou incêndios
libertando calor indireto. Admitindo que o calor indireto foi o dobro
do calor direto na segunda guerra mundial o calor direto e indireto
libertado por explosões convencionais foi:
(D)
3X1,264040X10^13=
=3,79212X10^13=
=3,79212X10^13=
=37921200000000
graus centígrados de calor
Em
1938 Guy Callendar demonstrou que nos 50 anos anteriores a
temperatura global aumentara 0,3 graus centígrados:(11) o
primeiro sinal do aquecimento global. O TNT foi descoberto em 1863,
adotado pelo exército alemão em 1902 e pelo inglês em 1907.(12)
E foi utilizado em larga escala na primeira guerra mundial. É de
admitir que a detonação do TNT entre 1914 e 1918 libertou para a
atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono uma
quantidade de calor igual à que a segunda guerra mundial libertou.
Certamente que o calor libertado pelo TNT contribuiu para a alteração
do aquecimento global que Guy Callendar identificou.
Curiosamente os 50 anos anteriores a 1938 recuam para a medição
inicial da temperatura global em1888 quando o poder explosivo do TNT
(usado como corante desde 1863) foi descoberto em 1891, 11 anos antes
de ser usado como explosivo de guerra e 23 anos antes de 1914. Na
totalidade as duas grandes guerras libertaram:
(E)
2X3,79212X10^13=
=7,58424X10^13
=75842400000000
graus centígrados de calor
As
duas grandes guerras mundiais libertaram para a atmosfera do
aquecimento global 7,58424X10^13 graus centígrados de calor direto e
indireto por explosões convencionais. Ao mesmo tempo, por explosões
diretas e pelos incêndios adimensionais, como de depósitos de
combustíveis e de explosivos, de fábricas e armazéns de produtos
químicos, de veículos militares, de florestas, de animais e de
cidades múltiplas de materiais como tintas, madeiras, combustíveis,
tecidos e tudo o resto que arde, produziram e lançaram para a
atmosfera quantidades extraordinárias de dióxido de carbono e
outros gases contrários ao efeito estufa da proteção da Terra. O
calor e os gases libertados favoreceram simultaneamente o aquecimento
global e a rutura na camada de ozono ainda não identificada em 1945.
A
libertação de calor e gases para a atmosfera em clima de guerra
deveu-se à evolução química e industrial do armamento contornando
o explosivo pólvora antes do explosivo TNT da primeira guerra
mundial e do século XX. A explosão de um quilograma de pólvora
liberta uma quantidade de energia equivalente a 2 ou 3 quilogramas de
TNT:(13) foi a versatilidade do uso do TNT sobre a o uso
da pólvora que dominou sobre ela na guerra. Durante séculos a
pólvora, detonada na guerra com uma libertação de calor muito
maior que a do TNT, contribuiu para o aquecimento global medido em
1888: um valor já artificialmente alterado. E o uso da pólvora no
tempo do TNT persistiu no armamento ligeiro utilizado em muito grande
escala na guerra: continuou a influenciar negativamente o aquecimento
global. Se o aquecimento registado em 1938, no tempo bélico do TNT
depois da pólvora, foi um alerta do aquecimento global o nuclear, 7
anos depois, iniciou o Estado Crítico. Os usos da pólvora, do TNT e
do nuclear (?) em contexto não militar, ou pacífico, não cabem na
crítica ao Estado Crítico do Manifesto Antiguerra.
Entre
1914 e 1939 ocorreram, incluindo a primeira guerra mundial, 5
guerras.(14)
Aos
7,58424X10^13 graus centígrados de calor direto e indireto libertado
para a atmosfera até 1945, que não inclui o calor libertado
pelas outras 4 guerras,
somaram--se os calores gerados
pelas duas explosões atómicas que finalizaram a segunda guerra
mundial. A bomba atómica little
boy,
de urânio 235, com potência 15 quilotons de
TNT,
detonou sobre Hirochima
em 6 agosto de 1945.(15)
A bomba atómica flat
man,
de plutónio 239, com a
potência 21
quilotons de TNT,
detonou em Nagasaki
em 9 de agosto de 1945.(16)
No total as duas bombas nucleares detonaram o equivalente a 15+21=36
quilotons de
TNT. 1
quiloton, ou quilotonelada, de TNT, equivale a mil toneladas (10^3
toneladas) de TNT. O
calor atómico libertado
foi:
(F)
36X10^3X2,21752X10^6=
=79,83072X10^9=
7,983072X10^10=
79830720000
graus centígrados de calor
O
total de calor libertado pelo nuclear e convencional direto e
indireto na segunda guerra mundial foi:
(G)
(D)+(F)
=(3,79212X10^13)+(7,983072X10^10)=
=3792,12+7,983072)X10^10=
=3800,103072X10^10=
=3,800103X10^13=
38001030000000
graus centígrados de calor
O
total de calor libertado pelo nuclear e direto e indireto
convencionais nas duas grandes guerras mundiais do século XX foi:
(H)
(E)+(G)
7,58424X10^13)+(3,800103X10^13)=
=11,384343X10^13=
=1,138434X10^14=
=
113843400000000 graus centígrados de calor
Antes
do lançamento das duas bombas atómicas sobre o Japão os EUA tinham
feito, em 16 de julho de 1945, no deserto do Novo México, o teste
nuclear trinity, com a potência de 21 quilotons de TNT.(4)
O calor que libertou para a atmosfera do aquecimento global foi:
(I)
21X10^3X2,21752X10^6=
=46,56792X10^9=
4,656792X10^10=
=46567920000
graus centígrados de calor
O
calor total libertado por explosões convencionais e atómicas desde
a primeira guerra mundial, 1914, até ao fim da segunda guerra
mundial, 1945, foi:
(J)
(H)+(I)
=(1,138434X10^14)+(4,656792X10^10)=
=11384,34X10^10+4,656792X10^10=
=11388,99679X10^10=
=1,1389X10^14=
=113890000000000
graus centígrados de calor
SEGUNDA
PARTE
DE
1945 ATÉ 1963
Em
1945, com o teste trinity, dos EUA, iniciou-se a era das
explosões atómicas. Antes da era atómica o uso do TNT (e da
pólvora) divergia entre uma carga mínima, como a de um cartucho de
carabina, e uma carga máxima, como a de um morteiro de obus. Na era
atómica a libertação de calor exponencializou-se relativamente à
libertação de calor convencional: uma vez que cada detonação
(atómica) passou a equivaler primeiro a quilotoneladas de TNT e
depois a megatoneladas (10^6=1000000 de toneladas) de TNT.
Logo
depois, em 1949, a URSS testou o seu primeiro engenho nuclear. E anos
depois outras nações. Em 1963 foi assinado o tratado de interdição
de testes nucleares livres: até 1963 os testes nucleares foram
feitos em terra, no ar (em torres, suspensas de balões, largadas de
aviões e lançadas de foguetões) e no mar; depois de 1963 os testes
só seriam feitos em profundidade, no subsolo.(17)
O
primeiro teste da URSS foi o RDS-1, com uma potência de 22
quilotons de TNT , em 29 Agosto de 1949, no Casaquistão.(18)
Depois muitos outros testes. O RDS-2, em 24 de setembro de
1951, com a potência de 38,3 quilotons de TNT.(19) O
RDS-3, em 18 outubro 1951, com a potência de 41,2 quilotons
de TNT.(20) O RDS-6, em 12 agosto de 1953, com a
potência de 400 quilotons de TNT.(21) O RDS-37, a
primeira bomba de hidrogénio da URSS, em 22 novembro 1955 com a
potência de 1,6 megatons de TNT.(22) O RDS-220, ou
tsar bomb, em 30 outubro de 1961, com a potência de 58
megatons de TNT.(23) O RDS-5, com 3 bombas em
setembro de 1953, com as potências de 9,2, 5,8 e 1,6 quilotons de
TNT.(24) O RDS-219, com duas bombas, em setembro de
1962, com as potências de 24,4 e 10 megatons TNT.(25) Na
totalidade somaram o equivalente a:
22X10^3+38,3X10^3+41,2X10^3+400X10^3+1,6X10^6+58X10^6+9,2X10^3+5,8X10^3+1,6X103+24,4X10^6+10X10^6=(22+38,3+41,2+400+9,2+5,8+1,6)X10^3+(1,6+58+24,4+10)X10^6=518,1X10^3+94X10^6=518,1X10^3+94X10^3X10^3=10^3X(518,1+94000)=94518,1X10^3=9,4518X10^4X10^3=9,4518X10^7
toneladas de TNT.
(K)
9,4518X10^7X2,21752X10^6=
20,959555X10^13=
2,095955X10^14=
209595500000000
graus centígrados de calor
Foram
11 explosões atómicas em ensaios numerados entre o RDS-1 e o
RDS-220 (os que a internet refere). Os testes atómicos
RDS da URSS libertaram para a atmosfera do aquecimento global
e do buraco na camada de ozono 2,095955X10^14 graus centígrados de
calor e uma quantidade adimensional, absurda, de gases radioativos,
incluindo o dióxido de carbono do efeito estufa.
A
quantidade de calor atómico que libertaram foi quase o triplo do
calor direto e indireto libertado por duas infinidades de explosões
convencionais nas duas grandes guerras mundiais do século XX. A star
bomb detonou o equivalente a 58 megatons de TNT e o calor que
libertou foi:
(L)
58X10^6X2,21752X10^6=
=128,61616X10^12=
=1,286162X10^14=
128616200000000
graus centígrados de calor.
(M)
(L)/(E)
(1,286162X10^14)/(7,58424X10^13)=
0,1695835X10=
=1,7
A
tsar bomb, o engenho atómico mais potente da história,
da URSS, libertou quase o dobro do calor convencional total
libertado nas duas grandes guerras mundiais do século XX. Um
segundo atómico
colocou
na atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono
quase o dobro do calor convencional colocado por duas infinidades de
explosões convencionais nos 10X365X24X60X60= 315360000 segundos das
duas grandes guerras.
Antes
da tsar bomb da URSS os EUA detonaram duas bombas de
hidrogénio. A ivy mike em 1 de novembo de 1952, no Atol de
Enewetak, nas Ilhas Marshal, com a potência de 11,2
megatons de TNT.(26) A castle bravo em 1 de Maio de
1954, no Atol de Bikini, nas Ilhas Marshal. A
previsão eram 6 megatons de TNT mas detonou com a potência de 15
megatons de TNT. A nuvem cogumeto atingiu uma altura de 34
quilómetros.(27) No total foram 26,2 megatons de TNT que
libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na
camada de ozono volumes adimensionais de gases radioativos e a
quantidade de calor:
(N)
26,2X10^6X2,21752X10^6=
=58,1X10^12=
5,81X10^13=
=58100000000000
graus centígrados de calor
Outros
testes em megatons de TNT.
O teste #219
da URSS, em
24 de dezembro de 1962 em Novaya
Zemlya,
com a potência de 24,2 megatons de TNT. Os testes da URSS #173,
#174
e #147,
entre 5 de
agosto
e 27 de
setembro
de 1962, em Novaya
Zemlya,
com potências de 20 megatons de TNT.
O
teste castle
yankee
dos EUA, em 4 de maio de 1954 no Atoll
de Bikini
nas Ilhas Marshal
com a
potência de
13,5 megatons de TNT. O
teste #123
da URSS, em 23 de outubro de 1961 em Novaya
Zemlya,
com a potência de 12,65 megatons de TNT. O teste castle
romeo
dos EUA, em 27 de março de 1954 no Atoll
de Bikini
nas Ilhas
Marshal,
com a potência de 11 megatons de TNT. Os testes #158
e #168
da URSS, em 25 de agosto e 19 de setembro de 1962 na Novaya
Zemlya,
com as
potêcias
de 10 megatons de TNT.(28)
Totalizaram a
potência de 1,41X10^6
toneladas de TNT e libertaram 3,126703X10^14
graus centigrados de calor.
24,2X10^6+3X20X10^6+13,5X10^6+12,65X10^6+11X10^6+2X10X10^6=
=24,2X10^6+60X10^6+15X10^6+13,5X10^6+12,65X10^6+11X10^6+20X10^6=
=(24,2+60+15+13,5+12,65+11+20)X10^6=
=141X10^6=
=1,41X10^8=
=141000000
toneladas de TNT
(O)
1,41X10^8X2,21752X10^6=
=3,126703X10^14=
=312670300000000
graus centígrados de calor
Entre
1951 e 1957 os EUA detonaram em Yucca Flat, na operação
plumbbob, no deserto do Nevada, mais de 45 engenhos
nucleares.(29) O teste a que os
repórteres de O Cruzeiro assistiram detonou sobre uma torre de 500
pés (152,4 metros) de altura e a potência da explosão foi
equivalente a 10 quilotons de TNT.(30) Admitindo esse o
valor médio das 45 explosões a potência total da operação
plumbbob foi 45X10000=450000=4,5X10^5 toneladas de TNT. Em 1
novembro de 1952 os EUA fizeram o teste ivy king
com a potência de 540 quilotons de TNT.(31) Ivy king foi
um de uma série de testes. Totalizaram o equivalente a 990000
toneladas de TNT. O calor que libertaram para a atmosfera do
aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:
4,5X10^5+540X10^3=
=4,5X10^5+5,4X10^5=
=9,9X10^5=
990000
toneladas de TNT
(P)
9,9X10^5X2,21752X10^6=
=21,953448X10^11=
2,195345X10^12=
=2195345
graus centígrados de calor
Em
1962, entre 25 de abril com o teste abode de potência 190
quilotons de TNT, e 30 de outubro com o teste housatonic de
potência 9,96 megatons de TNT, os EUA fizeram 31 testes atómicos na
operação dominic que somou o equivalente a 3,71996X10^7
toneladas de TNT.(32) Também em 1962 os EUA fizeram o
teste atómico sedan de potência 104 quilotons de
TNT.(33) O equivalente em TNT que totalizaram foi
3,73036X10^7 toneladas. O calor que lançaram para a atmosfera do
aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:
(Q)
3,55996X10^7X2,21752X10^6=
=7,894282X10^13=
=78942820000000
graus centígrados de calor
Entre
1949 e 1989 a URSS fez 456 testes nucleares (340 em túneis e 116
atmosféricos) e os EUA fizeram cerca de 340 testes nucleares.(34)
Dos testes da URSS 116, admito, por serem atmosféricos, foram
antes de 1963, do Tratado de Interdição Parcial de Ensaios
Nucleares.(35) A totalidade de explosões atómicas até
1963 foi 116+340=456. O valor médio da potência dos 57 testes já
referidos foi 5,26334X10^6 toneladas de TNT por teste. O calor total
que libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na
camada de ozono foi:
(R)
(5,26334X10^6)X(2,21752X10^6X(456)=
=5322,232143X10^12=
=5,322232X10^15=
=5322232000000000
graus centígrados de calor
Desde
1945, do teste trinity, até 1963, da proibição dos testes
nucleares livres, as detonações atómicas lançaram para a
atmosfera do aquecimento global 5322232000000000 graus centígrados
de calor. O calor total, por detonações atómicas e detonações de
TNT na primeira e segunda guerras mundiais, desde 1914 até 1963 foi:
(S)
(E)+(R)
7,58424X10^13)+(5,322232X10^15)=
=(7,58424+532,2232)X10^13=
=539,80744X10^13=
=5,398074X10^15=
=5398074000000000
graus centígrados de calor
O
calor total libertado, por explosões convencionais e atómicas, para
a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono
desde 1914 até 1963, foi 5398074000000000 graus centígrados de
calor. Mas essa é uma quantidade muitíssimo menor que a quantidade
real: uma vez que entre 1914 e 1939 e entre 1945 e 1963 a Terra teve
sempre guerras e houve testes atómicos não listados na internet
e testes não declarados e, no convencional, foi desprezado o calor
libertado pela pólvora.
(T)
(R)/(E)
(5,322232X10^15)/(7,58424X10^13=
=0,701749X10^2=
=70,2
O
calor libertado por cerca de 456 explosões atómicas superou 70,2
vezes o calor libertado por duas infinidades de explosões de TNT nas
duas grandes guerras do século XX. No aquecimento global o calor
atómico interderiu 70,2 vezes mais que o calor libertado por duas
infinidades de explosões convencionais. No buraco na camada de ozono
os gases libertados por 456 explosões atómicas interferiram 70,2
vezes mais que os gases libertados por duas infinidades de explosões
convencionais. Se as explosões convencionais libertaram gases
convencionais as explosões atómicas libertaram gases radioativos.
Se as explosões convencionias libertaram gases diretos das
combustões as explosões atómicas libertaram gases por incineração
total: o teste sedan, dos EUA, em 1962, fez uma cratera com
390 metros de diâmetro e 100 metros de profundidade pulverizando, em
poeira radioativa, 12 milhões de metros cúbicos de terra.(33)
As explosões convencionias, de gases comuns, limitaram-se à
troposfera e as explosões atómicas, de gases radioativos, atingiram
a estratosfera da camada de ozono e da proteção da Terra. “As
detonações nucleares produzem grandes quantidades de óxidos de
nitrogénio ao decompor o ar ao seu redor. Estes são então
levantados para cima por convecção térmica. À medida que atingem
a estratosfera esses óxidos de nitrogénio quebram cataliticamente o
ozono presente nessa parte da atmosfera… Um estudo de 2008 de
Michael J. Mills…publicado no Proceedings of the National
Academy of Sciences, demonstrou que uma troca de ataques
nucleares entre o Paquistão e a Índia usando os seus arsenais
atuais poderia criar um buraco de ozono quase global...” (36)
A
estratosfera, camada da atmosfera seguinte à troposfera, varia de 7
e 17 quilómetros até 50 quilómetros de altitude. O seu espaço
inferior é caraterizado por fortes correntes de ar horizontais. Na
estratosfera a ozonosfera, coroa da camada de ozono, fica acima dos
30 quilómetros.(37) A nuvem atómica
do teste ivy mike, dos EUA, atingiu 20 quilómetros de altura
e 5 quilómetros de largura: entrou 13 quilómetros na
estratosfera.(26) A nuvem atómica do teste castle
bravo, dos EUA, atingiu a altura de 34 quilómetros km: entrou 27
quilómetros na estratosfera; e penetrou a ozonosfera numa altura de
4 quilómetros.(27) A nuvem atómica do teste tsar
bomb, da URSS, atingiu a altura de 60 quilómetros e a largura de
35 quilómetros: perfurou a estratosfera, perfurou a ozonosfera e
subiu 10 quilómetros na mesosfera.(23) As poeiras e os
gases das três superbombas foram dispersados dos seus espaços de
perfuração para a estratosfera exterior, da Terra, pelos fortes
ventos horizontais. Essa dispersão dos gases radioativos na
estratosfera e a subsequente queda, por gravidade, na troposfrera do
habitat humano e de todos os seres vivos, sujeitou, e sujeita, à
radioatividade, todo o globo e todos os animais.
O
estrôncio-90 é quimicamente semelhante ao cálcio e como ele
absorvido especialmente pelos ossos humanos e de todos os animais,
Também é absorvido pelas plantas. A ingestão de um alimento
contaminado com estrôncio contamina com estrôncio. “Mas o que não
se disse é que todas as medidas já foram tomadas no sentido de
diminuir a presença de estrôncio no mundo.”(38)
Îngenuidade jornalística? “70 a 80 % do estrôncio absorvido é
eliminado do corpo, cerca de 20 a 30 % acumula-se nos ossos e cerca
de 1% fixa-se noutros tecidos e sangue. O estrôncio-90 é produzido
pelas detonações atómicas e a exposição a esse elemento
radioativo produz cancro nos ossos, cancro nos outros tecidos e
leucemia. As detonações nucleares atmosféricas dispersaram grandes
quantidades de estrôncio por todo o mundo. Os seus níveis decaíram
para valores baixos no presente. O acidente nuclear de Chernobil
introduziu uma grande quantidade de estrôncio no meio ambiente. O
estrôncio contamina o ar e os alimentos. Todas as pessoas,
especialmente através do que ingerem mas também pelo ar que
respiram, estão expostas ao estrôncio.”(39) O repórter
de 1957 disse que o estrôncio-90, emitido pelas explosões atómicas
transmite-se aos humanos e aos outros animais através dos alimentos
contaminados com estrôncio, mas que todas as medidas já tinham sido
tomadas para reduzir a sua presença no mundo. Contudo a informação
de 2021, com mais de 2055 testes nucleares feitos depois de 1945,
diz-nos que o estrôncio decaiu para valores baixos na atualidade mas
que todas as pessoas estão expostas a ele.(40) (41)
E diz-nos que Chernobil, o acidente numa central nuclear, contaminou
o meio ambiente (global) com estrôncio e todos os outros isótopos
radioativos do desastre atómico.(42)
O jornalista de O Cruzeiro, 12 anos depois da origem do Estado
Crítico, foi efetivamente ingénuo.
“Nos
ensaios aéreos
com potências superiores a 10 quilotons as partículas radioativas
das detonações atmosféricas elevam-se rapidamente à
estratosfera e
dispersam-se pelos seus
ventos
horizontais. E caem
gradualmente, durante semanas, meses e anos, sobre a superfície da
Terra como cinzas nucleares mundiais.”(43)
Além
dos testes aéreos foram feitos testes em alta altitude: as bombas
foram transportadas em foguetões e detonaram acima da estratosfera.
O teste mais alto dos EUA foi em 6 de setembro de 1958 na operação
argus.
Detonou numa altitude aproximada de 550 quilómetros.(44)
Em 9 de julho de 1962 o teste starfish
prime
detonou na altitude de 400 quilómetros.(45)
“Esta teoria propôs que um cinturão de radiação é criado nas
regiões superiores da atmosfera da Terra por detonações de alta
altitude… Criaram-se
cinturões artificiais de elétrons que cercaram o planeta por
semanas”(46)
Criaram-se cinturões radioativos cercando o planeta? Qual a sua
finalidade? Testar uma teoria radioativa à escala global? Três
perguntas que se intersetam na incerteza do terrível, do diabólico
e do devastador.
O
ensaio atómico além do aquecimento que gera produz cinzas
radioativas de impacto permanente nos habitats
globais: nos
ensaios atómicos como nos desastres em centrais nucleares. “A
26 de abril de 1986, várias explosões e um grande incêndio
afetaram o reator número 4 da Central Nuclear de Chernobyl.
Assim começou uma tragédia de dimensões gigantescas em que milhões
de partículas radioativas foram lançadas na atmosfera, numa
quantidade 500 vezes maior que a libertada pela bomba atómica
de Hiroshima.
Com isso, a vida de milhares de pessoas e o ambiente foram
dolorosamente afetados: uma enorme nuvem radioativa viajou milhares
de quilômetros ameaçando a saúde e a segurança em vários países
europeus. No primeiro momento, 31 pessoas morreram e 116000 foram
evacuadas com urgência. Até hoje, cerca de seis milhões de pessoas
tiveram a sua saúde afetada pela radiação e os 30 quilômetros de
isolamento em redor da Central Nuclear ainda estão em vigor.”(47)
Nos testes atómicos, como nos desastres em centrais nucleares e no
dia-a-dia das centrais nucleares onde as cinzas radioativas são
depositadas em contentores blindados no subsolo e no mar. “Um
tipo especial de argila encontrada abaixo do solo suíço poderá
desenvolver o dilema do depósito seguro de milhares de metros
cúbicos de lixo nuclear que irão sobrar após o desligamento das
cinco centrais nucleares da Suíça.”(48)
A
meia vida do estrôncio-90, obtido da fissão nuclear em explosões
atómicas e em reatores nucleares, é 29,1 anos.(49)
A
meia-vida do plutónio-238 são 88 anos.(50)
E as cinzas radioativas decaem
segundo a meia vida do seu elemento. Significa isso que 1000 quilos
de cinzas de plutónio depositados hoje
por uma central nuclear decairão para metade (500 quilos), daqui a
88
anos, para um quarto (250 quilos) daqui a 176
anos para um oitavo (125 quilos), daqui a 266
anos, e assim sempre, indefinidamente, nunca se anulando na
totalidade e
sempre radioativas
e
libertando calor no
seu contentor estanque. No decaimento progressivo, numa progressão
geométrica de razão 1/2, o peso das cinzas radioativas armazenadas
por qualquer central nuclear aproximam-se do zero, como
que se anulando num longo prazo: mas no seu decaimento sobe, pela
corrosão
radioativa
e
acumulação
contínua
de
calor,
a força
explosiva do seu depósito. A
queima em centrais nucleares de hoje, pela
reciclagem,
termina em menos cinzas que no passado: mas continuam a ser cinzas
radioativas irredutíveis
e a somar-se às cinzas armazenadas.
As
cinzas das
queimas convencionais
caem na terra e transformam-se organicamante: geram
vida.
As
cinzas duma central nuclear são blindadas
em contentores armazenados
no subsolo: são afastadas da vida e
não se transformam organicamente: continuam, indefinidamente, a cer
cinzas radioativas geradoras
de morte.
As cinzas duma bomba atómica, que também é o ensaio nuclear,
detonada à superfície, no mar ou no ar, caem na terra e não se
transformam, continuam a ser cinzas radioativas e tornam radioativas
as coisas que tocam, sejam orgânicas ou inertes: geram
morte.
As
cinzas das queimas convencionais caem na terra e geram vida:
alimentam
a fotossíntese e a biodiversidade.
As cinzas das queimas atómicas caem na terra e geram morte: negam
a fotossíntese, a biodiversidade e
a vida:
são
nefastas para a Terra e para todos os seres
vivos
que nela habitam.
A
radioatividade quente,
degenerativa, doentia e cancerígena,
seja resultado dum ensaio nuclear, duma central nuclear, de
qualquer
acidente envolvendo
material radioativo ou
de lixo nuclear
torna radioativo tudo que toca. Os
seres vivos
são intolerantes à
radioatividade.
E é óbvio que
os seres mais frágeis à radioatividade sucubem a ela. Muito
provalvelmente a extinção de muitas espécies, terrestres e
marítimas,
desde
1945, aconteceu
e
acontece devido
aos níveis elevados de radioatividade que
sofreram
e
sofrem.
Muito
provavelmente muitas doenças, muitos cancros, no homem desde 1945,
aconteceram pela
absorção
de
radioatividade. Contudo
os fanáticos, geralmente
académicos com
espetro
mediático, persistem na segurança do
nuclear depois
de
centenas de
acidentes e
incidentes nucleares
na
era
atómica curta (2023-1945=78 anos) e
da opinião generalizada sobre o perigo do nuclear:
“...
O
perigo se encontra nos resíduos de alta radioatividade e na
possibilidade de acidente nas usinas, que podem ser
devastadores...”(51)
Os
fanáticos do nuclear negarão (?)
as
bombas e
os testes
atómicos
afirmando
as centrais nucleares: minimizam
o
perigo
das centrais nucleares relativamente ao
perigo dos
rebentamentos atómicos.
Mas o desastre duma central nuclear pode ser muito mais devastador
que a explosão duma bomba atómica.
“...Como
foi possível que Hiroshima
e Nagasaki,
que sofreram explosões nucleares tão devastadoras e com tantas
vítimas fatais, se tornassem cidades prósperas e habitáveis,
enquanto Chernobyl
virou um lugar completamente inabitado e assim seguirá por muitos
anos… Quando
o reator explodiu calcula-se que foram libertadas
sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu
100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima
e Nagasaki.”(52)
Aconteceram
acidentes
científicos, ou de cálculo. A previsão da potência do teste
castle
yankee,
dos EUA,
era
entre 6 e 10 megatons de TNT mas detonou com 13,5 megatons.(28)
O teste castle
bravo,
dos EUA, era para detonar
com a
potência de 6 megatons de TNT mas detonou com 15 megatons.(27)
Aconteceram
mais de 100 acidentes em centrais nucleares, como
o de Chernobil,
na Ucrânia, em 1986, por
erros
técnicos
e o de Fukushima,
no Japão
em 2011, por
erros
estruturais,
na rutura por um abalo sísmico.(53)
Também
aconteceram
diversos acidentes nucleares militares,
no mar e no ar: com
navios,
submarinos
e aeronaves. O
Boeing
B-52,
bombardeiro
dos
EUA
que
transportava
duas bombas atómicas com 3,8 megatons de potência e explodiu, em
1964,
em pleno voo sobre a
cidade de
Goldsboro.(54)
O
submarino
K-141
Kursk
da Rússia, equipado com 2 reatores nucleares: uma
explosão de um torpedo
no lançamento afundou-o na Mar
de Barents
em
2000.(55)
O
submarino nuclear SSN-22,
dos EUA, em 2021, no mar da China, colidiu com um objeto não
detetado na rota de navegação.(56)
O
submarino nuclear soviético
K-8
afundou
em
1970
no Golfo da Biscaia com os seus reatores e os torpedos nucleares que
transportava.(57)
O
submarino nuclear K-278
Komsomolets
da URSS afundou com duas ogivas nucleares em 1984 no Mar de
Barents.(58)
Em 1994 verificaram vazamento de plutónio num dos torpedos. Uma
expedição selou as fraturas do casco e
admitiu
um risco irrelevante de contaminação das águas
até
2025.
Em
2019 uma expedição conjunta norueguesa e russa
detetou níveis elevados de contaminação radioativa junto dos
destroços indicando vazamento do reator ou dos torpedos: e
declarou
uma ameaça insignificante ao meio ambiente marínho
devido à profundidade das
águas.
E
depois de 2025? A vida marinha local, dispersa entre microorganismos
e a
grande diversidade animal,
que níveis de radioatividade suportam? Ou não suportam
radioatividade? A
grande profundidade das águas sugere a diluição da radiação na
aproximação da superficie e do ar: qual foi a ameaça que mediram?
Para
o homem desprezando
a vida marinha?
E
aconteceram
dezenas
de incidentes
com materiais radioativos. O
de Goiânia, Brasil,
em 1987.(59)
Césio-137 foi retirado, por sucateiros,
de um aparelho de radiologia numa clínica abandonada e
causou uma catástrofe local.
O
de 2009 no Equador, de 2005
no Chile, de 2003 no Irão e na Bolívia e de 1999 no Perú, com
Irídio-192. O
de 1996 na Costa Rica, de 2001 na Polónia, de 1998 na Turquia e de
2001 no Panamá com cobalto-60. O
de 2002 na Geórgia com estrôncio-90. E
muitos outros.
Aconteceram
erros nucleares para todos os desgostos: atingindo
a vida humana, a vida animal e o ambiente na sua generalidade,
incluindo o subsolo, com testes atómicos em profundidade e
armazenamento de toneladas de cinzas e
resíduos radioativos.
E além dos acidentes e dos incidentes houve os grandes
erros
estratégicos
(próximos
da catástrofe global).
Em 5 de outubro de 1960 o comando militar americano, devido
a um erro de radar,
entrou em alerta máximo indicando
um ataque nuclear soviético. O
ataque à URSS não ocorreu porque a presença de Khrushchev
em
Nova Iorque
injustificou os dados do radar
que,
efetivamente, eram falsos. Em 24 de novembro de 1961 um erro de
comunicações alertou para um ataque da
URSS aos EUA.
Mísseis foram apontados à URSS e colocados em alerta final. Um
dos decisores dos diparos não ativou o sistema e evitou uma
catástrofe global. Em novembro de 1979 os radares dos EUA indicaram
um ataque em grande escala da URSS: primeiro de cerca de 250 mísseis
e logo depois de cerca de 2200. A reação, que no máximo, para ser
eficaz, podia demorar 7 minutos, foi preparada: e
só
não foi disparada
porque entretanto verificou-se que as
indicações
do radar eram falsas.
Em 29 de setembro de 1983 o tenente-coronel Petrov,
da
defesa estratégica da URSS,
deu
um alerta
de
ataque nuclear
dos
EUA. O radar indicar só 5 mísseis disparados contra a URSS sugeriu
que a informação era falsa. Não ativou a ordem de resposta e o
aviso era falso. Em
24 de novembro de 1961 uma interferência, por avaria no sistema de
comunicações militares dos EUA, alertou para um ataque nuclear
soviético. Mísseis nucleares intercontinentais foram apontados à
Rússia e colocados em alerta máximo: um
dos responsáveis dos disparos não os
ativou.
“...Mas o incidente mais grave foi outro: o mundo observava,
aterrorizado, a crise dos mísseis. Em reação à instalação de
armas americanas de longo alcance na Turquia a União Soviética
resolveu enviar o
seu arsenal nuclear para Cuba. A esquadra soviética que transportava
o arsenal foi bloqueada no Oceano Atlântico por navios americanos.”
“Enquanto o presidente americano John
Kennedy
e o líder soviético Nikita
Khrushchev
negociavam, um dos submarinos russos B-59
estacionados no Atlântico mergulhou
para
dificultar um possível ataque americano. Quando o destróier USS
Beale disparou
cargas de profundidade na direção do B-59,
para forçá-lo a subir à superfície, o comandante russo Valentin
Savitsky
resolveu disparar um torpedo nuclear de 10 kilotons. Mas os três
comandantes da embarcação soviética precisavam concordar com o
disparo. Um deles, Vasili
Arkhipov,
convenceu Savitsky
a subir à superfície sem disparar. Assim, salvou o mundo” “Neste
momento faltam dois minutos para a meia-noite. Em 2012 faltavam cinco
minutos. Em 1991 17; em 1947 sete. É assim, usando a metáfora de um
relógio, que o Boletim dos Cientistas Atómicos,
lançado
em
1945 por pesquisadores da Universidade de Chicago, avalia qual é o
risco de o planeta mergulhar no inverno
nuclear,
expressão utilizada para fazer referência a um cenário em que o
mundo esteja coberto por poeira radioativa levantada por uma série
de explosões nucleares espalhadas pelo globo.” “Em sete décadas
de contagem do Relógio do Fim do Mundo, o ponto mais grave, 23h58,
foi registrado apenas três vezes, em 1953, 2018 e 2019. Nos últimos
dois anos, a organização acrescentou o aquecimento global como um
fator decisivo para aproximar nossa espécie da extinção. Mas
insiste nos riscos provocados pela falta de controlo
sobre o arsenal nuclear planetário.”(60)
Quando
o mundo quase acabou,
inverno
nuclear,
relógio
do fim do mundo,
e Aquecimento Global
sucedem-se no artigo da nota 60.
Os
três primeiros, exclusivamente nucleares, nasceram em 1945, na
origem do nuclear, pelo boletim científico associado. Quando o mundo
quase acabou, título do artigo, está implícito nos outros dois. Os
criadores
da era atómica criaram
o
relógio do fim-do-mundo, deram-lhe
corda
e
iniciaram
o Estado Crítico: da
contagem decrescente que evoluiu para
o
descontrolo do arsenal atómico mundial.
Depois associaram-lhe, no andamento do tempo de aproximação ao
apocalipse, o aquecimento global: dantescamente, mais que diabólico;
diabolicamente, mais que dantesco: porque
depois de centenas de acidentes nucleares
e
do nuclear lançar para a atmosfera do aquecimento global e
do buraco na camada de ozono mais, mas
muito mais,
de 5,398074X10^15
graus centigrados de calor.
“A
estimativa feita pelos especialistas é que a perda acelerada de
espécies que presenciamos hoje está entre 1.000 e 10.000 vezes
acima da taxa de extinção natural.” “Esses
especialistas calculam que entre 0,01 e 0,1% de todas as espécies
são extintas por ano.” “Os cientistas sabem que, em toda a
história do planeta, houve cinco grandes ondas de extinção, como a
que exterminou os dinossauros, por exemplo. Acredita-se que,
atualmente, vivemos a sexta crise de extinção.” “A
diferença é que, ao contrário dos outros cinco episódios de
extinção em massa da história geológica, desta
vez parece que uma única espécie (a
nossa)
é quase inteiramente responsável por essa crise.”(61)
Vivemos
no extremo do Estado Crítico e
no extremo do saber: o Manifesto
Antiguerra
defende o domínio do segundo sobre o primeiro: mas
no respeito pela Natureza.
Defende o saber favorecendo a causa ambiental: das energias
renováveis contra as energias fósseis e contra o nuclear das
usinas, dos
testes
e da guerra. E
este manifesto não quer que o mundo acabe, não quer o frio nuclear
depois do seu calor em megatoneladas de TNT,
não
quer o tic-tac do fim do mundo e não quer o aquecimento atómico no
aquecimento global.
As
guerras
convencionais
vêm e vão: depois
de 8000 anos de
Civilização: quando o civilizado é o que não faz guerra, as
guerras seguem-se umas às outras, sem
interrupções.
E
há guerras significantes
e guerras insignificantes?
As
primeiras, como a do Iraque e da Ucrânia, são as que as televisões
transmitem em diretos diários? As
segundas são as que se noticiam de vez em quando? Umas
e outras respondem à indústria do armamento e
ao sentido selvagem do homem líder: não do outro que
vive na
circunscrição do afeto familiar.
As
guerras convencionais resumem-se a si mesmas e as guerras
pré-nucleares
são a guerra fria e a guerra quente. A
guerra fria foi a dos mísseis americanos e soviéticos colocados na
vizinhança do outro: e foi do medo global. A guerra quente é a da
Ucrânia: do avanço do arsenal da
Nato
em direção à Rússia, da central nuclear
de
Zaporízia
no
calor das
explosões cruzadas
e
da possibilidade do ataque atómico russo: e
é do medo global. Aos
medos de sempre o atómico associou
o medo global. Se os medos contrariam as
emoções
individuais
o medo global transcende em queda, de abismo, as emoções coletivas.
O
medo global, do medo do atómico, provocou na espécie a depressão
coletiva, a que domina as multidões como as
depressões
individuais
dominam
os
indivíduos.
Por
tudo isso o Manifesto Antiguerra também é o
MANIFESTO
ANTINUCLEAR
TERCEIRA
PARTE
DESDE
1963
Até
ao presente aconteceram mais de 2279
explosões atómicas. A
potência
média
das 57 explosões atómicas referidas, 39 dos EUA (excluí
a operação plumbbob
porque só sei a potência de um teste nos 45 realizados) e 18 da
URSS) foi 5,23235X10^6 toneladas de TNT por teste. O
calor
atómico
total
libertado
foi:
(U)
5,23235X10^6X2,21752X10^6X2279=
=26442,87412X10^12=
=2,644287X10^16=
=26442870000000000
graus centígrados de calor
Em
(T) comparou-se o total de calor atómico e o total de calor
convencional libertados pela primeira e segunda guerras mundiais do
século XX. O calor atómico foi 70,2 vezes superior ao calor
convencional. Vamos fazer a comparação entre o calor das 2279
detonações nucleares e o mesmo calor das duas grandes guerras.
(V)
(U)/(E)
2,644287X10^16)/(7,58424X10^13)=
=0,34866X10^3=
=348,7
A
desproporção extrordinária de 70,2 vezes mais calor atómico
libertado até 1963 que o calor convencional libertado pela primeira
e a segunda guerras mundiais subiu para 348,7.
Os gases atómicos libertados ampliaram-se na mesma desproporção.
As
duas grandes guerras do século XX duraram 10
anos. Entre o início da primeira guerra mundial e
o presente (2023) decorreram
109
anos e,
excluindo
as duas grandes guerras,
cerca
de 72
guerras com explosões de TNT por mecanismos bélicos de terra, de ar
e de mar cada vez mais sofisticados no poder destruidor e
na libertação de calor.
Que
quantidade de calor libertaram todas as outras guerras? Na
totalidade as 72 guerras somaram 465
anos de guerras(14).
Dividindo 465 por 10, da soma dos tempos das duas grandes guerras,
temos 46,5. Como muitas das
72 guerras não tiveram a intensidade bélica das duas grandes
guerras vamos admitir, pelo mínimo, que libertaram 20
vezes mais calor que elas: 10 das tetonações de TNT e 10
da infinidade de detonações de pólvora, muito
mais energética que o TNT e
usada
desde sempre no armamento ligeiro, um
múltiplo muito grande do pesado.(62)
(W)
20X(E)=
=20X7,58424X10^13=
=151,6848X10^13=
=1,516848X10^15=
=1516848000000000
graus centígrados de calor
Somando
o calor convencional ao calor atómico temos o calor total lançado
até ao presente pelos mecanismos da guerra e do nuclear para a
atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono:
(X)
(U)+(W)
2,644287X10^16+1,516848X10^15=
=(26,44287+1,516848)X10^15=
=27,959718X10^15=
=2,795972X10^16=
=27959720000000000
graus centígrados de calor.
O
calor convencional total, de todas as guerras entre 1914 e 2023,
somado ao calor libertado por 2279 explosões atómicas, atingiu o
valor dantesco: 2,795972X10^16 graus centígrados de calor.
Até
1963, do tratado de interdição de testes nucleares livres,
ocorreram cerca de 456 testes. Libertaram 5,322232X10^15 graus
centígrados de calor. De 1945 até ao presente ocorreram cerca de
2279 testes nucleares. Libertaram 2,644287X10^16 graus centígrados
de calor. Subtraindo obtemos o calor atómico libertado depois de
1963.
(Y)
(U)-(R)
2,644287X10^16-5,322232X10^15=
=(26,44287-5,322232)X10^15=
=21,120638X10^15=
=2,112064X10^16=
=2112064000000000
graus centígrados de calor
2,112064X10^16
graus centígrados de
calor foi a quantidade
de calor atómico libertado depois do tratado de interdição de
testes livres. Esse calor resultou na totalidade de explosões no
subsolo? Não!(34)
“...Um
sucesso limitado foi alcançado aquando da assinatura do Tratado de
Interdição Parcial de Testes em 1963, que bania os testes nucleares
na atmosfera, debaixo de água e no espaço. Contudo, nem a França
nem a China, ambos Estados com armas nucleares, assinaram o TIP. A
França prosseguiu com testes nucleares atmosféricos até 1974
e
a China realizou a sua última experiência atômica a céu aberto em
1980.
“(63)
Depois de 1963
ocorreram testes atmosféricos embora a maioria detonasse no subsolo.
Mas o calor duma explosão atómica no subsolo não fica estanque no
seu espaço de origem: ele irradia e irradiará sempre para a
atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono.
“...Desde 1963, com o
Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, tais testes não
podem mais ser realizados na atmosfera ou sob a água, o que foi
essencial para a mitigação de potenciais efeitos desses testes para
a população civil… Mesmo
assim, os riscos e consequências de um teste nuclear são os mais
variados, podendo apresentar ameaças à saúde desde o processo de
fabricação até anos após a explosão… Além
disso, após os testes, os riscos mais nocivos estão também
associados à exposição à chamada radiação ionizante (raios
X, raios beta e raios gama),
que tem a capacidade de ionizar átomos e moléculas das células
humanas e podem alterar a estrutura do DNA, com efeito
cancerígeno.”(64)
(Z)
(Y)/(E)
2,112064X10^16/7,584248X10^13=
=0,27848X10^3=
=2,7848X10^2=
=278
O
calor atómico libertado depois do tratado de interdição de testes
nucleares livres de 1963 é equivalente a mais de 278 vezes o calor
libertado pelas duas grandes guerras do século XX. Resultou.
sobretudo, de testes no subsolo. 2,112064X10^16 graus centígrados de
calor atómico presos
na profundidade: como
mais de 278 duas grandes guerras silenciosas, mudas e
distantes numa outra dimensão:
a da Terra subterrânes
e irradiante do
calor adverso pelo seu
manto. Calor
que se vai libertando
lentamente para
a atmosfrera do aquecimento global e
do
habitat
animal: quando
decresce desproporcionalmente o número das espécies indispensáveis
à biodiversidade e à sobrevivência.
Depois
de 8000 anos de Civilização o homem mata
os outros animais e mata-se
a si mesmo. Diversamente.
E pelo
atómico e a guerra. E
se não se mata
no
real mata-se
no
virtual, de violência
extrema e gartuita, dos
videojogos.
Na
guerra, destrutiva,
mata-se sem
punição e no virtual,
educativo, mata-se com premiação.
No real e no virtual:
como num estado de guerra
generalizada.
A guerra, 8000
anos depois da Barbárie
e 100000 anos depois da
Selvajaria, transcende
o sábio indo ao bruto.
Ao
civilizado e
sábio
associamos
o pacífico
e a
negação da
guerra.
Mas
como pode acabar
a guerra? Como
pode uma nação cruzar os braços se outra a ataca? Como
pode uma
nação desarmar se
a outra não desarma? No impasse continuam as detonações atómicas
em megatoneladas de TNT
e
as guerras sofisticadas
com
libertação de calor, radioatividade
e gases do efeito estufa: na
aceleração do Estado Crítico
ou
Estado de Emergência. O primeiro, o Estado de Emergência, ou o
Estado Crítico, nasceu no zero do nuclear, no rebentamento
equivalente a 21 quilotoneladas de TNT do
teste
trinity
em
1945,
da expansão do aquecimento global e da entrada da radioatividade
artificial
na
atmosfera da
Terra.
O
segundo
virá
(?) de
um ponto sem retorno: da queda no
caos.
Entretanto
seguem
as
guerras
fria
e
quente,
a
política dos
ódios
ideológicos
e
das
bombas sujas no
tempo do homem besta:(65)
mais
bruto
que
sábio.
Foi
o tratado de interdição parcial de testes nucleares e depois o
tratado de interdição total de testes nucleares.(66)
O
segundo foi sobre o não armamento do outro sem obrigar ao
desarmamento do que já estava armado. E
mais
de 50 anos decorridos persistem
as potências atómicas e
o medo do nuclear:
na era do medo politicamente livre.
Teoricamente nega-se o nuclear e na prática faz-se
o seu desenvolvimento associado ao da guerra.
A
guerra dos
mísseis milionários
que
passam sobre os miseráveis, que
não
são
os infelizes, nem
os
desnutridos
e os desabrigados,
para irem matar
longe.
Uma
bomba é lançada para ir matar lonje. Só
não pode cair ma
casa palaciana
do outro líder. O
resto não conta e o que faz
de herói
no
terreno
é carne para
canhão
e
nome para
o memorial da guerra.
Por
si só a bomba nunca cai antes do alvo porque leva combustível a
mais para a propulsão e
o
excedente explode
com o explosivo favorecendo o
estrago.
Sejam
A e B: A o que ataca e B o que defende. A
bomba vai de A para B a uma velocidade estonteante guiada
por GPS para cair no sítio certo.
A
evoluiu cientificamente para ter uma bomba assim mas B não esteve a
dormir e construiu uma arma defensiva equivalente.
Disparada
a
bomba de B o
seu GPS leva-a
ao encontro das coordenadas do GPS da bomba lançada
por A.
A
velocidade estonteante de uma vezes a velocidade estonteante da outra
dão
uma velocidade duplamente
estonteante:
tudo
no espaço humano,
académico e
diabólico.
Chocam
incrivelmente:
e acabou-se.
Isso
é o que temos inversamente:
de A para B e de B para A.
Mas
o homem evolui
e
tudo
indica que o futuro científico
e militar
vai produzir não
um míssil mais sofisticado
de
defesa e
sim uma onda: muito mais civilizada no
voo que
o míssil.
Sim: porque parece que o civilizado não é o que é contra a guerra
e sim o que é mais tecnológico nela.
Essa
onda, lançada
por B contra a bomba que A já lançou,
vai inverter as suas
coordenadas
do GPS: troca as de B, para onde ia, pelas de A, de onde vinha: e a
coisa volta
para trás,
já não vai estourar
nem no ar nem
em B e
sim em A, o
lugar de que partiu.
Será
o
feitiço virando-se
contra o feiticeiro na vida real.
Sabendo
que B pode inverter as coordenada ofensivas nas
defensivas A perde o controlo da guerra.
Se
antes queria atirar uma bomba mais potente que a anterior deixa de
querer
fazê-lo.
E muito menos no nuclear. Sejamos
pragmáticos. Imagine, caro leitor, que é você o atirabombas
teleguiadas
que a onda do outro inverte para ir cair onde
foi lançada.
Se for uma bomba de carnaval pode atirar à vontade desde que ponha
na cabeça um vaso protetor.
Se fôr um petardo, em
vez duma bombinha uma bomba a sério,
pode lançá-lo do fundo do quintal
e abrigar-se no outro lado. E se for uma bomba atómica?
Ah! Pois é! Aí você nem vai alugar um terreno
para a lançar de lá.
O que há
a fazer é pôr
as bombas de lado e avançar no sistema defensivo de B. E vai-se cair
no ponto em que nem A pode atacar B nem B pode atacar A porque os
cruzamentos
são exímios
no recuo: quero dizer, no volta atrás, no cai e
rebenta em
casa.
Aí,
no futuro
parábólico,
dos
computadores híper,
das
ondas, dos radares e da parábola, o homem vai frustrar-se por não
poder fazer guerra abertamente e
só ganhar
destruindo o seu arsenal mesmo que o inimigo
não destrua o dele.
E
cada um, tocado
pelo medo da lei inversa, vai
desarmar mais rápido que o outro.
Será
a
corrida ao
desarmamento global no
estado limite do
pensamento,
da
ciência, das
guerras e das leis:
sem
tratados.
Sendo
o tratado uma lei sem tratado e sem lei deixará
de haver guerras
e
testes atómicos favorecendo
o aquecimento global
e
o buraco na camada de ozono.
Uma
era pacífica
e sem
radioatividade artificial e
adversa ao homem e
aos outros animais.
Por
esse
futuro metafórico, por todo o resto que
é contrário à Terra
e ao homem
e
pelas associações ambientalistas, centradas na angariação de
fundos e
no
protagonismo mediático
e
contrárias ao ambiente, o
Manifesto
Antiguerra
e Antinuclear também é o
MANIFESTO
ANTI-HOMEM
1
https://evolucaoarseniorosa.blogspot.com/2016/11/selvajaria-barbarie-e-civilizacao.html
2
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3lvora
3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trinitrotolueno
4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_Trinity
5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equivalente_em_TNT
6
https://pt.frwiki.wiki/wiki/Trinitrotolu%C3%A8ne
7
https://www.convert-me.com/pt/convert/energy/joule/joule-to-tntton.html?u=tntton&v=1
8
https://citizenmaths.com/pt/energy-work-heat/8870-joules-to-celsius-heat-un
9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aliados_da_Segunda_Guerra_Mundial
10
https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/axis-powers-in-world-war-ii
11
https://en.wikipedia.org/wiki/Guy_Stewart_Callendar
12
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trinitrotolueno
13
https://pt.interestrip.com/one-calorie-is-equivalent-to-one-gram-of-tnt-in-terms-of-energy
14
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_guerras
15
https://pt.wikipedia.org/wiki/Little_Boy
16
https://en.wikipedia.org/wiki/Fat_Man
17
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Interdi
18
https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-1
19
https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-2
20
https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-3
21
https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-6
22
https://pt.wikipedia.org/wiki/RDS-37
23
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tsar_Bomba
24
https://en.wikipedia.org/wiki/RDS-5
25
25 https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_219
26
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivy_Mike
27
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castle_Bravo
28
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-maiores-testes-nucleares-da-historia/
29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Plumbbob
30
Revista
O Cruzeiro número 38 (de
6
de julho de 1957
Brasil).
31
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivy_King
32
https://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Dominic
33
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Sedan
34
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_arma_nuclear
35
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Interdi%C3%A7%C3%A3o_Parcial_de_Ensaios_Nucleares
36
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inverno_nuclear
37
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ozonosfera
38
O
Cruzeiro, 6 de julho de 1957 (no
artigo sobre um teste nuclear plumbbob)
39
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estr%C3%B4ncio-90
40
https://quercus.pt/2021/03/03/34-anos-apos-chernobyl-movimento-iberico-antinuclear-volta-a-alertar-para-os-perigos-da-energia-nuclear
41
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-01/mais-de-2-mil-testes-nucleares-ja-foram-feitos-no-mundo-desde-1945
42
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil
43
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinza_nuclear
44
https://es.wikipedia.org/wiki/Operaci%C3%B3n_Argus
45
https://pt.wikipedia.org/wiki/Starfish_Prime
46
http://sphaericaest.blogspot.com/2018/09/operacao-fishbowl-dominic.html
47
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear#Acidentes_em_usinas_nucleares7
48
http://educacao.globo.com/artigo/maiores-acidentes-nucleares-da-historia.html
49
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estr%C3%B4ncio-90
50
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%B4nio-238
51
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear
52
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150808_hiroshima_nagasaki_chernobil_rm
53
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Fukushima
54
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_em_Goldsboro_em_1961
55
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kursk_(K-141)
56
https://www.epochtimes.com.br/11-marinheiros-feridos-em-acidente-de-submarino-nuclear-dos-eua-em-aguas-do-indo-pacifico_164872.html
57
https://es.wikipedia.org/wiki/Submarino_sovi%C3%A9tico_K-8
58
https://pt.wikipedia.org/wiki/K-278_Komsomolets
59
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia
60
https://super.abril.com.br/especiais/quando-o-mundo-quase-acabou
61
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/quantas_especies_estamos_perdendo/
62
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-maiores-testes-nucleares-da-historia/
63
%C3%A7%C3%A3o_Completa_de_Ensaios_Nucleares
64
https://noticias.r7.com/internacional/veja-quais-sao-os-riscos-e-as-consequencias-de-um-teste-nuclear-17112022
65
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_sujahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_suja
66
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_N%C3%A3o_Prolifera%C3%A7%C3%A3o_de_Armas_Nucleares
Arsénio
Rosa
6
de junho de 2023
MANIFESTO
ANTIGUERRA
ou
MANIFESTO
ANTINUCEAR
ou
M
PRELIMINAR
O
Manifesto Antiguerra é contra a guerra mas, mais propriamente, é
contra o calor libertado por ela e o nuclear no contexto do Estado
Crítico, ou crise ambiental, ditados pelo aquecimento global e o
buraco na camada de ozono. A libertação artificial de calor tem
três momentos históricos: o do uso do TNT na primeira grande
guerra, em 1914; o da primeira explosão atómica, o teste trinity
de preparação das duas bombas atómicas do fim da segunda guerra
mundial em 1945; e o tratado de interdição dos testes atómicos
livres em 1963. Daí o Manifesto Antiguerra, ou Manifesto
Antinuclear, ou Manifesto Anti-homem, dividir-se em três partes.
Primeira parte: do início da primeira guerra mundial até ao fim da
segunda guerra mundial, entre 1914 e 1945, que contém 1938, o ano do
primeiro registo crítico do aquecimento global. Segunda parte: de
1914 até 1963, desde a primeira explosão bélica do TNT até à
interdição de testes nucleares à superfície, no mar e no ar.
Terceira parte: de 1914 até ao presente.
Com
a entrada no nuclear o percurso humano, na análise da libertação
artificial de calor, transitou das gramas, como da carga de pólvora
dum cartucho de carabina, e dos quilos, como de um morteiro de obus,
para o quiloton (10^3=1000 toneladas) de TNT e o Megaton
(10^6=1000000 toneladas) de TNT das bombas atómicas e transitou do
aquecimento global explícito para o Estado Crítico, ou Emergência
Crítica, da queda no caos, que este manifesto pretende negar.
O
homem evoluiu por três estádios: a Selvajaria, a Barbárie e a
Civilização. A Selvajaria vem dos tempos ancestrais na aproximação
ao moderno: de há cerca de 1,95 milhões de anos da conversão do
Tropo na Palavra, ou transformação da Linguagem Articulada na
Linguagem Moderna depois da descoberta do Verbo. A Selvajaria foi um
período extaordinariamente longo dado a Barbárie, o estádio
seguinte, ter nascido há cerca de 100000 anos com a emigração do
Homem Moderno do continente africano para o europeu.(1) Na
Selvajaria o homem primitivo enfrentava os outros homens e os animais
utilizando técnicas rudimentares, como o pau e a pedra, que na
Barbárie evoluiram para o seu lançamento: da frontalidade do corpo
a corpo para a distância do arremesso. Depois, na Civilização,
nascida há cerca de 8000 anos com a Escrita Embrionária e a
Verticalidade Antropológica, os confrontos evoluiram do natural para
o artificial do armamento metálico e, com a descoberta da pólvora
no século IX, (2) para o armamento explosivo e a muito
maior distância do arremesso transpondo a do arco e flecha. E com a
evolução da química a Civilização evoluiu da pólvora para o TNT
nos finais do século XIX, e a bomba nuclear, no século XX.(3)
(4) Se nas invasões napoleónicas, de 1803 a 1815, os canhões
usaram a pólvora na primeira guerra mundial, de 1914 a 1918, os
carros de combate usaram o TNT e na segunda guerra mundial, de 1939 a
1945, detonaram duas bombas atómicas. Da agressão a frio a guerra
evoluiu para a agressão explosiva, com libertação de energia, ou
calor: da carabina e canhão rudimentares a guerra evoluiu para a
metralhadora e o carro de combate sofisticados e o nuclear
científico. No científico identificou-se o aquecimento global e
nasceu o Estado Crítico. A evolução da Civilização foi a
evolução da guerra na regressão a um outro estado de Barbárie e
Selvajaria: onde é eminente a queda no caos.
As
armas pelo TNT libertaram muito mais energia e calor que as armas
pela pólvora. Depois a explosão nuclear libertou exponencialmente
muito mais energia e calor que a explosão do TNT. Depois
a explosão de hidrogénio libertou
exponencialmente muito
mais energia e calor que a explosão nuclear. Nas
transições do TNT para o nuclear e para a bomba de hidrgénio a
libertação de calor para a atmosfera do aquecimento global e do
buraco na camada de ozono subiu dantescamente, de exponencial para
exponencial: do quilo para a
tonelada, a quilotonelada
e a megatonelada de TNT.(5)
Como na natureza nada se cria
e tudo se transforma também nada se perde: o que significa que a
energia libertada na guerra e
no atómico não
se anulou e não se anula,
antes se dissipou e
dissipa, sob
a forma de calor na atmosfera
global.
As
explosões de
TNT libertam calor e
gases, como o dióxido de carbono da responsabilidade do buraco na
camada de ozono. Os cogumelos
atómicos intensos de calor,
de gases e de
poeiras radioativas subiram à
estratosfera e à coroa de ozono, do
buraco na camada de ozono, e
dispersaram-se por elas caindo
no
habitat de
todos os seres vivos, com o homem.
Este manifesto nega o nuclear e a guerra a favor da causa ambiental,
da Terra e do homem.
PRIMEIRA
PARTE
DE
1914 ATÉ 1945
A
Alemanha nazi produziu TNT para utilizar na segunda guerra mundial.
Em 1939 uma média de 5590 toneladas mensais: 12X5590=67080
toneladas. Em 1940 uma média de 7250 toneladas mensais:
12X7250=87000 toneladas. Em 1941 uma média de 10560 toneladas
mensais: 12X10560=126720 toneladas. Em 1942 uma média de11000
toneladas mensais: 12X11000=132000 toneladas. Em 1943 uma média
de16180 toneladas mensais: 12X16180=194160 toneladas. Em 1944 uma
média de 17280 toneladas mensais: 12X17280=207360 toneladas. Nos
seis anos os alemães produziram e explodiram na guerra 814320
toneladas de TNT (6).
1 tonelada de TNT produz
4,184X10^9 joules de energia
(7).
1 joule equivale a
0,00053 graus centígrados de
calor (8).
1 tonelada de TNT liberta aproximadamente:
(A)
4,184X10^9
joulesX0,00053 graus centígrados de calor=
=4,184X10^9X5,3X10^4=
=221752X10^5=
=2,21752X10^6=
=2217520
graus centígrados de calor
(B)
814320
toneladas TNTX2,21752X10^6 graus=
=8,1432X10^5X2,21752X10^6=
=18,057709X10^11=
1,805771X10^12=
=1805771000000
graus centígrados de calor
O
calor libertado para a atmosfera do aquecimento global pelo exército
nazi foi 1,805771X10^12 graus centígrados de calor.
Na
segunda guerra mundial entraram outros exércitos de outras nações.
Os
principais exércitos aliados foram da França, da Inglaterra, dos
EUA, da Rússia e da Cnina. Os principais exércitos do eixo foram da
Alemanha, da Itália e do Japão (9)
(10).
Na totalidadee, admitindo que cada exército detonou uma quantidade
de TNT igual ao detonado pelo exército nazi, a segunda guerra
mundial libertou para a atmosfera do aquecimento global e do buraco
na camada de ozono:
(C)
7X1,805771X10^12=
=12,640397X10^12=
=1,264040X10^13=
=12640400000000
graus centígrados de calor.
A
segunda guerra mundial lançou para a atmosfera 1,264040X10^13 graus
centígrados de calor pela explosão do TNT: um valor menor que o
real uma vez que intervieram cerca de 72 países. Mas esse calor foi
o libertado pela explosão direta do TNT que provocou incêndios
libertando calor indireto. Admitindo que o calor indireto foi o dobro
do calor direto na segunda guerra mundial o calor direto e indireto
libertado por explosões convencionais foi:
(D)
3X1,264040X10^13=
=3,79212X10^13=
=3,79212X10^13=
=37921200000000
graus centígrados de calor
Em
1938 Guy Callendar demonstrou que nos 50 anos anteriores a
temperatura global aumentara 0,3 graus centígrados:(11) o
primeiro sinal do aquecimento global. O TNT foi descoberto em 1863,
adotado pelo exército alemão em 1902 e pelo inglês em 1907.(12)
E foi utilizado em larga escala na primeira guerra mundial. É de
admitir que a detonação do TNT entre 1914 e 1918 libertou para a
atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono uma
quantidade de calor igual à que a segunda guerra mundial libertou.
Certamente que o calor libertado pelo TNT contribuiu para a alteração
do aquecimento global que Guy Callendar identificou.
Curiosamente os 50 anos anteriores a 1938 recuam para a medição
inicial da temperatura global em1888 quando o poder explosivo do TNT
(usado como corante desde 1863) foi descoberto em 1891, 11 anos antes
de ser usado como explosivo de guerra e 23 anos antes de 1914. Na
totalidade as duas grandes guerras libertaram:
(E)
2X3,79212X10^13=
=7,58424X10^13
=75842400000000
graus centígrados de calor
As
duas grandes guerras mundiais libertaram para a atmosfera do
aquecimento global 7,58424X10^13 graus centígrados de calor direto e
indireto por explosões convencionais. Ao mesmo tempo, por explosões
diretas e pelos incêndios adimensionais, como de depósitos de
combustíveis e de explosivos, de fábricas e armazéns de produtos
químicos, de veículos militares, de florestas, de animais e de
cidades múltiplas de materiais como tintas, madeiras, combustíveis,
tecidos e tudo o resto que arde, produziram e lançaram para a
atmosfera quantidades extraordinárias de dióxido de carbono e
outros gases contrários ao efeito estufa da proteção da Terra. O
calor e os gases libertados favoreceram simultaneamente o aquecimento
global e a rutura na camada de ozono ainda não identificada em 1945.
A
libertação de calor e gases para a atmosfera em clima de guerra
deveu-se à evolução química e industrial do armamento contornando
o explosivo pólvora antes do explosivo TNT da primeira guerra
mundial e do século XX. A explosão de um quilograma de pólvora
liberta uma quantidade de energia equivalente a 2 ou 3 quilogramas de
TNT:(13) foi a versatilidade do uso do TNT sobre a o uso
da pólvora que dominou sobre ela na guerra. Durante séculos a
pólvora, detonada na guerra com uma libertação de calor muito
maior que a do TNT, contribuiu para o aquecimento global medido em
1888: um valor já artificialmente alterado. E o uso da pólvora no
tempo do TNT persistiu no armamento ligeiro utilizado em muito grande
escala na guerra: continuou a influenciar negativamente o aquecimento
global. Se o aquecimento registado em 1938, no tempo bélico do TNT
depois da pólvora, foi um alerta do aquecimento global o nuclear, 7
anos depois, iniciou o Estado Crítico. Os usos da pólvora, do TNT e
do nuclear (?) em contexto não militar, ou pacífico, não cabem na
crítica ao Estado Crítico do Manifesto Antiguerra.
Entre
1914 e 1939 ocorreram, incluindo a primeira guerra mundial, 5
guerras.(14)
Aos
7,58424X10^13 graus centígrados de calor direto e indireto libertado
para a atmosfera até 1945, que não inclui o calor libertado
pelas outras 4 guerras,
somaram--se os calores gerados
pelas duas explosões atómicas que finalizaram a segunda guerra
mundial. A bomba atómica little
boy,
de urânio 235, com potência 15 quilotons de
TNT,
detonou sobre Hirochima
em 6 agosto de 1945.(15)
A bomba atómica flat
man,
de plutónio 239, com a
potência 21
quilotons de TNT,
detonou em Nagasaki
em 9 de agosto de 1945.(16)
No total as duas bombas nucleares detonaram o equivalente a 15+21=36
quilotons de
TNT. 1
quiloton, ou quilotonelada, de TNT, equivale a mil toneladas (10^3
toneladas) de TNT. O
calor atómico libertado
foi:
(F)
36X10^3X2,21752X10^6=
=79,83072X10^9=
7,983072X10^10=
79830720000
graus centígrados de calor
O
total de calor libertado pelo nuclear e convencional direto e
indireto na segunda guerra mundial foi:
(G)
(D)+(F)
=(3,79212X10^13)+(7,983072X10^10)=
=3792,12+7,983072)X10^10=
=3800,103072X10^10=
=3,800103X10^13=
38001030000000
graus centígrados de calor
O
total de calor libertado pelo nuclear e direto e indireto
convencionais nas duas grandes guerras mundiais do século XX foi:
(H)
(E)+(G)
7,58424X10^13)+(3,800103X10^13)=
=11,384343X10^13=
=1,138434X10^14=
=
113843400000000 graus centígrados de calor
Antes
do lançamento das duas bombas atómicas sobre o Japão os EUA tinham
feito, em 16 de julho de 1945, no deserto do Novo México, o teste
nuclear trinity, com a potência de 21 quilotons de TNT.(4)
O calor que libertou para a atmosfera do aquecimento global foi:
(I)
21X10^3X2,21752X10^6=
=46,56792X10^9=
4,656792X10^10=
=46567920000
graus centígrados de calor
O
calor total libertado por explosões convencionais e atómicas desde
a primeira guerra mundial, 1914, até ao fim da segunda guerra
mundial, 1945, foi:
(J)
(H)+(I)
=(1,138434X10^14)+(4,656792X10^10)=
=11384,34X10^10+4,656792X10^10=
=11388,99679X10^10=
=1,1389X10^14=
=113890000000000
graus centígrados de calor
SEGUNDA
PARTE
DE
1945 ATÉ 1963
Em
1945, com o teste trinity, dos EUA, iniciou-se a era das
explosões atómicas. Antes da era atómica o uso do TNT (e da
pólvora) divergia entre uma carga mínima, como a de um cartucho de
carabina, e uma carga máxima, como a de um morteiro de obus. Na era
atómica a libertação de calor exponencializou-se relativamente à
libertação de calor convencional: uma vez que cada detonação
(atómica) passou a equivaler primeiro a quilotoneladas de TNT e
depois a megatoneladas (10^6=1000000 de toneladas) de TNT.
Logo
depois, em 1949, a URSS testou o seu primeiro engenho nuclear. E anos
depois outras nações. Em 1963 foi assinado o tratado de interdição
de testes nucleares livres: até 1963 os testes nucleares foram
feitos em terra, no ar (em torres, suspensas de balões, largadas de
aviões e lançadas de foguetões) e no mar; depois de 1963 os testes
só seriam feitos em profundidade, no subsolo.(17)
O
primeiro teste da URSS foi o RDS-1, com uma potência de 22
quilotons de TNT , em 29 Agosto de 1949, no Casaquistão.(18)
Depois muitos outros testes. O RDS-2, em 24 de setembro de
1951, com a potência de 38,3 quilotons de TNT.(19) O
RDS-3, em 18 outubro 1951, com a potência de 41,2 quilotons
de TNT.(20) O RDS-6, em 12 agosto de 1953, com a
potência de 400 quilotons de TNT.(21) O RDS-37, a
primeira bomba de hidrogénio da URSS, em 22 novembro 1955 com a
potência de 1,6 megatons de TNT.(22) O RDS-220, ou
tsar bomb, em 30 outubro de 1961, com a potência de 58
megatons de TNT.(23) O RDS-5, com 3 bombas em
setembro de 1953, com as potências de 9,2, 5,8 e 1,6 quilotons de
TNT.(24) O RDS-219, com duas bombas, em setembro de
1962, com as potências de 24,4 e 10 megatons TNT.(25) Na
totalidade somaram o equivalente a:
22X10^3+38,3X10^3+41,2X10^3+400X10^3+1,6X10^6+58X10^6+9,2X10^3+5,8X10^3+1,6X103+24,4X10^6+10X10^6=(22+38,3+41,2+400+9,2+5,8+1,6)X10^3+(1,6+58+24,4+10)X10^6=518,1X10^3+94X10^6=518,1X10^3+94X10^3X10^3=10^3X(518,1+94000)=94518,1X10^3=9,4518X10^4X10^3=9,4518X10^7
toneladas de TNT.
(K)
9,4518X10^7X2,21752X10^6=
20,959555X10^13=
2,095955X10^14=
209595500000000
graus centígrados de calor
Foram
11 explosões atómicas em ensaios numerados entre o RDS-1 e o
RDS-220 (os que a internet refere). Os testes atómicos
RDS da URSS libertaram para a atmosfera do aquecimento global
e do buraco na camada de ozono 2,095955X10^14 graus centígrados de
calor e uma quantidade adimensional, absurda, de gases radioativos,
incluindo o dióxido de carbono do efeito estufa.
A
quantidade de calor atómico que libertaram foi quase o triplo do
calor direto e indireto libertado por duas infinidades de explosões
convencionais nas duas grandes guerras mundiais do século XX. A star
bomb detonou o equivalente a 58 megatons de TNT e o calor que
libertou foi:
(L)
58X10^6X2,21752X10^6=
=128,61616X10^12=
=1,286162X10^14=
128616200000000
graus centígrados de calor.
(M)
(L)/(E)
(1,286162X10^14)/(7,58424X10^13)=
0,1695835X10=
=1,7
A
tsar bomb, o engenho atómico mais potente da história,
da URSS, libertou quase o dobro do calor convencional total
libertado nas duas grandes guerras mundiais do século XX. Um
segundo atómico
colocou
na atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono
quase o dobro do calor convencional colocado por duas infinidades de
explosões convencionais nos 10X365X24X60X60= 315360000 segundos das
duas grandes guerras.
Antes
da tsar bomb da URSS os EUA detonaram duas bombas de
hidrogénio. A ivy mike em 1 de novembo de 1952, no Atol de
Enewetak, nas Ilhas Marshal, com a potência de 11,2
megatons de TNT.(26) A castle bravo em 1 de Maio de
1954, no Atol de Bikini, nas Ilhas Marshal. A
previsão eram 6 megatons de TNT mas detonou com a potência de 15
megatons de TNT. A nuvem cogumeto atingiu uma altura de 34
quilómetros.(27) No total foram 26,2 megatons de TNT que
libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na
camada de ozono volumes adimensionais de gases radioativos e a
quantidade de calor:
(N)
26,2X10^6X2,21752X10^6=
=58,1X10^12=
5,81X10^13=
=58100000000000
graus centígrados de calor
Outros
testes em megatons de TNT.
O teste #219
da URSS, em
24 de dezembro de 1962 em Novaya
Zemlya,
com a potência de 24,2 megatons de TNT. Os testes da URSS #173,
#174
e #147,
entre 5 de
agosto
e 27 de
setembro
de 1962, em Novaya
Zemlya,
com potências de 20 megatons de TNT.
O
teste castle
yankee
dos EUA, em 4 de maio de 1954 no Atoll
de Bikini
nas Ilhas Marshal
com a
potência de
13,5 megatons de TNT. O
teste #123
da URSS, em 23 de outubro de 1961 em Novaya
Zemlya,
com a potência de 12,65 megatons de TNT. O teste castle
romeo
dos EUA, em 27 de março de 1954 no Atoll
de Bikini
nas Ilhas
Marshal,
com a potência de 11 megatons de TNT. Os testes #158
e #168
da URSS, em 25 de agosto e 19 de setembro de 1962 na Novaya
Zemlya,
com as
potêcias
de 10 megatons de TNT.(28)
Totalizaram a
potência de 1,41X10^6
toneladas de TNT e libertaram 3,126703X10^14
graus centigrados de calor.
24,2X10^6+3X20X10^6+13,5X10^6+12,65X10^6+11X10^6+2X10X10^6=
=24,2X10^6+60X10^6+15X10^6+13,5X10^6+12,65X10^6+11X10^6+20X10^6=
=(24,2+60+15+13,5+12,65+11+20)X10^6=
=141X10^6=
=1,41X10^8=
=141000000
toneladas de TNT
(O)
1,41X10^8X2,21752X10^6=
=3,126703X10^14=
=312670300000000
graus centígrados de calor
Entre
1951 e 1957 os EUA detonaram em Yucca Flat, na operação
plumbbob, no deserto do Nevada, mais de 45 engenhos
nucleares.(29) O teste a que os
repórteres de O Cruzeiro assistiram detonou sobre uma torre de 500
pés (152,4 metros) de altura e a potência da explosão foi
equivalente a 10 quilotons de TNT.(30) Admitindo esse o
valor médio das 45 explosões a potência total da operação
plumbbob foi 45X10000=450000=4,5X10^5 toneladas de TNT. Em 1
novembro de 1952 os EUA fizeram o teste ivy king
com a potência de 540 quilotons de TNT.(31) Ivy king foi
um de uma série de testes. Totalizaram o equivalente a 990000
toneladas de TNT. O calor que libertaram para a atmosfera do
aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:
4,5X10^5+540X10^3=
=4,5X10^5+5,4X10^5=
=9,9X10^5=
990000
toneladas de TNT
(P)
9,9X10^5X2,21752X10^6=
=21,953448X10^11=
2,195345X10^12=
=2195345
graus centígrados de calor
Em
1962, entre 25 de abril com o teste abode de potência 190
quilotons de TNT, e 30 de outubro com o teste housatonic de
potência 9,96 megatons de TNT, os EUA fizeram 31 testes atómicos na
operação dominic que somou o equivalente a 3,71996X10^7
toneladas de TNT.(32) Também em 1962 os EUA fizeram o
teste atómico sedan de potência 104 quilotons de
TNT.(33) O equivalente em TNT que totalizaram foi
3,73036X10^7 toneladas. O calor que lançaram para a atmosfera do
aquecimento global e do buraco na camada de ozono foi:
(Q)
3,55996X10^7X2,21752X10^6=
=7,894282X10^13=
=78942820000000
graus centígrados de calor
Entre
1949 e 1989 a URSS fez 456 testes nucleares (340 em túneis e 116
atmosféricos) e os EUA fizeram cerca de 340 testes nucleares.(34)
Dos testes da URSS 116, admito, por serem atmosféricos, foram
antes de 1963, do Tratado de Interdição Parcial de Ensaios
Nucleares.(35) A totalidade de explosões atómicas até
1963 foi 116+340=456. O valor médio da potência dos 57 testes já
referidos foi 5,26334X10^6 toneladas de TNT por teste. O calor total
que libertaram para a atmosfera do aquecimento global e do buraco na
camada de ozono foi:
(R)
(5,26334X10^6)X(2,21752X10^6X(456)=
=5322,232143X10^12=
=5,322232X10^15=
=5322232000000000
graus centígrados de calor
Desde
1945, do teste trinity, até 1963, da proibição dos testes
nucleares livres, as detonações atómicas lançaram para a
atmosfera do aquecimento global 5322232000000000 graus centígrados
de calor. O calor total, por detonações atómicas e detonações de
TNT na primeira e segunda guerras mundiais, desde 1914 até 1963 foi:
(S)
(E)+(R)
7,58424X10^13)+(5,322232X10^15)=
=(7,58424+532,2232)X10^13=
=539,80744X10^13=
=5,398074X10^15=
=5398074000000000
graus centígrados de calor
O
calor total libertado, por explosões convencionais e atómicas, para
a atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono
desde 1914 até 1963, foi 5398074000000000 graus centígrados de
calor. Mas essa é uma quantidade muitíssimo menor que a quantidade
real: uma vez que entre 1914 e 1939 e entre 1945 e 1963 a Terra teve
sempre guerras e houve testes atómicos não listados na internet
e testes não declarados e, no convencional, foi desprezado o calor
libertado pela pólvora.
(T)
(R)/(E)
(5,322232X10^15)/(7,58424X10^13=
=0,701749X10^2=
=70,2
O
calor libertado por cerca de 456 explosões atómicas superou 70,2
vezes o calor libertado por duas infinidades de explosões de TNT nas
duas grandes guerras do século XX. No aquecimento global o calor
atómico interderiu 70,2 vezes mais que o calor libertado por duas
infinidades de explosões convencionais. No buraco na camada de ozono
os gases libertados por 456 explosões atómicas interferiram 70,2
vezes mais que os gases libertados por duas infinidades de explosões
convencionais. Se as explosões convencionais libertaram gases
convencionais as explosões atómicas libertaram gases radioativos.
Se as explosões convencionias libertaram gases diretos das
combustões as explosões atómicas libertaram gases por incineração
total: o teste sedan, dos EUA, em 1962, fez uma cratera com
390 metros de diâmetro e 100 metros de profundidade pulverizando, em
poeira radioativa, 12 milhões de metros cúbicos de terra.(33)
As explosões convencionias, de gases comuns, limitaram-se à
troposfera e as explosões atómicas, de gases radioativos, atingiram
a estratosfera da camada de ozono e da proteção da Terra. “As
detonações nucleares produzem grandes quantidades de óxidos de
nitrogénio ao decompor o ar ao seu redor. Estes são então
levantados para cima por convecção térmica. À medida que atingem
a estratosfera esses óxidos de nitrogénio quebram cataliticamente o
ozono presente nessa parte da atmosfera… Um estudo de 2008 de
Michael J. Mills…publicado no Proceedings of the National
Academy of Sciences, demonstrou que uma troca de ataques
nucleares entre o Paquistão e a Índia usando os seus arsenais
atuais poderia criar um buraco de ozono quase global...” (36)
A
estratosfera, camada da atmosfera seguinte à troposfera, varia de 7
e 17 quilómetros até 50 quilómetros de altitude. O seu espaço
inferior é caraterizado por fortes correntes de ar horizontais. Na
estratosfera a ozonosfera, coroa da camada de ozono, fica acima dos
30 quilómetros.(37) A nuvem atómica
do teste ivy mike, dos EUA, atingiu 20 quilómetros de altura
e 5 quilómetros de largura: entrou 13 quilómetros na
estratosfera.(26) A nuvem atómica do teste castle
bravo, dos EUA, atingiu a altura de 34 quilómetros km: entrou 27
quilómetros na estratosfera; e penetrou a ozonosfera numa altura de
4 quilómetros.(27) A nuvem atómica do teste tsar
bomb, da URSS, atingiu a altura de 60 quilómetros e a largura de
35 quilómetros: perfurou a estratosfera, perfurou a ozonosfera e
subiu 10 quilómetros na mesosfera.(23) As poeiras e os
gases das três superbombas foram dispersados dos seus espaços de
perfuração para a estratosfera exterior, da Terra, pelos fortes
ventos horizontais. Essa dispersão dos gases radioativos na
estratosfera e a subsequente queda, por gravidade, na troposfrera do
habitat humano e de todos os seres vivos, sujeitou, e sujeita, à
radioatividade, todo o globo e todos os animais.
O
estrôncio-90 é quimicamente semelhante ao cálcio e como ele
absorvido especialmente pelos ossos humanos e de todos os animais,
Também é absorvido pelas plantas. A ingestão de um alimento
contaminado com estrôncio contamina com estrôncio. “Mas o que não
se disse é que todas as medidas já foram tomadas no sentido de
diminuir a presença de estrôncio no mundo.”(38)
Îngenuidade jornalística? “70 a 80 % do estrôncio absorvido é
eliminado do corpo, cerca de 20 a 30 % acumula-se nos ossos e cerca
de 1% fixa-se noutros tecidos e sangue. O estrôncio-90 é produzido
pelas detonações atómicas e a exposição a esse elemento
radioativo produz cancro nos ossos, cancro nos outros tecidos e
leucemia. As detonações nucleares atmosféricas dispersaram grandes
quantidades de estrôncio por todo o mundo. Os seus níveis decaíram
para valores baixos no presente. O acidente nuclear de Chernobil
introduziu uma grande quantidade de estrôncio no meio ambiente. O
estrôncio contamina o ar e os alimentos. Todas as pessoas,
especialmente através do que ingerem mas também pelo ar que
respiram, estão expostas ao estrôncio.”(39) O repórter
de 1957 disse que o estrôncio-90, emitido pelas explosões atómicas
transmite-se aos humanos e aos outros animais através dos alimentos
contaminados com estrôncio, mas que todas as medidas já tinham sido
tomadas para reduzir a sua presença no mundo. Contudo a informação
de 2021, com mais de 2055 testes nucleares feitos depois de 1945,
diz-nos que o estrôncio decaiu para valores baixos na atualidade mas
que todas as pessoas estão expostas a ele.(40) (41)
E diz-nos que Chernobil, o acidente numa central nuclear, contaminou
o meio ambiente (global) com estrôncio e todos os outros isótopos
radioativos do desastre atómico.(42)
O jornalista de O Cruzeiro, 12 anos depois da origem do Estado
Crítico, foi efetivamente ingénuo.
“Nos
ensaios aéreos
com potências superiores a 10 quilotons as partículas radioativas
das detonações atmosféricas elevam-se rapidamente à
estratosfera e
dispersam-se pelos seus
ventos
horizontais. E caem
gradualmente, durante semanas, meses e anos, sobre a superfície da
Terra como cinzas nucleares mundiais.”(43)
Além
dos testes aéreos foram feitos testes em alta altitude: as bombas
foram transportadas em foguetões e detonaram acima da estratosfera.
O teste mais alto dos EUA foi em 6 de setembro de 1958 na operação
argus.
Detonou numa altitude aproximada de 550 quilómetros.(44)
Em 9 de julho de 1962 o teste starfish
prime
detonou na altitude de 400 quilómetros.(45)
“Esta teoria propôs que um cinturão de radiação é criado nas
regiões superiores da atmosfera da Terra por detonações de alta
altitude… Criaram-se
cinturões artificiais de elétrons que cercaram o planeta por
semanas”(46)
Criaram-se cinturões radioativos cercando o planeta? Qual a sua
finalidade? Testar uma teoria radioativa à escala global? Três
perguntas que se intersetam na incerteza do terrível, do diabólico
e do devastador.
O
ensaio atómico além do aquecimento que gera produz cinzas
radioativas de impacto permanente nos habitats
globais: nos
ensaios atómicos como nos desastres em centrais nucleares. “A
26 de abril de 1986, várias explosões e um grande incêndio
afetaram o reator número 4 da Central Nuclear de Chernobyl.
Assim começou uma tragédia de dimensões gigantescas em que milhões
de partículas radioativas foram lançadas na atmosfera, numa
quantidade 500 vezes maior que a libertada pela bomba atómica
de Hiroshima.
Com isso, a vida de milhares de pessoas e o ambiente foram
dolorosamente afetados: uma enorme nuvem radioativa viajou milhares
de quilômetros ameaçando a saúde e a segurança em vários países
europeus. No primeiro momento, 31 pessoas morreram e 116000 foram
evacuadas com urgência. Até hoje, cerca de seis milhões de pessoas
tiveram a sua saúde afetada pela radiação e os 30 quilômetros de
isolamento em redor da Central Nuclear ainda estão em vigor.”(47)
Nos testes atómicos, como nos desastres em centrais nucleares e no
dia-a-dia das centrais nucleares onde as cinzas radioativas são
depositadas em contentores blindados no subsolo e no mar. “Um
tipo especial de argila encontrada abaixo do solo suíço poderá
desenvolver o dilema do depósito seguro de milhares de metros
cúbicos de lixo nuclear que irão sobrar após o desligamento das
cinco centrais nucleares da Suíça.”(48)
A
meia vida do estrôncio-90, obtido da fissão nuclear em explosões
atómicas e em reatores nucleares, é 29,1 anos.(49)
A
meia-vida do plutónio-238 são 88 anos.(50)
E as cinzas radioativas decaem
segundo a meia vida do seu elemento. Significa isso que 1000 quilos
de cinzas de plutónio depositados hoje
por uma central nuclear decairão para metade (500 quilos), daqui a
88
anos, para um quarto (250 quilos) daqui a 176
anos para um oitavo (125 quilos), daqui a 266
anos, e assim sempre, indefinidamente, nunca se anulando na
totalidade e
sempre radioativas
e
libertando calor no
seu contentor estanque. No decaimento progressivo, numa progressão
geométrica de razão 1/2, o peso das cinzas radioativas armazenadas
por qualquer central nuclear aproximam-se do zero, como
que se anulando num longo prazo: mas no seu decaimento sobe, pela
corrosão
radioativa
e
acumulação
contínua
de
calor,
a força
explosiva do seu depósito. A
queima em centrais nucleares de hoje, pela
reciclagem,
termina em menos cinzas que no passado: mas continuam a ser cinzas
radioativas irredutíveis
e a somar-se às cinzas armazenadas.
As
cinzas das
queimas convencionais
caem na terra e transformam-se organicamante: geram
vida.
As
cinzas duma central nuclear são blindadas
em contentores armazenados
no subsolo: são afastadas da vida e
não se transformam organicamente: continuam, indefinidamente, a cer
cinzas radioativas geradoras
de morte.
As cinzas duma bomba atómica, que também é o ensaio nuclear,
detonada à superfície, no mar ou no ar, caem na terra e não se
transformam, continuam a ser cinzas radioativas e tornam radioativas
as coisas que tocam, sejam orgânicas ou inertes: geram
morte.
As
cinzas das queimas convencionais caem na terra e geram vida:
alimentam
a fotossíntese e a biodiversidade.
As cinzas das queimas atómicas caem na terra e geram morte: negam
a fotossíntese, a biodiversidade e
a vida:
são
nefastas para a Terra e para todos os seres
vivos
que nela habitam.
A
radioatividade quente,
degenerativa, doentia e cancerígena,
seja resultado dum ensaio nuclear, duma central nuclear, de
qualquer
acidente envolvendo
material radioativo ou
de lixo nuclear
torna radioativo tudo que toca. Os
seres vivos
são intolerantes à
radioatividade.
E é óbvio que
os seres mais frágeis à radioatividade sucubem a ela. Muito
provalvelmente a extinção de muitas espécies, terrestres e
marítimas,
desde
1945, aconteceu
e
acontece devido
aos níveis elevados de radioatividade que
sofreram
e
sofrem.
Muito
provavelmente muitas doenças, muitos cancros, no homem desde 1945,
aconteceram pela
absorção
de
radioatividade. Contudo
os fanáticos, geralmente
académicos com
espetro
mediático, persistem na segurança do
nuclear depois
de
centenas de
acidentes e
incidentes nucleares
na
era
atómica curta (2023-1945=78 anos) e
da opinião generalizada sobre o perigo do nuclear:
“...
O
perigo se encontra nos resíduos de alta radioatividade e na
possibilidade de acidente nas usinas, que podem ser
devastadores...”(51)
Os
fanáticos do nuclear negarão (?)
as
bombas e
os testes
atómicos
afirmando
as centrais nucleares: minimizam
o
perigo
das centrais nucleares relativamente ao
perigo dos
rebentamentos atómicos.
Mas o desastre duma central nuclear pode ser muito mais devastador
que a explosão duma bomba atómica.
“...Como
foi possível que Hiroshima
e Nagasaki,
que sofreram explosões nucleares tão devastadoras e com tantas
vítimas fatais, se tornassem cidades prósperas e habitáveis,
enquanto Chernobyl
virou um lugar completamente inabitado e assim seguirá por muitos
anos… Quando
o reator explodiu calcula-se que foram libertadas
sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu
100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima
e Nagasaki.”(52)
Aconteceram
acidentes
científicos, ou de cálculo. A previsão da potência do teste
castle
yankee,
dos EUA,
era
entre 6 e 10 megatons de TNT mas detonou com 13,5 megatons.(28)
O teste castle
bravo,
dos EUA, era para detonar
com a
potência de 6 megatons de TNT mas detonou com 15 megatons.(27)
Aconteceram
mais de 100 acidentes em centrais nucleares, como
o de Chernobil,
na Ucrânia, em 1986, por
erros
técnicos
e o de Fukushima,
no Japão
em 2011, por
erros
estruturais,
na rutura por um abalo sísmico.(53)
Também
aconteceram
diversos acidentes nucleares militares,
no mar e no ar: com
navios,
submarinos
e aeronaves. O
Boeing
B-52,
bombardeiro
dos
EUA
que
transportava
duas bombas atómicas com 3,8 megatons de potência e explodiu, em
1964,
em pleno voo sobre a
cidade de
Goldsboro.(54)
O
submarino
K-141
Kursk
da Rússia, equipado com 2 reatores nucleares: uma
explosão de um torpedo
no lançamento afundou-o na Mar
de Barents
em
2000.(55)
O
submarino nuclear SSN-22,
dos EUA, em 2021, no mar da China, colidiu com um objeto não
detetado na rota de navegação.(56)
O
submarino nuclear soviético
K-8
afundou
em
1970
no Golfo da Biscaia com os seus reatores e os torpedos nucleares que
transportava.(57)
O
submarino nuclear K-278
Komsomolets
da URSS afundou com duas ogivas nucleares em 1984 no Mar de
Barents.(58)
Em 1994 verificaram vazamento de plutónio num dos torpedos. Uma
expedição selou as fraturas do casco e
admitiu
um risco irrelevante de contaminação das águas
até
2025.
Em
2019 uma expedição conjunta norueguesa e russa
detetou níveis elevados de contaminação radioativa junto dos
destroços indicando vazamento do reator ou dos torpedos: e
declarou
uma ameaça insignificante ao meio ambiente marínho
devido à profundidade das
águas.
E
depois de 2025? A vida marinha local, dispersa entre microorganismos
e a
grande diversidade animal,
que níveis de radioatividade suportam? Ou não suportam
radioatividade? A
grande profundidade das águas sugere a diluição da radiação na
aproximação da superficie e do ar: qual foi a ameaça que mediram?
Para
o homem desprezando
a vida marinha?
E
aconteceram
dezenas
de incidentes
com materiais radioativos. O
de Goiânia, Brasil,
em 1987.(59)
Césio-137 foi retirado, por sucateiros,
de um aparelho de radiologia numa clínica abandonada e
causou uma catástrofe local.
O
de 2009 no Equador, de 2005
no Chile, de 2003 no Irão e na Bolívia e de 1999 no Perú, com
Irídio-192. O
de 1996 na Costa Rica, de 2001 na Polónia, de 1998 na Turquia e de
2001 no Panamá com cobalto-60. O
de 2002 na Geórgia com estrôncio-90. E
muitos outros.
Aconteceram
erros nucleares para todos os desgostos: atingindo
a vida humana, a vida animal e o ambiente na sua generalidade,
incluindo o subsolo, com testes atómicos em profundidade e
armazenamento de toneladas de cinzas e
resíduos radioativos.
E além dos acidentes e dos incidentes houve os grandes
erros
estratégicos
(próximos
da catástrofe global).
Em 5 de outubro de 1960 o comando militar americano, devido
a um erro de radar,
entrou em alerta máximo indicando
um ataque nuclear soviético. O
ataque à URSS não ocorreu porque a presença de Khrushchev
em
Nova Iorque
injustificou os dados do radar
que,
efetivamente, eram falsos. Em 24 de novembro de 1961 um erro de
comunicações alertou para um ataque da
URSS aos EUA.
Mísseis foram apontados à URSS e colocados em alerta final. Um
dos decisores dos diparos não ativou o sistema e evitou uma
catástrofe global. Em novembro de 1979 os radares dos EUA indicaram
um ataque em grande escala da URSS: primeiro de cerca de 250 mísseis
e logo depois de cerca de 2200. A reação, que no máximo, para ser
eficaz, podia demorar 7 minutos, foi preparada: e
só
não foi disparada
porque entretanto verificou-se que as
indicações
do radar eram falsas.
Em 29 de setembro de 1983 o tenente-coronel Petrov,
da
defesa estratégica da URSS,
deu
um alerta
de
ataque nuclear
dos
EUA. O radar indicar só 5 mísseis disparados contra a URSS sugeriu
que a informação era falsa. Não ativou a ordem de resposta e o
aviso era falso. Em
24 de novembro de 1961 uma interferência, por avaria no sistema de
comunicações militares dos EUA, alertou para um ataque nuclear
soviético. Mísseis nucleares intercontinentais foram apontados à
Rússia e colocados em alerta máximo: um
dos responsáveis dos disparos não os
ativou.
“...Mas o incidente mais grave foi outro: o mundo observava,
aterrorizado, a crise dos mísseis. Em reação à instalação de
armas americanas de longo alcance na Turquia a União Soviética
resolveu enviar o
seu arsenal nuclear para Cuba. A esquadra soviética que transportava
o arsenal foi bloqueada no Oceano Atlântico por navios americanos.”
“Enquanto o presidente americano John
Kennedy
e o líder soviético Nikita
Khrushchev
negociavam, um dos submarinos russos B-59
estacionados no Atlântico mergulhou
para
dificultar um possível ataque americano. Quando o destróier USS
Beale disparou
cargas de profundidade na direção do B-59,
para forçá-lo a subir à superfície, o comandante russo Valentin
Savitsky
resolveu disparar um torpedo nuclear de 10 kilotons. Mas os três
comandantes da embarcação soviética precisavam concordar com o
disparo. Um deles, Vasili
Arkhipov,
convenceu Savitsky
a subir à superfície sem disparar. Assim, salvou o mundo” “Neste
momento faltam dois minutos para a meia-noite. Em 2012 faltavam cinco
minutos. Em 1991 17; em 1947 sete. É assim, usando a metáfora de um
relógio, que o Boletim dos Cientistas Atómicos,
lançado
em
1945 por pesquisadores da Universidade de Chicago, avalia qual é o
risco de o planeta mergulhar no inverno
nuclear,
expressão utilizada para fazer referência a um cenário em que o
mundo esteja coberto por poeira radioativa levantada por uma série
de explosões nucleares espalhadas pelo globo.” “Em sete décadas
de contagem do Relógio do Fim do Mundo, o ponto mais grave, 23h58,
foi registrado apenas três vezes, em 1953, 2018 e 2019. Nos últimos
dois anos, a organização acrescentou o aquecimento global como um
fator decisivo para aproximar nossa espécie da extinção. Mas
insiste nos riscos provocados pela falta de controlo
sobre o arsenal nuclear planetário.”(60)
Quando
o mundo quase acabou,
inverno
nuclear,
relógio
do fim do mundo,
e Aquecimento Global
sucedem-se no artigo da nota 60.
Os
três primeiros, exclusivamente nucleares, nasceram em 1945, na
origem do nuclear, pelo boletim científico associado. Quando o mundo
quase acabou, título do artigo, está implícito nos outros dois. Os
criadores
da era atómica criaram
o
relógio do fim-do-mundo, deram-lhe
corda
e
iniciaram
o Estado Crítico: da
contagem decrescente que evoluiu para
o
descontrolo do arsenal atómico mundial.
Depois associaram-lhe, no andamento do tempo de aproximação ao
apocalipse, o aquecimento global: dantescamente, mais que diabólico;
diabolicamente, mais que dantesco: porque
depois de centenas de acidentes nucleares
e
do nuclear lançar para a atmosfera do aquecimento global e
do buraco na camada de ozono mais, mas
muito mais,
de 5,398074X10^15
graus centigrados de calor.
“A
estimativa feita pelos especialistas é que a perda acelerada de
espécies que presenciamos hoje está entre 1.000 e 10.000 vezes
acima da taxa de extinção natural.” “Esses
especialistas calculam que entre 0,01 e 0,1% de todas as espécies
são extintas por ano.” “Os cientistas sabem que, em toda a
história do planeta, houve cinco grandes ondas de extinção, como a
que exterminou os dinossauros, por exemplo. Acredita-se que,
atualmente, vivemos a sexta crise de extinção.” “A
diferença é que, ao contrário dos outros cinco episódios de
extinção em massa da história geológica, desta
vez parece que uma única espécie (a
nossa)
é quase inteiramente responsável por essa crise.”(61)
Vivemos
no extremo do Estado Crítico e
no extremo do saber: o Manifesto
Antiguerra
defende o domínio do segundo sobre o primeiro: mas
no respeito pela Natureza.
Defende o saber favorecendo a causa ambiental: das energias
renováveis contra as energias fósseis e contra o nuclear das
usinas, dos
testes
e da guerra. E
este manifesto não quer que o mundo acabe, não quer o frio nuclear
depois do seu calor em megatoneladas de TNT,
não
quer o tic-tac do fim do mundo e não quer o aquecimento atómico no
aquecimento global.
As
guerras
convencionais
vêm e vão: depois
de 8000 anos de
Civilização: quando o civilizado é o que não faz guerra, as
guerras seguem-se umas às outras, sem
interrupções.
E
há guerras significantes
e guerras insignificantes?
As
primeiras, como a do Iraque e da Ucrânia, são as que as televisões
transmitem em diretos diários? As
segundas são as que se noticiam de vez em quando? Umas
e outras respondem à indústria do armamento e
ao sentido selvagem do homem líder: não do outro que
vive na
circunscrição do afeto familiar.
As
guerras convencionais resumem-se a si mesmas e as guerras
pré-nucleares
são a guerra fria e a guerra quente. A
guerra fria foi a dos mísseis americanos e soviéticos colocados na
vizinhança do outro: e foi do medo global. A guerra quente é a da
Ucrânia: do avanço do arsenal da
Nato
em direção à Rússia, da central nuclear
de
Zaporízia
no
calor das
explosões cruzadas
e
da possibilidade do ataque atómico russo: e
é do medo global. Aos
medos de sempre o atómico associou
o medo global. Se os medos contrariam as
emoções
individuais
o medo global transcende em queda, de abismo, as emoções coletivas.
O
medo global, do medo do atómico, provocou na espécie a depressão
coletiva, a que domina as multidões como as
depressões
individuais
dominam
os
indivíduos.
Por
tudo isso o Manifesto Antiguerra também é o
MANIFESTO
ANTINUCLEAR
TERCEIRA
PARTE
DESDE
1963
Até
ao presente aconteceram mais de 2279
explosões atómicas. A
potência
média
das 57 explosões atómicas referidas, 39 dos EUA (excluí
a operação plumbbob
porque só sei a potência de um teste nos 45 realizados) e 18 da
URSS) foi 5,23235X10^6 toneladas de TNT por teste. O
calor
atómico
total
libertado
foi:
(U)
5,23235X10^6X2,21752X10^6X2279=
=26442,87412X10^12=
=2,644287X10^16=
=26442870000000000
graus centígrados de calor
Em
(T) comparou-se o total de calor atómico e o total de calor
convencional libertados pela primeira e segunda guerras mundiais do
século XX. O calor atómico foi 70,2 vezes superior ao calor
convencional. Vamos fazer a comparação entre o calor das 2279
detonações nucleares e o mesmo calor das duas grandes guerras.
(V)
(U)/(E)
2,644287X10^16)/(7,58424X10^13)=
=0,34866X10^3=
=348,7
A
desproporção extrordinária de 70,2 vezes mais calor atómico
libertado até 1963 que o calor convencional libertado pela primeira
e a segunda guerras mundiais subiu para 348,7.
Os gases atómicos libertados ampliaram-se na mesma desproporção.
As
duas grandes guerras do século XX duraram 10
anos. Entre o início da primeira guerra mundial e
o presente (2023) decorreram
109
anos e,
excluindo
as duas grandes guerras,
cerca
de 72
guerras com explosões de TNT por mecanismos bélicos de terra, de ar
e de mar cada vez mais sofisticados no poder destruidor e
na libertação de calor.
Que
quantidade de calor libertaram todas as outras guerras? Na
totalidade as 72 guerras somaram 465
anos de guerras(14).
Dividindo 465 por 10, da soma dos tempos das duas grandes guerras,
temos 46,5. Como muitas das
72 guerras não tiveram a intensidade bélica das duas grandes
guerras vamos admitir, pelo mínimo, que libertaram 20
vezes mais calor que elas: 10 das tetonações de TNT e 10
da infinidade de detonações de pólvora, muito
mais energética que o TNT e
usada
desde sempre no armamento ligeiro, um
múltiplo muito grande do pesado.(62)
(W)
20X(E)=
=20X7,58424X10^13=
=151,6848X10^13=
=1,516848X10^15=
=1516848000000000
graus centígrados de calor
Somando
o calor convencional ao calor atómico temos o calor total lançado
até ao presente pelos mecanismos da guerra e do nuclear para a
atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono:
(X)
(U)+(W)
2,644287X10^16+1,516848X10^15=
=(26,44287+1,516848)X10^15=
=27,959718X10^15=
=2,795972X10^16=
=27959720000000000
graus centígrados de calor.
O
calor convencional total, de todas as guerras entre 1914 e 2023,
somado ao calor libertado por 2279 explosões atómicas, atingiu o
valor dantesco: 2,795972X10^16 graus centígrados de calor.
Até
1963, do tratado de interdição de testes nucleares livres,
ocorreram cerca de 456 testes. Libertaram 5,322232X10^15 graus
centígrados de calor. De 1945 até ao presente ocorreram cerca de
2279 testes nucleares. Libertaram 2,644287X10^16 graus centígrados
de calor. Subtraindo obtemos o calor atómico libertado depois de
1963.
(Y)
(U)-(R)
2,644287X10^16-5,322232X10^15=
=(26,44287-5,322232)X10^15=
=21,120638X10^15=
=2,112064X10^16=
=2112064000000000
graus centígrados de calor
2,112064X10^16
graus centígrados de
calor foi a quantidade
de calor atómico libertado depois do tratado de interdição de
testes livres. Esse calor resultou na totalidade de explosões no
subsolo? Não!(34)
“...Um
sucesso limitado foi alcançado aquando da assinatura do Tratado de
Interdição Parcial de Testes em 1963, que bania os testes nucleares
na atmosfera, debaixo de água e no espaço. Contudo, nem a França
nem a China, ambos Estados com armas nucleares, assinaram o TIP. A
França prosseguiu com testes nucleares atmosféricos até 1974
e
a China realizou a sua última experiência atômica a céu aberto em
1980.
“(63)
Depois de 1963
ocorreram testes atmosféricos embora a maioria detonasse no subsolo.
Mas o calor duma explosão atómica no subsolo não fica estanque no
seu espaço de origem: ele irradia e irradiará sempre para a
atmosfera do aquecimento global e do buraco na camada de ozono.
“...Desde 1963, com o
Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, tais testes não
podem mais ser realizados na atmosfera ou sob a água, o que foi
essencial para a mitigação de potenciais efeitos desses testes para
a população civil… Mesmo
assim, os riscos e consequências de um teste nuclear são os mais
variados, podendo apresentar ameaças à saúde desde o processo de
fabricação até anos após a explosão… Além
disso, após os testes, os riscos mais nocivos estão também
associados à exposição à chamada radiação ionizante (raios
X, raios beta e raios gama),
que tem a capacidade de ionizar átomos e moléculas das células
humanas e podem alterar a estrutura do DNA, com efeito
cancerígeno.”(64)
(Z)
(Y)/(E)
2,112064X10^16/7,584248X10^13=
=0,27848X10^3=
=2,7848X10^2=
=278
O
calor atómico libertado depois do tratado de interdição de testes
nucleares livres de 1963 é equivalente a mais de 278 vezes o calor
libertado pelas duas grandes guerras do século XX. Resultou.
sobretudo, de testes no subsolo. 2,112064X10^16 graus centígrados de
calor atómico presos
na profundidade: como
mais de 278 duas grandes guerras silenciosas, mudas e
distantes numa outra dimensão:
a da Terra subterrânes
e irradiante do
calor adverso pelo seu
manto. Calor
que se vai libertando
lentamente para
a atmosfrera do aquecimento global e
do
habitat
animal: quando
decresce desproporcionalmente o número das espécies indispensáveis
à biodiversidade e à sobrevivência.
Depois
de 8000 anos de Civilização o homem mata
os outros animais e mata-se
a si mesmo. Diversamente.
E pelo
atómico e a guerra. E
se não se mata
no
real mata-se
no
virtual, de violência
extrema e gartuita, dos
videojogos.
Na
guerra, destrutiva,
mata-se sem
punição e no virtual,
educativo, mata-se com premiação.
No real e no virtual:
como num estado de guerra
generalizada.
A guerra, 8000
anos depois da Barbárie
e 100000 anos depois da
Selvajaria, transcende
o sábio indo ao bruto.
Ao
civilizado e
sábio
associamos
o pacífico
e a
negação da
guerra.
Mas
como pode acabar
a guerra? Como
pode uma nação cruzar os braços se outra a ataca? Como
pode uma
nação desarmar se
a outra não desarma? No impasse continuam as detonações atómicas
em megatoneladas de TNT
e
as guerras sofisticadas
com
libertação de calor, radioatividade
e gases do efeito estufa: na
aceleração do Estado Crítico
ou
Estado de Emergência. O primeiro, o Estado de Emergência, ou o
Estado Crítico, nasceu no zero do nuclear, no rebentamento
equivalente a 21 quilotoneladas de TNT do
teste
trinity
em
1945,
da expansão do aquecimento global e da entrada da radioatividade
artificial
na
atmosfera da
Terra.
O
segundo
virá
(?) de
um ponto sem retorno: da queda no
caos.
Entretanto
seguem
as
guerras
fria
e
quente,
a
política dos
ódios
ideológicos
e
das
bombas sujas no
tempo do homem besta:(65)
mais
bruto
que
sábio.
Foi
o tratado de interdição parcial de testes nucleares e depois o
tratado de interdição total de testes nucleares.(66)
O
segundo foi sobre o não armamento do outro sem obrigar ao
desarmamento do que já estava armado. E
mais
de 50 anos decorridos persistem
as potências atómicas e
o medo do nuclear. Teoricamente nega-se o nuclear e na prática
faz-se
o seu desenvolvimento associado ao da guerra.
A
guerra dos
mísseis milionários
que
passam sobre os miseráveis, que
não
são
os infelizes, nem
os
desnutridos
e os desabrigados,
para irem matar
longe.
Uma
bomba é lançada para ir matar lonje. Só
não pode cair ma
casa palaciana
do outro líder. O
resto não conta e o que faz
de herói
no
terreno
é carne para
canhão
e
nome para
o memorial da guerra.
Por
si só a bomba nunca cai antes do alvo porque leva combustível a
mais para a propulsão e
o
excedente explode
com o explosivo favorecendo o
estrago.
Sejam
A e B: A o que ataca e B o que defende. A
bomba vai de A para B a uma velocidade estonteante guiada
por GPS para cair no sítio certo.
A
evoluiu cientificamente para ter uma bomba assim mas B não esteve a
dormir e construiu uma arma defensiva equivalente.
Disparada
a
bomba de B o
seu GPS leva-a
ao encontro das coordenadas do GPS da bomba lançada
por A.
A
velocidade estonteante de uma vezes a velocidade estonteante da outra
dão
uma velocidade duplamente
estonteante:
tudo
no espaço humano,
académico e
diabólico.
Chocam
incrivelmente:
e acabou-se.
Isso
é o que temos inversamente:
de A para B e de B para A.
Mas
o homem evolui
e
tudo
indica que o futuro científico
e militar
vai produzir não
um míssil mais sofisticado
de
defesa e
sim uma onda: muito mais civilizada no
voo que
o missil.
Sim: porque parece que o civilizado não é o que é contra a guerra
e sim o que é mais tecnológico nela.
Essa
onda, lançada
por B contra a bomba que A já lançou,
vai inverter as suas
coordenadas
do GPS: troca as de B, para onde ia, pelas de A, de onde vinha: e a
coisa volta
para trás,
já não vai estourar
nem no ar nem
em B e
sim em A, o
lugar de que partiu.
Será
o
feitiço virando-se
contra o feiticeiro na vida real.
Sabendo
que B pode inverter as coordenada ofensivas nas
defensivas A perde o controlo da guerra.
Se
antes queria atirar uma bomba mais potente que a anterior deixa de
querer
fazê-lo.
E muito menos no nuclear. Sejamos
pragmáticos. Imagine, caro leitor, que é você o atirabombas
teleguiadas
que a onda do outro inverte para ir cair onde
foi lançada.
Se for uma bomba de carnaval pode atirar à vontade desde que ponha
na cabeça um vaso protetor.
Se fôr um petardo, em
vez duma bombinha uma bomba a sério,
pode lançá-lo do fundo do quintal
e abrigar-se no outro lado. E se for uma bomba atómica?
Ah! Pois é! Aí você nem vai alugar um terreno
para a lançar de lá.
O que há
a fazer é pôr
as bombas de lado e avançar no sistema defensivo de B. E vai-se cair
no ponto em que nem A pode atacar B nem B pode atacar A porque os
cruzamentos
são exímios
no recuo: quero dizer, no volta atrás, no cai em casa.
Aí,
no futuro
parábólico,
dos
computadores híper,
das
ondas, dos radares e da parábola, o homem vai frustrar-se por não
poder fazer guerra abertamente e
só ganhar
destruindo o seu arsenal mesmo que o inimigo
não destrua o dele.
E
cada um, tocado
pelo medo da lei inversa, vai
desarmar mais rápido que o outro.
Será
a
corrida ao
desarmamento global no
estado limite do
pensamento,
da
ciência, das
guerras e das leis:
sem
tratados.
Sendo
o tratado uma lei sem tratado e sem lei deixará
de haver guerras
favorecendo o aquecimento global
e
o buraco na camada de ozono.
Uma
era pacífica
e sem
radioatividade artificial e
adversa ao homem e
aos outros animais.
Por
esse
futuro metafórico e por todo o resto que
é contrário à Terra
e ao homem
o
Manifesto
Antiguerra
e Antinuclear também é o
MANIFESTO
ANTI-HOMEM
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Arsénio
Rosa
6
de junho de 2023